março 6, 2025

A Operação Carnaval 2025, realizada no Rio Grande do Norte, foi encerrada com resultados expressivos. Os dados foram apresentados no auditório da Governadoria, durante coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (06).

Em comparação ao ano anterior, o investimento em diárias operacionais pelo governo do RN aumentou de R$ 5 milhões para R$ 7 milhões, possibilitando um reforço no efetivo de segurança, que passou de 3,2 mil para 5 mil agentes.

A estrutura operativa incluiu mais de 700 novas viaturas e o uso de dois helicópteros em patrulhamento simultâneo durante todo o evento. Esses esforços resultaram em uma redução na criminalidade. Os roubos de celulares diminuíram 50,6%, com 41 ocorrências em 2025, em comparação a 83 em 2024. Já os furtos caíram 25,2%, passando de 210 para 157.

No que diz respeito a veículos, houve uma redução de 28,6% nos roubos (de 21 para 15) e de 29,6% nos furtos (de 27 para 19). Os roubos em via pública experimentaram uma queda ainda mais acentuada de 54,8%, com 38 registros em 2025, contra 84 no ano anterior.

Durante o período de festividades, 95 pessoas foram conduzidas à delegacia, resultando em 98 autos de prisão em flagrante por diversos crimes, incluindo 54 por violência doméstica. Além disso, foram registrados 9.404 abordagens a pessoas e 8.359 a veículos, com um homicídio isolado em área de carnaval e a apreensão de uma arma de fogo.

No setor de trânsito, foram realizados 3.226 testes de alcoolemia, resultando em 995 autuações, incluindo 61 por embriaguez ao volante. A atuação do Corpo de Bombeiros também apresentou resultados positivos, com uma redução de 4,28% em ocorrências diversas e uma diminuição de 40% nos resgates aquáticos.

A solenidade contou com apresentações do secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), coronel Francisco Araújo, da secretária-adjunta estadual de Saúde Pública (Sesap), Leidiane Queiroz, da secretária das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Semjidh), Júlia Arruda, da secretária estadual de Turismo (Setur), Marina Marinho, e do secretário estadual da Fazenda (Sefaz), Carlos Eduardo Xavier.

O Rio Grande do Norte registrou um crescimento expressivo no turismo durante o Carnaval de 2025, impulsionado pelo aumento na ocupação hoteleira e pelo fluxo intenso de passageiros nos principais pontos de chegada ao estado. Segundo dados da Secretaria de Turismo (Setur) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH-RN), a ocupação média dos hotéis atingiu 85%, superando os 81% registrados no mesmo período do ano passado.

Os polos turísticos mais movimentados foram Natal, Pipa, São Miguel do Gostoso e Macau, que atraíram foliões de diversos estados. O Aeroporto Internacional de Natal registrou um fluxo de 38,6 mil passageiros, sendo 19,5 mil desembarques e 19,1 mil embarques. Já a Rodoviária de Natal superou as expectativas, com 12 mil passageiros circulando pelo terminal, um aumento de 30% em relação à previsão inicial de 9 mil.

Além da chegada de turistas de estados vizinhos, o deslocamento interno também contribuiu para o aquecimento do setor. Muitas cidades do interior investiram em programações de Carnaval, atraindo potiguares para festas tradicionais e movimentando a economia local.

Fiéis católicos de Carnaúba dos Dantas, na região Seridó do Rio Grande do Norte, relataram lesões na testa após participarem da missa de Quarta-feira de Cinzas, celebrada no dia 5 de março na Paróquia de São José. As marcas, semelhantes a queimaduras ou reações alérgicas, surgiram após o tradicional ritual da imposição das cinzas.

O padre Rooney Galvão, responsável pela celebração, afirmou que recebeu relatos sobre o problema. Segundo ele, tudo ocorreu normalmente durante o rito, sem queixas imediatas. Porém, ao final da missa, alguns fiéis o procuraram para mostrar as marcas na pele.

“Não percebi nenhum desconforto nas pessoas. Terminamos o rito, continuamos a missa e, no final, na sacristia, algumas pessoas vieram para mostrar a marca nas suas testas. Algumas com vermelhidão, outras com lesões mais preocupantes. E não foram só uma, duas ou três pessoas. Várias. E nós ficamos preocupados”, explicou o padre à rádio 98 FM.

A estudante Sara Heloísa Souza contou ao G1 RN que sentiu ardência após receber as cinzas. “Quando a gente entrou na fila, escutamos algumas pessoas reclamando de uma queimação na testa. Até então, não tínhamos sentido nada, mas logo começou a queimar. Batia o vento e queimava muito. Meu namorado ficou muito queimado porque passou mais tempo com as cinzas na pele”, relatou.

Origem das cinzas

De acordo com o padre Rooney, a paróquia utiliza cinzas feitas a partir da queima de ramos de carnaubeira, coletados pelos próprios fiéis no Domingo de Ramos do ano anterior. A queima ocorre durante o período junino, e o material é armazenado para ser utilizado na Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte.

A mistura das cinzas com água benta foi feita seguindo o ritual tradicional, e não há explicação para o que possa ter causado as lesões. “A senhora que confeccionou as cinzas já faz isso há muitos anos e ficou apavorada, pois seguiu o mesmo procedimento de sempre”, afirmou o padre.

Ainda não há informações sobre o que pode ter causado a reação nos fiéis.

Com informações da 98 FM e G1 RN