A aquisição foi feita com o aval do então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias
Segundo O Globo, o Ministério da Saúde pagou R$ 39 milhões para o fornecimento de reagentes para testes de Covid, mesmo depois que a CGU apontou uma suspeita de irregularidades no contrato. O valor foi pago em abril de 2021, com autorização do então diretor de logística da pasta Roberto Dias.
A proposta da empresa vencedora, a americana Thermo Fisher, não continha alguns materiais previstos na convocação, fazendo com que o preço fosse mais baixo. Mesmo com a oferta incompleta, a empresa foi habilitada. A CGU sinalizou os problemas na proposta em 10 de agosto de 2020. O contrato foi assinado 11 dias depois.
Em 9 e 11 de setembro de 2020, ocorreram as entregas de testes pelas quais o governo teve que pagar. O acordo previa a compra de 10 milhões de kits de reagentes para exames de detecção do novo coronavírus por R$ 133 milhões.
Diante das irregularidades, o contrato acabou sendo anulado em dezembro. No dia 15 de abril deste ano, uma nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) reconheceu a dívida de R$ 39,8 milhões. O documento foi assinado por Roberto Dias.