O candidato a vice-prefeito de Natal, Milklei Leite (PV), que compõe chapa com Natália Bonavides (PT), é convicto na análise sobre a campanha eleitoral na capital a 17 dias da eleição: “Eu e Natália vamos para o segundo turno. Nós já estamos. Será contra Carlos Eduardo (PSD)”. O vereador do PV conversou com a reportagem do Diário do RN sobre o período de campanha eleitoral, nesta quinta-feira, 19.
Ele explica que, ao pedir votos à população, durante as movimentações eleitorais, as pessoas relacionam o número 13, do Partido dos Trabalhadores de Natália Bonavides, ao presidente Lula.
Milklei assegura que a presença do presidente em Natal no palanque de Natália vai garantir a passagem da chapa para o 2º turno da disputa.
“As pessoas têm pedido isso nas ruas: ‘quando é que o Lula vem, quando é que o Lula vem?’ Têm pedido Lula. Com certeza vai fazer uma diferença. Acredito que o Lula complementa. Nós já estamos no segundo turno. Lula garante, vamos dizer assim. A gente já está, mas ele garante”, avalia o candidato.
O PT de Natal e a campanha de Natália Bonavides têm articulado a presença do presidente da República como possibilidade de alavancar a candidatura do PT em Natal. A promessa da própria candidata é que ele esteja presente na reta final da campanha, embora ainda não haja confirmação, nem data definida.
Após o início da propaganda e dos debates, Milklei ressalta que tem sentido a diferença da receptividade das pessoas nas ruas, demonstrando que conhecem o “preparo” da candidata da Federação (PT-PV-PCdoB) para exercer o cargo de prefeita.
“Eu e Natália merecemos o 2º turno, porque nós temos as melhores propostas, nosso plano de governo está bem elaborado, dentro da questão do transporte, que é um calo na vida das pessoas.
Tanto que eu complemento a (candidata a) prefeita, porque eu tenho uma vivência nessa comunidade. Sou motorista e escuto há 25 anos as pessoas reclamarem pelos mesmos problemas de antigamente e os mesmos candidatos de antigamente são os de hoje. Então, as coisas não mudaram muito e as pessoas precisam de pessoas novas na política”, avalia.
Prefeitura na Zona Norte Milklei Leite defende que, além da área do transporte público, ele também complementa a chapa em ter a zona Norte, “área que mais sofre”, como reduto eleitoral. Segundo ele, a proposta do adversário Rafael Motta (Avante) de instalar a prefeitura na região surgiu depois da proposta feita anteriormente por Natália Bonavides.
“Na verdade, a campanha de Rafael colocou isso depois que ela tinha colocado, mas ele não tem essa inserção na zona Norte não. Ele prometer é um direito dele, lógico, mas ele não tem capilaridade na Zona Norte para falar algo, porque ele não tem trabalho na Nona Norte. Quem colocou foi a gente primeiro”, afirma ele, pontuando que a prefeitura na área da cidade foi uma das condições colocadas para que ele aceitasse o convite para vice-prefeito.
O vereador criticou, ainda, a disputa judicial que vem acontecendo entre os candidatos no âmbito da Justiça Eleitoral. Os principais embates acontecem entre Carlos Eduardo e Paulinho Freire (UB), embora Natália também esteja inserida em algumas representações e ações judiciais, que é usual em campanhas políticas.
“Eu vejo com tristeza porque eu acho que a população, independente de qual seja o candidato, tem que ver proposta, quer ver pessoas que façam aquilo que não foi feito há décadas, então não é o tipo de política que eu, que Milklei gosta. Eu gosto de ir para a luta, de fazer as coisas acontecerem e mudar proposta para realidade. Entrei para a política por causa disso”, finaliza.
“Com o quadro atual de candidaturas e as projeções estatísticas, é certo que tenhamos um segundo turno em Natal”, analisa o candidato a prefeito de Natal, Rafael Motta (Avante), em conversa com o Diário do RN. “Estamos preparados para qualquer cenário e, se isso se confirmar, vamos continuar levando nossas propostas com o mesmo entusiasmo e compromisso de sempre.
O mais importante é garantir que o eleitor tenha clareza sobre as opções que têm diante de si nesta eleição que são apenas duas: de um lado candidatos que representam o atraso em que Natal se encontra e, de outro lado, a nossa candidatura que representa o futuro de avanços e modernização em todas as áreas que Natal tanto precisa”, complementa.
O candidato Rafael Motta tem permanecido em quarta colocação em séries de pesquisas eleitorais. Entretanto, considera que toda eleição “carrega um certo grau de imprevisibilidade” e os indecisos são o foco do diálogo que afirma estar implementando nas ruas. Na última pesquisa DataVero, realizada em 7 e 8 de setembro, o número de eleitores que não sabem em quem votar em Natal está em cerca de 11% (05352/2024).
“Sabemos que ainda há muitos indecisos, e por isso, seguimos intensificando nossa presença nas ruas e dialogando com a população para mostrar nossas propostas de mudança e inovação para Natal. Mas, ao mesmo tempo, estamos confiantes no caminho que traçamos e no crescimento que nossa campanha tem mostrado. A resposta dos eleitores é positiva, e isso nos dá segurança para acreditar em uma vitória possível”, ressalta.
Questionado, ele prefere não apontar os adversários: “Não estamos aqui para atacar nenhum candidato diretamente”. Entretanto, fala sobre os problemas da cidade deixados pelas gestões que já passaram pelo Executivo Municipal. “Eu acredito que o maior adversário que enfrentamos não é um candidato específico, mas sim o descaso com que Natal foi tratada ao longo dos anos. O fato de termos perdido posição para outras capitais vizinhas, como João Pessoa, sobretudo na geração de empregos no turismo. De igual forma as tantas obras inacabadas, como a pontede Igapó, a drenagem da avenida Jerônimo Câmara, e a falta de investimento adequado em saúde e educação, representa o verdadeiro desafio que nossa cidade enfrenta”.
Ele alega que o povo de Natal tem se mostrado engajado nesta eleição e consciente dos problemas da cidade. Ele se coloca como única alternativa que tem um projeto realista e consistente. “Vejo que existe uma insatisfação com a política tradicional, e muitos eleitores estão cansados de gestões passadas que deixaram grandes problemas sem solução. Nossa campanha tem encontrado uma acolhida calorosa, especialmente por sermos a única alternativa que ainda não teve a oportunidade de ocupar a prefeitura e que tem um projeto consistente e realista para resolver esses problemas históricos com eficiência e transparência”, diz.
De acordo com Motta, este projeto “realista” propagado na campanha, tem gerado aceitação da população e o aumento de apoios. Ele destaca projetos para modernizar a cidade: “O Cartão Único Mensal para o ônibus, a transferência da sede da Prefeitura para a Zona Norte, o funcionamento das unidades de saúde até as 20 horas, o Facilita Natal e o compromisso com obras importantes, como a conclusão da drenagem da avenida Jerônimo Câmara”.
O tempo de apensas 22 segundos na televisão, para ele, tem sido compensado pelo diálogo nas ruas, nos bairros, e nas redes sociais sobre eficiência na gestão pública. “Estamos confiantes de que, nas próximas semanas, essa trajetória de crescimento continuará”, garante.
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal tem retardado a aplicação de penalidade contra uma empresa que não obedeceu ao processo de licitação no âmbito da pasta, ao mesmo tempo em que, denunciada ao MP por omissão, diz ter tomado atitudes sobre o caso, o que levou o MPRN a arquivar o inquérito do caso. A apuração do Blog do Dina indica que a pasta ludibriou o Ministério Público.
A empresa Liderança não só não foi não penalizada, como determina o edital da licitação que disputou, como vem sendo beneficiada em uma série de atos da gestão municipal, incluindo quebra cronológica de pagamentos, forma pela qual ela passa na frente de outros credores e recebe antes.
O processo administrativo da empresa já dura três anos na SMS, algo incomum, segundo apurou o blog com fontes que ajudaram a reportagem a entender como a pasta ludibriou o Ministério Público.
O caso A licitação em questão foi para fornecimento de veículos à Secretaria Municipal de Saúde, em lote da qual a empresa Liderança Mudança e Transportes deveria fornecer veículos zero quilômetro à SMS. Dois dias antes de iniciar a execução do contrato, ela comunicou que não dispunha dos veículos.
Documentos da Secretaria Municipal de Saúde obtidos pelo Blog do Dina apontam que, internamente, técnicos da pasta formularam parecer pedindo a punição contra a empresa. O descumprimento obrigou a gestão a renovar um contrato emergencial.
“É visível a falta de respeito e compromisso da Liderança Mudanças e Transportes Ltda com a Secretaria Municipal de Saúde, quando em todos os seus ofícios ela se contradiz, e sempre traz um novo motivo para não ter cumprido com suas obrigações. Não foi diferente quando lhe foi oportunizado para apresentar defesa quanto a abertura de processo para lhe aplicar as penalidades previstas pela inexecução contratual e recusa de assinatura do contrato”, diz trecho de parecer do Setor de Transportes da SMS.
Tradicionalmente, quando uma empresa descumpre uma disputa de licitação, ela é penalizada sendo impedida até de contratar com a gestão.
Ludibriou o Ministério Público O descumprimento fez o MPRN abrir um inquérito para apurar suposta omissão da SMS em punir a empresa já que, embora a Secretaria tenha aberto um procedimento, três anos se passaram e a penalidade não foi aplicada.
Ao MPRN, a SMS informou que abriu um procedimento disciplinar. O parquet entendeu, portanto, que não houve omissão e arquivou o caso, sem se dar conta que a SMS ludibriou o Ministério Público.
Ocorre que parecer da própria SMS já opina pela penalidade, mas, misteriosamente, ela não só acontece como a Liderança segue sendo beneficiada pela gestão municipal.
O apanhado da investigação do Blog do Dina foi encaminhado para a promotoria para que avalie a reabertura do inquérito contra a SMS.
Benefícios Só de julho para cá, a Liderança aparece como beneficiária de contratos com pastas da gestão municipal, como Esportes, Serviços Urbanos.
Para quem deveria ser punida, a empresa aparece como beneficiária de pagamentos antecipados.
Na gestão pública, existe uma ordem de liquidação para os credores. Mas a Liderança consegue passar na frente e receber antes o seu.
Evidências de Omissão Embora tenha aberto procedimento administrativo contra a Liderança desde 2021, a SMS não a aplica. Fontes da secretaria relataram que os pareceres elaborados pedem punição, mas não conseguem explicar porque esse processo é barrado acima deles.
O Blog do Dina solicitou que a SMS enviasse o procedimento administrativo sobre a Liderança.
Em resposta, a SMS disse ao Blog do Dina que o caso estava no jurídico.
Representantes da Zurich Airport fizeram, nesta quarta-feira (18), uma apresentação dos investimentos realizados nos primeiros sete meses da gestão do equipamento. O CEO Ricardo Gesse e o diretor de operações André Lima, da Zurich Airport, concessionária do Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, foram recebidos pela governadora Fátima Bezerra.
A Zurich Airport assumiu a operação do aeroporto em 19 de fevereiro de 2024. Até agosto, o grupo suíço investiu R$ 10 milhões em melhorias na infraestrutura, manutenção, limpeza, sustentabilidade, tecnologia, segurança, acessibilidade e reorganização da principal porta de entrada dos passageiros e visitantes do Rio Grande do Norte.
Segundo apresentado pelos executivos, foram realizadas melhorias na qualidade das escadas rolantes, elevadores e pontes de embarque; na segurança, com a instalação de 25 câmeras e novos equipamentos de detecção de explosivos nos terminais de passageiros e de cargas; implantação do Programa Aeroporto Silencioso, com embarque organizado por telas orientativas; instalação das salas VIP doméstica e internacional; reforma do estacionamento padrão e criação do estacionamento VIP; além de limpeza pesada da fachada e início da limpeza profunda do terminal.
Outros serviços também foram feitos, como a instalação de nove climatizadores provisórios e a reformulação de todo o sistema de ar-condicionado definitivo. Na área de sustentabilidade, os desvios para aterro sanitário passaram de 15% para 85% dos resíduos.
O aeroporto está recebendo melhorias como a revitalização dos assentos de embarque, sendo que 75% deles serão equipados com tomadas, atendendo a uma antiga demanda dos passageiros. O carpete será substituído por piso amadeirado, visando maior eficácia na limpeza e mais conforto ao passageiro. A previsão é de que, até o final deste ano, os investimentos alcancem R$ 24 milhões.
“Este ano conseguimos retomar as atividades do aeroporto ao nível de antes da pandemia da Covid-19. Esperamos crescer mais a partir de agora. Para 2025, devemos ter mais voos da Argentina e do Chile”, afirmou Ricardo Gesse. O aeroporto de São Gonçalo tem capacidade para até 6,5 milhões de passageiros por ano.
HUB DOS CORREIOS A reunião contou também com a participação da superintendente dos Correios no RN, Jaqueline Costa. Ela confirmou o início da operação do HUB dos Correios para os primeiros meses de 2025.
“O parecer técnico finalizado aponta a viabilidade. Estamos tratando do orçamento para a instalação e a perspectiva é iniciar nos primeiros meses de 2025. Algumas empresas já demonstraram interesse em utilizar o aeroporto de São Gonçalo como porta de entrada no Brasil.
A previsão é termos voos diários, sete dias por semana”, informou.
A governadora Fátima Bezerra, que atuou junto ao Governo Federal para a realização do leilão de concessão do aeroporto — após a desistência do concessionário anterior, o grupo Inframerica — enfatizou a importância da reestruturação do aeroporto e da ampliação de suas atividades.
“Fizemos investimentos em vários setores como saúde, educação, segurança e estradas.
Aprimoramos a política pública de atração de investimentos e agora colhemos resultados. O aeroporto é de grande importância para o Estado, é uma porta de entrada que favorece a economia e o turismo. Sofremos por três anos com a desistência do gestor anterior, mas agora estamos no caminho certo para retomar e ampliar os serviços prestados pelo aeroporto e fazer crescer ainda mais o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, declarou.
Na reunião, a governadora esteve acompanhada dos secretários de Estado, Solange Portela (Turismo), Gustavo Coelho (Infraestrutura), Carlos Eduardo Xavier (Fazenda) e do presidente da Emprotur, Raoni Fernandes.
Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, mas pode acontecer por volta dos 40 anos, sendo então considerada precoce. Ela marca o fim da fase reprodutiva da mulher, quando acontece o ciclo menstrual e, consequentemente, a perda definitiva da fertilidade. Estamos falando da menopausa. Não é uma doença e não precisa ser encarada com sofrimento. Porém, é preciso entender e cuidar para que ela não afete a cabeça das mulheres.
Como estamos no “Setembro Amarelo”, mês em que se fala bastante da saúde mental, o Diário do RN procurou uma especialista para tratar do assunto, saber dos sintomas, em que momento a ajuda médica é necessária e se é preciso tratamento para que a menopausa não desencadeie reações indesejadas. Abaixo, confira as respostas da médica Lidiane Moura e Silva. Médica formada pela UFRN, Endocrinologista e Metabologista pela UFPE, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), sendo membro da diretoria da SBEM-RN.
Diário do RN – Como os sintomas da menopausa afetam a mulher na vida atual e quais são estes sintomas? Lidiane Moura e Silva – Na vida atual, as mulheres acima de 40 anos, que é a faixa etária que geralmente elas entram na menopausa, principalmente após os 45 anos, é uma faixa etária em que a mulher está superprodutiva. As mulheres trabalham, normalmente têm maridos, filhos, já estão cuidando de pais idosos, querem se cuidar também. Então, os sintomas da menopausa, que poderiam aparecer de forma mais leve antigamente, com menos obrigações, agora se juntam a outras obrigações que elas já têm e afetam muito a vida da mulher. Os principais sintomas da menopausa são os fogachos, que são aqueles calores, o ganho de peso, principalmente na região abdominal, ressecamento vaginal, a fadiga, o cansaço, a insônia, a irritabilidade, a falta de libido também. Tudo isso pode afetar a mulher da vida atual. Na transição para a menopausa, a mulher começa a apresentar vários sintomas físicos e também psíquicos. Os sintomas físicos principais, que são relacionados à falta do hormônio feminino, eles já podem começar alguns anos antes, três a cinco anos antes, da mulher realmente parar de menstruar. Então, essa mulher já começa a ter sofrimento por esses sintomas. As mudanças no corpo da mulher já começam a mexer muito com a sua saúde mental, porque tem essas mudanças corporais, principalmente de composição corporal, com a tendência de aumento de gordura abdominal e perda de massa muscular. Então ela já começa a se sentir diferente com o seu corpo. E aí começam os sintomas psíquicos, que são decorrentes da transição hormonal. Ela começa a sentir irritabilidade… é como se ela tivesse numa TPM, na tensão pré-menstrual, que não passa nunca. Ela começa a ficar mais irritada com as pessoas da casa, ela começa a ter choro fácil, tendência para depressão, tudo isso relacionado a deficiência estrogênica e juntamente com os sintomas que ela está vendo no seu corpo. A gente não pode esquecer de cuidar da saúde mental das mulheres nesse período.
Diário do RN – A mulher na menopausa enfrenta muitos sintomas que podem afetar a sua saúde mental. Como isso ocorre? Lidiane Moura e Silva – Muitas vezes ela já tem uma ansiedade prévia, ela já sofre com ansiedade, já sofre com depressão e na menopausa a falta do hormônio feminino ou a redução, as alterações hormonais, já podem causar uma piora da depressão que ela já tinha, da ansiedade que ela já tinha, também causa piora dos distúrbios emocionais prévios, dos transtornos emocionais prévios. E muitas vezes esse período da menopausa também coincide com o período em que as mulheres que já têm filhos maiores estão em processo de sair de casa, casarem e isso tudo também afeta bastante.
Diário do RN – As mulheres entram na menopausa mais comumente entre 45-50 anos. Em que momento elas devem procurar atendimento médico para avaliar se precisam de tratamento? Lidiane Moura e Silva – O momento correto de procurar o atendimento médico, na verdade, é de forma preventiva. O correto seria uma vez ao ano elas já procurarem o atendimento da ginecologista para fazer os exames de prevenção. E nesse momento já pode ser levantado alguns sintomas, já pode ser conversado sobre alguns sintomas e avaliado já a necessidade ou não de tratamento. E se a mulher não tem esse hábito preventivo de ir tanto à ginecologista, ela deve já se perceber, se ela perceber os sintomas que são relacionados à menopausa, uma mudança de humor, uma mudança na composição corporal, um surgimento de uma insônia que ela não tinha, calores noturnos, ela está à noite com o ar condicionado ligado e começa a ter um calor na região superior do corpo, se ela começa a ter ressecamento vaginal, uma diminuição da libido, ou os ciclos menstruais começam a ficar irregulares, eles eram regulares e agora estão atrasando, estão ficando muito curtos, a TPM está mais forte. Quando aparecem esses sintomas seria o momento de procurar o atendimento médico com o médico endocrinologista para fazer uma avaliação e ver se, realmente, aquilo é uma transição para menopausa, se ela já pode se beneficiar do tratamento. Lembrando que o tratamento não vai ser para todas as mulheres, ele vai ter algumas contraindicações. Por isso é importante ela passar por essa avaliação nesse período.
Diário do RN – Muitas mulheres querem fazer terapia de reposição hormonal mas têm medo. O que você recomenda? Lidiane Moura e Silva – Recomendo que as mulheres passem por uma avaliação para tratamento individualizado com seu ginecologista ou endocrinologista, pois a reposição hormonal feita de forma correta, na via e dose corretas, para a paciente que está na janela de oportunidade, ou seja, o tempo certo de iniciar, pode ser muito benéfica e segura e melhorar o sofrimento das mulheres nesse período, além de prevenir osteoporose e diminuir o risco cardiovascular. Algumas terão contraindicação, como câncer de mama prévio da paciente ou passado de trombose, mas ainda assim devem ser avaliadas para tratamentos alternativos para os sintomas.
Diário do RN – Hoje em dia percebe-se que muitas pessoas usam hormônios de forma aleatória e sem prescrição médica. Existem riscos? Lidiane Moura e Silva – Sim. O uso aleatório, sem prescrição, oferece risco. Às vezes quem está usando não é o paciente que precisava. Às vezes ele está utilizando com finalidade estética, achando que vai ter um ganho estético. Às vezes com a finalidade de melhorar um cansaço, mas ele nem tem deficiência hormonal. Às vezes o cansaço é por outras causas. Muitas vezes há o uso, principalmente pelo público feminino, para fins estéticos de implantes hormonais, como testosterona. E tudo isso aumenta risco para câncer de fígado, para outros cânceres também.
Aumenta o risco para doença cardiovascular, como infarto, como AVC, devido ao aumento do risco de trombose. Então, é para ser usado de forma segura, e não de forma aleatória e nem com finalidade puramente estética. Deve ser avaliado pelo médico para ver se é o momento de o paciente começar e qual é a dose correta, individualizar o tratamento. E, para ter a maior segurança possível, para a pessoa ter o benefício sem ter risco para a saúde.
Os problemas de mobilidade urbana de Natal dificultam a vida de moradores e turistas há anos.
Agora, o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), que soma 4 mandatos na capital potiguar, pretende voltar ao comando do Executivo Municipal e tem se manifestado sobre a situação do transporte público da capital potiguar. Nesta terça-feira (17), em evento da Federação das Indústrias do Estado (FIERN), ele discursou sobre o tema e, em seguida, nas redes sociais, afirmou que vai “botar a mobilidade de Natal no rumo certo”, com melhorias que incluem disponibilizar ônibus com ar-condicionado na cidade.
Mesmo sem veículos confortáveis, o que mostram os dados sobre as gestões anteriores de Alves é que as medidas tomadas quanto à realidade dos transportes coletivos de Natal resultaram em uma sequência de aumentos de tarifa que chegou a quatro reajustes em um só mandato e um aumento de 89,62% na soma das gestões que ocorreram entre 2005 e 2018, apesar de ele ter assumido o mandato em abril de 2002, com a renúncia da então prefeita Wilma de Faria.
Carlos Eduardo assumiu o Palácio Felipe Camarão quatro vezes, permanecendo por um total de 11 anos: foram dois mandatos completos, de 2005 a 2008 e de 2013 a 2016, e dois mandatos de menos de dois anos, sendo o primeiro de abril de 2002 ao fim de 2004, após a renúncia de Wilma para concorrer ao Governo do Estado; e o segundo, do início de 2017 a abril de 2018, quando Alves também deixou a Prefeitura para tentar ser Governador.
Somente no segundo mandato cumprido integralmente (2005 a 2008), as passagens de ônibus aumentaram quatro vezes: em 30/04/05, 27/05/06, 08/09/07 e 31/07/08. Inicialmente, o valor da tarifa custava R$ 1,30 e passou para R$ 1,45. Depois, foi a R$ 1,60; chegou a 1,75 e, no último reajuste do mandato, em 2008, o preço chegou a 1,85. Isso significa um acréscimo de mais de 42,30% em 4 anos, enquanto a inflação do período foi de 20,89%.
No segundo mandato completo, apesar de, inicialmente, ter sido feita uma readequação – de R$ 2,40 para 2,20 -, a tarifa aumentou três vezes: o preço foi para 2,35 em 23/07/14; para R$ 2,65 em 17/06/15 e para R$ 2,90 em 28/01/16. Assim, mesmo com a redução inicial, o preço aumentou mais de 31,81% durante a gestão Carlos Eduardo, no período de 2013 a 2016, enquanto a inflação foi de 28,83%.
Já no último mandato (com tempo inferior a um ano e quatro meses), o ex-prefeito autorizou mais um aumento, levando o valor da passagem de ônibus de R$ 2,90 para R$ 3,35 em 20/04/17, o que configura mais de 15,51% de acréscimo, enquanto a inflação foi de 6,29%.
PROMESSAS Nesta quarta-feira (18), em publicação nas redes sociais, Carlos Eduardo prometeu, além de disponibilizar ônibus com ar-condicionado na capital potiguar, também retomar as linhas paralisadas, melhorar a estrutura dos abrigos e criar novos corredores exclusivos.
O candidato a vice-prefeito de Natal na chapa formada com Carlos Eduardo (PSD), Jacó Jácome (PSD), não acha que esteja definido um segundo turno na disputa pela Prefeitura da capital. “A perspectiva é muito boa. Nós estamos em franco crescimento, a aceitação é excelente, nas (pesquisas) internas Carlos Eduardo tem baixa rejeição. Então, a gente está trabalhando com pé fundo no acelerador”, afirma Jacó Jácome, em conversa com o Diário do RN, nesta quarta-feira, 18.
O ex-vereador e ex-deputado estadual que compõe a chapa puro-sangue ao lado de Carlos Eduardo, diz não achar possível avaliar as diversas pesquisas de diferentes institutos e prefere não comparar os números durante a entrevista. No entanto, define que há um sentimento nas ruas do eleitor “em receber um candidato que trabalhou, que construiu”. E complementa, ainda: “Existe sim essa possibilidade de vitória no 1º turno”.
Para ele, os adversários de Carlos Eduardo estão batalhando pelo 2º lugar na disputa em um empate técnico e não é possível definir se há um nome mais forte em oposição a Carlos Eduardo, entre Paulinho Freire (UB) e Natália Bonavides (PT).
Na corrida eleitoral, ele defende que as disputas judiciais entre os candidatos, incluindo o ex-prefeito “é do jogo e toda campanha majoritária tem isso”. “Os jurídicos agem forte nos bastidores. Tanto de um (Carlos Eduardo) como do outro (Paulinho) é esperado isso aí. Toda campanha de prefeito de uma capital tem essa guerra judicial. Ganhou um, um dia, perde o outro”, diz Jacó, se referindo à série de representações e ações judiciais que vêm culminando em decisões no TRE, principalmente em relação às propagandas eleitorais, entre os candidatos.
É comum, segundo ele, os opositores terem Carlos Eduardo como foco. “Quem está liderando as pesquisas em franco crescimento claramente ia ser atacado, né? E é engraçado ver os ataques da atual gestão, que em todos os aspectos comparativos perde com relação ao que Carlos Eduardo já fez”, ressalta, se referindo à gestão Álvaro Dias (Republicanos), cujo apoio é à Paulinho Freire.
“Por exemplo, a questão da construção de CMEIs e escolas. Carlos Eduardo construiu várias escolas, quase 20 escolas foram construídas por Carlos Eduardo. Quantas atuais estão construindo? Em relação às vagas isso foi explicado, porque enquanto havia construção de escolas e CMEIs Carlos Eduardo teve que alocar alunos e estudantes na rede privada fazendo uma PPP para, enquanto construía outras unidades de escolas, pudesse realocar essas crianças para não ficarem sem o ano letivo. Então, isso não era uma política criada por ele para ser permanente e hoje o atual gestor mantém e faz isso como uma política permanente, a questão da distribuição das fichas e sorteios”, esclarece.
Para Jacó, as acusações são eleitoreiras: “Ataques meramente eleitorais na propaganda de televisão, porque eles têm muito tempo e usam isso, fazendo ataques. Mas a população de Natal sabe, comparou, já decidiu que está muito consciente em relação ao que foi a gestão de Carlos Eduardo, que saiu com 75% de aprovação”, defende.
Nas ruas, o apoio de somente um vereador, Luciano Nascimento (PSD), entre os 29 parlamentares municipais, não tem prejudicado a campanha da chapa do PSD. “Claro que a gente precisa respeitar, os outros vereadores são fortes, mas isso não tem trazido prejuízo não para campanha de Carlos”, garante.
Já ele, enquanto candidato a vice-prefeito, e representante do segmento evangélico, evita quantificar o apoio do setor ao projeto, porque é um “segmento plural”, mas que a receptividade no segmento em que está inserido há mais de 30 anos tem sido “favorável a aceitação”. Jacozinho, como é conhecido, vem defendendo a candidatura em vários segmentos.
“Trabalhando muito no sentido de aproximar ele (Carlos Eduardo) aos outros segmentos sociais de Natal, nos reunindo de manhã, de tarde, de noite, porque eu já tenho experiência. Fui vereador e deputado. Então eu sei como realizar uma campanha e o ritmo dela é um ritmo que o vice está agregando a campanha majoritária junto com o prefeito. Então nós estamos alinhadíssimos trabalhando em compasso, isso não quer dizer que no mesmo lugar que ele está, até porque estamos atacando várias frentes diferentes e isso tem sido positivo, a campanha tem crescido com isso”, explica.
“O Cabeção humaniza Carlos Eduardo” Tendo como novidades da campanha de Carlos Eduardo a busca pela popularização do “Cabeção” e a chegada do boneco gigante do candidato, o boneco de Olinda, em alusão a dois apelidos atribuídos a ele, mas nunca antes utilizados explicitamente no meio político, Jacó diz que a estratégia foi muito positiva e a brincadeira trouxe aceitação “melhor ainda”.
“Eu acho que aproximou mais ainda ele do eleitor simples que ou já chamava ou tinha até vergonha de chamar, mas agora não tem mais. Deu uma humanizada no candidato e isso é muito bom; humanizou ainda mais aquele candidato que é conhecido. Ficou mais acessível esse nome ou esse apelido, que não é pejorativo, mas é uma característica, que ele ouviu a vida toda. Então, isso foi muito positivo por parte da campanha e a aceitação está melhor ainda em relação a essa brincadeira”, avalia.
“Primeiro, é um sonho dele e eu não tiro sonho de ninguém. Quem faz parte do meu grupo ou até mesmo da família, que tenha pretensão de ser candidato, eu faço questão que seja candidato e lance a candidatura dentro do grupo da gente”, afirma o vereador Preto Aquino (Podemos), vereador natalense que foi eleito em 2020, com 3.490 votos, e convidou o primo Jakson Capixaba (Podemos), a fazer parte da nominata do Podemos para buscar eleger três cadeiras, embora afirme que “tenha consciência que o terceiro é muito difícil”.
“Eu recebi o convite do vereador Preto Aquino, que é meu primo legítimo e que expôs para mim que a nominata seria de pessoas simples e que lá tinha possibilidade de fazer dois vereadores. E eu estou muito feliz porque meu voto é um voto solto. É um voto de vários segmentos da sociedade. De pessoas simples, de pessoas classe média, até de empresários, que têm apostado no meu potencial”, diz o primo Jakson Capixaba.
Confiante na eleição e inspirado no perfil do senador Styvenson Valentim, liderança do seu partido, Jakson explica que ele e o primo Preto têm eleitorado de segmentos diferentes e a família fica à vontade para escolher quem quiser. “Quem não vota com Preto, vota com o branco. O branco seria eu. A gente tem feito uma campanha com transparência. Eu respeito o voto dele, ele respeita o meu voto”, diz com entusiasmo o aspirante a vereador.
Comunicador, Jakson Capixaba já esteve em emissoras tradicionais da cidade, como 95 FM, 96 FM, 98 FM, Satélite FM e Rádio CBN, atuando na cobertura do futebol potiguar. Já foi candidato a vereador em 2016, quando concorreu pelo Solidariedade. Em 2020, afirma que “não se sentia preparado” e agora, com os convites e apoio da família, voltou a articular seu sonho de ocupar a casa legislativa municipal. Tem como principal bandeira propostas na área social do esporte, principalmente com crianças carentes.
“Eu prefiro dizer que vou defender os interesses da população. Uma cidade mais justa, bem organizada, de inclusão social. Eu sou de origem simples. Até bem pouco tempo eu morava na zona Norte. Eu vejo também que o transporte coletivo é uma carência muito grande, precisa ter uma melhoria nos transportes coletivos da cidade”, afirma Jakson.
Preto Aquino, vereador eleito em 2020, é candidato à reeleição e avalia seu mandato como “melhor impossível”. “Me perdoe a minha modéstia, (meu mandato é) melhor impossível. Vou na Câmara de segunda a sexta, atendo todo mundo, sem marcar, sou único vereador. Não tenho história de chefe de gabinete para atender telefone, mentir, para dizer que não sou eu”, garante o parlamentar que tem atuação na área social e afirma que pretende continuar esse trabalho. Tanto Preto, quanto Jakson, avaliam que deve existir uma forte renovação na Câmara Municipal.
“Tem muitos que antes de chegar lá prometem, dizem que vão trazer o sol para gente, mas quando está na realidade, na prática, vê o quanto é difícil”, explica Preto, que aposta numa renovação de pelo menos 10 vereadores.
“Eu vejo que a população está dando um recado de mudança. Eu vejo que a população quer mudança realmente. O desgaste é muito grande de muitos vereadores que se acomodaram”, diz Jakson.
Campanha por Paulinho Freire Filiados ao Podemos, os dois trabalham pela campanha de Paulinho Freire (UB) a prefeito de Natal e acreditam que a campanha realizada pelo Podemos e por Styvenson Valentim devem fazer a diferença para a certeza de 2º turno que eles vislumbram.
“Graças a Deus Paulinho vem crescendo todos os dias. Não tenho dúvidas (da virada)”, afirma Preto, avaliando que Styvenson é hoje “o nome mais crescente na política do Rio Grande do Norte”.
“Eu voto em Paulinho Freire e eu acredito que vai ter segundo turno. E o segundo turno será uma história bem diferente. Eu acho que Natal vai aceitar e acreditar o que está sendo passado e proposto por Paulinho Freire, por ele ser uma pessoa atuante, de credibilidade, é ficha limpa. As pessoas veem muito isso, a questão da idoneidade do político”, defende Jakson.
Para ele, o debate entre Lula e Bolsonaro devem sim fazer a diferença na campanha majoritária, e deve beneficiar Paulinho Freire, que tem em seu palanque, além do Podemos, partidos como o PL, PP, PSDB e Republicanos.
“Até porque ele chegando a ser prefeito de Natal, vai depender muito da força política dos deputados com mandatos, deputados federais, dos senadores, principalmente o senador Styvenson Valentim, que tem colocado muitas emendas pra Natal”, finaliza Jakson Capixaba.
O lançamento do maior evento de inovação e negócios do Rio Grande do Norte – Go!RN 2024 – ocorreu nesta terça-feira (17), na Agência Sebrae da Grande Natal. Estiveram reunidos patrocinadores, correalizadores, stakeholders e profissionais da imprensa, que conheceram detalhes sobre a estrutura e a programação, além das oportunidades com potencial para transformar negócios e impulsionar a inovação no estado.
O Go!RN acontecerá nos dias 20 e 21 de setembro, no Centro de Convenções de Natal, e é promovido pelo Sebrae-RN em parceria com o Governo do Estado e cerca de 40 correalizadores. O evento também contará com 16 estandes de patrocinadores e apoiadores, além de uma exposição de startups e negócios inovadores, com 51 empresas no coworking space.
“Já temos mais de nove mil inscritos para participar deste evento e nossa expectativa é receber cerca de 12 mil participantes, incluindo startups, investidores, geeks, empresários e entusiastas da tecnologia, todos em busca de compartilhar experiências, explorar novas oportunidades de negócios e acompanhar as tendências mais recentes do setor”, comentou o superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo.
A programação será diversa, com mais de 300 palestrantes confirmados, distribuídos em 16 espaços temáticos (15 palcos e uma área de oficinas) em uma área de aproximadamente 11.800 metros quadrados. Entre os temas abordados estarão empreendedorismo inovador, impacto social, agro, healthtechs, startups, tecnologia, eSports, games digitais e debates sobre o ecossistema de inovação, proporcionando uma rica variedade de conteúdos.
No primeiro dia, os portões serão abertos às 8h para o credenciamento, com a primeira atividade marcada para 9h, o StartGo, um tour com realizadores e patrocinadores pela estrutura montada para o evento. As atividades nos palcos começarão às 10h e seguirão até às 22h. No segundo dia, o credenciamento também terá início às 8h, e a programação se estenderá das 9h às 19h, encerrada com um Happy Hour, proporcionando oportunidades de networking.
“Para o Banco do Nordeste participar do Go RN! 2024 é muito prazeroso, porque está presente dentro de um dos maiores eventos de inovação já consolidado, conduzido pelo Sebrae com a participação de diversos entes como a academia, as federações e os agentes de crédito. Ouvir as startups, identificar potenciais negócios, despertar o sentimento empreendedor e criativo da sociedade para uma transformação econômica da nossa região que o Banco possa assistir via financiamento creditício ou de financiamento a pesquisa através de editais”, comentou o superintendente do BNB, Jeová Lins.
As inscrições para o Go!RN 2024 seguem abertas, são gratuitas e devem ser realizadas previamente no site oficial do evento: https://gorn.com.br.
A governadora Fátima Bezerra inicia, nesta quarta-feira (18), uma maratona pelo interior do estado fiscalizando o andamento de obras e também entregando trechos já recuperados de rodovias. Ao todo, são R$ 428 milhões de investimentos no Programa de Restauração de Rodovias Estaduais, com obras em todas as regiões do estado, algumas já em fase final de instalação da sinalização.
No município de Guamaré, a governadora entrega à população 12 quilômetros de estrada totalmente restaurada. Trata-se da RN-401, acesso à cidade da região da Costa Branca, uma das rodovias que integram a malha viária de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN) e de grande importância à atividade de produção e beneficiamento de petróleo, e ao turismo.
A governadora destaca a importância dessas obras especialmente para devolver segurança a quem trafega diariamente por essas estradas e porque contemplam também melhoria na infraestrutura necessária às principais atividades econômicas.
“Nosso Plano de Restauração de Rodovias, nesta primeira fase, vai restaurar aproximadamente 800 Km de estradas, e estamos trabalhando já para tornar realidade também uma segunda fase desse plano, contemplando outros trechos. Adotamos critérios como o estado geral de conservação e o grau de importância dessas estradas priorizadas no aspecto da economia. Veja que temos estradas em obras estrategicamente em regiões aonde estão atividades de suma importância à economia do Rio Grande do Norte, como é o caso do turismo, a fruticultura. A RN-401, essa que estamos entregando hoje em Guamaré, atende por exemplo a atividade do Petróleo, mas atende ao enorme potencial turístico da região”, disse Fátima Bezerra.
A restauração da RN-401 ocorre através de uma parceria público-privada entre o Governo do Estado, a empresa 3R Petroleum e a Prefeitura de Guamaré, um investimento total de R$ 27 milhões. “Essa rodovia, totalmente reformada e em novo status de qualidade e trafegabilidade, é importante não apenas para escoar a produção do polo petroquímico, mas para a interiorização e o desenvolvimento do turismo”, enfatizou a governadora.
A agenda segue de quinta-feira até o sábado pelas regiões Agreste e Seridó. Na quinta e sexta-feira, a governadora e secretários de estado percorrem os trechos de rodovias que levam aos municípios de Serra de São Bento, Passa e Fica, até a divisa com o estado da Paraíba, além da RN-003 que leva à praia de Pipa, um dos principais destinos turísticos do estado. Também estão no roteiro trechos das rodovias RN-120 (São Paulo do Potengi-São Tomé) e RN-203, a Estrada da Produção São Tomé/Cerro-Corá.
No sábado, Fátima Bezerra e comitiva seguem em visitas às obras de rodovias na região Seridó Potiguar, em Jardim de Piranhas (RN-288), São João do Sabugi (RN-118), São José do Seridó/Cruzeta/Acari (RN-288). À tarde percorre a rodovia BR-226, estrada em processo de federalização.
O Ministério Público Federal apresentou as considerações finais acerca do processo que apura o maior esquema de tráfico de drogas da história do Rio Grande do Norte. A denúncia é fruto de investigações da “Operação Maritimum”, deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2022, que apontou a existência de uma quadrilha especializada no envio de cocaína para a Europa, Ásia e África em navios, a partir dos portos de Natal e Areia Branca, no Rio Grande do Norte, e de outros terminais brasileiros. No documento, que possui quase 700 páginas, o MPF pede a condenação de 48 réus, o confisco de bens apreendidos em poder da organização criminosa e o ressarcimento de R$ 10 milhões aos cofres da União.
Ao Diário do RN, o procurador da República Fernando Rocha de Andrade, explicou que o próximo passo é a abertura do prazo para que a defesa dos réus apresente suas razões. Depois disso, sairá a sentença do juiz federal Mário Azevedo Jambo, substituto da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do RN. O magistrado é o titular do processo. A expectativa, ainda de acordo com o procurador, é de que a sentença seja proferida ainda este ano.
Os réus estão sendo julgados por organização criminosa, associação para o tráfico de entorpecentes e tráfico internacional de entorpecentes. Em caso de condenação, a pena pode chegar a 26 anos de prisão para cada integrante.
Réus presos, soltos e procurados Boa parte dos acusados deixou a prisão em junho, após decisão da Justiça. Atualmente, 19 réus continuam encarcerados, entre eles João Paulo Ribeiro, o “BK”, também chamado de “Bokinha”, apontado como chefe da quadrilha. O juiz Mário Jambo ainda manteve a decretação de prisão preventiva de cinco acusados que seguem foragidos. Dois deles, inclusive, suspeitos de estarem na Europa. Outros seis denunciados, apesar de terem a prisão revogada por decisão do magistrado, seguem monitorados por tornozeleira eletrônica. Os demais aguardam a sentença em liberdade.
Investigação complexa As denúncias feitas pelo MPF são o resultado de uma complexa investigação policial, com inúmeras diligências documentadas em mais de oito meses de interceptações telefônicas e provas contundentes da formação de uma verdadeira organização criminosa com sede na capital potiguar. Ainda de acordo com a denúncia, para atravessar o Oceano Atlântico, a droga era camuflada em meio a frutas e exportada dentro de contêineres, em navios cargueiros.
Operação Maritimum A ação que desmantelou o esquema aconteceu em julho de 2022. Foi batizada pela Polícia Federal de “Operação Maritimum”. Na ocasião, foram cumpridos 46 mandados de prisão preventiva e 90 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Pará.
No curso da investigação, além das expressivas apreensões de cocaína no Porto de Natal, também foram identificadas apreensões nos portos de Barcarena/PA, Mucuripe/CE, Salvador/BA e Santos/SP, totalizando 8 toneladas de entorpecentes.
No outro extremo da rota internacional da droga, apreensões também foram registradas em portos europeus, tendo os terminais marítimos de Amsterdã e Roterdã, na Holanda, como os principais destinos.
O esquema Resumidamente, o esquema foi montado a partir da aquisição de uma residência no bairro de Ponta Negra, em Natal, e posteriormente de um outro imóvel no San Vale, também na capital potiguar, de onde “Bokinha” liderava a quadrilha. O local chegou a ser apelidado de “Mansão Mundrunga”. No dicionário, é possível achar duas definições para mundrunga. A primeira diz que significa mulher feia, de aparência ruim. A segunda, trata como feitiçaria, macumba ou bruxaria.
Um galpão, dentro de uma chácara em São José de Mipibu, na Grande Natal, também era utilizado como ponto de apoio para a quadrilha. Lá, os criminosos recebiam caminhões e carretas transportando contêineres carregados de mercadorias de exportação, como frutas e legumes, e faziam a contaminação da carga. O processo era simples: violar os contêineres e rechear as mercadorias com cocaína. Isso foi feito em limões, gengibres, mangas, melões e melancias.
Depois que a droga era camuflada em meio aos produtos, os contêineres eram novamente fechados com lacres clonados. Depois, os veículos seguiam para o Porto de Natal, de onde os contêineres embarcavam para a Europa. Detalhe: os contêineres possuíam termógrafos, que são dispositivos eletrônicos capazes de medir e gravar a temperatura das mercadorias. Para que os equipamentos não registrassem alterações na temperatura da carga, os bandidos colocavam sacos de gelo sobre os aparelhos.
Ao mesmo tempo em que foram realizadas as apreensões no RN, a quadrilha também operou nos estados do Pará (onde drogas era enxertadas em cargas de madeira), Ceará, Salvador e São Paulo, com interceptações de cargas nos países europeus de destino, como Bélgica, França e Holanda.
Rota internacional Após as primeiras apreensões de drogas no Porto de Natal aconteceram em 2019. Na ocasião, a Polícia Federal confirmou que a capital potiguar estava na rota do tráfico internacional de drogas.
À época, inclusive, a PF confirmou que já sabia da existência do transporte de drogas pelo ar – caso em que o entorpecente é levado na bagagem ou preso ao corpo de passageiros de aviões. O trajeto marítimo, no entanto, foi considerado novidade, de acordo com Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF no RN.
Duas grandes apreensões foram feitas em fevereiro de 2019, as primeiras da história do Porto de Natal, aberto em 1932. Nunca uma operação policial havia descoberto drogas no terminal.
Ainda segundo a PF, o tráfico marítimo entre Natal e a Europa ocorria sempre de forma semelhante. Primeiro, a cocaína era embalada em tabletes. Depois, tudo é escondido em meio a carregamentos de frutas — que são exportadas dentro de contêineres — que por sua vez atravessam o Oceano Atlântico em navios cargueiros.
Além de desembarcarem em Amsterdã ou Roterdã, muitas vezes os contêineres também eram descarregados no Porto de Antuérpia, na Bélgica. Neste último, em 2018, a polícia local chegou a apreender 50 toneladas de drogas. Ainda não se sabe se esta droga em particular partiu da capital potiguar.
“Como é que um Hospital funciona sem CNPJ, sem Responsável Técnico, sem Alvará Sanitário, sem AVCB, que é o Alvará dos Bombeiros? Como um hospital distribui fichas, abre da 7h as 17h e não abre nos fins de semana? Não faz exames básicos, encaminha a rede privada”, questiona Pedro Vitorino, médico veterinário, que vem acompanhando o funcionamento do Hospital Público Veterinário de Natal, inaugurado desde o último dia 10 de setembro. Segundo ele, recebeu em seu consultório vários tutores vindos do Hospital, que não realiza todos os serviços e tem encaminhado os pacientes para o atendimento privado.
Em conversa com o Diário do RN, ele exibe uma solicitação de um exame de Raio-X que “deveria ser obrigatório no estabelecimento, pela norma”.
“O uso é eleitoreiro sem a menor sombra de dúvidas. Inaugurar um hospital que não passa de um consultório, que encaminha exames em pleno período político e chamar de Hospital com forte apelo midiático, se não é angariar voto com dinheiro público, não sei o que mais seria. Volto a reforçar, a Resolução 1265 está sendo desrespeitada descaradamente”, afirma o profissional, se referindo à Resolução CFMV nº1275/2019.
Ele comenta fato que já foi abordado pela reportagem do Diário do RN, no dia 13 de setembro.
Gerido pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Organização da Sociedade Civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura, o hospital começou a funcionar sem credenciamento no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), bem como não indicou um responsável técnico para a unidade. Além de descumprir diretrizes técnicas exigidas para funcionamento.
Na última quarta-feira, 11, o Conselho realizou uma fiscalização na unidade e identificou uma série de irregularidades. “Ao fiscalizar o Hospital Municipal Veterinário de Natal foi apontada algumas irregularidades com as diretrizes técnicas da resolução CFMV nº1275/2019, que conceitua e estabelece condições de funcionamento de estabelecimentos médico-veterinários. O Conselho cumpriu seu papel de orientar, fiscalizar e, quando necessário, autuar”, explicou ao Diário do RN o presidente do CRMV, Nirley Formiga, destacando que a unidade tem 30 dias para se adequar às normas.
Em contato com o Diário do RN, o CRMV encaminhou os autos de infração, pela unidade hospitalar “não cumprir os pré-requisitos mínimos, determinados pela Resolução”. Além do auto referente a ausência de registro, há o auto sobre a infraestrutura, que lista 43 descumprimentos à regulamentação básica. Dentre elas, falta de oxigênio no ambiente de recuperação do paciente no hospital veterinário; sem sala de isolamento exclusiva para pacientes com doenças infectocontagiosas e os itens obrigatórios para internação no hospital veterinário; e ausência de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas no estabelecimento veterinário.
“Quatro dias transcorreram entre a assinatura do termo e a inauguração. A pressa em inaugurar. Essa inauguração em período eleitoral é algo que chama ou a atenção de todos. Inaugurou sem CNPJ. Sem responsável e sem alvarás como já foi dito. É irregular sim. Nem sequer respeita a lei que manda funcionar 24h com responsável técnico”, disse Vitorino.
Ele ressalta, ainda, dinâmica que ocorreu durante a inauguração da unidade hospitalar: “A diretora do Hospital agradecendo ao candidato a vereador e ao prefeito que inaugurou obra em plena campanha, desrespeitando a lei que rege as eleições”.
Nas redes sociais, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), em postagem desta terça-feira, 17, afirma que o hospital está funcionando com estrutura completa. “Visitei o Hospital Veterinário de Natal e fiquei muito feliz em ver que está funcionando a todo vapor, com atendimentos de qualidade e uma estrutura completa para cuidar dos nossos pets”, afirma.
Já o candidato a prefeito apoiado pelo prefeito, Paulinho Freire (UB), fez postagem um dia após a inauguração do Hospital, no dia 12 de setembro, em seu Instagram, trazendo as palavras da sua candidata a vice-prefeita, ex-secretária de Planejamento da gestão Álvaro Dias, Joanna Guerra, e do vereador candidato à reeleição Robson Carvalho, que destinou emenda parlamentar para o equipamento, destacando suas participações para a concretização do Hospital Veterinário. “Um sonho que só se tornou possível com o nosso apoio”, afirma Paulinho na legenda do vídeo compartilhado com o parlamentar municipal.
Veterinário cita processos judiciais que envolvem representante da OSC
De acordo com documentos apresentados por Pedro Vitorino ao Diário do RN, o representante legal da empresa Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), Wilson Grassi Junior, foi representado judicialmente pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa) por suposta apresentação de documentos faltos em chamamento público para Hospital Público de João Pessoa. Além disso, teve participação em chamamentos públicos para hospital veterinário em São Luís, no Maranhão, questionada na Justiça.
A Sociedade Paulista de Medicina Veterinária é a gestora do Hospital Público Veterinário de Natal, em Organização da Sociedade Civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura.
O veterinário traz vídeos em que o próprio Wilson Grassi teria assumido que o Hospital não possui CNPJ, assume estar com registro no Conselho Regional de Veterinária de São Paulo cassado e “faz chacota com a fiscalização”.
“CRMV de Natal, vocês são ridículos (…) São hipócritas que são corporativistas, foram lá encher a nossa paciência e dar autuação para mim e para minha equipe. São veterinários traidores da profissão. Os veterinários que pegam no pé de hospital público são traidores da profissão”, diz Wilson em um vídeo das redes sociais que traz seu nome de urna e número de candidato a vereador de São Paulo.
Nas informações sobre a fiscalização, o CRMV RN ressalta: “Importante frisar que essas fiscalizações são realizadas em todos os estabelecimentos veterinários, sejam eles públicos ou privados, no intuito de garantir um serviço de qualidade a ser prestado à população. Visamos o bem estar animal, a saúde do consumidor e do meio ambiente”, destaca o Conselho.
Em caminhada com Paulinho Freire (UB) na Zona Norte de Natal, nesta terça-feira, 17, o senador Styvenson Valentim (Podemos) conversou com a reportagem do Diário do RN sobre o primeiro mês da campanha eleitoral em Natal. Apesar de afirmar que “não está preocupado com adversário, está preocupado com a campanha de Paulinho”, em referência ao apoio ao candidato do União Brasil, Styvenson comentou sobre o principal opositor de Paulinho, Carlos Eduardo (PSD).
“Ele é perverso. Isso é perverso, viu”, se limitou a responder sobre o caso denunciado em reportagem do Diário do RN nesta terça-feira, 17, em que alguns dos 244 ex-servidores da Urbana, demitidos de surpresa em 2017, durante gestão de Carlos Eduardo, desabafaram sobre o temor de ter o ex-prefeito de volta. Um dos filhos de um ex-servidor, Isaías Neto, contou que, assim como muitas famílias, a demissão impactou a vida da família dele, após a perda inesperada do emprego, o acometendo de uma depressão. “Meu pai era um pai com 37 anos de serviço. O salário dele caiu, acredito que quase 70% ou 80%. E aí veio a doença dele. Ele se preocupou muito, entrou em depressão, teve parada respiratória, teve parada cardíaca, ficou na UTI. Essa demissão foi em 2017, em 2018 meu pai veio a falecer. Ele não sustentou de jeito nenhum”, conta.
Styvenson, sobre o caso, ainda comentou: “É de ficar mesmo né, você tirar o trabalho da pessoa”.
O senador avaliou, ainda, a campanha do ex-prefeito. “É uma coisa cansada né? Está apelando para tudo, até para os apelidos, coisa que ele não gostava. O cabra está fazendo esse recurso aí. Agora, não estranhe não se a gente chamar de Boneco de Olinda, viu. De forma descontraída, na informalidade. Vamos nos encontrar com ele na rua: ‘Fala Boneco! Cabeção”, apela Styvenson.
Além disso, o parlamentar destaca que ele já fez mais por Natal, enquanto senador, do que Carlos Eduardo enquanto prefeito da capital, em uma das suas quatro gestões à frente do Executivo Municipal. Ele foi questionado sobre o motivo de Carlos Eduardo ser o foco do seu candidato Paulinho Freire nesta campanha.
“É porque ele é referência do atraso, é referência de que não fez nada, não tem uma obra significativa. Até eu como senador tenho uma obra significativa, que fiz um hospital no Alecrim, estou fazendo, concluindo. Até eu que não sou Executivo, sou senador, estou deixando uma obra boa para Natal, que é um prédio de seis andares lá no Alecrim, atrás da Policlínica, de oncologia, para cuidar de criança. Aí quando a gente procura dele, foi o quê? Eu não lembro (…) Na minha opinião não, na opinião de muita gente”, observa.
Styvenson Valentim ainda relaciona Carlos Eduardo à Fátima Bezerra e ao PT. “Foi candidato de Fátima Bezerra (PT) ao Senado. Agora vem com ‘desdobro’ dizer que não é”, destaca.
Para ele, apesar da ligação com o colega senador bolsonarista Rogério Marinho (PL), o debate ideológico Lula-Bolsonaro não deve fazer diferença nesta campanha. “O que faz a diferença realmente em resolver problema, o que resolve problema é dinheiro. E senador tem dinheiro para resolver, junto com o deputado federal, junto com outro senador. O problema é esse. Eu não estou ligado nesse negócio de ideologia não”, complementa.
Neste raciocínio do senador, a provável presença do presidente Lula em Natal, para a campanha de Natália Bonavides (PT), deverá fazer a diferença para a candidata. “Ela vai ficar feliz da vida.
Agora para o governo que que está taxando tudo, de blusa a confisco de poupança, acho que o povo não está muito feliz não. Eu penso assim. Eu não estou muito feliz e satisfeito não, porque a gente esperou picanha e tomar cerveja e até agora, nada. Só ovo”, ressaltou.
“Vai dar Paulinho” “Eu não estou me empenhando de graça não”, afirma Styvenson sobre a campanha que vem fazendo por toda Natal ao lado de Paulinho Freire. O ex-apolítico afirma que vem tomando gosto pelo contato real, fora do mundo virtual, com a população nas ruas, em campanha eleitoral, “participando de tudo”. Baseado nas movimentações, ele acredita que Paulinho Freire será o vencedor da eleição 2024 em Natal.
“Eu estou achando que o número real no dia 06 vai dar Paulinho, tenho certeza disso. Se eu fosse me basear em pesquisa, tinha gente que nunca tinha entrado, eu não tinha entrado no Senado, Rogério não tinha vencido, Carlos Eduardo tinha ganhado. Henrique Alves tinha vencido. Eu não preciso de pesquisa; a pesquisa boa é no meio da rua, com o povo mesmo aqui lado a lado, caminhando. Não estou duvidando de pesquisa não. Estou dizendo que a pesquisa real vai ser no dia da urna”, explica o senador.
O outro lado A reportagem do Diário do RN entrou em contato com o candidato Carlos Eduardo para que ele explicasse sua versão sobre o caso das demissões da Urbana e respondesse à outras críticas, mas não obteve retorno dele, nem da assessoria de comunicação, até o fechamento desta edição.
A candidata a Prefeita de Parnamirim, Professora Nilda, falou pela primeira vez sobre os R$ 70 mil em espécie que ela guarda em casa, segundo consta na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, como uma das modalidades de reserva e investimento, cujo total soma R$ 389.425,38.
Os valores foram noticiados detalhadamente em reportagem publicada pelo Diário do RN, na edição do último dia 06 de setembro. Procurada naquela ocasião, a candidata calou-se.
Nesta segunda-feira (16), novamente abordada pelo Diário do RN, Nilda garantiu que o montante se trata de uma reserva feita “de forma honesta”, justificada por 36 anos de serviços prestados à Educação.
“Isso aí é uma reserva particular, afinal de contas, eu tenho 36 anos de serviços prestados, sou educadora, concursada há mais de 36 anos. Então, foram muitos anos de trabalho, de economia – graças a Deus, de forma honesta”, declarou. “É isso que tenho a lhe dizer”, encerrou Nilda.
O que a candidata não respondeu foi: “Por que guardar tanto dinheiro em casa? ” e um outro ponto chama atenção: apesar de afirmar que a reserva foi feita ao longo de mais de três décadas, os valores não apareciam nas declarações de anos anteriores quando ela disputou eleições para vereadora, prefeita e deputada federal.
A professora, que serviu à Educação Pública Estadual, está aposentada desde junho de 2022. A aposentadoria tem o valor líquido de R$ 6.218,94, de acordo com informações de julho de 2024, obtidos pelo Portal da Transparência do Estado.
HISTÓRICO Em 2012, candidata a vereadora de Parnamirim, a professora Nilda declarou possuir a quantia de R$ 1.642,00 em uma conta no Banco do Brasil.
Em 2016, novamente candidata a vereadora, o valor acumulado em quatro contas bancárias somou R$ 11.610,00.
Já em 2020, quando Nilda tentou pela primeira vez ser prefeita de Parnamirim, não existe valor declarado à Justiça Eleitoral, seja em espécie ou em conta bancária.
Na disputa para a Câmara Federal, em 2022, a professora declarou R$ 1.223,00 em três contas bancárias. E mais R$ 3.000,00 em espécie.
Agora, candidata à prefeita de Parnamirim pela segunda vez, Professora Nilda declarou o montante R$ 86.425,00, sendo que destes R$ 70 mil em espécie guardados em casa. Isso significa que os valores que ela guarda em casa tiveram um aumento de mais de 2.000% em dois anos.
Quatro vezes candidata, Nilda só declarou que tinha R$ 3 mil em espécie em 2022 e já são R$ 70 mil em 2024
Na semana passada, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual emitiram uma recomendação conjunta, na qual cobram um ordenamento patrimonial e ambiental da Via Costeira, principal corredor turístico de Natal. O documento foi publicado na edição da última quinta-feira (12) no Diário Oficial do Estado (DOE) e já se encontra com o Governo do Estado.
Também chamaram a atenção, as críticas feitas pelo deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade), que foi duro quanto ao posicionamento das duas instituições. Segundo o parlamentar, o MPF e o MPRN estão prestando “um desserviço ao turismo”.
Importante lembrar que Luiz Eduardo é autor de um projeto que prevê uma reformulação na legislação referente à Via Costeira. A proposta, que ainda está em tramitação na ALRN, prevê prazos para a apresentação de projetos e para obras serem executadas na orla da capital potiguar.
“O meu pronunciamento de hoje é para tratar de um assunto que amanheceu nas redes sociais, que foi publicado pelos meios de comunicação do Rio Grande do Norte e que me deixou estarrecido. Foi a posição do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual, recomendando a proibição da construção de novos empreendimentos na Via Costeira da cidade do Natal. É óbvio que o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual têm uma importância grandiosa no Rio Grande do Norte, no Brasil, para a manutenção da democracia, para fiscalizar se, de fato, as leis criadas no âmbito municipal, estadual e federal estão sendo aplicadas corretamente. O Ministério Público está tendo eficiência na sua aplicação, mas essas declarações do Ministério Público prestam um desserviço para a cidade do Natal, prestam um desserviço para o Brasil, e prestam um desserviço para a cadeia produtiva mais importante do nosso Estado, que é o turismo”, disse o parlamentar.
As declarações do deputado foram feitas em sessão plenária realizada também na semana passada, logo após o MPF e o MP se manifestarem publicamente. “O turismo do Rio Grande do Norte é a maior possibilidade de nós desenvolvermos esse estado e gerarmos emprego e renda, melhorando a economia dentro da casa do cidadão, para que ele possa ganhar o seu sustento e o sustento de sua família com o suor do seu próprio trabalho. A lei que rege qualquer tipo de investimento em construção, seja na Via Costeira ou em toda a cidade do Natal, é o Plano Diretor.
E o Plano Diretor tem que ser seguido. Aí sim, o Ministério Público tem que fiscalizar se o Plano Diretor está sendo aplicado corretamente, se as exigências do Plano Diretor estão sendo cumpridas. Não pode haver esse tipo de interferência dos fiscalizadores aonde já existe uma lei aprovada. Isso só vem causar insegurança jurídica, um péssimo ambiente de negócio. O turismo é o novo petróleo no mundo. Os países da Europa que estavam em recessão, como Portugal, como a Espanha, como a Grécia, entraram em recuperação fiscal, investindo tudo que tinham no turismo”, acrescentou Luiz Eduardo.
O Diário do RN procurou a assessoria de comunicação das instituições citadas. Tanto MPF quanto o MPRN disseram que não irão se manifestar em razão das declarações do deputado Luiz Eduardo.
O que diz a recomendação A recomendação conjunta foi destinada, além do Governo do Estado, à Companhia de Processamento de Dados do RN (DATANORTE), à Superintendência do Patrimônio da União no RN (SPU), ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) e à Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (SEMURB). Nela, ressalta-se que cabe aos órgãos públicos e à sociedade como um todo decidir como a Via Costeira deve ser utilizada como um espaço de uso comum, de forma sustentável.
Um dos pontos centrais é a criação, por Decreto do Governo do Estado, da Zona de Amortecimento do Parque Estadual das Dunas. A Zona deve abranger uma área de aproximadamente 132 hectares, que se estende de Areia Preta até Ponta Negra. “A medida busca, de forma emergencial, a adoção de estratégias para evitar ou minimizar impactos socioeconômicos e ambientais na região”.
No caso da Via Costeira, são levadas em consideração todas as ameaças existentes na área adjacente ao Parque das Dunas. Também considera que a área foi desapropriada pelo Estado para uso sustentável de todo o espaço, tornando premente qualificar a área adjacente do Parque como Zona de Amortecimento.
O MPRN e o MPF pedem que a SPU, o IDEMA e SEMURB elaborem um diagnóstico técnico para determinar a extensão real da área de praia, bem como a faixa de segurança de mais 30 metros. Essa definição é crucial para garantir o uso seguro e sustentável da orla. Também foi recomendado ao Governo do Estado, à DATANORTE E à SPU que realizem um diagnóstico patrimonial completo, com identificação e georreferenciamento de todos os imóveis da União e os desapropriados pelo Estado. Além disso, devem ser realizados estudos anuais por especialistas para o acompanhamento da erosão costeira.
Também são pedidos a revisão e revogação de acordos que possibilitem a construção em imóveis na área. Além disso, “os órgãos ambientais deverão se abster de autorizar ou licenciar edificações ou estruturas rígidas nos imóveis vazios até a conclusão dos diagnósticos”.
Outra medida recomendada prevê que qualquer intervenção ou atividade na área seja compatível com a utilização de Área de Preservação Permanente (APP), com atividades em faixa de areia de praia e submetida ao conhecimento prévio e à participação da população. Os estudos de monitoramento anual deverão ser mantidos por um período de 10 anos.
Os destinatários têm o prazo de 30 dias para responder se acatarão as medidas propostas. Em caso positivo, deverão apresentar um cronograma detalhado para a implementação das diligências.
Erosão avançada A recomendação conjunta também traz um alerta para os riscos de agravamento dos processos erosivos na Via Costeira. O documento cita que, em Natal, os efeitos das mudanças climáticas, como inundações costeiras, podem ter impactos severos no meio físico e socioambiental, incluindo ecossistemas costeiros sensíveis. “A Via Costeira, que já enfrenta alta taxa de erosão e redução da faixa de praia, requer medidas urgentes de adaptação e mitigação. O comprometimento do sistema de drenagem pluvial e o risco de colapso das fundações são preocupações adicionais que demandam ação”, registra o texto.
Histórico No ano de 1977, por meio do Decreto Estadual nº 7.237/77, o Governo do Estado desapropriou uma área de aproximadamente 1.350 hectares para criar um Plano/Projeto urbanístico denominado Via Costeira/Parque das Dunas, em razão, entre outros, do valor paisagístico e das funções ambientais que essa área desempenha para a cidade. No decorrer dos anos, outras áreas foram desapropriadas para efetivação desse plano urbanístico que margeia a orla marítima da Praia de Ponta Negra até a Praia de Areia Preta.
O Regulamento do Projeto Urbanístico Via Costeira/Parque das Dunas foi definido, inicialmente, pelo Decreto 7.538/79. Desde o seu regulamento inicial, ficou consignado que o objetivo da criação do projeto urbanístico em referência foi o de, entre outros, proteger os sistemas geológicos e geomorfológicos das dunas, conter a ocupação desordenada e predatória da área, obter o aproveitamento ótimo do potencial turístico de lazer da faixa litorânea, além de promover a interligação entre as praias de Areia Preta e Ponta Negra.
Passados 45 anos da criação do Plano Urbanístico Via Costeira/Parque das Dunas, constata-se que algumas estruturas de hotelaria, idealizadas para serem construídas entre a Via Costeira (RN 301) e o mar, não foram implantadas. Atualmente, a área da orla marítima, considerada entre a praia de Ponta Negra e Areia Preta, encontra-se com mais de 50% livre de construções.
Concessionários querem construir na Via Costeira
Faz exatamente um mês que o Diário do RN publicou matéria sobre a situação da Via Costeira, em particular sobre a possibilidade de a área receber novos empreendimentos, como prevê o Projeto de Lei de autoria do deputado Luiz Eduardo. Na ocasião, a reportagem ouviu a opinião do empresário Enrico Fermi, representante dos concessionários que possuem direito construtivo ao longo da Via Costeira de Natal.
“O Projeto de Lei nada mais faz do que dar segurança jurídica ao Governo do Estado e aos concessionários. Os concessionários vão ter prazo para dar entrada nos projetos, prazo de 12 meses, e depois disso, depois de analisado pelos órgãos ambientais, vão ter 36 meses para construir. Não cumprindo esses prazos, o Governo vai lá e vai tomar a área de volta, vai recuperar a área de volta e vai fazer uma nova PPP com quem tem interesse em investir na Via Costeira. Isso vai dar segurança tanto para um lado quanto para o outro”, destacou Fermi.
“A grande maioria dos concessionários, na realidade, nem sequer pensava em investir na Via Costeira em função dessa falta de segurança. Você vê que o último equipamento que foi feito lá, que foi o Hotel Serhs, há mais de 20 anos, ele nem sequer conseguiu a licença da obra. Ele foi construído em cima de uma liminar que a Justiça deu para começar a obra. Mas ele começou a obra sem sequer ter a licença de construção”, frisou.
“Não são poucos os recursos que vão ser aportados para o investimento da lei. São milhões de reais que vão ser aportados. Então, quer dizer, diante disso, desse novo plano, com esses novos prazos, com essa nova lei, a Via Costeira, sim, vai poder dar uma resposta. O Governo do Estado vai poder dar a resposta, e sancionando essa lei, a governadora Fátima vai poder dar esse avanço, vai poder dizer ao povo do Rio Grande do Norte que agora sim, a Via Costeira vai dar esse avanço.
E as obras na Via Costeira vão ter começo, meio e fim, ou seja, vão ter prazo para se executar. Não executando, o concessionário vai perder a área e o Governo do Estado vai botar outro concessionário que queira investir no Estado, melhorar o emprego, dar uma qualidade de vida melhor para o povo e gerar distribuição de renda. Esse é o objetivo do projeto. O que deixa a gente tranquilo é isso, é que ele não mexe em nenhuma questão ambiental. E você vê que na Via Costeira, nenhum dos hotéis causou impacto ambiental lá, nem no Parque das Dunas nem na praia”, concluiu o empresário.
A pesquisa DataVero/Diário do RN entrevistou 400 eleitores macauenses sobre as intenções de votos a prefeito de Macau, município a 180km de Natal. Realizada no dia 15 de setembro, a pesquisa revela a tendência de derrota do prefeito Zé Antônio (UB), que está em seu terceiro mandato, por quase 30 pontos.
De acordo com a pesquisa estimulada, a candidata Flavinha Veras (PDT), filha do ex-prefeito Flavio Veras, aparece com 55,50%. Já o prefeito Zé Antonio (UB), candidato à reeleição, tem 28,5%. Polyanna de Daniel Dantas (PP) 3% e Albimar Melo (PT) 2%. Não souberam responder 6,75% e responderam ‘nenhum’ 4,50%.
Já na pesquisa espontânea, Flavinha Veras foi a mais citada, com 53,50% das intenções de votos.
Zé Antônio foi lembrado por 28,75% dos entrevistados. Albimar Melo aparece com 1,50%, assim como Polyanna de Daniel Dantas, que foi citada por 1,50%. Não souberam responder 12,50% dos entrevistados; e responderam ‘nenhum’ 2,25%. Na pesquisa espontânea, não são apresentados os nomes dos candidatos e o eleitor cita o primeiro nome que vem à mente.
Rejeição A pesquisa DataVero/Diário do RN também questionou os entrevistados sobre os nomes que rejeitam nesta eleição.
O prefeito Zé Antônio é o mais rejeitado, com 42%; Flavinha Veras tem 18,25% de rejeição; Albimar Melo foi citado por 12%; e Polyanna de Daniel Dantas por 5,75% dos eleitores macauenses. Responderam que votariam em todos, ou seja, rejeita nenhum, 3,25%; rejeitam todos, 5%; e não souberam responder, 13,75%.
A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.
A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.
voto é definitivo para 82% Os entrevistados que responderam à pesquisa DataVero/Diário do RN também expuseram a possibilidade de mudança de voto. De todos os 400 eleitores, 82% afirmam que a decisão é definitiva; outros 15,5% dizem que podem mudar a decisão; e 2,5% não sabem ou não responderam.
Já dentre os entrevistados que disseram votar na candidata Flavinha Veras, 88,7% afirmam que decisão é definitiva; 10,4% podem mudar o voto; não sabem ou não responderam, 0,9%.
Dos que afirmaram votar em Zé Antônio, quase a totalidade, 95,6%, afirma que não deve mudar o voto; somente 4,4% afirma que pode mudar a decisão de voto.
Entre os que dizem votar em Polyanna de Daniel, 58,3% asseguram que decisão é definitiva; já 41,7% ainda pode mudar de ideia.
Dos que pretendem votar em Albimar Melo, 62,5% diz que voto é definitivo; e outros 37,5% ainda pode mudar e escolher outro candidato.
A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.
A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.
DataVero à Câmara de Macau: dos 10 mais citados, seis são vereadores
A pesquisa DataVero/ Diário do RN, realizada em Macau, questionou os eleitores entrevistados sobre a intenção de votos a vereador. Dos mais citados, a maioria é vereador de mandato. Na decisão de voto à Câmara Municipal, 27% dos macauenses ainda estão indecisos e não sabem ou não responderam ao questionamento.
Dos nomes citados, Zé Maria da Ilha foi lembrado por 5,25% dos eleitores; o atual presidente da Câmara de Macau, Robson, tem 5% das intenções de votos; o vereador Professor Edvaldo Junior tem 4,25; a mesma porcentagem dos que responderam ‘nenhum’.
Érika Nobre tem 3,50%; já o ex-vereador Nenéo e o atual vereador Nilson de Barreiras têm 3%, cada um; Jefinho tem 2,75%; a vereadora Ceição Lins, Gerda Teodósio e Luisiano Pescado, 2,50%, cada um.
A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.
A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.
Prefeito Zé Antônio é desaprovado por quase 60% dos macauenses
A pesquisa DataVero/Diário do RN mediu a opinião da população de Macau sobre as gestões municipal, estadual e federal. Na avaliação da gestão municipal, a população está insatisfeita com o atual prefeito.
Zé Antônio (UB) é desaprovado por 59% da população de Macau. Por outro lado, é aprovado por 34,5%. Não sabem ou não responderam, 6,75%.
Já sobre a gestão federal, 65,75% aprova o Governo Lula (PT); não aprovam o governo Federal, 20,75%, e não sabem, ou não responderam, 13,50%.
Já a governadora Fátima Bezerra (PT) é desaprovada por 56,50% da população de Macau; 28,25% aprovam a gestora estadual do RN. Não sabem ou não responderam 15,25%.
A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.
A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.
“Eu não tenho dúvida de que o que antecipou a partida do meu pai foi a demissão que Carlos Eduardo fez com o pessoal da Urbana. Aquela demissão foi a antecipação da partida do meu pai.
Disso, eu não tenho nenhuma dúvida”. Esse é o relato de Isaías Germano Neto, filho de Isaías Germano Junior, um dos 244 funcionários prejudicados pela demissão em massa na Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), causada em 2017 pelo ex-prefeito e atual candidato à chefia do Executivo Municipal de Natal Carlos Eduardo (PSD). Agora, Neto teme um quinto mandato. “Eu acho que todas aquelas famílias que foram penalizadas naquele período não aceitam de jeito nenhum que ele tente voltar a ser prefeito de Natal por causa da covardia do que ele fez”, diz.
A dispensa coletiva surpreendeu os funcionários no dia 2 de janeiro de 2017, quando chegaram para trabalhar. Como relata a jornalista Liege Barbalho, também demitida na ocasião, “os funcionários foram demitidos, chegaram para bater um ponto e estava lá na lista (de funcionários despedidos) no relógio do ponto”. Ela classifica o ato como “humilhante, ultrajante, desrespeitoso, desumano.
Assim como para muitas famílias, a demissão impactou a vida da família de Isaías Neto, que teve depressão após a perda inesperada do emprego. “Meu pai era um pai com 37 anos de serviço, tinha um salário razoável, foi pego de surpresa na hora da demissão dele. O salário dele caiu, acredito que quase 70% ou 80%. Não dava para corrigir, não dava para comprar, não dava para pagar quase nada. E aí veio a doença dele. Ele se preocupou muito, entrou em depressão, teve parada respiratória, teve parada cardíaca, ficou na UTI. Essa demissão foi em 2017, em 2018 meu pai veio a falecer. Ele não sustentou de jeito nenhum”, conta.
A família de Isaías Junior dependia do salário que ele recebia da Urbana para a manutenção das necessidades básicas. “É uma casa em que tem uma autista que dependia do meu pai com plano de saúde, remédios caros, idas a médico e tudo isso teve que acabar porque não tinha mais como pagar. Foi uma coisa ruim mesmo”, afirma Neto. Para o jovem, “Carlos Eduardo foi uma negação”.
“O que eu tenho a dizer sobre Carlos Eduardo é (que foi) um desastre. Desumano demais”, relata.
“Esse homem deveria ser responsabilizado criminalmente. Morreram pessoas em função do que ele fez, da atitude dele”, concorda Walter Medeiros, um dos funcionários prejudicados. O motorista por aplicativo, que luta há oito anos contra os prejuízos causados pela decisão, também teme a volta do antigo gestor ao Palácio Felipe Camarão. “Eu me preocupo muito em ele não voltar, porque, senão, ele vai fazer a mesma coisa que fez com a gente. A gente já está no prejuízo, mas e os outros que estão lá sonhando?”, lamenta.
A jornalista Liege Barbalho, também demitida na ocasião, relembra a surpresa que teve no dia 2 de janeiro de 2017, quando chegou para trabalhar. “Os funcionários foram demitidos, chegaram para bater um ponto e estava lá na lista (de funcionários despedidos) no relógio do ponto. Foi à queima-roupa. Humilhante, ultrajante, desrespeitoso, desumano”, ressalta.
Ainda segundo a comunicadora, todos os funcionários atingidos estavam na empresa havia mais de 30 anos. “Nós somos fundadores, erguemos aquilo ali com nosso trabalho, com nossa eficiência, capacidade e força de vontade”, conta. “Se a Urbana foi mal administrada, se os gestores que passaram não souberam administrar, não foi problema dos funcionários, não foi problema nosso. Nós estávamos lá, dando o nosso expediente, trabalhando todos os dias”, afirma Barbalho.
INDENIZAÇÕES Somente em 2017 parte dos ex-servidores começou a receber os primeiros valores devidos referentes à dispensa. Uma outra parcela conseguiu ser paga em 2019 e ainda restam nove pessoas à espera de decisões judiciais. No entanto, apesar de a maioria ter conseguido encerrar as pendências com a Prefeitura, os relatos são de que os acordos realizados foram “vergonhosos”.
“(Os demitidos) fizeram pela necessidade de sobrevivência. Porque a gente tinha um padrão e, de repente, caiu. Foi uma coisa desrespeitosa que fizeram, teve gente que passou lá 40 anos trabalhando e recebeu 56 mil reais de uma indenização”, relata a jornalista Liege Barbalho.
O motorista Walter Medeiros relata que se tratou de imposição. “Eles impuseram um valor para a gente. Era a lei da mordaça. Não teve acordo. Em momento algum teve acordo”, destaca.
Ele conta que os valores propostos são muito abaixo do devido e lamenta pelos colegas que precisaram aceitar a oferta. “A gente tem direito a um valor e eles querem dar 5% do que a gente tem direito. Os que aceitaram (o acordo) primeiro, aceitaram piores condições”, diz.
SEM PREVISÃO Após 8 anos, os ex-funcionários que ainda não conseguiram formalizar um acordo com a Prefeitura afirmam que não têm previsão para receber os montantes esperados. “Nós não temos previsão, só de luta. Já são oito anos, quase uma década, que estamos vivendo dessa forma, né?
Sobrevivendo da maneira que a gente pode, né? Por exemplo, Walter faz Uber, eu faço assessoria, tenho blog para poder ter uma vida digna, porque ele deixou a gente em maus lençóis”, relata Liege Barbalho. No entanto, a jornalista garante: “se não resolver da forma que seja correta, justa, eu vou até Brasília, sim. Eu levo o processo até Brasília”. Para Walter, é “muito pouco provável” chegar a um acordo interessante com a Urbana.
MEDO Os ex-servidores temem o retorno de Carlos Eduardo à gestão da capital potiguar. “O que a gente pretende, na verdade, é fazer por onde que esse rapaz não tenha novas oportunidades, né?”, diz o motorista. “De prejudicar a vida dos natalenses, porque, se ele voltar, com certeza vai prejudicar a vida de mais natalenses. Ele paga de bom moço, mas na realidade ele é um lobo em pele de cordeiro. Dando uma de bom rapaz, mas na realidade ele é uma pessoa do mal, porque ele prejudicou a vida de mais de mil pessoas sem justificativa alguma”, completa a comunicadora.
“Ele tinha que fazer uma autoanálise para ver se ele pensaria em voltar a Prefeitura, porque eu não vejo ele nada de capaz, muito pelo contrário, eu acho ele perseguidor. É perseguidor do trabalhador. A concepção que eu tenho dele é que ele é um oportunista, um mau caráter, que ele, para chegar ao poder, é como aquele dito popular: ele vende a mãe ao diabo, ele quer estar lá no poder”, diz Liege. “Então eu acho ele um mau-caráter, um oportunista que quer voltar para o comando da cidade mais uma vez para o bel-prazer dele, porque ele prejudicou muita gente. E eu falo desse meu caso. Quantos outros casos existem, que ele fez?”, finaliza.
O candidato a vereador de Natal, Giann Oliveira (PL), teve candidatura deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), nesta segunda-feira, 16. O deferimento se deu por unanimidade de votos, após recurso interposto pela candidatura do chef de cozinha, que estava com prazo recursal aberto, após indeferimento inicial.
Filho do ex-vereador de Natal, Assis Oliveira, Giann, e irmão do empresário e comunicador, Bruno Giovanni, Giann se filiou ao PL aos 46 anos para buscar seu primeiro mandato eletivo, apresentando como bandeira principal o reaproveitamento alimentar e o fortalecimento da gastronomia em Natal. O cozinheiro tem uma trajetória de empreendedorismo com de mais de 10 anos como chef.
Ele acrescenta que Natal tem outros pontos que merecem atenção especial. Para ele, é necessário dar atenção às lagoas de captação e reestruturação das praças da cidade. Segundo ele, alguns bairros da cidade sofrem com “odor e insetos” ocasionados pela falta de manutenção. Como pré-candidato do PL, Giann estará no palanque do pré-candidato a prefeito Paulinho Freire, nome apoiado pelo bolsonarismo em Natal.
“Resolvi ser candidato, primeiro, por paixão e vocação pela política, o segundo, por ter uma preocupação constante com o desperdício de alimentos que há em nossa cidade. Com o meu conhecimento, sei que podemos transformar insumos que são jogados no lixo em comida aos que precisam”, explicou ao Diário do RN em entrevista publicada no dia 25 de junho.
Giann Oliveira tem sido um dos candidatos do PL mais lembrados nas últimas pesquisas, publicadas e registradas, para vereador em Natal.
A 20 dias das eleições municipais, nesta segunda-feira (16), se encerrou o prazo para substituição de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), regulamentada pela Resolução do TSE nº 23.609/2019, permite que o partido, federação ou coligação realize a substituição de candidaturas indeferidas, canceladas, cassadas, como também para casos de renúncias e falecimentos; este último caso é o único que não entra neste prazo citado.
Agora, mesmo as candidaturas que aguardam julgamento, ou que porventura venham a ser indeferidas, não podem mais ser substituídas por outro nome. No Rio Grande do Norte, a candidatura do ex-deputado estadual Manoel da Cunha Neto, o Souza Neto (UB), a prefeito de Areia Branca corre o risco de não prosperar e minar os planos do grupo de voltar ao Executivo areia-branquense.
Souza está indeferido pela Justiça Eleitoral por inelegibilidade. Em maio passado, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), pelo placar de 4 a 1, condenou o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Areia Branca, Souza Neto, por ato de improbidade administrativa, que, segundo a Justiça, causaram prejuízo ao erário em fraudes em processo licitatório quando Souza foi prefeito de Areia Branca, entre 2010 e 2012. De acordo com a decisão, houve enriquecimento ilícito e ofensa aos princípios da moralidade, impessoalidade e lealdade à instituição.
As penas impostas ao ex-prefeito foram a suspensão dos direitos políticos por 6 anos, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa; proibição de contratar, direta ou indiretamente com o poder público, também por 6 anos; reparação integral do dano ao erário e multa civil correspondente ao valor do dano ao erário.
Souza requereu registro de candidatura no dia 14 de agosto. O pedido foi impugnado pelo Ministério Público e pela Coligação “Mais Trabalho, Mais Mudanças”, do candidato adversário Bruno Filho (PSDB). No dia 1º de setembro, a candidatura foi “indeferida com recurso”, portanto, apto a continuar a propagar sua campanha à prefeito no município da Costa Branca antes de decisão final.
Em face da situação, e buscando viabilizar sua candidatura, Souza firmou um Acordo de Não Persecução Cível com o Ministério Público Eleitoral (MPE), admitindo os atos de improbidade, com o objetivo de negociação das penas e retirada da suspensão dos direitos políticos. A partir do acordo, o ex-prefeito nutre a esperança de conseguir deferimento para sua candidatura.
O acordo judicial, no entanto, precisa ainda ser homologado pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Caso não alcance a homologação, Souza perde a chance de disputar, mesmo que através de um substituto, já que é findado o prazo para um plano B.
Pelo acordo, para tornar “mais efetiva e célere a reparação do dano causado ao erário”, Souza se comprometeu a pagar o montante de R$ 1.483.298,12, referentes à atualização do dano no valor de R$ 644.912,23, mais uma multa de 30% do valor apurado relativo ao dano ao erário, R$ 193.473,66 para que seja afastada a sanção suspensão de seis anos dos direitos políticos.
O percentual de 30% do valor integral do débito, ou seja, R$ 444.989,43, já foram depositados por Souza como uma “entrada” para afastar a condenação. Pela cláusula 13ª do Acordo, se homologado judicialmente, será extinto o processo contra o candidato.
Quando do indeferimento de sua candidatura, Souza fez postagem nas redes sociais mantendo sua postulação a prefeito. “Nossa candidatura segue firme nas ruas, no coração das pessoas”, afirmou, para evitar dispersão dos apoiadores e militância. Paralelo ao acordo, o ex-deputado chegou a cogitar seu irmão Marcos Antônio de Souza, o Toninho (PSB), como plano B para substituí-lo. Agora, sem a possibilidade, corre na disputa sub judice por sua conta e risco.
A reportagem do Diário do RN entrou em contato com Souza Neto nesta segunda-feira, 16, para saber sobre possibilidade de substituição ao fim do prazo, mas não obteve retorno.
Está em cena a campanha ‘Setembro Verde’, período do ano dedicado à conscientização para a importância da doação de órgãos. A missão é encorajar a população a considerar a doação como um gesto de solidariedade. Reunir a família para discutir a intenção de se tornar um doador é louvável.
Somente este ano, no Rio Grande do Norte, o sistema público de saúde já realizou aproximadamente 300 transplantes de órgãos. O número já é superior a todos os procedimentos realizados ao logo de todo o ano passado. Atualmente, o estado possui cerca de 1.000 pessoas na fila de espera por um órgão.
Segundo a Subcoordenadoria de Transplante de Órgãos da Secretaria de Estado da Saúde Pública, no período de janeiro a agosto, foram feitos 139 transplantes de córneas, 101 de medula óssea, 35 de rins e um transplante de coração, totalizando 276 procedimentos. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e estão sujeitos a alterações.
No que se refere à captação de órgãos para doação, a SESAP informou que foram feitas 24 captações de múltiplos órgãos e 64 captações de córneas.
“Embora o número de transplantes tenha crescido, nós precisamos aumentar o número de doações. Contamos com o apoio da população para que o assunto da doação de órgãos seja abordado dentro das famílias. No momento de luto e de dor, quando você recebe a notícia que um familiar faleceu e você já sabe que é da vontade dele ser um doador, isso torna o processo mais rápido e fácil. Ser um doador é transformar a dor em vida, o seu familiar vai estar vivo em outras pessoas”, destacou Rogéria Nunes, coordenadora da Central Estadual de Transplantes do RN.
Lista de Espera No Rio Grande do Norte, a lista de espera para transplante, no final de agosto, era de:
Transplante renal: 320 pacientes
Transplante de córneas: 601 pacientes
* Transplante de medula óssea: 15 pacientes
Transplante cardíaco: 01 paciente
Caminhada pela Vida Em setembro é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos (27/09). E todos os anos a SESAP realiza a “Caminhada pela Vida”, um ato dentro das comemorações pelo “Setembro Verde”, que visa conscientizar e promover debates sobre a importância de a população declarar para a família a vontade de ser doador. Este ano, a caminhada acontece no dia 21 (sábado), a partir das 8h, com concentração na entrada do Hemonorte (Av. Alexandrino de Alencar, 1800 – Tirol).
Quero ser doador Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o desejo. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde.
O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só serão doadores com autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Referência De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.
“A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante”, diz o MS.
Órgãos e tecidos que mais são doados em todo o Brasil
Córnea: Pacientes com lesões irreversíveis precisam receber uma nova córnea, que tem de ser retirada pouco tempo após a parada cardíaca do doador.
Coração: Deve ser retirado imediatamente após a morte.
Pulmões: Costumam ser retirados de pacientes com morte cerebral, mas, em alguns casos, é possível fazer a doação mesmo quando o coração deixa de bater.
Fígado: Quando o órgão não funciona, é necessário recorrer a um doador. A retirada deve ser feita logo após o cérebro deixar de funcionar.
Rins: Transplante geralmente feito entre pessoas da mesma família – a cirurgia consiste na retirada de apenas um dos rins. Quem sofre de insuficiência renal pode se candidatar a um transplante para se livrar de sessões de hemodiálise.
Medula: Só uma pequena parte da medula precisa ser retirada. Implantada em outro paciente, seu tecido se multiplica sozinho. O transplante pode ser feito em casos de câncer, doenças do sangue e do sistema imunológico.
Tecidos e cartilagens: Tecidos ósseos, como a cabeça do fêmur (osso da perna), podem ser transplantados.
Pâncreas: O órgão, responsável pela produção de substâncias essenciais ao organismo, como a insulina, é um dos mais transplantados.
Pele: Pode ser retirada para a realização de enxertos em pacientes que sofreram queimaduras graves, por exemplo.
Vasos sanguíneos: Pessoas que têm obstruções em veias e artérias podem receber vasos de um doador.