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“A PRINCÍPIO NÃO QUIS ACREDITAR. FIZO QUE TINHA QUE SER FEITO” DIZ NILDA

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Após toda a polêmica que desnorteou a política de Parnamirim nesta segunda-feira (25), a prefeita Nilda Cruz (SDD) se pronunciou ao Diário do RN. Segundo ela, exonerar a filha da vice-prefeita Kátia Pires, a vereadora Carol Pires, e o marido dela da gestão municipal foi um fato que a deixou “triste”.

“Não há o que comemorar, fiquei muito triste com toda essa situação. Foi uma decisão muito difícil. A princípio não quis acreditar mas os fatos e as informações comprovaram o movimento que estava ocorrendo. Fiz o que tinha de ser feito, agora é olhar pra frente e trabalhar ainda mais forte por Parnamirim”, declarou a prefeita.

O movimento a que ela se refere é a articulação de sua vice, Kátia Pires (UB), para tentar viabilizar um pedido de impeachment. A prefeita decidiu reagir de forma contundente com as exonerações de secretarias estratégicas do município, além de um assessor próximo.

O rompimento que vinha sendo sussurrado nos bastidores, agora é oficializado apenas oito meses depois do início da gestão e foi interpretado como uma retaliação direta à traição da vice-prefeita.

A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial, atingindo Fábio Falcão de Miranda, secretário de Limpeza Urbana (SELIM) e marido de Kátia, Ana Carolina Carvalho de Lima Pires, secretária de Serviços Urbanos (SEMSUR) e filha de Kátia; Fabrício Lira Barbosa, assessor Especial na Secretaria de Obras Públicas (SEMOP).

A medida representou um recado claro: o espaço político de Kátia dentro da gestão acabou. O gesto de Nilda, duro e calculado, rompeu de vez a relação que até então tentava ser mantida sob aparência de normalidade.

De acordo com informações de bastidores, Kátia Pires não apenas se distanciou politicamente da prefeita em momentos críticos, mas teria ido além: buscou apoio de vereadores para sustentar um pedido de impeachment. Há relatos de que chegou a produzir uma minuta do documento e a procurar diretamente dois parlamentares para viabilizar a iniciativa. Até aqui, Kátia vinha cultivando um estilo marcado por ausências e aproximação com influenciadores da oposição, sem gerar grandes cortes na relação institucional.

O vereador Jonas Godeiro, da oposição, confirmou ao Diário do RN que a movimentação de Kátia chegou à Câmara.

“Eu acreditava que se tratava de uma disputa interna, mas infelizmente não é o caso. Entendo que o grupo político apoiado pela vice-prefeita tentou apresentar um pedido de impeachment, com o intuito de conseguir aprovação. Houve conversas de bastidores com diversos vereadores para viabilizar a aprovação do pedido, mas essas negociações não chegaram na Casa”, relatou.

Para Jonas, o episódio revela a fragilidade política da prefeita: “Ela está perdida, sem norte.

Prometeu muito, mas é uma prefeita de rede social, lá tudo funciona, mas na realidade é totalmente diferente. Ainda não consolidou uma gestão eficaz, não tem articulação com a Câmara. A troca recente do líder do governo mostra essa falta de sintonia”.

A vice-prefeita, por sua vez, rejeita as acusações. Em entrevista ao Diário do RN, Kátia tentou rebater a versão de que teria tramado contra a prefeita. Como é que eu preparo o impeachment com dois vereadores? Essas informações estão desencontradas”, afirmou.

Ela contou que não havia indícios de rompimento com a prefeita e que as exonerações a surpreenderam: “Minha filha, que é secretária, que agora volta a ser vereadora, tentou despachar com ela na sexta-feira. A prefeita disse que ia ver o horário, Carol insistiu no final da tarde, e até hoje estamos esperando essa ligação”.


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