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ALLYSON BEZERRA CONDICIONA ALIANÇA COM ZENAIDE À POSIÇÃO SOBRE FÁTIMA

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), é aliado político de Zenaide Maia desde 2022, com parceria fortalecida para 2024 e prometida para 2026. Entretanto, o prefeito deu sinais de que pode mudar os rumos das conversas com a parceira política, caso ela vá de encontro às suas pretensões eleitorais para 2026, como parte da direita potiguar. Em fala recente, Allyson classificou a parceria com Zenaide como “institucional”. O prefeito fez uma ressalva clara: a continuidade dessa relação dependerá de qual lado ela escolherá em 2026.

“Zenaide está enviando muitos recursos para Mossoró e tem sido muito bem aceita pela cidade.

Então, há esse trabalho conjunto, essa ligação política. A não ser que amanhã a senadora diga: ‘não, Allyson, vou estar em outro local, eu vou estar disputando com outro grupo, eu vou estar me colocando como candidata ligada ao Governo do Estado”, disse ele em entrevista à 96 FM, nesta segunda-feira (30).

O aceno implícito é que, caso Zenaide caminhe com o projeto da atual governadora Fátima Bezerra (PT), perde espaço em uma eventual aliança com o bloco liderado por Rogério Marinho, o principal nome do bolsonarismo no Estado e um dos que mais rejeitam a presença da senadora no grupo oposicionista. Zenaide é vice-líder do Governo Lula no Senado, principal impeditivo, segundo Rogério, para a aliança.

A fala de Allyson revela que, enquanto busca aparar arestas com nomes da oposição, ele sabe que também precisa respeitar as linhas ideológicas traçadas pelo núcleo mais duro da direita, especialmente por Marinho, que já deu sinais públicos de que não aceita Zenaide em seu palanque.

Styvenson Valentim
A disposição em atender requisitos do grupo para unificar a oposição em um palanque só foi evidenciada pelo prefeito quando buscou demonstrar habilidade política em comentário sobre Styvenson Valentim (PSDB), com quem tem as maiores divergências políticas.

Embora tenha reconhecido tensão com Styvenson, o prefeito sinalizou que está disposto ao diálogo dentro do campo da direita, que tenta se consolidar como frente unificada contra a governadora Fátima Bezerra (PT).

“Styvenson não é empecilho”, afirmou Allyson, em resposta sobre a possibilidade de composição com o senador no mesmo palanque, com quem mantém uma relação marcada por críticas mútuas recentes. Em um gesto de descompressão, Allyson ressaltou que o parlamentar “tem enviado recursos para instituições do estado inteiro” e que não vê obstáculos em uma conversa “seja no gabinete dele, em Mossoró ou em outro local”. A declaração do prefeito foi na 96 FM, nesta segunda-feira (30).

O tom conciliador com Styvenson demonstra empenho do grupo oposicionista — que reúne nomes como Rogério Marinho (PL), Álvaro Dias (Republicanos) e o próprio Allyson — para evitar o fracionamento da direita potiguar. O campo, embora heterogêneo, tem demonstrado a intenção de marchar unido nas eleições de 2026 para enfrentar o sistema governista e o PT no Estado, assim como no plano nacional. No entanto, tensões internas, como a que existe entre o prefeito e o senador, seguem como obstáculos, compelindo suas lideranças a buscar entendimento.

O prefeito também comentou, de forma protocolar, a ausência de Rogério Marinho no seu camarote durante o Mossoró Cidade Junina. “Convidei, ele estava no camarote do outro lado, mas acabou que não nos encontramos”, disse, sem demonstrar incômodo. Mencionou ainda que o prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), também tem atuado como articulador para unidade da direita e “vai estar conversando com cada um deles”.


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DE OLHO EM 2026, ALLYSON BEZERRA REFORÇA ALIANÇA ‘UNIÃO PROGRESSISTA’

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A nomeação da ex-prefeita de Messias Targino, Shirley Targino (PP), para a Secretaria de Assistência Social de Mossoró, prevista para esta sexta-feira (5), marca mais do que uma movimentação administrativa: é um gesto político que reforça a aliança entre o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) e o PP, presidido no RN pelo deputado federal João Maia, marido de Shirley.

Ela assume uma das pastas mais estratégicas da administração municipal.

“Já vinha me encontrando nos bastidores com Allyson até que um dia ele disse: ‘Shirley, eu queria dar uma visibilidade à assistência social em Mossoró, você topa assumir a pasta?’ Nem gaguejei, respondi de imediato”, contou a ex-prefeita ao Diário do RN.

Embora afirme que a conversa com Allyson não tratou sobre as eleições de 2026, o simbolismo da nomeação é inevitável. “Esse assunto não entrou na conversa em momento nenhum. Mas nossos partidos são aliados, isso já está alinhado. A federação já existe. Se ele for candidato, o apoio do PP é certo”, declarou.

A escolha também foi comentada pelo ex-senador José Agripino Maia, presidente do União Brasil no RN, que se reuniu com Allyson na véspera do anúncio. “A aliança que foi feita é para conviver e distribuir oportunidades. Quem é Shirley? Um quadro de grande qualidade. Pode ajudar na administração e na consolidação da aliança da federação? Claro que sim. É um óbvio, evidente”, afirmou.

Agripino destacou que a presença do PP na gestão mossoroense, mais do que um aceno de cortesia política, é parte da construção de uma coalizão com pretensões estaduais. “Nada mais razoável do que, na administração de Mossoró, você ter a federação representada”, pontuou.

“A secretaria vai estreitar esse relacionamento”, se refere Shirley ao falar sobre a nomeação, que deve aprofundar os laços entre o prefeito e o PP, ampliando a base política de Allyson em um momento em que seu nome é constantemente citado nas rodas políticas como possível candidato ao Governo do Estado.

“Nas cidades, as pessoas citam que Allyson nunca esteve lá e, mesmo assim, nas pesquisas está disparado para governador. Ele está na boca do povo. Por mais que ele não queira assumir que é candidato, a população assume que ele é. É um reconhecimento da gestão dele”, analisou Shirley, lembrando que o PP e João Maia têm uma “estrutura grande, com lideranças e 20 prefeituras”.

Posse
A cerimônia de posse deve ocorrer na próxima sexta-feira (04), com presença de João Maia, que deverá vir de Brasília para o evento.

A ex-prefeita se refere à nova função como uma oportunidade de aprofundar a atuação na área social, em que já tem passagem como secretária estadual, entre 2013 e 2014, durante a gestão de Rosalba Ciarlini. “Vamos fazer um trabalho em todas as áreas da assistência social. A secretaria em Mossoró é muito grande, e essa experiência anterior me dá suporte”, garantiu.

Shirley também falou da identificação pessoal com a cidade. “Já morei em Mossoró, meu filho nasceu lá. Saí quando ganhei a prefeitura de Messias Targino, em 2005. Tenho identificação com Mossoró”.

Shirley Targino é uma figura consolidada na política potiguar. Foi prefeita de Messias Targino por quatro mandatos e tem prestígio em diversos municípios do interior.


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ÁLVARO DIAS CRITICA FALA DE STYVENSON VALENTIM: “TODA DIVISÃO É PREJUDICIAL”

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O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), adotou um tom conciliador em relação à unidade da direita sobre o clima de tensão dentro do grupo de oposição ao Governo do Estado, especificamente sobre o senador Styvenson Valentim (PSDB) e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB). Álvaro defendeu, ao ser questionado pelo Diário do RN, que o momento é de diálogo para fortalecer a oposição em 2026.

“Eu não quero julgar ninguém, prefiro me omitir de emitir opinião sobre atos ou atitudes de quem quer que seja, de terceiros. O que eu posso falar é sobre mim. Vou procurar conversar, dialogar, o tempo que for necessário para unir o grupo”, afirmou.

A fala do ex-prefeito acontece após Styvenson ironizar a possibilidade de dividir palanque com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, colocado como pré-candidato ao Governo do RN como um dos possíveis nomes da oposição. O senador afirmou, em tom de desafio, que se Allyson entrar no grupo da oposição, ele sai: “Ele entra, eu saio. Simples assim”, colocou. A fala do senador foi feita na 96 FM, na última sexta-feira (27), após ser questionado se seria ele um empecilho para a presença do prefeito de Mossoró no grupo.

A tensão evidenciada por Styvenson acontece por dificuldades de relações políticas entre o senador e o prefeito mossoroense, situação que existe desde 2021. Na entrevista, Styvenson insinuou falta de transparência em recursos destinados à área da saúde em Mossoró, mencionando o envio de verba para cirurgias eletivas sem a devida prestação de contas sobre a execução do serviço.

Sobre esta tensão, Álvaro Dias negou ter discutido sobre o assunto com Styvenson ou com o senador Rogério Marinho (PL): “Não conversei com Styvenson ainda sobre isso, não conversei com Rogério sobre isso especificamente porque eu acho também que não é hora. A hora de definição é no próximo ano. As convenções são no final de julho [de 2026]”.

O ex-prefeito, no entanto, reiterou a importância da convergência política. “A oposição tem de procurar caminhar unida e, no momento adequado, vamos nos reunir, conversar, trocar ideias, tentar dirimir dúvidas, superar divergências, priorizar as convergências”, defendeu ele, que acredita na superação de divergências.

“A oposição unida elege a chapa majoritária. Toda divisão é ruim, é prejudicial. Então eu acho que o caminho é tentar união, no momento certo, oportuno”, complementou.

Apesar de ter afirmado ser cedo para as definições, Álvaro Dias tem se reunido com alguns nomes, como o próprio Allyson Bezerra, com quem não costumava ter proximidade política, e com o prefeito da capital, Paulinho Freire (UB). Ele negou que o encontro om seu sucessor tenha tratado de política: “Conversei com Paulinho, mas não especificamente sobre política, conversei com ele sobre a gestão, como é que as coisas estão”.

Sobre encontro com Allyson, Dias admitiu ao Diário do RN, em 18 de junho, que as conversas tiveram conteúdo político, e admitiu ser possível chapa formada por ele e Allyson Bezerra, sem descartar Zenaide Maia. “Acordamos de caminhar juntos, de continuar conversando”, afirmou na ocasião.

Na entrevista à 96 FM, Styvenson afirmou que ele não é o empecilho para que Allyson se integre ao grupo da direita, e sim a parceria com Zenaide Maia (PSD), que é vice-líder do Governo Lula no Senado.

O Diário do RN buscou contato com o prefeito Allyson Bezerra, citado nas falas do senador Styvenson, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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GENERAL GIRÃO REFORÇA APOIO A ROGÉRIO MARINHO APÓS DECLARAÇÃO DE BOLSONARO

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Durante o ato realizado neste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro elevou o senador Rogério Marinho (PL‑RN) ao status de “grande ídolo do Rio Grande do Norte”. Segundo Bolsonaro, Marinho, que não foi reeleito deputado federal em 2018, “levou água para o Nordeste e fez milhares de obras”, sendo eleito senador numa vaga única e se tornando um nome de grande peso no Estado.

Bolsonaro destacou que “agora ele é o grande ídolo do Rio Grande do Norte”, ao citar sua trajetória de entregas para a população nordestina e lembrar suas votações posteriores.

Em conversa com o Diário do RN, o deputado federal General Girão (PL) reiterou e endossou integralmente o discurso do ex-presidente bolsonarista. Para Girão, Marinho tem respaldo para ser um destaque nacional.

“Rogério Marinho é um líder político muito importante, com prestígio nacional e grande relevância dentro do PL. Ele será sempre um nome de destaque para qualquer posição de um Governo”, afirma sobre o líder da oposição no Senado Federal.

Para o deputado, o nome de Rogério é o melhor nome para o Governo do RN, como representante da oposição na disputa do ano que vem. “Em relação ao Rio Grande do Norte, Rogério Marinho é, certamente, o mais credenciado para reconstruir o nosso Estado. Ele segue sendo o nome da direita para o RN!”, completou.

Essa declaração ocorre em um contexto de crescimento da projeção nacional de Marinho. Em recente pesquisa divulgada pela Paraná Pesquisas, ele foi incluído no radar de possíveis candidatos bolsonaristas à presidência da República. Marinho mantém cautela sobre a dimensão nacional de sua atuação: “Por mais que eu esteja fazendo esse trabalho como líder da oposição [no Senado], tem que rodar muito para ter projeção nacional. É outra dimensão”, disse, em conversa com o Diário do RN na última quarta-feira (25), após divulgação da pesquisa nacional.

O senador, apesar da sondagem, descartou e confirmou ao Diário do RN que é pré‑candidato a governador do Estado. Marinho reforça que trabalha não apenas na construção de um projeto próprio, mas também na articulação para unir todo o campo oposicionista em torno de uma candidatura única em 2026.


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GUSTAVO: “PROCESSO DE LICITAÇÃO FOI TÉCNICO, IMPESSOAL E TRANSPARENTE”

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O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), rebateu as denúncias de irregularidades na licitação para a construção do novo Hospital Metropolitano, projeto orçado em cerca de R$ 200 milhões. Após denúncia apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU), o processo foi suspenso temporariamente para apuração de suposto favorecimento à empresa vencedora, o consórcio liderado pela Construtora Ramalho Moreira. O secretário de Estado de Infraestrutura do RN, Gustavo Coelho, conversou com o Diário do RN.

“Todo o processo é eletrônico, público, transparente. Desde o edital até os anexos, tudo está no PNCP [Portal Nacional de Compras Públicas]. Mais claro e impessoal, impossível. As empresas tiveram total condição de impugnar ou questionar as etapas, e nós respondemos a todos os questionamentos com clareza”, afirmou à reportagem.

Segundo o titular da pasta responsável pelo processo, todas as etapas foram conduzidas seguindo as normas da Lei de Licitações 14.133/2021 e dentro do Portal Nacional de Compras Públicas (PNCP).

“Isso tudo está dentro de um regramento que a gente estabelece em todas as licitações que nós fazemos, com toda a transparência, com toda a objetividade, dentro da licitude que exige. Graças a Deus, por isso é que a gente de fato não pode concordar em hipótese alguma com qualquer ilação feita sobre favorecimento, irregularidade ou fraude ou qualquer coisa parecida, realmente isso não existe nem vai existir enquanto eu estiver nessa função”, garante Gustavo Coelho.

A denúncia recebida pelo TCU alega que houve direcionamento para beneficiar o consórcio classificado em quarto lugar, desconsiderando propostas consideradas mais vantajosas. No entanto, Coelho detalhou os motivos técnicos para a desclassificação das empresas anteriores:
Sobre a empresa 1ª colocada, Comtérmica, “apresentou documentos ilegíveis. O sistema abriu prazo de duas horas para correção, mas a empresa não respondeu nem pediu prorrogação, o que teria sido aceito. Sem resposta, fomos obrigados a desclassificar, como manda a lei”, explicou Coelho.

Já sobre a 2ª colocada, Uchoa Construções Ltda, o secretário explicou: “Os documentos estavam legíveis, mas a empresa não comprovou todas as parcelas de maior relevância, exigidas no edital.

Por exemplo, não apresentou experiência com unidades hospitalares com área superior a 10 mil m². Esses critérios estavam definidos previamente e são obrigatórios”.

Em relação à empresa classificada em 3ª colocação, “pediu prorrogação, que foi concedida, mas não apresentou nenhum documento dentro do novo prazo. Simplesmente silenciou. O sistema seguiu seu curso”, esclareceu Gustavo Coelho.

Seguindo o processo, o consórcio formado por Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edicom foi o primeiro a cumprir todos os critérios técnicos e jurídicos estabelecidos no edital.

“As planilhas estavam corretas, todos os itens das parcelas de maior relevância foram atendidos.

Houve conferência dupla da documentação antes da publicação do resultado”, explicou o secretário.

No acórdão nº TC 009.048/2025-1, a unidade instrutora do TCU (AudContratações) manifestou-se pela presença de pressupostos para a adoção de medida cautelar.

O TCU determinou a suspensão da licitação para apurar possíveis irregularidades, entre elas, a inabilitação da primeira colocada por documentos supostamente ilegíveis sem detalhamento; exigência de elevadores com “seis paradas”, considerada desproporcional; ausência de fundamentação pública em atos da comissão; relação prévia entre a empresa vencedora e o Governo estadual.

No item 10 do Acórdão, por exemplo, a unidade técnica do TCU descarta argumento das denúncias sobre a inabilitação da primeira colocada. “Entendeu que a diligência foi regularmente instaurada e que o prazo concedido, embora curto, encontrava amparo no edital, não havendo ilegalidade na decisão da comissão”.

Já sobre a desclassificação da segunda colocada, o corpo técnico e o relator concordam que a exigência de comprovação de experiência com elevadores de exatamente ‘seis paradas’ “mostra-se um formalismo de questionável”. Além disso, alega que a rejeição da proposta mais vantajosa atenta contra o princípio da economicidade, já que a proposta era R$ 3,2 milhões inferior.

A licitação foi homologada em 10 de junho em favor da empresa Construtora Ramalho Moreira Ltda., pelo valor de R$ 200.777.000,00.

O Tribunal também solicitou oitivas da Seinfra e da empresa vencedora, além de documentação complementar, propostas de ações corretivas e subsídios sobre o impacto de um eventual retorno à fase de julgamento das propostas.

O secretário Gustavo Coelho frisou que o Estado não interfere nas decisões técnicas. “Nós vamos ao Tribunal de Contas, que entendeu que era necessário que nós prestássemos esses esclarecimentos; nós vamos fazer por escrito para o TCU. Não houve nenhuma restrição no processo, nenhum favorecimento. As decisões foram tomadas com base em critérios técnicos claros, estabelecidos antes do início da licitação”, reforça o secretário.


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CORONEL HÉLIO DEFENDE CANDIDATURA AO SENADO: “MEU DISCURSO É A COERÊNCIA”

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Presidente do PL em Natal e pré-candidato ao Senado, o coronel da reserva Hélio Oliveira afirmou ao Diário do RN que vem cumprindo um acordo de viabilidade firmado com o senador Rogério Marinho, principal liderança do partido no Estado. Com um discurso alinhado à direita ideológica e defensor da pauta da liberdade, Coronel Hélio avalia como legítimas as movimentações de outras lideranças, mas deixa claro que está trabalhando viabilidade eleitoral para momento de formação de chapas.

“Estou cumprindo um compromisso assumido entre ambas as partes, que é a viabilidade eleitoral. O senador Rogério Marinho, que é o líder do partido no estado e da oposição nacional no Senado, foi muito claro: vamos fazer uma pesquisa no fim do ano. Então eu não estou muito preocupado. Estou apenas fazendo o que foi combinado”, disse.

Coronel Hélio reconhece que outros nomes, com maior experiência, se colocam como opções para a chapa majoritária ao Senado pela oposição. Entre eles, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), além de Styvenson Valentim (PSTU), tido como certo por ele, a partir de acordo que existe com Rogério, para disputar a primeira vaga na disputa.

Sobre a possível candidatura de Álvaro ao Senado, com apoio do PL e até do próprio Rogério Marinho, Coronel Hélio adota um tom diplomático. “Acho legítimo. Álvaro fez uma boa gestão em Natal, destravou muita coisa, e nós ajudamos muito também, na aprovação do plano diretor, do código de obras. Mas, na minha visão, Álvaro tem um perfil mais voltado ao Executivo. Ainda assim, é legítimo ele pleitear uma vaga no Senado. São duas cadeiras, afinal”, avaliou.

No entanto, ao pleitear o espaço para disputar uma das duas vagas, Coronel garante que tem recebido apoio de lideranças do próprio PL e da base bolsonarista no Estado. Entre os nomes citados, estão o deputado federal general Girão, a pré-candidata a estadual Ludmilla Oliveira, de Mossoró, e o Coronel Brilhante, pré-candidato a deputado federal.

“Agora é que está começando a chegar o apoio de alguns parlamentares. Meu projeto é coletivo. É o projeto da força democrática pela direita, a raiz, vamos dizer assim, do Estado. Eu pautei minha campanha conversando com o povo. Meu discurso é a coerência”, diz.

Ele afirma que sua candidatura não nasceu por vaidade, mas por um chamado político-ideológico, como defensor da liberdade e da democracia nos moldes defendidos pela ala mais conservadora. Ele define seu papel como ideológico dentro das premissas do bolsonarismo.

“Sempre fui um apoiador de bastidor, só entro realmente quando eu sou chamado e quando, efetivamente, existe uma pauta ideológica muito forte, quando alguém ameaça a nossa democracia, quando alguém ameaça a nossa liberdade. Eu sou um ferrenho defensor da liberdade, um ferrenho defensor da democracia. Então, eu me preocupo muito com o futuro do Brasil”, garante.


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PLANOS DESAFIAM CÂMARA E IGNORAM FAMÍLIAS ATÍPICAS, DIZ PRESIDENTE DA CEI

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O desrespeito dos planos de saúde que operam em Natal – Unimed, Humana e Hapvida – à Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada pela Câmara Municipal gerou indignação e reação do Legislativo natalense. Convocadas formalmente para prestar esclarecimentos sobre denúncias de negativas no atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), duas das três operadoras ignoraram a convocação, mesmo diante de dezenas de denúncias de descumprimento de contrato, descredenciamento de clínicas, remarcações de consultas de última hora e recusa de cobertura de terapias essenciais.

“A ausência dessas operadoras não é apenas uma afronta à Câmara Municipal, mas também uma agressão direta às famílias atípicas que pagam seus planos com sacrifício, na esperança de garantir atendimento digno para seus filhos. Muitas vezes, essas famílias deixam de comprar comida para pagar o boleto do plano e, ainda assim, têm seus direitos negados”, denunciou o vereador Kleber Fernandes (Republicanos), presidente da CEI, em entrevista ao Diário do RN.

Na sessão desta segunda-feira (23), a CEI decidiu recorrer à Justiça para solicitar a condução coercitiva dos representantes das empresas Hapvida e Humana, que sequer justificaram a ausência. A Unimed foi a única que enviou ofício, alegando mudanças na diretoria, e pediu reaprazamento da oitiva, agora marcada para o dia 6 de agosto.

Segundo Kleber, a Câmara fará uma nova notificação aos planos, desta vez com designação oficial publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (26), e com entrega presencial feita por servidor designado como oficial de notificação.

Caso as empresas novamente não se apresentem, o Legislativo acionará o Poder Judiciário.

“Há prerrogativa legal para investigação por parte da Câmara, e a gravidade dos fatos relatados nos obriga a tomar providências. Não podemos tolerar esse silêncio deliberado das operadoras diante de denúncias tão sérias”, afirmou.

A CEI foi criada em 10 de junho após a realização de uma audiência pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor, que ouviu relatos emocionantes e revoltantes de pais e mães atípicos sobre negativas de cobertura e abandono por parte dos planos de saúde.

“Recebemos depoimentos preocupantes de pais e mães que pagam os planos de saúde a duras penas e que têm os seus direitos negligenciados, negados e afrontados pelos planos de saúde”, denuncia o vereador.

Nenhuma operadora compareceu à audiência. À convocação da CEI, posteriormente, apenas a Unimed apresentou justificativa – e não enviou representante. “Instauramos a CEI com o apoio de 28 dos 29 vereadores desta Casa, e convocamos formalmente os planos para uma reunião no dia 23 de junho. Não era um convite, era uma convocação. Mesmo assim, desrespeitaram a comissão e os consumidores”, ressaltou Kleber.

O vice-presidente da CEI, vereador Daniel Santiago (PP), também reagiu com firmeza, durante a reunião da CEI. “Se eles têm coragem de ignorar uma convocação oficial da Câmara, imagine o que não fazem com as crianças e suas famílias no dia a dia. Não podemos aceitar esse descaso institucionalizado”, ressaltou.

A comissão é composta ainda pelos vereadores Tércio Tinoco (relator), Thabatta Pimenta e Tony Henrique. O colegiado já recebeu uma série de denúncias formais de pais e responsáveis, que alegam desassistência, reagendamentos em cima da hora e recusa de cobertura para terapias essenciais no tratamento do autismo.


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SECRETÁRIO FICA REVOLTADO COM PICHAÇÃO DE MONUMENTO APÓS REVITALIZAÇÃO FEITA

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A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), concluiu na terça-feira (24) a revitalização das estátuas dos Três Reis Magos, monumento localizado na entrada sul da cidade, na BR-101. A intervenção teve como objetivo restaurar a imponência do monumento, que homenageia os co-padroeiros da capital potiguar, após ter sido alvo de pichações e vandalismo.

No entanto, menos de 24 horas após a conclusão dos trabalhos, o monumento foi novamente vandalizado. Na madrugada desta quarta-feira (25), as estátuas foram alvo de uma nova pichação, gerando indignação e frustrando o esforço de restauração recém-concluído.

O secretário da Semsur, Felipe Alves, lamentou o episódio e fez um apelo à população: “Eu vejo como algo revoltante o que aconteceu com o Monumento dos Reis Magos. Nós entregamos ele totalmente revitalizado ontem, e hoje amanheceu daquela forma, vandalizado. Então, é algo que nos revolta, e a gente chama a atenção da população para que não aceite situações como essa.

Nós não podemos normalizar isso”.

O secretário falou ainda sobre a necessidade de criar uma corrente para denunciar condutas como essas, a partir da conscientização da população de que os equipamentos públicos são para a coletividade. “Na medida em que há uma ação como essa, há um prejuízo para todos, além de um custo extra que sai dos nossos impostos. Então, lamentamos, e vamos recuperar mais uma vez. Vamos também estudar alternativas para monitorar e tentar inibir ações como essa, contando com a colaboração de toda a sociedade para que não ocorra mais. ”


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ISOLDA DANTAS: “GOVERNO DA PROFESSORA FÁTIMA FOI O MELHOR QUE O RN JÁ TEVE NOS ÚLTIMOS TEMPOS”

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Em meio às articulações para as eleições de 2026, a deputada estadual Isolda Dantas (PT) não poupou críticas à oposição potiguar em entrevista ao Diário do RN, nesta quarta-feira (25).

Segundo a parlamentar, os adversários do governo Fátima Bezerra (PT) estão “pulverizados”, porque não têm um projeto real para o Rio Grande do Norte, e agem tentando desqualificar os avanços da atual gestão.

“Essa pulverização de nomes revela, na verdade, a ausência de um projeto consistente por parte deles. Não se trata de uma disputa pelo avanço do RN, porque ele já está avançando conosco”, disparou Isolda, ao comentar a corrida entre figuras da oposição como Allyson Bezerra (UB), Álvaro Dias (Republicanos), Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) para encabeçar uma candidatura ao Governo do RN.

De acordo com Isolda, o grupo opositor está mais interessado em disputar vaidades do que em oferecer soluções concretas para o estado.

“O que está em jogo é a tentativa de interromper um projeto de desenvolvimento que tem compromisso com o povo, para substituir por um modelo que já conhecemos bem: excludente, atrasado e sem raízes na realidade potiguar. A direita potiguar está mais preocupada em ocupar espaço do que em apresentar soluções. E isso o povo percebe. Enquanto eles disputam protagonismo entre si, nós seguimos trabalhando, dialogando e apresentando resultados. Não subestimamos nenhum adversário, mas confiamos na força de um projeto que tem uma trajetória de lutas e conquistas”, avaliou.

Nesse sentido, ela destacou conquistas nas áreas da segurança pública, saúde, infraestrutura, agricultura familiar e valorização dos servidores. “Mesmo com todos os desafios, principalmente pela conjuntura política adversa no primeiro mandato, o RN avançou em todas as áreas. Tivemos avanços na segurança, com concursos e progressão de cargo na carreira da segurança. O que nos ajudou a ter a capital mais segura do Nordeste. Descentralizamos serviços de saúde na capital e ampliamos o acesso a leitos de UTI em todas as regiões do Estado”, destacou.

“Fizemos o maior programa de obras estruturantes de segurança hídrica da história recente do Estado, mais de 800km de estradas recuperadas. Também houve avanços no combate à fome, nas políticas para as mulheres, na valorização do funcionalismo público, viramos referência nacional e internacional na agricultura familiar. Eu posso dizer com certeza que o governo da professora Fátima avançou e foi o melhor governo que o RN já teve nos últimos tempos”, lista.

Isolda Dantas rechaça a ideia de que as ações apresentadas pelo Governo do RN nos últimos meses são uma reação à oposição. “Nunca foi do nosso modelo governar pelas reações de adversários. As necessidades do povo potiguar sempre estiveram nítidas para nós, e é essa convicção que orienta a nossa atuação e a atuação política do Governo”.

A aliada de Fátima Bezerra (PT) acrescenta, ainda, que as ações do Governo é legado que serão mostrados durante a campanha eleitoral, mas que esse não é o objetivo principal do trabalho do PT à frente do Executivo.

“É claro que um projeto político tão enraizado e tão cheio de resultados concretos também se apresenta nas eleições. Mas é um equívoco enxergar as ações como algo meramente eleitoral. A gente planta, constrói e entrega”, garante.


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EZEQUIEL E WALTER ALVES ARTICULAM SUPERNOMINATA NO MDB PARA 2026

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A confirmação da pré-candidatura do médico e ex-prefeito de Luis Gomes Dr. Pio X Fernandes a deputado estadual, sob apadrinhamento direto de Ezequiel Ferreira (PSDB) e do vice-governador Walter Alves (MDB), expõe a articulação entre duas forças políticas do Rio Grande do Norte para transformar o MDB no principal partido da Assembleia Legislativa a partir de 2026, ratificar a dimensão da sigla no Rio Grande do Norte e, mais do que isso, pavimentar influência decisiva na eleição estadual.

A entrada de Dr. Pio, líder regional do Alto Oeste Potiguar e ex-candidato a deputado federal com mais de 33 mil votos, é apenas uma peça num tabuleiro em configuração. A movimentação do presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, em direção ao MDB, legenda que ele já integrou entre 2013 e 2016, visa não apenas assumir o comando partidário no Estado, mas também estruturar uma supernominata que pode transformar a correlação de forças na Casa.

Dr. Pio entra na disputa com capital eleitoral de ex-presidente da AMORN. Ele parte com apoio de dois prefeitos da região: a esposa, Maria Elce (MDB), prefeita de Major Sales no quarto mandato e reeleita com 96,63% dos votos, e Tututa (MDB), prefeito de Luís Gomes reeleito com 56,79%.

A articulação do nome de Dr. Pio no interior revela estratégia do MDB para disputar de forma competitiva o voto regionalizado. A ideia é consolidar um polo político com potencial de manter ou ampliar a liderança do MDB de Walter – e de Ezequiel – no Rio Grande do Norte.

Além disso, a aliança entre Ezequiel e Walter mira um salto de representação: de apenas um deputado estadual atualmente, o MDB pode chegar a sete, ultrapassando o PL, que hoje lidera com seis cadeiras. O plano inclui atrair nomes de peso do PSDB e do PV, entre eles Dr. Bernardo, Ubaldo Fernandes, Kleber Rodrigues, Galeno Torquato, Hermano Morais e Eudiane Macedo.

Atual presidente do MDB estadual, o vice-governador Walter Alves deverá entregar o posto a Ezequiel Ferreira, assumindo, em contrapartida, a presidência de honra do partido no Estado e uma cadeira na Executiva Nacional. Walter, que assumirá o Governo do Estado em abril de 2026 com a desincompatibilização de Fátima Bezerra (PT), seguirá influente enquanto Ezequiel fortalece a legenda na Assembleia.

Com o comando do Executivo e do Legislativo, os dois se tornam protagonistas de uma composição ampla. Ao atrair quadros de peso e lideranças locais com base eleitoral sólida, a articulação prepara o MDB para ser possivelmente o fiel da balança na sucessão estadual de 2026. A legenda, que hoje conta com 45 prefeituras, poderá também influenciar diretamente quem será o próximo ocupante da Governadoria.


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AGRIPINO, SOBRE ROGÉRIO: “HONRA A TODOS QUE FAZEMOS PARTE DA CENTRO-DIREITA”

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A inclusão do senador potiguar Rogério Marinho (PL) em um dos cenários da pesquisa presidencial da Paraná Pesquisas provocou reações entusiasmadas entre os aliados da centro-direita no Rio Grande do Norte. Para o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), e o ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do partido, e Álvaro Dias, ex-prefeito de Natal, o resultado representa não apenas um reconhecimento à trajetória política de Marinho, mas também um indicativo de seu papel estratégico no redesenho da centro-direita brasileira.

“Os números da Paraná Pesquisas refletem o que temos acompanhado: Rogério Marinho hoje é uma liderança nacional de centro-direita, com uma reconhecida atuação parlamentar em prol do Rio Grande do Norte e do nosso país”, afirmou Paulinho. “Esse resultado é excelente para o nosso Estado. Ter um representante que se destaca a nível de Brasil é a prova de que ele está indo no caminho certo”, avalia o prefeito de Natal.

José Agripino, que vem articulando os movimentos do bloco da direita visando as eleições de 2026 no Estado, classificou a inclusão do nome de Marinho como um “fato honroso”.

“O Rogério Marinho é um nome altamente qualificado, não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Eu sempre disse isso. A simulação dele poder ser pré-candidato dentro dos nomes do PL é algo que nos honra a todos nós que fazemos parte de um grupo político de centro-direita”, pontuou.

Para Agripino, o processo nacional ainda passará por diversas etapas e dependerá da construção de consensos. A união, segundo Agripino, definirá a vitória da direita na eleição nacional e estadual.

“O PL teria que se decidir pela candidatura de Tarcísio de Freitas, Rogério Marinho, Zema, Ronaldo Caiado… Quem seria? Agora, uma coisa é importante: se a direita no plano nacional estiver junto com o centro, ganha a eleição, como acontece aqui no Rio Grande do Norte. São todos nomes muito bons. O importante é que haja união entre eles e viabilidade em pesquisa”, afirmou.

Embora Rogério Marinho mantenha o discurso de que sua prioridade é o Rio Grande do Norte – reafirmando a pré-candidatura ao governo estadual, seus aliados enxergam a possibilidade como real. O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), frisa o trabalho de Marinho enquanto Ministro do governo Bolsonaro.

“Acredito, sim, que o nome dele possa se concretizar numa chapa presidencial, justamente pelo desempenho que teve no Ministério. Acho que o fato de Rogério Marinho ter sido ministro do Desenvolvimento Regional durante o governo do presidente Bolsonaro, com um bom desempenho e tendo feito um excelente trabalho, o credencia para disputar qualquer posto no nosso país — inclusive o de presidente da República”, analisa Dias.

“Rogério hoje é um nome que teve um bom desempenho no Ministério do Desenvolvimento Regional e, atualmente, é uma das figuras de maior relevo da oposição no Brasil. Ele tem feito uma atuação destacada no Senado, apresentando questionamentos importantes, participando de debates relevantes, e demonstrando preparo, capacidade e condições de exercer qualquer cargo no nosso país. Assim como ele, outras pessoas que também desempenharam bem suas funções hoje estão credenciadas para disputar o cargo, como, por exemplo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também foi ministro do ex-presidente Bolsonaro”, finaliza Álvaro.


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ROGÉRIO MARINHO REAFIRMA: “SOU PRÉ-CANDIDATO A GOVERNADOR DO ESTADO”

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Incluído no radar nacional de Bolsonaro ao entrar como cenário possível em sondagem eleitoral da Paraná Pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), o secretário nacional do PL, Rogério Marinho (PL) prefe manter cautela e ratificar pretensão eleitoral ao Executivo estadual. Marinho conversou com o Diário do RN e mantém posicionamento que vem reforçando nos últimos dias. “Sou pré-candidato a governador do Estado”, afirmou Rogério.

“Isso mostra mais uma fragilidade de Lula do que qualquer outra coisa. Eu sou hoje uma pessoa que não tenho essa dimensão nacional não. Por mais que eu esteja fazendo esse trabalho como líder da oposição [no Senado], tem que rodar muito para ter projeção nacional. É outra dimensão”, pondera o líder da oposição no Senado, secretário nacional do PL e presidente do partido bolsonarista no RN.

Ele se refere especificamente ao cenário apontado num segundo turno, em que perderia de Lula por dez pontos de diferença – 41,9% a 31,2%.

Num cenário de 1º turno Marinho aparece com 6,8%. Na sondagem, Lula (PT) apresenta 34,2%; Ciro Gomes (PDT) 15%; Ratinho Junior (PSD) 13,9%; Ronaldo Caiado (União Brasil) 7,1%; Rogério Marinho (PL) 6,8%; Helder Barbalho (MDB) 1,2%.

A inclusão do senador potiguar entre presidenciáveis na pesquisa reforça seu papel como nome de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro e figura estratégica para a disputa estadual de 2026.

O dado é ainda mais simbólico pelo fato de Marinho ser um nome, como ele mesmo afirma, sem tamanha projeção nacional, como Ronaldo Caiado, que ele empatou, de acordo com a sondagem.

Neste momento, Jair Bolsonaro, que continua inelegível, ainda não bateu o martelo sobre quem apoiará na disputa presidencial de 2026. No levantamento, o nome do potiguar aparece ao lado de figuras como Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio.

Apesar da projeção de Tarcísio de Freitas, Bolsonaro já deu sinais claros e públicos de desconfiança ou distanciamento político, especialmente após Tarcísio adotar posturas consideradas mais moderadas e pragmáticas como governador de São Paulo. Esses sinais vêm sendo interpretados nos bastidores como um recado de que ele pode não ser o preferido para a sucessão presidencial de 2026. Sem citar nomes, Bolsonaro já criticou aliados que “se esquecem da base conservadora”. Na ausência de Tarcísio em algumas manifestações bolsonaristas, a liderança do PL não escondeu a frustração e chegou a dizer que “alguns amigos não puderam ou não quiseram vir”.

Nome mais carismático e com maior intenção de votos entre os possíveis substitutos do bolsonarismo nos cenários de 1º e 2º turno na pesquisa, Michelle Bolsonaro pode configurar como cabeça de chapa ou candidata a vice.

Apesar da modéstia, a presença de Marinho entre os possíveis candidatos de direita reflete mais que um teste eventual: é um sinal claro de prestígio dentro do grupo bolsonarista alcançado como resultado da dedicação de Marinho ao grupo.

No comando da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, Marinho foi o principal responsável pela articulação da Reforma da Previdência, aprovada em 2019. Já como ministro do Desenvolvimento Regional, liderou a conclusão de obras da transposição do Rio São Francisco, promoveu entregas no semiárido. Como senador e secretário nacional do PL, vem articulando a reestruturação da direita bolsonarista no Nordeste e ampliando a base política em diversos estados.

RN 2026
No bastidor, seu grupo político prepara movimentações importantes para os próximos meses: “O próprio Rota 22 vai ter uma atividade dia 2 de agosto, mas em julho vamos fazer algumas filiações, tem alguns prefeitos que virão, nesse período que antecede o recesso”, adiantou o senador.


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SEM LICITAÇÃO, EMPRESA GANHA UM CONTRATO MILIONÁRIO NA GESTÃO NILDA

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A Prefeitura de Parnamirim firmou um contrato milionário, sem licitação, com a empresa Liderança Locações, Transportes e Serviços Ltda, no valor de R$ 5.393.449,92, para a realização de serviços de poda de árvores no município. O acordo está no Diário Oficial do Município do dia 23 de junho de 2025, publicado nesta terça-feira (24), e tem validade de um ano.

A empresa é de Sergio Bezerra, irmão do vereador Afrânio Bezerra, que compõe a base da prefeita Nilda Cruz.

O Contrato nº 16/2025, assinado pela filha da vice-prefeita, Carol Pires, titular da Secretaria de Serviços Urbanos, chama atenção por ter sido firmado sem concorrência pública direta, por meio de adesão a uma ata de registro de preços.

Entre os serviços descritos em contrato, além da poda de árvores, está a disponibilização de equipe técnica, veículos e equipamentos necessários ao atendimento das atividades.

A adesão à ata de registro de preços, também chamada informalmente de “carona”, é um mecanismo previsto na legislação brasileira de compras públicas que permite que órgãos ou entidades que não participaram originalmente de uma licitação possam utilizar a mesma ata para adquirir bens ou serviços nas mesmas condições ali estabelecidas.

A prática, embora legal, tem sido alvo de críticas por permitir contratações sem a realização de nova licitação, o que pode comprometer a transparência e a competitividade do processo.


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MPRN INVESTIGA PRORROGAÇÃO INDEVIDA DE CONTRATO DA SOLARES EM PARNAMIRIM

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou um Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades na prorrogação de um contrato emergencial firmado entre a Prefeitura de Parnamirim e a empresa terceirizada Construtora Solares Ltda, que fornece mão de obra ao Município. O procedimento nº 04.23.2144.0000087/2025-88 foi autuado e instaurado no último dia 5 de junho de 2025 e tramita na 1° Promotoria da Comarca de Parnamirim.

O objetivo da investigação é esclarecer se houve prorrogação indevida da vigência do contrato, que é emergencial. Segundo apuração preliminar, o prazo teria sido estendido até fevereiro de 2026, o que pode contrariar os princípios da legalidade e temporariedade que regem as contratações emergenciais na administração pública.

Contratos emergenciais são permitidos por lei em situações excepcionais, como risco à prestação de serviços essenciais, e devem ter duração limitada, sendo vedada sua renovação ou prorrogação além do tempo estritamente necessário. O suposto prolongamento do contrato sem licitação levanta suspeitas de eventual burla ao processo licitatório.

A empresa Solares é responsável por serviços terceirizados junto ao município, e o caso pode envolver a análise de documentos, pareceres jurídicos e justificativas técnicas apresentadas pela gestão municipal para sustentar a prorrogação. O contrato em vigência teve empenhados R$ 37.849.864,89 para a prestação do serviço entre 01 de janeiro e 23 de junho de 2025.

A Solares já vem envolvida numa série de polêmicas e atritos na Prefeitura de Parnamirim. No último dia 06 de maio, foi tema de audiência pública na Câmara Municipal sobre as condições de trabalho, remuneração, direitos trabalhistas e obrigações contratuais referentes aos trabalhadores vinculados a empresa Solares e que atuam junto ao Município.

Já em janeiro, diante da paralisação de trabalhadores da empresa na Prefeitura, a Solares emitiu uma nota em que justificou o atraso salarial, alegou dificuldades com a Prefeitura e afirmou que se reuniria com a nova gestão para alinhar entendimento.

O inquérito sobre os contratos emergenciais segue em andamento.


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PROCURADORIA PEDE CASSAÇÃO DE CHAPA E NOVAS ELEIÇÕES EM OURO BRANCO

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A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (PRE-RN) emitiu parecer favorável a um recurso que pede a cassação dos mandatos do prefeito Samuel Souto (PL) e do vice-prefeito Dr. Araújo (PP), eleitos nas eleições municipais de 2020 e reeleitos no pleito de 2024. A manifestação ocorre no bojo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostos abusos de poder político e econômico e promoção pessoal com uso indevido da estrutura pública durante o período eleitoral.

O recurso foi interposto pela coligação adversária, que acusa o gestor de utilizar a administração municipal para favorecer sua campanha à reeleição. Entre os fatos apontados, estão a realização de eventos com forte conotação eleitoral antes do prazo legal e a distribuição gratuita de bens à população em contexto de evidente finalidade eleitoral.

A Procuradoria destacou em seu parecer:
“Desse modo, resta demonstrado que Samuel Oliveira de Souto, prefeito de Ouro Branco/RN, praticou conduta vedada ao infringir o § 10 do art. 73 da Lei nº 9.504/97, por ter realizado a distribuição gratuita de bens em pleno ano eleitoral, sem a comprovação de amparo nas ressalvas legais (calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior), propiciando benefícios eleitorais à chapa integrada por ele e por Francisco Lucena de Araújo Filho.”

O processo agora segue para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), que poderá confirmar ou rejeitar o pedido de cassação. Caso a Corte acate o recurso, uma nova eleição municipal deverá ser convocada para escolher os novos representantes do Executivo de Ouro Branco.

A decisão do TRE-RN será tomada nas próximas sessões, ainda sem data definida.


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NINA SOUZA ELOGIA POSTURA DE FÁTIMA E ATACA POSIÇÃO “IMATURA” DE NATÁLIA

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Enquanto a deputada federal Natália Bonavides (PT) atacou publicamente a gestão Paulinho Freire (UB) pela suposta omissão em apresentar projetos de drenagem ao Novo PAC, a governadora Fátima Bezerra (PT) fez o movimento oposto e telefonou diretamente para o prefeito, oferecendo ajuda e colocando a estrutura do Estado à disposição do município. As duas diferentes posturas aconteceram nos últimos dias, durante as fortes chuvas que atingiram Natal e geraram os alagamentos que atingiram as quatro regiões da capital.

Diante da atitude das duas petistas, a secretária municipal de Assistência Social, Nina Souza (UB), classificou o gesto da governadora como “republicano” e elogiou a disposição de diálogo da chefe do Executivo estadual. Já sobre Natália Bonavides, o tom foi outro. Em entrevista ao Diário do RN, Nina acusou a deputada de “imaturidade política” e de se alimentar do “caos” para obter capital político.

“Quando a governadora liga para oferecer ajuda, isso é um comportamento republicano. Nós precisamos entender que é isso o Estado Democrático de Direito: a gente ter os políticos convergindo para resolver o problema do povo. Em contrapartida, os parlamentares do partido dela, que não foi só a Natália, em vez de destinar emendas para ajudar, não fizeram”, destacou Nina.

Segundo Nina, há o componente a mais, no caso da deputada Bonavides, que enquanto candidata a prefeita de Natal, em oposição a Paulinho, não aceitou o desafio de destinar 20 milhões de reais em emendas para a cidade caso fosse derrotada.

“Naquele momento ela já mostrou claramente que o objetivo não é resolver o problema. Lamentavelmente. Parece, a impressão que dá, é que é o quanto pior, melhor. É a questão de se nutrir do caos. Se o problema for resolvido, eu não tenho o que bater. Eu não tenho retórica. Eu não tenho argumento. Então, eu vou lá ajudar?”, levanta a secretária e primeira-dama de Natal.

Em nota, o Executivo estadual reforça que a responsabilidade pela execução de obras de drenagem é municipal. Ainda assim, o Estado garante estar monitorando as chuvas desde o início da semana e mantendo diálogo com a Defesa Civil da capital.

O gesto da governadora, nesse contexto, assumiu um papel político estratégico. Ao se afastar da retórica de confronto adotada por sua correligionária e optar pela construção de uma ponte com a Prefeitura, a movimentação foi lida como um gesto de maturidade política, principalmente em um momento de desgaste nas relações entre os dois lados políticos.

“Essa é a diferença entre quem está preocupada com o povo e quem ainda está no palanque eleitoral. Enquanto Fátima age, Natália ataca. Ela foi muito bem votada em Natal, poderia estar destinando emendas para ajudar na drenagem, mas prefere se omitir e criticar”, afirmou Nina.

A fala da deputada, feita dois dias antes da ligação da governadora, acusava a gestão municipal de não “ter um pingo de amor por Natal”. “A cada período de chuva, os mesmos lugares alagam, pessoas ficam desabrigadas, ruas intransitáveis. Mesmo com o governo Lula disponibilizando recursos, a Prefeitura sequer apresentou projetos”, escreveu Natália nas redes sociais, o que foi visto por aliados de Paulinho como mais um lance eleitoral em uma disputa ainda mal digerida.

A crítica também remete à percepção, dentro da base aliada do prefeito, de que Paulinho tem enfrentado mais ataques em seis meses de gestão do que Álvaro Dias sofreu em seis anos como prefeito. “É estranho. O São João está aí, aquecendo a economia formal e informal, com gente trabalhando e ganhando dinheiro, mas tem quem prefira criticar. É como se não suportassem ver a cidade avançar”, comentou Nina.

“Paralelo a isso, ele [Paulinho] zerou fila de creche, as UPAs já começaram a ser remodeladas, nós baixamos 33 mil pessoas que esperavam para ser cadastrados no Cadastro Único nessa gestão. Nós temos várias políticas sendo reestruturadas, inclusive a política de habitação sendo reformulada. Muita coisa boa aconteceu em apenas seis meses. Então, eu acho que na hora que se vê isso, vamos atacar, porque o cara não pode crescer, entendeu? É meio complicado. Parece que o povo não para de fazer política”, finaliza Nina.


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GOVERNO REBATE PROTESTO E AFIRMA QUE ESTÁ TRABALHANDO EM NOVA LEI PARA PMS

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O secretário de Estado da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Araújo, reagiu nesta segunda-feira (23) à manifestação organizada por militares estaduais em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, em Natal. O ato, convocado por lideranças da oposição bolsonarista – o vereador de Natal Subtenente Eliabe (PL), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) e o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), ocorreu poucas horas após representantes da categoria participarem de uma reunião oficial com o Governo do Estado para tratar do mesmo tema: a regulamentação do mecanismo de promoção funcional conhecido como “ex officio”.
“Estamos trabalhando numa legislação com o comando da PM, dos Bombeiros e com o secretário de Administração, Pedro Lopes. Estamos reunidos agora. A próxima reunião já está marcada para quarta-feira. Inclusive, eles não dizem [na manifestação] que tiveram reunião hoje com a gente. Todos eles estiveram aqui”, afirmou o coronel Araújo ao Diário do RN, criticando o tom político do protesto, enquanto participava de reunião de elaboração da legislação sobre a carreira dos policiais e bombeiros militares.
A mobilização foi convocada nas redes sociais pelo vereador Eliabe, que acusou a governadora Fátima Bezerra (PT) de ter “acabado com a carreira dos militares do Rio Grande do Norte”. A declaração foi amplamente compartilhada por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vêm utilizando a pauta da segurança como eixo central de suas articulações políticas no Rio Grande do Norte.
Segundo nota divulgada pela Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM-RN), uma assembleia teve como objetivo reforçar a cobrança pela retomada das promoções previstas na legislação. A entidade confirmou que, ainda pela manhã, representantes das associações entregaram uma proposta ao secretário Pedro Lopes e que aguardam resposta oficial do Executivo até quarta-feira (25), data marcada para a próxima rodada de negociações.
“A categoria reivindica a regulamentação e efetivação do direito à promoção, e cobra do Governo do Estado uma solução imediata”, afirma a nota da associação, que reconhece o andamento das conversas com o Governo.
Para o coronel Araújo, a antecipação de um protesto público em paralelo ao andamento das negociações tem objetivo claro: gerar desgaste político para a governadora, especialmente por parte de figuras que devem disputar novas eleições. “Se fosse o ano que vem, era pior. Ele [Eliabe] vai ser candidato e vai fazer o salzeiro. Os demais estão dando corda. Mas nós estamos trabalhando aqui”, comentou o secretário sobre as figuras políticas envolvidas nas movimentações.
A regulamentação do “ex officio” – que garante a progressão automática de carreira em determinadas condições – é uma das principais demandas dos militares da ativa. Segundo os manifestantes, a interrupção dessa política nos últimos anos gerou insatisfação entre as praças, que agora cobram uma definição formal para garantir estabilidade funcional e valorização da carreira.
A nova reunião agendada para quarta-feira deverá ser decisiva para que o Governo apresente uma resposta à proposta encaminhada pelas entidades.


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THABATTA DESTACA FORÇA POPULAR COMO PRÉ-CANDIDATA AO GOVERNO

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Três semanas após lançar sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL) avalia que sua presença no debate eleitoral já provocou movimentações reais no cenário político estadual. Em entrevista ao Diário do RN, Thabatta afirmou que sua pré-campanha tem despertado apoio espontâneo por onde passa e que o nome dela “já está na boca do povo”.

“Desde Mossoró [no Pingo da Mei Dia], logo após o anúncio, as pessoas só falavam nisso, mesmo sendo a cidade de um dos pré-candidatos ao Governo. Foi um clamor muito grande. Percebi que falta alguém que represente essa massa. A nossa pré-candidatura mexeu com o imaginário das pessoas, de que corpos que nunca estiveram projetados em algo tão grande agora podem ocupar esse lugar”, disse a vereadora trans sobre sua posição enquanto pré-candidata.

Apesar de afirmar ainda não contar com apoios formais de prefeitos e lideranças partidárias, o que tem movido sua caminhada é a resposta popular. “Não vou por apoio fixo de prefeita, de prefeito. Eu vou pela vontade das pessoas. Em João Câmara, por exemplo, fui convidada pela prefeita para conhecer o São João e só se falava nisso. As pessoas me chamam de governadora e eu fico passada, porque já está nesse nível de identificação”, contou, ressaltando que o convite da prefeita Aize Bezerra não significa apoio oficializado.

Com forte inserção nos movimentos sociais e na militância LGBTQIAPN+, Thabatta avalia que sua candidatura representa um novo tempo e pode preencher uma lacuna deixada pela falta de diversidade entre os nomes que hoje se colocam para a disputa. “Quando estavam só os quatro homens [pré-candidatos], o que mais ouvia era: ‘não voto em nenhum desses daí’. Então, eu tô surgindo como uma possibilidade real de uma pré-candidatura feminina que se coloca por todas as pautas possíveis. Não é apenas a pauta LGBTQIA+, é a luta por políticas públicas reais para quem mais precisa”, defendeu.

A vereadora reforçou que sua atuação política já é reconhecida nacionalmente e que, na próxima semana, viaja à Europa para representar o Brasil em atividades do Mês do Orgulho LGBT. “Fui indicada não só pelo Governo, mas pelos movimentos sociais e organizações LGBTQIA+ do país.

Isso mostra que a nossa política é construída com as vozes das populações mais vulneráveis. E é isso que queremos levar também para o Governo do Estado”, afirma.

Embora reconheça que o PSOL ainda está em fase inicial de construção da estratégia estadual para 2026, Thabatta afirma que sua pré-candidatura é legítima e já conta com respaldo interno.

“Já indiquei o meu querer ao partido. Estamos começando o processo de construção, mas já falamos nacionalmente, e tive apoio nesse sentido. Minha pré-candidatura é legítima. O partido sabe disso e as pessoas estão mostrando que querem essa representação”, disse.

A pré-candidata também afirmou que sua eventual candidatura ao Governo do Estado não concorre com nomes já postos na esquerda, mas amplia as possibilidades de escolha popular. “A governadora já tem seu pré-candidato, mas a nossa candidatura também é legítima. O povo está dizendo que quer outra figura, quer alguém que veio do interior e conhece de perto os anseios tanto do interior quanto da capital. E isso eu posso representar”, diz, fazendo um paralelo com a pré-candidatura de Cadu Xavier, lançado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

Em sua análise, Thabatta Pimenta considera que se eleita, poderá se tornar a primeira governadora trans do Brasil, fato que ela considera simbólico e potente politicamente. “Nós estamos mostrando que é possível. Ser uma mulher trans, nordestina, do interior, eleita na capital, ocupar esse espaço e mudar a forma de fazer política. Não é só simbólico. É real, é popular, é necessário”, avalia.

Thabatta comenta fala de Léo Souza e afirma que já foi comparada outras vezes à ex-governadora Wilma

A vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) comentou a fala feita pelo vereador Léo Souza (UB), que, durante uma das festas do São João de Natal, asseverou “Thabatta governadora” e afirmou que a parlamentar poderia ser a nova Wilma de Faria. O vídeo do momento em meios aos festejos foi compartilhado pela própria Thabatta nas redes sociais e reforça a repercussão da sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

“Eu fiquei muito feliz, porque a gente não espera de uma pessoa até da base do prefeito Paulinho Freire (UB); mas dentro da Câmara Municipal do Natal é algo que já é corriqueiro dos vereadores perceberem que há uma força que nem eu imaginava que eu tinha”, declarou Thabatta.

Ela atribui esse reconhecimento à sua atuação combativa no Legislativo natalense, que, segundo ela, tem repercutido para além da capital. “As pessoas estão vendo que a nossa luta é muito além do que as pessoas achavam que era a pauta LGBT, das pessoas com deficiência. É muito além disso. A gente está pautando tudo que é possível: a classe trabalhadora, os trabalhadores e tantas outras pautas que realmente precisam de um olhar muito mais participativo, humano”, disse.

Thabatta se disse “lisonjeada” com a fala de Léo Souza, mas ressaltou que não foi a primeira vez que ouviu comparações com a ex-governadora Wilma de Faria. “Acho que outras pessoas, até nos outros vídeos que eu já coloquei, falaram muito sobre isso: de me compararem com Wilma por estar em todos os lugares, subir morro, descer morro, interior, ser querida”, afirmou.


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ÁLVARO DIAS AFIRMA QUE PODE FORMAR CHAPA COM ALLYSON E ZENAIDE MAIA

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“Seria aí uma alternativa bastante viável. Uma chapa trabalhada e apoiada por mim e por Allyson não é terceira via. Vira uma chapa forte, muito competitiva, com apoio consistente em Natal e em Mossoró, no Seridó e no Oeste”. O cálculo é do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), sobre o que caracterizou como o início dos diálogos com Allyson Bezerra (UB), com vistas às eleições de 2026. O ex-prefeito conversou sobre o assunto com o Diário do RN.

A reunião que aconteceu nesta segunda-feira (16) com o prefeito de Mossoró, segundo Álvaro, serviu para quebrar o gelo entre os dois e iniciar um diálogo que pode resultar numa composição de chapa majoritária para a disputa estadual. “Acordamos de caminhar juntos, de continuar conversando”, afirmou.

Pré-candidato ao Governo do Estado, Álvaro admite que está aberto a outras possibilidades, inclusive uma candidatura ao Senado, a depender da costura política com Allyson. “Eu já disse em entrevistas que não descarto a possibilidade de disputar o Senado. A minha preferência é o Governo, mas não descarto o Senado, não”, disse Álvaro, que chegou a afirmar em entrevistas anteriores que Allyson não deveria se candidatar ao governo “por ser muito jovem” e ainda não ter experiência suficiente para o cargo, mas agora aponta para uma mudança de posicionamento.

“A gente viu pontos convergentes, divergentes, e combinou de manter o diálogo para ver se chega a um denominador comum”, explicou.

Allyson, por sua vez, ainda não oficializou intenção de disputar o Governo. Apesar disso, é colocado como nome competitivo para o cargo, com bom desempenho nas pesquisas eleitorais mais recentes em municípios do interior. A sinalização concreta do prefeito oesteano, por enquanto, é o compromisso público com a senadora Zenaide Maia (PSD).

Dentro desse raciocínio, o ex-prefeito da capital admite ser possível a chapa com Allyson para o Governo, e a senadora Zenaide Maia (PSD) e Álvaro ao Senado. “É possível, tudo é possível. Um desses dois postos realmente cabe dentro do meu projeto”, declarou.

Rogério Marinho e Styvenson Valentim
Questionado se essa articulação indicaria um rompimento com o grupo liderado pelo senador Rogério Marinho (PL), Álvaro foi cauteloso. “Não quer dizer isso, não. Quer dizer que eu vou estar sempre conversando com Allyson, procurando alinhar a minha decisão com os interesses comuns meus e dele, para a gente ter aí uma boa convivência e não ser engolido”, ressaltou sobre o grupo.

A movimentação cria novo cenário na disputa estadual e pode dificultar a tentativa de unificação das forças de direita em torno de uma única candidatura ao Governo. Atualmente, Marinho, que teve a pré-candidatura lançada por Bolsonaro na semana passada, tenta liderar esse campo político e declarou, em entrevista publicada nesta terça-feira (17) pelo Diário do RN, que seu objetivo é reunir todos em um mesmo palanque, inclusive Styvenson Valentim (PSDB), que deve disputar a reeleição ao Senado, junto com Allyson e Álvaro.

Álvaro, porém, admitiu que sua articulação com Allyson pode caminhar em trilha separada. “Foi um encontro que nós achamos bom iniciar esse entendimento, esse diálogo, visando atuar de uma forma conciliatória”, finalizou.


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MINEIRO AFIRMA QUE ROGÉRIO EXERCE A POLÍTICA COM ÓDIO E USA FAKE NEWS

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O lançamento da pré-candidatura do senador Rogério Marinho (PL) ao Governo do Rio Grande do Norte, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante visita ao estado no último final de semana, foi recebido com críticas pelo deputado federal Fernando Mineiro (PT). Para o parlamentar, Marinho representa um projeto político ultrapassado, enfraquecido e alicerçado em práticas antidemocráticas.

“Rogério é o principal representante do bolsonarismo aqui no Estado. Segue a mesma cartilha: contra as políticas públicas e o estado de desenvolvimento social sustentável; ataques às conquistas e direitos sociais; exerce a política com ódio, useiro e vezeiro de fake news”, afirmou Mineiro, em conversa com o Diário do RN nesta terça-feira (17).

O deputado enfatizou que as práticas adotadas pelo senador, incluindo em período em que era Ministro de Bolsonaro, foram responsáveis pelo apoio em massa que obteve dos prefeitos na eleição geral de 2022. Ele lembrou o papel do senador potiguar na articulação do chamado orçamento secreto durante o governo Bolsonaro, mecanismo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e que foi amplamente utilizado para alavancar candidaturas de aliados.

Naquela eleição, Rogério teve o apoio de mais de 100 prefeitos ao Senado. Muitos deles que também apoiaram a candidatura de Fátima ao Senado, mesmo em lados opostos.

“A sociedade potiguar – e principalmente trabalhadores e trabalhadoras urbanos e rurais – o conhecem muito bem. Não estaria onde está se não tivesse usado e abusado dos recursos públicos via orçamento secreto para angariar apoio político. Não à toa, teve o apoio de grande parte de prefeitos e prefeitas em 2022. Hoje, a situação é diferente justamente por não dispor mais do poder de distribuição de recursos via orçamento público”, pontuou.

Mineiro avalia que o contexto político de 2026 será distinto daquele que favoreceu o bolsonarismo em 2022, quando Marinho foi eleito senador derrotando o então ex-governador Carlos Eduardo Alves (PDT). O deputado do PT vê um esvaziamento do capital político de Bolsonaro no cenário nacional, o que, segundo ele, pode impactar diretamente os planos do PL nos estados.

“O bolsonarismo vem perdendo a sua força. Basta ver que setores da elite conservadora brasileira – notadamente a paulista – vêm se afastando do Bolsonaro. Ele não é mais ‘funcional’ para essa elite, principalmente depois das revelações das tentativas de golpe que ele liderou”, destacou.

Apesar disso, Mineiro reconhece que o ex-presidente ainda mantém influência em determinados segmentos, mas não unânime. “Não foi totalmente descartado porque ainda tem algum capital político. Hoje a direita brasileira busca um candidato conservador mais ‘palatável’”, concluiu.

O lançamento da pré-candidatura de Rogério Marinho ao Governo do Estado foi feito por Bolsonaro na última sexta-feira (13), durante ato político na região Seridó. “Nosso cabra da peste Rogério Marinho vai ser governador do Rio Grande do Norte”, declarou o ex-presidente. A agenda no estado também incluiu visitas a Tangará, Santa Rita, Jucurutu e Mossoró, reforçando a aposta do PL em mobilizar sua base com antecedência para as eleições de 2026.


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