A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciou a abertura de dois editais de concurso público, ofertando mais de 50 vagas para cargos de nível médio e superior. Os salários podem chegar a R$ 8.692,32. As inscrições começam na próxima segunda-feira (10) e seguem até o dia 6 de abril, exclusivamente pelo site da Comperve.
Detalhes da seleção
A taxa de inscrição é de R$ 120 para cargos de nível médio e R$ 180 para nível superior. As provas serão aplicadas em datas distintas: no dia 8 de junho para o cargo de auxiliar em administração e no dia 15 de junho para os demais cargos.
Os aprovados serão lotados nos campi da UFRN em Natal, Caicó, Macaíba, Santa Cruz e Currais Novos.
Vagas e remuneração
Nível médio
Salário inicial: R$ 3.029,90 (40h semanais), podendo chegar a R$ 5.302,32 com incentivo à qualificação.
Cargos:
Assistente em administração (9 vagas)
Técnico em laboratório – Anatomia e necropsia (2 vagas)
Técnico em laboratório – Química (2 vagas)
Técnico em laboratório – Alimentos (1 vaga)
Técnico em laboratório – Agropecuária (1 vaga)
Técnico em laboratório – Têxtil (1 vaga)
Técnico em laboratório – Análises clínicas (1 vaga)
Técnico em laboratório – Eletroeletrônica (1 vaga)
Nível superior
Salário inicial: R$ 4.967,04 (40h semanais), podendo chegar a R$ 8.692,32 com doutorado.
Cargos:
Bibliotecário-documentalista (3 vagas)
Arquivista (1 vaga)
Administrador (2 vagas)
Estatístico (1 vaga)
Analista de Tecnologia da Informação – Ciência de Dados (1 vaga)
Analista de Tecnologia da Informação – Desenvolvimento (1 vaga)
Pedagogo (1 vaga)
Nutricionista (1 vaga)
Fonoaudiólogo (2 vagas)
Farmacêutico (1 vaga)
Vagas para médicos
Salário inicial: R$ 4.761,98 (20h semanais), podendo chegar a R$ 8.333,46 com doutorado.
Cargos e vagas:
Família e Comunidade (3 vagas)
Medicina do Trabalho (2 vagas)
Psiquiatria (4 vagas)
Clínica Médica (1 vaga)
Cirurgia Geral (2 vagas)
Ginecologia e Obstetrícia (2 vagas)
Infectologia (1 vaga)
Endocrinologia (1 vaga)
Oftalmologia (1 vaga)
Gastroenterologia (1 vaga)
Pneumologia (1 vaga)
Dermatologia (1 vaga)
Os interessados devem acessar o site da Comperve para realizar a inscrição dentro do prazo estabelecido.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), protocolou, na última quarta-feira (26), cinco requerimentos contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Ele quer mais informações sobre denúncias que acusam a ex-primeira-dama de uso irregular do cartão corporativo da Presidência da República, enquanto Jair Bolsonaro (PL) esteve à frente do cargo.
Nos ofícios, o parlamentar aponta para a existência do que chamou de “caixa paralelo destinado a custear despesas com o cartão de crédito da ex-primeira-dama, de maneira a ocultar a origem dos recursos”.
Os requerimentos foram apresentados no Ministério Público Federal (MPF), na Polícia Federal (PF) e na Controladoria-Geral da União (CGU), além de mais dois ofícios na Casa Civil.
Dentre os pedidos, o deputado solicita a investigação de “todos os agentes públicos e privados que participaram, junto com Michelle Bolsonaro, das irregularidades, com apuração de suas responsabilidades criminais e administrativas”.
“Há informações publicadas sobre recursos transferidos, por via bancária, pela referida empresa, ao sargento do Exército, sr. Luís Marcos dos Reis, ajudante de ordens da Presidência da República. Ao menos R$ 25,3 mil teriam sido depositados à conta do militar até julho de 2022, sacados pelo mesmo e/ou utilizados para pagamento de despesas de um cartão de crédito utilizado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro”, indagou Lindbergh à CGU.
O deputado afirmou que os pedidos foram feitos como forma de resposta à pressão da oposição sobre a atual primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva.
“Cada requerimento contra Janja, nós vamos apresentar 2 contra Michelle Bolsonaro. A turma da rachadinha com cartão corporativo não tem moral. Vamos pra cima!”, escreveu em rede social.
Veja os pedidos feitos por Lindbergh:
Polícia Federal
a) Foi ou foram instaurado/s inquérito/s policiais para investigar e aprofundar possíveis desvios de recursos da Presidência da República, destinados à ex-primeira-dama e seu núcleo familiar?
b) Qual o estágio atual dessas investigações?
c) Houve indiciamentos?
d) A investigação já foi encaminhada ao Ministério Público Federal e ao Poder Judiciário?
Controladoria-Geral da União
a) Houve instauração de procedimentos administrativos da seara de competência deste relevante órgão para investigar e aprofundar a ocorrência de desvios de recursos públicos, atos de corrupção, beneficiamento pessoal de autoridades ou servidores públicos e seus familiares praticados pela empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção Ltda. e outras, inclusive em benefício da ex-primeira-dama e seu núcleo familiar?
b) Qual o estágio atual de tais procedimentos?
c) Houve conclusão dos procedimentos e adotada responsabilização ou acordos de leniência referentes à apuração, no caso das pessoas jurídicas? Caso positivo, quais os responsabilizados e os termos de eventuais conclusões do/s procedimento/s?
d) E em relação às pessoas físicas beneficiárias e/ou autoras de ilícitos, alguma providência foi adotada?
e) As eventuais conclusões das apurações aqui referidas foram encaminhadas ao Ministério Público Federal ou Tribunal de Contas da União ?
Casa Civil
a) Houve instauração de procedimentos ou instâncias administrativas da seara de competência deste relevante órgão para atender às recomendações enviadas pelo Tribunal de Contas da União, em relação a auditoria instaurada naquele órgão, em relação ao Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, conhecido como Pátria Voluntária, que esteve em vigência do governo anterior, do senhor Jair Bolsonaro (PL), e conduzido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro?
b) Qual o tempo de duração e eventuais resultados decorrentes dessa instância criada para atender às recomendações do TCU nesse caso? Fornecer cópia integral e legível dos documentos pertinentes.
c) Quem participa da instância de apuração aqui referida, de cumprimento das recomendações?
d) Enquanto durou o programa Pátria Voluntária, qual o montante de recursos recebidos? Identificar a origem privada e pública, em detalhes, bem como as datas correspondentes.
i) Qual a função e atribuições da gestora Adriana Ramos Silva Pinheiro? Foi identificada conduta ilegal, imprópria administrativamente ou improba por essa servidora? Ela tem vínculo com a serviço público? Caso positivo, qual cargo e lotação?
j) Qual a função e atribuições da gestora Pollyana de Freitas Andrade Miguel? Foi identificada conduta ilegal, imprópria administrativamente ou improba por essa servidora? Ela tem vínculo com a serviço público? Caso positivo, qual cargo e lotação?
k) Foi possível identificar indícios de atos de corrupção, beneficiamento pessoal de autoridades ou de servidores públicos e seus familiares, praticados no âmbito do Programa Pátria Voluntária ou relacionados à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro? Caso positivo, identificar os atos, as pessoas e os encaminhamentos dados aos casos.
l) Quais as conclusões desta Pasta sobre a transparência devida à sociedade e aos órgãos de controle interno e externo relacionados ao Programa Pátria Voluntária, em atenção às recomendações do TCU sobre este caso? Enviar cópias de relatórios e documentos pertinentes.
m) Houve conclusão sobre responsabilização ou acordos de leniência referentes às apurações e quais as pessoas responsabilizadas ou termos de eventuais conclusões desses procedimentos?
n) A eventual conclusão das apurações aqui referidas foi encaminhada ao Ministério Público Federal, Polícia Federal ou à Controladoria Geral da União? Caso positivo, enviar cópias correspondentes.
Ao Ministério Público Federal, o deputado solicitou:
a) A abertura de procedimento investigatório criminal com vistas a apurar as condutas perpetradas pela representada e, ao final, se for o caso, a propositura da ação penal cabível;
b) Sejam identificados e investigados todos os agentes públicos e particulares que participaram, junto com a representada, da prática, em tese, das irregularidades aqui apontadas e, da mesma forma, apuradas suas responsabilidades criminais e administrativas;
c) Sejam adotadas providências para a propositura, se for o caso, de ações de improbidade administrativa, objetivando tanto o ressarcimento do erário, quanto a responsabilização administrativa dos envolvidos;
d) Outras providências que o Ministério Público Federal entender pertinentes.
Em nota, a assessoria do PL Mulher manifestou repúdio às denúncias de Lindbergh Farias.
“Requentou uma série de denúncias mentirosas a respeito de supostos gastos irregulares na gestão Bolsonaro, que teriam, segundo ele, sido feitos pela ex-primeira-dama. Isso constitui uma louca tentativa de fazer desviar os olhos da população dos recentes escândalos do governo petista, da alta dos preços dos alimentos e da gasolina, bem como das gafes e gastos da atual primeira-dama”, diz o comunicado.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm discordado entre si sobre garantir que haverá ritmo acelerado no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito sobre a tentativa de golpe no país.
Enquanto uma ala acredita que o recebimento da denúncia ocorra ainda neste mês e o julgamento de mérito também até o fim deste ano, outra ala observa que, apesar da vontade de parte da Corte em resolver logo o caso, levará mais tempo decidir sobre o processo diante do perfil dos investigados.
Em 2023, o STF imprimiu pressa no caso de acusados da invasão aos prédios dos Três Poderes. O tribunal aceitou as primeiras denúncias sobre o 8 de janeiro em abril daquele ano. Já as primeiras condenações vieram em setembro.
Na avaliação de um dos ministros mais experientes da Corte, o momento é outro. Para ele, apenas o voto do relator para descrever a conduta de cada um dos investigados dessa etapa poderá levar quatro sessões ou mais.
Com um ex-presidente no foco do julgamento, há percepção entre ministros da Corte de que, além de longos votos, as defesas irão sobrecarregar o tribunal com pedidos protelatórios.
Outro ministro disse acreditar que a previsão de receber a denúncia e realizar o julgamento de mérito ainda em 2025 atende ao apelo político de encerrar o caso antes do ano eleitoral.
Para esse ministro, trata-se de uma previsão muito otimista que desconsidera muitos “incidentes processuais” que ainda irão ocorrer no trajeto. No caso, muitos questionamentos de advogados.
Termina nesta quinta-feira (6) o prazo para as defesas se manifestarem sobre a denúncia de golpe de Estado. O período de quinze dias começou a contar depois que a Procuradoria-Geral da República apresentou o documento, no dia 19 de fevereiro.
Após esse prazo, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal vai decidir se aceita a denúncia. Se a maioria dos cinco ministros integrantes aceitar o caso, os investigados se tornam réus.
Entre os 34 denunciados, está o ex-presidente Jair Bolsonaro. Nós procuramos a defesa dele sobre o fim do prazo para manifestação, mas não recebemos resposta.
Os defensores do ex-presidente até tentaram aumentar o prazo de 15 para 83 dias, mas o pedido foi negado pelo ministro relator Alexandre de Moraes.
Na semana passada, um dos advogados havia afirmado que iria pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O acordo, que teve o sigilo retirado, serviu de base para a investigação realizada pela Polícia Federal.