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Túlio Lemos


MULHER PERCEBE QUE IMUNIZANTE NÃO FOI INJETADO DURANTE APLICAÇÃO EM UBS DE NATAL

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Reprodução/ Redes Sociais

Uma mulher ao receber a dose da vacina contra a Covid, na manhã desta quarta-feira (11) na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Candelária, percebeu que a voluntária que estava realizando a aplicação não injetou o imunizante. A falha na aplicação foi percebida pela pessoa que gravava o vídeo no momento.

“Mas você não botou”, questionou a mulher. A voluntária logo a seguir responde: “Desculpa, desculpa. Eu esqueci de botar. Coloco no outro [braço]?”

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), em nota, lamentou o ocorrido e relatou que o imunobiológico foi aplicado de maneira correta em seguida. 

“A voluntária que estava na aplicação relatou ter ficado nervosa no momento, mas como ela estava sendo supervisionada por um vacinador, na mesma hora que o profissional percebeu o equívoco preparou uma nova dose que foi aplicada no outro braço da paciente”, informou a SMS. A pasta ainda relatou que vai desligar a voluntária dos serviços e que o caso foi comunicado ao Ministério Público.

Nesta quarta-feira (11), Natal ampliou a vacinação para pessoas a partir de 23 anos. A imunização está disponível em cinco drives e 35 unidades básicas de saúde.

O Portal da Tropical publicou o vídeo do ocorrido em seu canal do YouTube. Confira:

Portal da Tropical


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EZEQUIEL PROÍBE TRANSMISSÃO DOS DEPOIMENTOS DA CPI DA COVID NO RN

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Reprodução/ Assembleia Legislativa

Os depoimentos que serão prestados durante a CPI da Covid na Assembleia Legislativa, não serão transmitidos pela TV Assembleia. A decisão, comunicada ao presidente da CPI, pegou a todos de surpresa.

O deputado Kelps Lima atribui a uma manobra do Governo Fátima Bezerra para evitar expor os depoentes e dar visibilidade a temas indigestos.

O fato é que a decisão não cabe ao Governo do Estado. Quem comanda a TV Assembleia é o presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira.

Cabe a Ezequiel liberar ou não a transmissão dos depoimentos. Caso o Governo tenha algo a ver com essa proibição, é mais um ponto negativo para a governadora Fátima Bezerra, que tem cometido uma sucessão de erros em relação à CPI da Covid, desde sua abertura, até o início dos trabalhos.

O Governo do Estado deveria ser o primeiro a querer que os depoimentos fossem transmitidos. Somente assim, a verdade seria vista e o esclarecimento chegaria ao conhecimento de todos.

Nesse caso, o Governo pode pecar pela ação, se tiver algo a ver com a proibição; ou pela omissão, se silenciar e ninguém souber qual a posição da gestão a respeito da transparência dos depoimentos.

Já disse aqui em outras oportunidades e vou repetir: Fátima Bezerra tem tudo para sair dessa CPI com o novo vestido para a posse de um novo mandato. Ou poderá terminar o mandato sem direito a renovação.

É uma questão de escolha. Por enquanto, Fátima tem feito escolhas erradas em relação à CPI. Mas, poderá mudar e virar o jogo. Só depende dela.


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AGRIPINO FAZ HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES RECONHECENDO SEUS VALORES

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Por que Aluízio Alves só usava verde? – Brechando
Reprodução

Há cerca de 40 anos, um jovem engenheiro estreante na avaliação do eleitorado norte-rio-grandense, impôs à maior liderança política do Rio Grande do Norte uma derrota indiscutível, com uma maioria de mais de 100 mil votos, dentro de um eleitorado à época em torno de 750 mil eleitores.

A eleição ocorreu em 15 de novembro de 1982, e a disputa foi entre a maior liderança política do RN na época, o ex-governador Aluízio Alves e o engenheiro ex-prefeito biônico de Natal, José Agripino Maia, resultando na vitória do filho de Tarcísio Maia, que também fora nomeado Governador biônico.

Por ocasião do centenário de nascimento de seu adversário político, o ex-governador e ex-senador da República José Agripino foi convidado pelo www.blogtuliolemos.com.br a dar o seu depoimento, ocasião em que reconheceu os valores humano, administrativo e político daquele que fez transformações no Rio Grande do Norte ao longo de sua vida.

Ouça aqui o depoimento do ex-senador José Agripino sobre Aluízio Alves, o aniversariante do dia:


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KELPS LIMA DIZ QUE BANCADA DO GOVERNO NA ASSEMBLEIA QUER IMPEDIR A TRANSMISSÃO DA CPI DA COVID

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Kelps Lima/ Reprodução

O presidente da CPI da Covid no RN, deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade), indicou nesta quarta-feira (11) uma jogada feita pela base do Governo Estadual na Assembleia Legislativa (ALRN) para impedir a transmissão, ao vivo, das reuniões.

De acordo com o deputado, na semana passada ele foi comunicado pela Procuradoria da Assembleia Legislativa que, em decorrência de um artigo “antigo e inconstitucional”, do regimento interno da casa, a primeira reunião não poderia ser transmitida.

O presidente da CPI ainda indicou que já estava tramitando uma revisão do regimento, em caráter de urgência, para a retirada do artigo até esta semana. O esperado era que, na próxima semana, a reunião fosse transmitida.

Entretanto, na última sexta-feira (06), o deputado Kelps Lima recebeu a notícia de que a proposta, que vem da presidência da Assembleia, não mudará o regimento. 

“O Presidente da CCJ, Raimundo Fernandes, a pedido do Governo, tirou o projeto de mudança do Regimento da Pauta da Comissão ontem (terça), para que o mesmo não fosse emendado por algum deputado”, relatou o deputado no Twitter.

Confira a thread feita por Kelps Lima, no Twitter, sobre o assunto:

O portal Agora RN publicou uma resposta do deputado Estadual Francisco do PT, relator da CPI, sobre a fala de Kelps. Confira:

“Me surpreende o teor do discurso do deputado Kelps Lima. O artigo 79 do Regimento Interno não foi introduzido pela bancada governista. Esse Regimento passou 10 meses disponível para alteração de qualquer deputado e o regimento foi votado à unanimidade”


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APRESENTADOR GLEYDSON BATALHA PODERÁ SER CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL EM 2022

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Gleydson Batalha / Reprodução

Há 11 anos na televisão potiguar, o comunicador Gleydson Batalha, que já passou pela Tv União e Tv Gazeta RN, e atualmente apresenta o programa diário O melhor da noite, na Tv Futuro, filiada a Tv Cultura, tem nome lançado como pré-candidato a deputado federal em 2022. 

Batalha, que já militou no movimento estudantil como presidente do DCE da Uni-Facex e foi dirigente da juventude do PMDB, analisa o convite dos amigos com cautela, já que vive um bom momento na televisão do estado. 

Filiado ao partido Republicano e membro da Igreja Universal, Batalha tem recebido convites de vários dirigentes partidários para mudar de partido, mas no momento prefere aguardar uma conversa que terá com o presidente dos Republicanos, Benes Leocádio, a fim de definir sua posição. 

Reprodução

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CARLOS EDUARDO PODERÁ DEIXAR PDT E ASSUMIR PP NO RN

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Foto: Elpídio Júnior / CMN

O blog Tulio Lemos tomou conhecimento que há em gestação uma articulação de bastidores para definir a chapa majoritária da oposição no RN com o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo, candidato a governador, e o ministro Fábio Faria, na disputa pelo Senado.

Para que o fato se concretize, o ex-prefeito deixaria o PDT e assumiria o comando do PP no RN, partido que faz parte da base de apoio do presidente Bolsonaro, o que permitiria que Carlos Eduardo fosse o candidato do grupo que apoia o presidente no Estado.

A articulação estaria sendo concretizada pelo ministro Fábio Faria, que foi avalista da ida do senador Ciro Nogueira, do PP, para a Casa Civil de Bolsonaro.

A força de Fábio em relação a nomeação de Ciro Nogueira foi destacada na mídia nacional. No último final de semana, Fábio postou uma foto com Ciro Nogueira aguardando para comer uma costela em fogo de chão, na pose de melhores amigos.

Deixando a costela de lado, o fato é que essa articulação teria sido fruto da reunião do ministro com o ex-prefeito, ocasião em que Carlos Eduardo declarou ao blog que era um encontro agendado por amigos comuns e que falaram da política local e nacional, “cada um com seu ponto de vista”. Já Fábio Faria declarou que pediu a Carlos Eduardo para amenizar o discurso contra Bolsonaro e que o filho de Agnelo o atenderia.

De acordo com a fonte ouvida pelo blog Tulio Lemos, Carlos Eduardo realmente está avaliando a possibilidade de mudar de partido e ser o candidato de Bolsonaro ao Governo do Estado, com Fábio Faria sendo candidato a senador.

Pesaria favorável à decisão de Carlos Eduardo, o fato de Fábio Faria ter prometido toda a estrutura para a campanha, o que teria motivado o filho de Agnelo a brilhar os olhos, já que não teria que se preocupar com a parte financeira de uma campanha majoritária.

Pesaria de forma negativa a mudança de partido e de postura que Carlos Eduardo teria que adotar a partir de agora, caso aceite ser o candidato do grupo bolsonarista no RN.

As conversas estão acontecendo, mas ainda não há nada conclusivo para o grupo da oposição em relação ao pleito do próximo ano.

Se Carlos Eduardo vai abandonar o PDT e o discurso de oposição a Bolsonaro para ser o candidato do Governo Federal no RN, somente o tempo dirá


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CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES. ANA CATARINA: “MEU PAI FOI TUDO PARA MIM”

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Arquivo Ana Catarina Alves

Como já noticiamos hoje, Aluízio Alves estaria completando 100 anos, neste 11 de agosto de 2021, se estivesse vivo. Em homenagem ao pai, a ex-deputada federal e empresária Ana Catarina Alves, declarou ao Blog Tulio Lemos: “meu pai foi tudo para mim”.

Citando memórias, ela disse que, com aquele jeito de aparentar frieza, difícil de um abraço, Aluízio Alves era de uma generosidade e solidariedade ímpares. “Sempre fez da Esperança uma semente renovadora de fé e de luta pelo bem”, destaca a filha.

CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES. HENRIQUE LEMBRA COM EMOÇÃO MOMENTOS AO LADO DO PAI

Segundo Ana, por isso, ele era tão vitorioso mesmo em momentos impossíveis porque o acreditar era seu guia, o olhar para frente era sua luz, e a cidade de Angicos, tão querida, no semiárido sofrido, era sua inspiração na resistência, no lutar sempre, ‘A Esperança não morre!’.

“Assim foi em vida meu querido pai, e à distância…, com suas bênçãos e de mamãe sempre, lembrá-lo em todos os dias e noites. Com saudades sem fim, e o dia especial do seu centenário nos trazendo a força do amor. Sob o signo da Esperança! Gratidão, meu pai, por tudo que vivemos juntos”, relata Ana Catarina Alves.

GARIBALDI FILHO HOMENAGEIA CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES


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O PRAZO DE VALIDADE DOS MINISTROS ROGÉRIO MARINHO E FÁBIO FARIA

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Reprodução/ Tribuna do Norte

Os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria são os homens mais fortes do RN no Governo Federal. Ambos gozam de prestígio, força e amizade do presidente Bolsonaro, o que os credencia a liderar a oposição no Estado e comandar a chapa majoritária contra a governadora Fátima Bezerra.

Cada ministro dispõe de uma estrutura diferente para atuar politicamente.

Rogério Marinho comanda um caixa gordo e dispõe de uma série de ações no Ministério do Desenvolvimento Regional que lhe dão visibilidade e discurso. O presidente Bolsonaro tem usado bem as obras tocadas pelo ministério comandado pelo filho de Valério.

Rogério Marinho já visitou dezenas de municípios no RN e prometeu de tudo um pouco. Perfuração de poços, calçamento de ruas, cisternas, barragens, adutoras… Os olhos dos prefeitos brilham quando o ministro aponta a imensidão de coisa que pode levar aos municípios.

Fábio Faria comanda o ministério das Comunicações. Dispõe de um leque de ações mais limitado pela própria natureza da pasta.

O filho de Robinson procura suprir a ausência de ações mais efetivas de seu ministério com o prestígio pessoal junto ao presidente, levando prefeitos para despachar diretamente com o chefe.

Os dois ministros estão fortalecidos administrativamente e prestigiados politicamente.

Porém, há duas situações imponderáveis: O futuro do Governo Bolsonaro e o inevitável calendário.

Fábio Faria e Rogério Marinho estão vinculados diretamente ao sucesso ou fracasso do presidente Jair Messias Bolsonaro. Caso o Governo se recupere, reconquiste credibilidade e aumente a popularidade, os ministros potiguares seguem forte na aba do chapéu do marido de Michele.

O contrário também pode ocorrer. Se Bolsonaro continuar perdendo popularidade e não houver recuperação a tempo de se apresentar ao eleitorado de forma positiva, os dois ministros serão sepultados na mesma cova da desgraça governamental.

Portanto, Rogério Marinho e Fábio Faria não são donos do próprio destino. O futuro dos dois está no sucesso do Governo, que não depende da vontade deles.

O outro ponto é o calendário.

Já estamos caminhando para a metade do mês de agosto; depois, só teremos quatro meses para terminar o ano.

Com o novo ano, vem a história da abertura do orçamento, que só acontece a partir de março.

Nesse caso, o tempo é outro inimigo do qual os ministros não dispõem de nenhuma força para fazer parar o relógio que os levará ao prazo final da desincompatibilização, ou saída do Governo para disputar a eleição.

No caso de Rogério, a situação tem um componente mais destruidor. Os prefeitos aguardam a materialização das promessas. Ou seja: Papel sendo transformado em obras e obras em discurso e discurso em voto. Do contrário, nem telefonema eles atendem do ministro; do ex-ministro então…

Portanto, os ministros Fábio Faria e Rogério Marinho precisam torcer para o Governo acertar o passo, Bolsonaro deixar a moto de lado e querer governar e ainda tentar acelerar os processos lentos da obesa máquina pública.

Hoje, os ministros potiguares estão com prazo de validade em andamento. Mas o vencimento está bem ali.

Com prazo de validade vencido, a força política é reduzida e o prestígio vai para a mão de outro. Mas, como disse Cazuza, ‘o tempo não para’.


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ESTUDANTES POTIGUARES FECHAM TRECHO DA BR-101 EM PROTESTO CONTRA O GOVERNO FEDERAL

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Estudantes representantes de entidades estudantis, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRN e o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-RN), bloquearam a BR 101, na entrada de Natal, e atearam fogo em pneus, em protesto contra o Governo Bolsonaro. 

A manifestação aconteceu na madrugada desta quarta-feira (11), Dia do Estudante. Nas redes sociais, os perfis das entidades estudantis transmitiram o ato ao vivo.

De acordo com os manifestantes, a ação foi apenas um “esquenta” para um ato que começa a partir das 14h, no bairro Cidade Alta.

“Em esquenta para o ato de 11 de Agosto que ocorrerá às 14h na Cidade Alta, estudantes potiguares e movimentos sociais amanheceram a BR rumo a Natal com um trancasso em denúncia ao governo bolsonaro! O DCE da UFRN se fez presente e firma o compromisso com a luta contra esse governo genocida!”, diz a postagem do DCE no Instagram

Confira a publicação do DCE/UFRN no Instagram:


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BENES É O BOI DE PIRANHA DA OPOSIÇÃO

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Benes Leocádio anuncia: é candidato a deputado federal - Joabson Silva
Reprodução

O deputado Federal Benes Leocádio foi alçado à condição de candidato da oposição ao Governo do Estado.
É bem verdade que não houve lançamento oficial. Porém, a partir do convite feito pelo ministro Rogério Marinho, Benes disse sim e caiu em campo.

Ex-prefeito com trânsito junto aos municípios e de fácil acesso, Benes Leocádio está no meio do mundo em busca de apoio para viabilizar sua candidatura. Tem conseguido reunir prefeitos e outras lideranças levadas por alguns deputados estaduais.

Benes está fazendo o possível para se viabilizar.

Enquanto Benes está no interior tentando materializar apoios, sua candidatura não é levada a sério nem por quem o convidou para aceitar o desafio.

De um lado, o ministro Rogério Marinho insiste na candidatura do prefeito de Natal, Álvaro Dias, nome forte que levaria a disputa a outro patamar, na visão de Rogério. Com isso, seu palanque estaria bem fortalecido.

Rogério tem pressionado Álvaro a aceitar a candidatura. O prefeito tem evitar se comprometer.

Afinal, Álvaro Dias é um político experiente e sabe que sua renúncia ao mandato atual, lhe enfraquecerá bastante para disputar uma eleição majoritária incerta no próximo ano. Terá que ficar sem o mandato que é certo, diante do futuro incerto.

E político sem mandato, nem o vento bate nas costas, já diz uma velha raposa potiguar.

Mas o simples convite de Rogério a Álvaro revela como o ministro considera a candidatura de Benes apenas um boi de piranha para ser engolido pelos adversários antes do tempo e ser substituído por quem realmente vai disputar o pleito. É trairagem que chama?

Por outro lado, o ministro Fábio Faria conversa com o ex-prefeito Carlos Eduardo e sinaliza com apoio do grupo de Bolsonaro à sua candidatura ao Governo do Estado, ficando ele, Fábio, com a candidatura de senador.

Ou seja: Nas duas situações, de Fábio Faria ou Rogério Marinho, Benes Leocádio está sendo fritado em fogo brando sem sentir.

A oposição, comandada pelos ministros Rogério e Fábio assiste de camarote Benes Leocádio ser vagarosamente engolido pela armadilha da cúpula, que busca um candidato que fortaleça a chapa majoritária da oposição no RN para o pleito do próximo ano.

Até quando Benes será o boi de piranha da oposição, somente o tempo dirá.

E ninguém pense que ele não sabe do que está ocorrendo. Sabe de tudo. Mas é manhoso e vai deixando a vida lhe levar, no estilo Zeca Pagodinho.


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FALTA DE NOVAS DOSES PARALISA VACINAÇÃO EM MOSSORÓ

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Foto: Wilson Moreno/ Prefeitura de Mossoró

Enquanto Natal avança na vacinação e chega hoje (11) aos 23 anos, a prefeitura de Mossoró informou, através de suas redes sociais, que a vacinação para primeira dose está paralisada no município. 

O motivo da interrupção é a falta de vacinas, não suficientes para avançar com a imunização. Todas as doses disponíveis já foram aplicadas. Assim como em Natal, a vacinação em Mossoró já chegou, no último fim de semana, para a população com 23 anos.

A vacinação, entretanto, continua para quem vai tomar a D2 com as vacinas da Oxford e Coronavac. A aplicação, em Mossoró, acontece no Sesi e no Ginásio Municipal. Para se vacinar, basta apresentar um documento com foto, comprovante de residência e cartão de vacinação, para verificação da D1. 

A expectativa da Prefeitura é de que a retomada da vacinação possa acontecer ainda nesta quarta-feira (11), mediante a chegada das doses dos imunizantes Pfizer e Coronavac. Cerca de 75 mil doses das duas vacinas chegaram entre segunda e terça-feira, no estado.


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OS BLINDADOS DE BOLSONARO NA ESPLANADA

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Reprodução/ Twitter

A ameaça só faz sentido quando o cenário é desenhado de maneira perturbadora às eventuais vítimas. E ameaça não se repete. Caso ocorra, já não é mais ameaça, perdeu a força.

Inicialmente, o presidente Jair Messias Bolsonaro ameaçou a democracia com palavras, ao dizer textualmente que, se o voto impresso não fosse aprovado, não haveria eleições no Brasil. Ameaça feita sem efeito esperado.

Reações diversas implodiram a força do verbo e o presidente teve que mudar de tática. Mudou primeiro o discurso, amenizou o tom, mas elevou a dose de paixão sobre o tema, incendiando seus apoiadores como se fosse caso de vida ou morte.

Nesse ínterim, a morte real galopava com mais velocidade que a moto presidencial em seus desfiles alegres como se comemorasse o funeral coletivo de quase 600 mil mortes. Mas o assunto a predominar não era a vacina; ou a falta dela. Era a urna.

A eletrônica tomou o lugar da preocupação com as urnas funerárias. Afinal, morto não vota. E o presidente, como o próprio resumiu, não é coveiro.

Pois bem. Sem munição verbal a fazer efeito frente ao Parlamento, eis que surge uma ideia da caserna baseada num ditado popular surrado: Uma imagem vale mais que mil palavras.

Alguém de mente tão brilhante quanto os tanques verde oliva imaginou que um ‘desfile’ de blindados militares poderia dar uma demonstração de força da farda diante da força da democracia. Seria a arma contra a urna. O tanque contra o voto.

Porém, a mesma mente que imaginou emparedar o Congresso e amedrontar a todos, esqueceu de estabelecer o outro ponto do ditado da imagem a ser vista: A imagem precisa falar e fazer calar.

Não foi o que aconteceu. O fumacê dos velhos tanques arrancou mais gargalhadas do que medo. Virou ‘meme’ multiplicado em escala internacional. Vergonha alheia.

O ‘desfile’ em forma de micareta fora de época da caserna, não surtiu o efeito esperado. Muito pelo contrário.  

Após a desastrosa apresentação de nossa quase sucata blindada, os apoiadores do desfile-ameaça disseram que tudo não passou de uma apresentação normal para a entrega de um convite formal ao presidente. Marcha à ré em tanque de guerra.

O fato é que as reações foram bem maiores que as intenções oficiais.

Se era um teste, o presidente submeteu as forças armadas a um episódio ridículo que não convenceu pela forma; muito menos pelo conteúdo. Fracasso total.

Dia seguinte após o melancólico desfile de blindados fumacentos e a derrota do voto impresso na Câmara, espera-se que o presidente volte suas atenções a temas que realmente interessam ao povo brasileiro, como vacinas, emprego, educação, retomada da economia…

Para aqueles que acham bonito os arroubos autoritários do presidente e suas ameaças veladas à democracia, não esqueçam que a pior democracia ainda é melhor do que a suposta melhor ditadura. Aliás, se houvesse ditadura no Brasil, Bolsonaro talvez ainda estivesse em algum quartel batendo continência e com freio abs na língua, sem poder exercitar o que mais gosta de fazer: falar de tudo e de todos.

Um militar eleito presidente pelo voto direto em pleno exercício da democracia.

Que continue assim. Bolsonaro disputando voto democraticamente e respeitando o resultado. Mesmo que não seja do seu agrado. E que os tanques sejam usados para defender nossa soberania quando necessário; e não para amedrontar a democracia.  

Na verdade, alguém já disse por esses dias e aqui reforço: A Democracia brasileira é inegociável.

Mas respeito quem pensa diferente. Afinal, o respeito é a base de qualquer relação; o respeito ao contraditório é oxigênio da democracia. Só não esqueçam que o contraditório só existe na democracia.


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GARIBALDI FILHO HOMENAGEIA CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES

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Arquivo Garibaldi Alves Filho

Aluízio Alves estaria completando 100 anos, neste 11 de agosto de 2021, se estivesse vivo. Em homenagem ao tio, o sobrinho e também político Garibaldi Alves Filho declarou ao Blog Tulio Lemos que, sem dúvidas nenhuma, seu tio Aluízio Alves foi o grande responsável pelo despertar de sua vocação política.

“Na verdade, eu, a exemplo de outros familiares, ainda adolescente, ia recebê-lo na avenida Deodoro, na casa do meu avô Nezinho, para disputar os jornais que ele trazia quando chegava de suas viagens do Rio de Janeiro (RJ) para Natal (RN), ele era deputado federal, na Câmara dos Deputados e exercia o seu mandato e prestava contas viajando para Natal, de 15 em 15 dias, às vezes, tinha que demorar mais sem vir a nossa cidade”, relembra Garibaldi.

Além disso, ele contou como recorda de que todos cercavam Aluízio, para que o tio Aluízio falasse a respeito de suas atividades na Câmara Federal.

“O que é certo, meus amigos, é que isso foi apenas o começo da minha trajetória ao lado dele, porque, depois, eu passei a frequentar o lugar, nas suas excursões políticas pelo interior do Rio Grande do Norte e, não tenha dúvida, que ele, depois, com a sua cassação, tivemos a nossa entrada na vida pública, candidatando-me, ao lado de Henrique Eduardo Alves, para uma vaga na Assembleia Legislativa”, relata Garibaldi.

CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES. HENRIQUE LEMBRA COM EMOÇÃO MOMENTOS AO LADO DO PAI


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APÓS DERRUBADA DO VOTO IMPRESSO, LIRA COLOCA O ASSUNTO COMO ENCERRADO

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Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Finalizada a sessão na qual a Proposta de Emenda à Constituição do Voto Impresso (PEC 135/19) foi rejeitada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o assunto está encerrado. “Não teríamos nem tempo, nem espaço para retomar esta questão neste ano”, ressaltou. 

Lira enfatizou ainda o resultado “soberano, altivo e democrático”, que não foi apenas de uma comissão, mas do Plenário da Câmara. Em coletiva após a sessão, o presidente da Câmara afirmou que o assunto não deve voltar a ser debatido, ao menos antes das eleições de 2022. 

O presidente da Câmara também afirmou que o momento é de saber reconhecer os resultados. “Todos os deputados que votaram aqui hoje foram eleitos pela urna eletrônica”, disse. E, quando questionado sobre a reação do presidente Jair Bolsonaro, um dos principais apoiadores do voto impresso, Lira disse acreditar que o presidente da República vai respeitar a decisão. 

Votação

A proposta do Voto Impresso entrou nesta terça-feira (10) em votação na Câmara dos Deputados. O texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de 229 deputados, enquanto 218 votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve. Para ser aprovado, o texto precisava de, no mínimo, 308 votos. Ao todo, 448 votos foram computados. A maioria da bancada do RN votou pela derrubada da PEC do Voto Impresso.

*Com informações da Agência Câmara


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NATAL AVANÇA E COMEÇA A VACINAR POPULAÇÃO COM 23 ANOS NESTA QUARTA (11)

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Reprodução/Prefeitura de Natal

A capital potiguar começa a vacinar a população a partir dos 23 anos nesta quarta-feira (11). O público dessa faixa-etária pode procurar um dos cinco pontos drives (Via Direta, Palácio dos Esportes, Arena das Dunas, Nélio Dias, Sesi). Além desses locais, 35 salas de vacinação também estão disponíveis pela cidade. 

Para se vacinar, basta apresentar um documento com foto, comprovante de residência e cartão de vacinação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chama a atenção para o cadastro prévio no RN Mais Vacina, para agilizar o processo de vacinação. 

Quem pertence a um dos grupos já contemplados anteriormente, e por algum motivo não conseguiu realizar a vacinação, basta comparecer a um dos pontos de imunização.

O site vacina.natal.rn.gov.br tem as informações sobre os grupos em vacinação, locais de aplicação, filas nos drives, documentação e dúvidas frequentes.

Sobre a segunda dose, os interessados devem apresentar a mesma documentação referente a D1. Reforçando a necessidade do cartão de vacinação. 

Pode receber a D2:

  • Quem recebeu a primeira dose da Oxford até 19 de maio, ou 85 dias;
  • Quem completou 28 dias da primeira dose da Coronavac; 
  • Quem recebeu a primeira dose da Pfizer até 21 de maio;

A Secretaria Municipal de Saúde destaca a importância de se vacinar com a D2 para a garantia de uma imunização mais eficiente.


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CENTENÁRIO DE ALUÍZIO ALVES. HENRIQUE LEMBRA COM EMOÇÃO MOMENTOS AO LADO DO PAI

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Aluízio Alves reunia, com facilidade, multidões em seus comícios em todas as campanhas partidárias das quais participou. Créditos: ARQUIVO TN

Neste dia 11 de agosto de 2021, se Aluízio Alves estivesse vivo, completaria 100 anos. Um político que atuou intensamente. Forte, admirado e, que terminou os seus dias, respeitado. Um homem dividido entre a família e o governo. Que veio, como diz o jingle da campanha de 60, do sertão, lá do Cabugi, para sanar o sofrimento do seu povo. E assim foi. Sempre acreditou no progresso Norte-Riograndense e fez história como uma das maiores figuras políticas do estado. Aluízio Alves, quinto filho do casal Manoel Alves Filho (1894-1986) e dona-de-casa Maria Fernandes Alves (1891-1975), o jornalista, empresário e ex-ministro nasceu no dia 11 de agosto de 1921, em Angicos, município localizado aos pés do Pico do Cabugi, na região central do Rio Grande do Norte; morreu em 06 de maio de 2006, deixando sua marca na política nacional, como símbolo desenvolvimentista brasileiro. Ao longo da matéria produzida pelo Blog Tulio Lemos, confira história desde família e educação à atuação política e legado, declarações de familiares e amigos, linha do tempo, além dos destaques de campanha.

DECLARAÇÃO HENRIQUE ALVES

Henrique Eduardo Alves, questionado pelo Blog Tulio Lemos sobre quais foram os momentos mais fortes e marcantes em relação à vida de Aluízio, a cassação, seu primeiro mandato, quando foi presidente da Câmara dos Deputados Federais, quando assumiu a presidência da República… como foram esses momentos e como era relação que tinha com ele nesses momentos, o filho de Aluízio declarou que acredita que dois momentos marcaram profundamente a sua vida:

“o primeiro quando, 1969, na naquele fevereiro, ele cassado pela ditadura militar, todo dia vinha a notícia de que (na Voz do Brasil, saía sempre uma relação de parlamentares cassados e seriam punidos) sempre aguardávamos o nome dele; a gente sabe que ele tinha uma radical, mas já passou isso, mas foi um momento que me marcou profundamente. Quando amigos foram ao Rio de Janeiro, à nossa casa,  pediram a ele que me fizesse seu herdeiro, seu seguidor, que eu entrasse na vida pública como candidato a deputado federal. E eu notava que ele queria e não queria; não queria por medo de que eu viesse a sofrer, naqueles momentos terríveis que o Brasil vivia, de absoluto de respeito à cidadania, à Constituição, ao direito das pessoas, à liberdade, e, no fundo, eu sentia que ele queria porque não deixa morrer tanta coisa, tanta luta, tanto realizado… 

Me lembrar aqui das 40 horas de Paulo Freire como marco, na nossa querida cidade de Angicos, energia de Paulo Afonso, caminhão da Esperança, enfim, tanta coisa, não poderia enumerar em um pouco tempo. 

No momento que eu percebi essa indecisão dele, não precisou ele falar, eu percebi no seu olhar. Eu disse: ‘meu pai, eu topo. Eu vou entrar, eu sou candidato a deputado federal para prosseguir a sua luta’. E a sua fala foi muito simples: ‘meu filho, então segura a minha bandeira verde e vai defender o povo do Rio Grande do Norte’. E, a partir daí, eu fui, caminhei, fiz o que pude fazer, lutar como lutei, então esse é um momento muito marcante na minha realização pessoal, mas, mais do que isso: saber que estava fazendo ali o sonho e a Esperança dele.

Henrique caminhou lado a lado do pai como seu herdeiro político. Créditos: ARQUIVO/TN

O outro momento foi quando cheguei à presidência da Câmara dos deputados; não posso negar que um deputado de um estado que tinha menor bancada de 8 deputados apenas, nosso estado do Rio Grande do Norte, bancada de 8 deputados federais, em uma casa de 513 deputados, consegui chegar a presidir esta casa, eleito no primeiro turno, com 4 outros candidatos, segurando a bandeira do Rio Grande do Norte, quando eu sentei naquela cadeira, as minhas palavras foram só, saindo de meus lábios, na minha garganta, mas sobre todo o meu coração, era a presença dele, aquele momento que eu estava vivendo, que ele não estava podendo ali estar presente assistindo, mas eu sei que lá no bom lugar que ele está, ele estava muito feliz e, sem dúvida, me abençoando. Então, foram dois momentos que marcaram a minha vida pública: presidir a casa onde estive por 44 anos, 11 mandatos consecutivos de deputado federal e quando segurei sua bandeira verde (…), em casas e cidades, em estados, em ruas e dias e noites madrugadas pelo Rio Grande do Norte”.

Ouça o áudio:

BASE

Ao todo, a família era composta por nove filhos, sendo que uma menina (Maria) resistiu apenas três dias; e outro morreu antes mesmo de nascer.

A irmã mais velha de Aluízio Alves era Maristela Alves (falecida em janeiro de 1975, aos 56 anos). Pela ordem de nascimento, a segunda mais velha do grupo de irmãos é Maria Neusa Alves, 100 anos. Aluízio Alves era o terceiro mais velho. O mais velho dos irmãos após o ex-ministro é Garibaldi Alves (ex-deputado), 98 anos. O quinto filho mais velho era Expedito Alves, ex-prefeito de Angicos assassinado em 1983 na praça da cidade. 

O sexto filho era José Gobat Alves, falecido em maio de 2004 após passar cerca de 12 anos em coma. O acidente que lhe colocou em tal estado aconteceu em 1992 e vitimou fatalmente sua mulher, Maria José de Vasconcelos Alves (1933 – 1992). A freira Carmem Alves (falecida em  04 de fevereiro de 2018, aos 91 anos) era a sétima da linhagem. Ela era irmã Dorotéia e dirigiu a ordem religiosa em Natal. 

Os dois irmãos mais novos de Aluízio Alves são Maria de Lourdes Alves, 93 anos; e Agnelo Alves (falecido em 21 de junho de 2015, aos 82 anos).  Dos nove filhos do casal “Nezinho Alves” e “Dona Liquinha”, apenas Agnelo Alves, que foi prefeito de Parnamirim e senador da República, não nasceu em Angicos. Em 1932, no auge da Revolução Constitucionalista, Nezinho Alves era prefeito da cidade e achou melhor enviar sua mulher para Ceará-Mirim, onde Agnelo nasceu. 

Aos 11 anos, Aluízio (no canto direito à esquerda) em reunião do PP
Legenda: Aos 11 anos, Aluízio (no canto direito à esquerda) em reunião do PP. Créditos: ARQUIVO/TN

FORMAÇÃO

A educação primária de Aluízio Alves foi toda em Angicos, entre os anos 1926 e 1930; já o ensino secundário, foi na Capital Potiguar, entre 1936 e 1940. Conhecido por se um menino prodígio e político precoce, Aluízio Alves sempre esteve à frente do seu tempo em várias áreas de atuação. Herdou o gosto pela política do pai, o comerciante Nezinho Alves, que foi prefeito de sua terra. 

Já aos 11 anos, entre antigos membros do Partido Republicano, como o ex-governador José Augusto Bezerra de Medeiros, e da Aliança Liberal, como o monsenhor João da Maria Paiva, e o ex-prefeito de Caicó Dinarte de Medeiros Mariz, participou da fundação do Partido Popular (PP). Foi em 12 de fevereiro de 1933, na então provinciana capital do RN, iniciando assim uma longeva carreira político-partidária. 

Logo após, até 1945, dava início a sua jornada jornalística: foi redator político do jornal A República; além disso, no mesmo período, foi diretor do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social, secretário, e depois presidente, da seção rio-grandense-do-norte da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

Aluízio tornou-se diretor da Biblioteca Norte-Rio-Grandense de História e da Sociedade Brasileira de Folclore. No decorrer de sua atuação pública, foi ganhando projeção como organizador e especialista dos serviços de assistência social do estado; foi nomeado membro da Sociedade de Higiene Mental do Nordeste, participou do Congresso de Psiquiatria e Higiene Social do Nordeste, realizado em Natal, e foi presidente do Centro de Estudos Sociais do Rio Grande do Norte.

CLARIM

Reprodução

Jornalista vocacionado. Fez da comunicação sua grande missão de vida, junto, é claro, à política, exatamente por sua arte de estabelecer comunicação popular efetiva com as grandes massas. Mas, voltemos ao início. Aos 11 anos, o menino de Angicos aproveitava suas férias, em sua cidade de nascimento, para deixar o tempo livre produtivo: escrevia um seminário na máquina de escrever do pai, o comerciante Manoel Alves Filho. De tiragem única, a informação, abrigada em quatro páginas, passava de mão em mão, de casa em casa e tornava-se exitosa a meta do garoto visionário, levar notícias do município e de todo o estado.

Esse foi apenas o primeiro de muitos projetos jornalísticos que o conduziram à construção de uma relação estreita e relevante para sua figura pública social: o jornal mensal “A Palavra”, em parceria com João Seabra de Melo, a revista “Potiguarania”, o “Estudante”, com a participação de José Ariston e Jessé Freire, e os jornais políticos “A Notícia” e “A Razão”. Este último era fortemente ligado ao Partido Popular. Com ele, Aluízio Alves iniciava uma união que marcariam, para o resto da vida, sua atuação pública no Rio Grande do Norte e no país: o jornalismo e a política.

O MAIS JOVEM CONSTITUINTE

A partir da queda do Estado Novo, em 29 de outubro de 1945, e a realização de eleições no dia 2 de dezembro seguinte, Aluízio Alves foi eleito deputado pelo Rio Grande do Norte à Assembleia Nacional Constituinte, na legenda da União Democrática Nacional (UDN). Tomou posse em fevereiro de 1946, tornando-se então, aos 24 anos de idade, o mais jovem constituinte. Foi eleito mais três vezes deputado federal, tendo deixado a Câmara dos Deputados após ter sido eleito governador do Estado em 1960.

Aluízio recebe em 1964, o senador Robert Kennedy, na sede da TN
Legenda: Aluízio recebe em 1964, o senador Robert Kennedy, na sede da TN. Créditos: ARQUIVO/TN

Em 1966, voltou a  se eleger deputado federal, sendo cassado em 1969 pela Ditadura Militar. Voltou à Câmara Federal para o último mandato (1991-1994) e exerceu cargos de ministros da Administração e da Integração Regional, nos governos José Sarney (1985-1990) e Itamar Franco (1992-1994), respectivamente.

Reprodução

Confira a biografia completa aqui, no site da Fundação Getúlio Vargas (FVG).

MATRIMÔNIO

Quando Aluízio Alves casou-se com dona Ivone Lyra Alves, em setembro de 1944, na igreja Santa Terezinha, no Tirol, tinha 24 anos e ela 18. Segunda filha de uma família de cinco irmãos descendentes do casal Luiz e Lydia Lyra, dona Ivone conheceu o futuro marido ainda na adolescência na praia da Redinha, onde as famílias passavam o veraneio. 

Em agosto do ano seguinte ao casamento, nasce, em Natal, o primogênito Aluízio Filho, que se tornou empresário. Com o patriarca eleito deputado federal, a família se muda para o Rio de Janeiro, onde, em dezembro de 1948, nascem os gêmeos Henrique Eduardo – deputado federal por 11 mandatos consecutivos, desde 1971 – e Ana Catarina, que também foi parlamentar durante as legislaturas 1997-1999 e 1999-2003.  O caçula do casal Aluízio e Ivone é o jornalista Henrique José, nascido em Natal, em janeiro de 1962. Dona Ivone faleceu aos 77 anos, no dia 30 de agosto de 2003, em decorrência de um infarto fulminante. 

Confira vídeo:

O aperto de mãos com Getúlio Vargas, em 1951, no Palácio do Catete
Legenda: O aperto de mãos com Getúlio Vargas, em 1951, no Palácio do Catete. Créditos: ARQUIVO/TN

ARARA E BACURAU

Com o apoio da coligação formada pelo Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1960, Aluízio Alves lançou sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte. Esta eleição marcou seu rompimento com o deputado Dinarte Mariz, uma das maiores lideranças políticas do estado. Contrário à candidatura de Aluízio, Mariz levou a UDN a formalizar uma aliança com o Partido Republicano (PR) e o Partido Social Trabalhista (PST) em torno do nome do deputado federal Djalma Marinho. Durante a campanha, Aluísio Alves liderou a “Cruzada da Esperança”, com a qual — de trem ou caminhão — percorreu todo o estado promovendo comícios “relâmpago”, organizando passeatas e conquistando votos de casa em casa. Assim, em caravanas, seus seguidores eram identificados pelos galhos de árvore que traziam à mão e pela cor verde de suas bandeiras — em oposição ao vermelho adotado pelos partidários de Mariz. Apelidado de “Cigano” pelo povo potiguar, Aluísio inaugurou um estilo que marcaria para sempre sua biografia.

No pleito de 3 de outubro de 1960, elegeu-se governador do Rio Grande do Norte com 121.076 votos, contra 98.195 dados a Djalma Marinho. Na mesma ocasião, Jânio Quadros derrotou o marechal Henrique Lott, da coligação PSD-PTB, e conquistou a presidência da República. Tendo como vice o monsenhor Walfredo Gurgel, em janeiro de 1961 Aluízio renunciou ao mandato de deputado, e foi empossado ao governo estadual no dia 31 do mesmo mês. Após a eleição de 1960 — e por mais de uma década —, a política no Rio Grande do Norte passaria a ser dominada pelas disputas entre as famílias Alves e Mariz. Vermelho e Verde. Arara e Bacurau. Muitas histórias. Longas disputas.

CAMPANHA DE 1960

Marcha da esperança

Autor: Edmundo Andrade

Aluízio Alves veio do sertão lá do Cabugi

Pra sanar o sofrimento de seu povo

Sua plataforma eis aqui:

Assistência e cuidado ao agricultor

Melhores salários pro trabalhador;

Com a energia de Paulo Afonso, industrialização

Para mocidade potiguar, saúde e educação

O povo oprimido, do operário ao doutor,

Escolheu seu candidato,

Aluízio Alves pra governador.

Cigano feiticeiro

Autor: Jacira Costa

Cigano feiticeiro, seu feitiço meu pegou

Aqui neste lugar todos você já conquistou

Pela primeira vez que você veio ao sertão

Apresentou uma lei e conseguiu execução

Cigano feiticeiro, feiticeiro,

ai, meu Deus!

Eu faço tudo pelo governo seu

E o eleitor o que deve fazer?

É virar Cigano e votar em você.

E o adversário que o caluniou

E lhe chamou cigano, seu prestígio aumentou

Pelo voto secreto lhe daremos exposição

E a esta oligarquia quem

responde é a eleição

Trem da esperança

Autor: Jacira Costa

Foi no Trem da Esperança que Aluízio viajou

Quando chegou na Guarita,a notícia encontrou:

Que o chefe de polícia,

Em decreto oficial,

Proibiu os seus comícios

No coração de Natal.

Mas o povo em passeata pra lá desfilou,

E em frente ao comitê

Aluízio falou.

Frevo da gentinha

Autor: Jacira Costa

Eu não ligo o que falem

e não quero saber

Sou da Esperança sou demais

até morrer

Por Aluízio para o der e vier

O resto é conversa fale quem quiser

Não perca tempo, venha se divertir

Que este ano a gentinha

vai brincar até cair

DISCURSO DE POSSE – GOVERNO DO RN

“(…) Governar não é dar emprego a amigos nem tomar o dinheiro do contribuinte para distribuir entre comparsas. Não é usar a autoridade a serviço de ambições descontroladas de domínio pessoal. Governar é, e há de ser de agora por diante, a difícil e maravilhosa, a dura e bela missão de unir um povo e seu governo para juntos encontrarem os meios de tornarem todos mais felizes uns com os outros, pela alegria de cada um servir a todos, na comunhão fraternal, das mesmas esperanças”, trecho do discurso de Aluísio Alves, na chegada ao palácio do governo em 31 de janeiro de 1961.

Confira aqui o Discurso de chegada ao palácio do governo em 31 de Janeiro de 1961 – Natal RN.

“Quem ama o povo, passa a merecer do povo a glória de um amor que o consagra”.

“Ele tinha essa percepção de guitarra no peito de cada pessoa. E dedilhava essa guitarra (…). Uma pessoa igual a todo mundo, mas que vinha para representá-los”.

Vicente Serejo.

POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA

Aluízio e sua perspectiva visionária deixaram obras grandiosas. O próprio aeroporto, nomeado em homenagem à grande figura política, representou para o Rio Grande do Norte, em determinado período, o que a energia de Paulo Afonso, trazida por ele, representou no passado: novos horizontes e expansão.

Para o seu filho, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves, a trajetória política e administrativa do pai é merecedora de reconhecimento como “a maior liderança popular e carismática do Rio Grande do Norte”. Henrique destaca ainda que “ele era a voz da esperança do povo do Rio Grande do Norte e que sua obra não desaparecerá jamais”.

Confira o documentário JANELA PARA O AMANHÃ:

JINGLE QUE MARCOU GERAÇÕES:

A TRAJETÓRIA E ESPÍRITO CONSIDERADO REVOLUCIONÁRIO

Foi eleito seis vezes deputado federal (constituinte aos 23 anos, em 1946), governador e duas vezes ministro de Estado: da Administração, no governo Sarney quando criou a Escola Nacional de Administração Pública e da Integração Regional, no governo Itamar Franco, quando iniciou o projeto de transposição do rio São Francisco. Como governador Aluízio criou as companhias de água, luz e telefone, o instituto de previdência do RN e trouxe ao Estado a energia de Paulo Afonso. As faculdades de jornalismo e serviço social foram obras sociais do jornalista que também fundou o Sistema Cabugi de Comunicação.

Até o último momento dos seus 84 anos de vida, o ex-ministro Aluízio Alves escreveu uma grande história. O pensamento comum de políticos e eleitores é que ele foi um dos relevantes líderes do RN e também é pacífica a ideia de que Aluízio Alves exerceu a liderança que lhe era peculiar até o último ano da sua vida.

Confira o documentário Aluízio Alves:

Aluízio Alves – Documentário

Confira a biografia como parlamentar.

Linha do tempo

1921

Nasce em Angicos, sertão central do Rio Grande do Norte, em 11 de agosto, o quinto filho do casal Manoel Alves Filho (comerciante) e da dona de casa Maria Fernandes Alves, Aluízio Alves.

1931

Durante as férias do fim do ano, cria o jornalzinho O Clarim. Eram duas folhas datilografadas na máquina do pai. O único exemplar circulava de casa em casa. Entre as notícias, coisas da política.

1932

Em Natal, para os estudos secundários, aos 11 anos participa da fundação do Partido Popular, ao lado do líder José Augusto e de outros figuras importantes da política do Rio Grande do Norte.

1938

Escreve e edita, dentro de um projeto de relançar vários autores potiguares, o livro Angicos, considerado até hoje um dos mais completos estudos sobre a realidade daquela região.

1942

Assume a coordenação do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social e a LBA, atuando de forma decisiva no atendimento aos flagelados da seca e migrantes que vêm do interior para Natal

1944

Casa-se com Ivone Lira Alves em 30 de setembro. Filha de uma família tradicional, dona Ivone iria acompanhar Aluízio em todas as lutas políticas, dando a ele quatro filhos.

Memória Viva 

Em 18 de julho de 1983, o ex-governador Aluízio Alves deu um depoimento ao programa  Memória Viva, na TVU.  A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Wodem Madruga, Alvamar Furtado, Ticiano Duarte e Affonso Laurentino. Confira abaixo alguns trechos nos quais ele se define e conta passagens que marcaram sua vida.  

O jornalista

“Eu tenho em matéria de jornalismo, com o perdão da modéstia, um feito inédito: eu já fui diretor de um jornal de um só exemplar, e já fui diretor de um jornal com 200 mil exemplares. Um dia, não sei por que – até hoje não sei por que – resolvi fazer um jornal. O jornal tinha um exemplar. Eu escrevia o jornal no sábado e no domingo, à máquina. E aquele jornal na segunda-feira começava a circular de casa em casa na cidade. Era um exemplar só.

Chamava-se O Clarim. E foi depois diretor da Tribuna da Imprensa, que na fase que dirigimos, Carlos Lacerda e eu, tinha circulação de 120 mil, 130 mil exemplares, mas que no dia do atentado a Carlos Lacerda, no qual morreu Major Vaz, ele tirou 200 mil exemplares. E eu estava na direção. Carlos Lacerda estava ferido e eu assumi a direção do jornal. Então tenho esse feito inédito no jornalismo: dirigi um jornal de um só exemplar, com 11 anos de idade. E depois dirigi um jornal com 200 mil exemplares, no Rio de Janeiro.” 

A personalidade

“Apesar de ser um homem polêmico. Diante de mim, das minhas atitudes, raramente há uma neutralidade, sempre alguém está a favor, alguém está contra. É uma característica da minha vida, não escolhida por mim, mas por talvez pelos acontecimentos ou pelo meu temperamento.”

O deputado

“Eu digo a vocês: tudo o que eu quis ser não consegui. E fui muitas outras coisas que eu nunca pensei em ser. Eu quis ser diretor da República, não consegui. Eu quis ser promotor público. Não consegui. Quis ser deputado estadual, também não consegui. Havia três candidatos, da ala estudantil. Eram Zé Ariston, Zé Gonçalves e eu. Os dois queriam ser deputados federais e eu queria ser deputado estadual. Eu tinha apoio eleitoral, eles não tinham. A chapa estadual estava muito cheia. Houve a convenção estadual, na escolha da chapa e sobrou Agenor Lima, chefe político em Goianinha. Que, em cima do palco, ao saber que sobrou, ameaçou romper com o partido. Imediatamente eu abri mão do meu lugar. Me procuraram Monsenhor Mata, Dinarte, Dix-sept. Foi muito engraçada a conversa. Disseram: “Você tinha uma eleição de deputado estadual certa. Para deputado federal nós devemos fazer quatro pela UDN.

Você deve ficar em quinto. Mas serão eleitos Zé Augusto. Djalma. Pedro Amorim e cada um tira uma licença, vez por outra, e você assume”. E entrei para a chapa de deputado federal. Fomos para a campanha. Eles pensando que eu seria o quinto e que os outros quatro seriam eleitos. Terminando a campanha, a UDN não fez quatro. Fez dois. E os eleitos foram Zé Augusto e eu. E eu fui eleito sem esperar, nos últimos dias. Aos 23 anos de idade, o deputado mais moço da Assembleia Nacional Constituinte.” 

*Com informações do jornal Tribuna do Norte


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MAIORIA DA BANCADA DO RN VOTA PELA DERRUBADA DO VOTO IMPRESSO

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Na noite desta terça-feira (10), a Câmara dos Deputados decidiu rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. O resultado representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, defensor da ideia. A maioria da bancada do RN votou pela derrubada da PEC, que, para ser aprovada, precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.

Confira votos dos deputados pelo Rio Grande do Norte (RN):

Reprodução Instagram

SIM
Benes Leocádio (Republicanos), Carla Dickson (PROS) e General Girão (PSL).

NÃO
Beto Rosado (PP), João Maia (PL), Natália Bonavides (PT), Rafael Motta (PSB), Walter Alves (MDB).

Por meio do seu perfil nas redes sociais, Natália Bonavides (PT), disse:

“Derrotamos o golpismo de Bolsonaro e seus aliados! A maioria da Câmara decidiu hoje enterrar a tentativa de Bolsonaro de atrapalhar as eleições! Só quem não tem voto ameaça com quartelada.”

Também por meio do seu perfil nas redes sociais, General Girão declarou que fez sua parte, pontuando que está do lado dos milhões de patriotas que foram às ruas. Alertando que “em 2022, a bola está com vocês”.

“Não me considero derrotado. O mais importante, para mim, foi caminhar nas ruas junto com os patriotas e defender uma pauta que mobilizou todo o Brasil. O nosso grito ecoou. Infelizmente, em 2 anos e meio, não dá para remover todas as entranhas do mecanismo, impregnadas no Congresso e no STF. De cabeça erguida declaro: A guerra não terminou. Sempre estarei na linha de frente, em prol do nosso país.”

General Girão (PSL)

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PACHECO REAGE A DESFILE: “NINGUÉM HAVERÁ DE INTIMIDAR O PARLAMENTO”

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Coletiva de imprensa com presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco 7
Igo Estrela/Metrópole

Hoje (10), o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou em plenário que “absolutamente nada, nem ninguém, haverá de intimidar as prerrogativas do Parlamento”. A declaração ocorreu após a realização do desfile de tanques militares na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), com anuência e presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“O povo brasileiro quer VACINA no braço e COMIDA no prato. O povo não quer nem merece assistir a essa demonstração de fraqueza patética por parte de um presidente da república. Quando está em jogo a vida dos brasileiros ou a democracia, não se pode ter dois lados”, declarou Pacheco (DEM-MG).

Veja vídeo:

Pacheco defendeu não ver risco à democracia, mas ressaltou que o Senado Federal “estará pronto para reagir a roubos, a bravatas, a ações que não calham no Estado Democrático de Direito”.

“Sobre essa manifestação de hoje, o desfile de tanques das Forças Armadas em Brasília, devo dizer que, para aqueles que assim interpretaram [como ameaça à democracia], está reafirmado nosso compromisso com a democracia. Absolutamente nada, nem ninguém, haverá de intimidar as prerrogativas do Parlamento”, pontuou.

O senador prosseguiu dizendo que o “Congresso Nacional tem posição de absoluta e plena obediência à Constituição Federal”.

“Quero dizer que, para cada palavra, para cada apontamento que possa constituir algum tipo de ameaça ou risco, sempre haverá pronta reação do Senado”, enfatizou.

Ontem, ele publicou no Twitter:


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PROFESSOR ROBÉRIO DIZ: PROJETO “DIA SEM CARNE” NÃO É PARA PROIBIR, MAS PARA CONSCIENTIZAR

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Vereador usa“consumo em excesso” para propor dia sem carne em Natal
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na tarde desta terça-feira (10), o vereador Robério Paulino (PSOL) esclareceu que no seu Projeto de Lei não há proibição do consumo de carne, mas uma busca pela conscientização quanto ao consumo excessivo. Segundo o parlamentar, setores da imprensa de direita orquestraram um violento e mentiroso ataque ao seu mandato, por conta da apresentação de um simples projeto educativo, voltado à saúde pública, o Dia sem Carne.

“Diversos jornalistas de direita no RN deturparam seu conteúdo, tentando ridicularizar o projeto, cujo objetivo é tão somente de educação alimentar. Até mesmo o Sr. Carlos Bolsonaro nos atacou no dia de hoje em seus canais, que atingem milhões de pessoas. Diante disso, vimos aqui esclarecer a verdade”.

Como o vereador Robério citou, o “filho dois” do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro (RJ), amanheceu repercutindo o Projeto de Lei, sem profundidade, compartilhou post dizendo: “VENEZUELANDO! Vereador do PSOL em Natal quer proibir consumo de carne uma vez por semana na capital potiguar”

De acordo com a redação da justificativa, o Projeto de Lei apresentado tem o intuito de propor o Programa Dia sem Carne, que consiste em, ao menos uma vez por semana, não ser oferecida carne e seus derivados em estabelecimentos prestadores de serviços de refeição localizados em órgãos do Poder Público  Municipal.

Assista vídeo:

Com a apresentação desta proposição, pretende-se discutir duas questões: o compromisso ético relativo aos direitos dos animais e ao seu bem-estar e as implicações, na saúde humana e no planeta, do consumo excessivo de carne.

“É preciso tomar providências urgentes diante do fato de que o consumo excessivo de carne está diretamente relacionado à crise ambiental, ao aquecimento global, à perda de biodiversidade, às mudanças climáticas e às diversas doenças que afligem a população humana, além de ser preponderantemente responsável pelo cruel e bárbaro tratamento dispensado às demais espécies do reino animal. Segundo a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla para Food and Agriculture Organization), 75% das novas doenças que afetaram os seres humanos nos últimos dez anos são causados por patologias provenientes de animais ou de seus derivados. Além disso, em muitos países em desenvolvimento, explorações intensivas situam-se perto de centros urbanos para baratear o transporte”, sinaliza a justificativa do PL.

Veja texto do projeto:

Institui o Programa Dia sem Carne, destinado a alertar a população acerca dos riscos do consumo excessivo de carne, no Município de Natal/RN e e dá outras providências.

Artigo 1° Programa Dia sem Carne, destinado a alertar e prevenir a população acerca dos riscos do consumo excessivo de carne animal, no Município de Natal.

Artigo 2° O Programa Dia sem Carne abrange as cantinas, os restaurantes, os bares, as lanchonetes, os refeitórios e locais similares cujas atividades sejam desenvolvidas junto a órgãos ou entidades do Poder Público Municipal.

§ 1º Para a consecução do objetivo pedagógico e preventivo do Programa, os estabelecimentos referidos no caput deste artigo deixarão de servir, em 1 (um) dia da semana, carnes e seus derivados, ainda que gratuitamente.

§ 2º Os estabelecimentos referidos no caput deste artigo publicizarão a sua participação no Programa de que trata esta Lei por meio de afixação, em local de visível, de selo contendo a identificação visual do Programa Dia sem Carne, bem como o cardápio específico, sem inclusão de carnes e seus derivados.

§ 3º Excetuam-se do disposto no caput deste artigo os estabelecimentos que desenvolvam suas atividades em hospitais públicos e demais unidades de saúde pública, cuja adesão ao Programa Dia sem Carne será facultativa.

Artigo 3° O Programa Dia sem Carne poderá contar com adesão voluntária de estabelecimentos do ramo de alimentação, que poderão fazer uso do selo referido no § 2º do artigo 2º desta Lei.

Artigo 4° O Executivo Municipal promoverá campanha educativa junto a meios de comunicação, com a finalidade de esclarecer sobre os benefícios de retirar a carne dos cardápios, bem como sobre o teor desta Lei.

Artigo 5°  Esta Lei será regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data de sua publicação.

Artigo 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Natal/RN, 26 de abril de 2021. Professor Robério Paulino. Vereador – PSOL

Projeto na íntegra:

Confira nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O PROJETO DE LEI “DIA SEM CARNE”, DO PROF. ROBÉRIO PAULINO – PSOL, NA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL


Setores da imprensa de direita orquestraram nos últimos dias um violento e mentiroso ataque ao nosso mandato, por conta da apresentação de um simples projeto educativo, voltado à saúde pública, o Dia sem Carne. Diversos jornalistas de direita no RN deturparam seu conteúdo, tentando ridicularizar o projeto, cujo objetivo é tão somente de educação alimentar. Até mesmo o Sr. Carlos Bolsonaro nos atacou no dia de hoje em seus canais, que atingem milhões de pessoas. Diante disso, vimos aqui esclarecer a verdade.


Em nenhum momento o projeto fala em PROIBIR o consumo de carne por quem quer que seja. A proposta é tão somente instituir nos órgãos ou entidades ligadas ao poder público, como deixa bem claro o projeto, o Dia sem Carne. Em nenhum momento se fala de PROIBIÇÃO a bares e restaurantes privados da cidade de servir carne ou qualquer prato, como desonestamente propagaram os fabricantes de fake news.


Esse projeto, muito educativo, já funciona em algumas cidades brasileiras. Em 2017, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou tal projeto e algumas secretarias estaduais adotaram a Segunda-feira sem Carne. Em Porto Alegre, como em diversas cidades brasileiras e do mundo, também se discute sua implantação. A iniciativa segue tendência mundial lançada nos EUA em 1985, por meio do Dia Mundial sem Carne, celebrado no dia 20 de março, que tem o apoio da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e de diversos artistas, como o beatle Paul McCartney.


Segundo a FAO, 75% das novas doenças que afetaram os seres humanos nos últimos 15 anos são causadas por patologias provenientes da carne e outros produtos de origem animal, pelo que se recomenda reduzir sua ingestão e aumentar o consumo de produtos vegetais na alimentação diária. Portanto, nosso projeto tem um objetivo unicamente de saúde pública, educativo. A redução da ingestão de carne e seus derivados, especialmente dos embutidos, é uma recomendação de muitas associações médicas, não somente nossa.


Apesar de ser um país com muitas carências alimentares, o Brasil é um dos maiores consumidores de carne do mundo, com 160 gramas/dia/pessoa, em média. A população mais pobre, como não pode consumir carnes mais frescas, termina se refugiando nos embutidos, como a salsicha, um verdadeiro veneno para a saúde da população, por conta de tantos conservantes neles inseridos. Existem alimentos muito melhores de origem vegetal, com um poder nutricional muito maior e mais saudáveis. Além disso, nosso projeto não sugere qualquer proibição da ingestão de carne por toda semana, mas apenas UM DIA, e exclusivamente nos órgãos públicos.


Além da motivação de educação alimentar e de saúde pública, o projeto tem uma preocupação ambiental. Hoje os rebanhos mundiais já ultrapassam 50 bilhões de animais para servir à alimentação humana. Seu crescimento constante tem provocado um alarmante desmatamento e destruição dos ecossistemas, como a Amazônia e o Pantanal.


Reconhecemos que a iniciativa do projeto pode parecer polêmica, em um momento de tantas carências geradas pela pandemia. Mas essa pandemia vai passar, com o poder da inteligência, da Ciência e da vacinação em massa, e não de cloroquina e ivermectina, como defenderam os mesmos que atacam desonestamente nosso projeto no momento. Nosso projeto não é somente para a pandemia, mas para os próximos anos, olhando para o futuro. Além disso, esse é apenas um dos mais de 30 projetos que apresentamos, com propostas muito importantes para a população de Natal.


Esperamos que todos aqueles que nos atacaram tenham o mínimo de decência em nos dar o mesmo espaço que usaram em seus veículos e canais para nos atacar. Pedimos a todas e todos os cidadãs/ãos honestas/os que divulguem essa nossa nota para restabelecer a verdade. Muito obrigado.

Natal, 10/08/2021
Mandato do Prof. Robério Paulino – PSOL RN


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NATÁLIA BONAVIDES SOBRE DESFILE DE BLINDADOS X PEC DO VOTO IMPRESSO: “É UM PASSO A MAIS NA ESCALADA AUTORITÁRIA”

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Desfile de blindados em Brasília gera reações de parlamentares e partidos
Desfile de veículos militares ocorre em Brasília no mesmo dia da votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados, na terça-feira, 10 de agosto de 2021(foto: EVARISTO SA / AFP)

A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN), procurada pelo Blog Tulio Lemos, para declaração sobre o desfile de veículos blindados das Forças Armadas, que aconteceu na manhã desta terça-feira (10), em Brasília, disse que a quebra desse hiato de 37 anos, desde a última vez em que tropas se perfilaram fora de datas comemorativas, como da Independência do Brasil ou da Proclamação da República, que foi em 1984, não se trata de uma coincidência, mas de uma manobra de Bolsonaro para pressionar e ameaçar o Congresso Nacional.

“Ele tem atacado o sistema eleitoral com a proposta de voto impresso, que não busca transparência, mas sim contesta a democracia, e que, inclusive, já foi derrotada na comissão da Câmara que a analisou. É fato comprovado que a urna eletrônica é segura e auditável”, pontuou a deputada potiguar petista.

Além disso, ela ressaltou que colocar tanques diante do Congresso é um absurdo e se caracteriza como uma ameaça ainda maior por ser no dia em que a proposta pode ser votada no plenário. “É um passo a mais na escalada autoritária”, argumenta Natália.

Por meio de seu perfil nas redes sociais, ela declarou:

“A proposta de voto impresso de Bolsonaro é um retrocesso e não busca transparência, mas atacar a democracia. A urna eletrônica já é auditável! Bolsonaro sustenta seus ataques com mentiras para deslegitimar o sistema eletrônico. Por isso, lutaremos contra essa proposta”

Natália Bonavides (PT/RN)

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