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DEPUTADO AFIRMA DESEJO POR VOTAR EM BABÁ E ZENAIDE PARA O SENADO

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O deputado federal Benes Leocádio (União Brasil) ainda não definiu, mas deixou claro que pretende fugir do óbvio no seu voto ao Senado: uma chapa com o presidente da Femurn, Babá Pereira (PL), e a senadora Zenaide Maia (PSD). O curioso, porém, é que a fala do parlamentar reforça a contradição que divide a oposição no Estado. Enquanto legendas como PL, Republicanos, União Brasil e PP discutem a formação de uma frente ampla que uma centro e direita, o PL não aceita qualquer aproximação com Zenaide, por ela integrar a base do presidente Lula no Congresso. Ainda assim, Benes deixou claro que não descarta apoiá-la.

Segundo o deputado, ele não tem ainda uma decisão fechada, mas vê nos dois pré-candidatos duas opções viáveis. “Não descarto, até porque foram as únicas pessoas com quem já sinalizamos ou conversamos sobre esse projeto”, afirmou. Benes ressaltou que nenhum outro pré-candidato ao Senado procurou dialogar com ele sobre alianças.

Sobre Babá Pereira, foi direto: “Se amanhã ele disputar uma eleição, terá Benes como soldado ao seu lado para irmos à luta”. O parlamentar destacou o histórico de Babá como prefeito de São Tomé e presidente da Femurn, além da relação de confiança construída entre ambos. “Tenho um respeito muito grande por ele. Foi administrador de um município de São Tomé, me sucedeu na federação dos municípios do Rio Grande do Norte. Tem todas as credenciais para nos representar em qualquer posto, fosse de deputado estadual, de federal, de senador, de vice-governador”, disse.

Já em relação à senadora Zenaide, Benes ressaltou a simpatia que tem pela parlamentar e o papel do mandato dela em favor das administrações municipais, sobretudo em Mossoró, onde atua em parceria com o prefeito Allyson Bezerra (UB). “Não está fora do radar”, disse o deputado, ao admitir que o nome de Zenaide pode ser considerado na construção de uma aliança para 2026.

Leocádio afirmou que a nível da federação União Progressista (União Brasil e Progressistas) ainda não há essa definição, mas é a preferência dele, assim como para Allyson Bezerra: “O prefeito Alisson tem me registrado que não pode, de forma nenhuma, deixar de reconhecer o que o mandato da senadora tem feito por Mossoró. Com certeza vai chegar o momento de articularmos ou discutirmos essa situação, porque, como eu disse, o prefeito Allyson poderá ser a opção dessas várias agremiações que a gente está vendo no tabuleiro político de 2025, em direção ao projeto de 2026, como citei aqui, o PL, o Podemos, o PP”.

Carla Dickson no PL
O deputado também comentou a possibilidade de saída da deputada federal Carla Dickson do União Brasil para o PL. Segundo ele, a decisão precisa ser respeitada, embora lamente a perda de uma companheira de partido. Benes ressaltou a importância de estar em uma nominata competitiva para evitar a perda de votos, citando como exemplo o que ocorreu em 2022, quando legendas como MDB, Solidariedade e PP não atingiram o quociente eleitoral, desperdiçando cerca de 500 mil votos.

Na avaliação de Benes, a federação União Progressista (União + PP) deve herdar votos que antes estavam no PL, especialmente com a saída de nomes como João Maia e Robinson Faria, que somaram cerca de 200 mil votos em 2022.

Durante a entrevista, Benes também tratou sobre a sucessão ao Governo do Estado. Ele reafirmou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, surge naturalmente como pré-candidato da federação União Progressista. Para o deputado, o nome de Allyson é consolidado pelo desempenho administrativo e pela força popular.

“É uma candidatura que nasce do anseio popular. Não é Benes, não é José Agripino que vai colocar. É o povo que já está sinalizando esse desejo”, destacou. O parlamentar ainda afirmou que, se confirmado, Allyson poderá repetir no Estado o modelo de gestão aprovado em Mossoró, onde foi reeleito com quase 80% dos votos.

Na avaliação de Benes, os demais nomes citados para 2026, como Cadu Xavier, Álvaro Dias e Rogério Marinho, enfrentam obstáculos distintos, seja pelo legado do governo Fátima Bezerra, pela falta de agrupamento político ou pela limitação do bolsonarismo no Nordeste.


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