O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil e, em 2023, causou a morte de 47 por dia, em média, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Neste mês de novembro, dedicado à conscientização sobre a saúde masculina, a equipe do Diário do RN entrevistou o médico urologista Matheus Amaral, da Liga Contra o Câncer, para esclarecer informações sobre a doença.
O especialista explica que a próstata é um órgão do sistema reprodutor masculino, sendo responsável pela produção de 70% do sêmen. Ela fica localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer nesse órgão consiste em um nódulo com consistência endurecida.
De acordo com o Dr. Matheus, a doença é mais comum em idosos, mas os exames preventivos devem começar a ser feitos antes dessa fase. “A gente costuma dizer que o câncer de próstata acomete mais a terceira idade. Então, a idade é exatamente um fator de risco. Os exames devem ser realizados a partir de 50 para a população geral, e, quem tem histórico na família, a partir de 45 anos”, disse.
Ele explica que há quatro exames para identificar a existência de câncer de próstata: exame de toque retal – “rápido e indolor” –, o de PSA – “uma proteína dosada no sangue” –, a ressonância nuclear magnética, e, para confirmação, a biópsia. Ele ressalta também que as principais formas de prevenção são a prática de atividade física, a manutenção de uma dieta saudável e não fumar.
Ainda segundo o médico, o câncer de próstata não tem sintoma quando na fase inicial. “Ele só vai dar sintoma quando a doença está em estágio mais avançado. Aí, o paciente pode apresentar sangue na urina, dor nos ossos e insuficiência renal”, pontuou, frisando, ainda, que há diversos tipos de tumores, mais ou menos agressivos, que determinam a rapidez com que a doença poderá avançar. No entanto, caso seja identificado precocemente, há chances elevadas de regressão. “Os pacientes que são diagnosticados com câncer de próstata na fase inicial da doença têm acima de 90% de cura”, frisou.
Os tratamentos utilizados podem ser o acompanhamento, chamado de “vigilância ativa”; a cirurgia da próstata, que é a prostatectomia radical; a radioterapia, e, em alguns casos mais avançados da doença, a hormonioterapia e a quimioterapia, conforme explicou Dr. Matheus Amaral.