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Política


ZENAIDE ADMITE FUSÃO COM PSDB E RELAÇÃO DE RESPEITO COM EZEQUIEL

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A senadora Zenaide Maia, presidente do PSD no Rio Grande do Norte, não acha que a possível fusão do PSD com o PSDB será um problema no Rio Grande do Norte. “Tranquilo”, disse ao Diário do RN sobre a possibilidade. De acordo com a parlamentar, as diferenças que existem são “questão de política” e que há uma relação de respeito entre eles.

“É tudo bem, uma relação de respeito. Sempre teve a questão da política, mas a gente tem que respeitar as pessoas, independente do que pensa. Pensa diferente, mas Ezequiel não é de extrema direita, se mantém mais no centro. E eu acho que nessas eleições o povo mostrou que não quer muito extremismo”, observou Zenaide em conversa com a reportagem nesta segunda-feira (27).

A informação sobre o avanço de negociações para fundir as duas siglas – cuja Federação chegou a ser cogitada – foi dada pelo Metropoles. Segundo aliados de Gilberto Kassab, presidente do PSD, as conversas para unificar as duas legendas pretendem um acordo ainda para o primeiro trimestre de 2025. Lideranças do PSD no Congresso Nacional afirmam que a fusão permitirá o avanço do partido no Governo Lula.

A senadora Zenaide Maia revelou que neste final de semana haverá uma conversa de Kassab com filiados. Ela deverá, ainda, conversar com o líder do partido no Senado, Omar Aziz. “Tranquilo.

Até porque não vai alterar nada para a gente. Vai acontecer uma conversa, mas acredito que as conversas já estão bem adiantadas”, destaca Zenaide.

Ela analisa que no RN, o PSDB é “pujante”, que apesar de não ter eleito nenhum deputado federal, conseguiu eleger a maior bancada na Assembleia Legislativa, com doze estaduais – hoje, seis destes deputados migraram para o PL, justamente pela postura “de centro” de Ezequiel.

“O PSDB é grande, mas no país, como não alcançou a cláusula de barreira, dificilmente vãaise sustentar. Se aliando com um partido maior, vai ter mais força”, avalia a senadora.

O PSD tem 16 senadores, o maior da Casa, e 45 deputados federais. Já o PSDB elegeu, no último pleito geral, 2 senadores e 18 deputados federais.

No Rio Grande do Norte, após a eleição municipal do ano passado, o PSD se tornou o 3º maior partido do Estado, com 21 prefeitos, ficando atrás do MDB (45) e do União Brasil (26). Já o PSDB elegeu 15 prefeitos.

Com a fusão, o PSD pode ganhar três governadores: Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul). Atualmente filiados ao PSD, os três não teriam se oposto à negociação.

A imprensa nacional aponta que Raquel Lyra já vem negociando a migração do PSDB para o PSD antes mesmo das conversas sobre fusão. Já Eduardo Leite quase se filiou ao partido de Kassab em 2022, com a intenção de a Presidência da República.

A proximidade dos governadores tucanos com o PSD é apontada por lideranças da legenda de Kassab como um fator favorável à fusão. O PSDB também é cortejado por outros partidos, como o MDB, para se fundir.

Atualmente, o PSD tem dois governadores: Ratinho Júnior (Paraná) e Fábio Mitidieri (Sergipe). Ratinho, contudo, costuma ter uma posição mais alinhada à direita. Já Mitidieri é mais ao centro.


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DESAPROVAÇÃO A LULA CRESCE E ALIADOS APONTAM FALHAS E DESINFORMAÇÃO

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A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revelada pela pesquisa Genial/Quaest, gerou reflexões entre aliados e opositores políticos. Apesar da desaprovação de 49% contra uma aprovação de 47%, e uma queda de 7 pontos no Nordeste, onde tem maior popularidade, parlamentares próximos ao Governo destacaram avanços da gestão e apontaram problemas externos e de comunicação como fatores principais para o resultado.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é vice-líder do Governo no Senado, atribuiu o cenário a falhas na comunicação. “Eu acho que a falha maior é na comunicação. Eu não encontro motivo que justifique”, afirmou ao Diário do RN. Ela ressaltou conquistas do Governo, especialmente no combate à pobreza e na recuperação econômica.

“O presidente Lula tirou 39 milhões de pessoas da extrema pobreza, baixou o PIB apesar de qualquer previsão que fizeram, conseguiu baixar os preços, apesar de não muito, o pessoal tem que lembrar que há pouco tempo tinha fila para comprar osso; teve melhora no desemprego, é visível, o comércio cresce”, avaliou Zenaide.

A senadora também mencionou iniciativas importantes, como a retirada de impostos da cesta básica, mas criticou o setor varejista por não repassar os benefícios à população: “Agora, não é simples. Nós aprovamos a retirada dos impostos de todos os itens da cesta básica, mas os supermercados não estão nem aí. O presidente Lula está numa política internacional pujante. Não vejo motivos reais para essa desaprovação”, completou.

Já o deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN) elencou três fatores que, segundo ele, contribuíram para os índices negativos da pesquisa: a forte campanha de desinformação, como a envolvendo o Pix, a demora na chegada dos resultados das políticas públicas e a inflação dos alimentos.

O deputado reconheceu que o Governo já tomou medidas para enfrentar esses desafios, como ajustes na estratégia de comunicação, mas ressaltou que só isso não é suficiente.

“A comunicação não substitui a política. Nesse sentido, penso que é preciso que todos os órgãos do Governo Federal (inclusive os no Estado) atuem de forma articulada e proativa para que os resultados das políticas públicas cheguem na ponta de forma mais rápida. E é preciso enfrentar o grave problema da inflação dos alimentos. Está mais do que claro que o Governo Lula sobre um permanente ataque especulativo. Vide a alta artificial do dólar”, destacou Mineiro.

“Lula está colhendo o que plantou”
Já a oposição atribui o cenário a erros graves da administração federal. O deputado federal General Girão (PL-RN) questionou a narrativa adotada pelo Governo para justificar a queda de popularidade, afirmando que o PT “sempre coloca a culpa em alguém”.

“Querem colocar a culpa no dólar, colocar a culpa nos alimentos, com essa invenção que queriam aprovar a dilatação do prazo de vencimento dos alimentos. Mas nós sabemos que essa queda na aprovação é porque o Governo não tem nenhum serviço para ser mostrado”, disse Girão.

Além de apontar a ausência de resultados concretos, o deputado Girão também apontou gastos excessivos e questionou os dados oficiais apresentados pela gestão petista, especialmente no que diz respeito à saúde.

“Gastos exorbitantes, sem justificativa, com festas para Janja, que gosta de gastar muito, gastos com as viagens dele [Lula], gastos com tudo que não deveria ser. E o pior de tudo: nós temos aqui o Rio Grande do Norte uma fila que beirava pouco mais de 70 mil cirurgias eletivas paralisadas. Eu espero que a grande mídia investigue isso aí, eu espero que a Assembleia Legislativa faça rapidamente uma avaliação do problema”, criticou o parlamentar do PL potiguar.

Para o deputado Cel. Azevedo (PL), a queda é reflexo direto das escolhas do presidente. Ele criticou duramente a condução econômica e o discurso político do governo, afirmando que Lula “colhe o que plantou”. Segundo ele, a gestão é “estruturalmente ruim” e utiliza “mentira e malícia como rotina”.

“As ações econômicas são irresponsáveis e a relação com a sociedade é uma cilada para os dois lados, tanto para o Governo quanto para a população. Lula usa a mentira e a malícia como rotina de gestão. Brincou com o sentimento das pessoas. Prometeu picanha e cervejinha a preços acessíveis e está entregando inflação generalizada. Ao mesmo tempo, exagera na distribuição de ódio com o discurso do nós contra eles”, destacou Azevedo.

O deputado estadual também criticou os gastos públicos e a comunicação do governo, afirmando que “mentira atrás de mentira” tem sido o modus operandi da gestão Lula. Para ele, até antigos apoiadores estão se afastando. “Lula perdeu o monopólio da comunicação. Até os inocentes úteis, que acreditaram em suas narrativas, estão acordando”, concluiu.


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AGRIPINO AFIRMA QUE UNIÃO BRASIL ESTÁ ABERTO A CONVERSAR COM ZENAIDE

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O presidente do União Brasil no Rio Grande do Norte, ex-senador José Agripino, nem esteve no almoço oferecido por Rogério Marinho (PL), na última quarta-feira (22), e nem quis falar sobre o assunto. “Não vi não. Não ouvi. Eu só poderia opinar se eu tivesse ouvido. Não é texto de A ou B não. Eu acho que eu tenho experiência suficiente para depreender as intenções”, colocou em rápida conversa com o Diário do RN. Procurado pela reportagem, o ex-senador, mesmo assim expressou, em poucas palavras, o posicionamento dele em relação ao apelo de Marinho pela união da oposição para a eleição de 2026.

“Mas o que aconteceu pelo que eu vi, foi uma coisa normal, de qualquer liderança política que queira se relacionar, uma mensagem positiva, de desejo de confluência. Na essência, o fato dele ter feito a reunião que fez, faz parte da prática política, é normal. Ele fez bem em fazer isso”, opinou Agripino.

O presidente estadual e secretário nacional do PL, senador Rogério Marinho, reuniu aliados políticos nesta quarta-feira (22), na praia de Buzios. Em discurso na ocasião, o líder da oposição no Senado manteve a pré-candidatura, colocou o nome de Styvenson Valentim (Podemos), mas colocou Álvaro Dias (Republicanos) como nome “talhado” para a tarefa de governar o Rio Grande do Norte. Antes citado pelo senador do PL, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB) não foi citado desta vez por Marinho. Allyson Bezerra é filiado ao União Brasil de José Agripino.

Sobre o assunto, Agripino reiterou que não iria falar sobre o assunto. “Eu não vi o discurso dele.

Eu não vou comentar A, B, C. Não vou não”, ratificou. O mesmo comportamento se deu quando questionado sobre o nome de Álvaro ter sido apontado como o ideal.

Em última entrevista concedida ao Diário do RN, no dia 31 de outubro de 2024, ele apontou Allyson como “a grande novidade” na política potiguar. “Eu diria que é a grande novidade da política do Estado do Rio Grande do Norte. É um administrador consagrado, um político consagrado e uma pessoa com o futuro político, pela idade que tem, muito promissor pela frente”.

Entretanto, não quis apontar nenhum nome. De acordo com o senador, as pesquisas é que deverão indicar o nome a ser escolhido na confluência “do centro, da direita e da extrema direita”, segundo ele. A pesquisa, de acordo com Agripino, é “agir com a sensatez do que traduz uma pesquisa”.

“É o que eu estou propondo. Propondo. Não é o que eu acho vai definir ou não vai definir. Eu pretendo conversar com todos os pleiteantes, já que eu não sou candidato, e propor isso, uma estratégia, uma conduta para unir o centro com a direita e a extrema direita. A conduta é você agir com a sensatez do que traduz uma pesquisa. A pesquisa traduz sentimento popular. Agora, quem vai decidir isso? Os protagonistas, os eventuais candidatos. Se eles toparem, nós estamos com o caminho feito. Se eles não toparem, a gente discute o que é que eles querem, qual é o caminho para unir esse grupo que ganhou a eleição em Natal”, ressaltou.

O posicionamento é diferente da que vem sendo defendido por Marinho. Para o secretário do PL, “a dinâmica do processo eleitoral tem a ver com essa popularidade que o cidadão tem que ter, mas também com a formação do grupo político e a mensagem que você vai ter e a tração natural que a campanha proporciona”. A posição foi explicada em entrevista à 98 FM, na semana passada.

Uma outra divergência de posicionamento do ex-senador Agripino com o senador Marinho é sobre a abertura do grupo para o diálogo com Zenaide Maia. Rogério tem afirmado nos bastidores que o PL não considera a possibilidade de subir ao palanque no RN com a vice-líder do Governo Lula no Senado. Já Agripino afirma que não há “nenhuma trava”.

“O União Brasil está aberto a conversar com quem queira conversar com o União Brasil. Zenaide Maia é uma pessoa com quem eu me dou bem. Com ela, com o marido dela. São assuntos em aberto e sem nenhuma trava”, disse.

Zenaide Maia (PSD) tem evitado o assunto, mas não descarta a abertura do diálogo com todos os grupos. O marido da senadora, Jaime Calado (PSD), prefeito de São Gonçalo do Amarante, já afirmou que o grupo “não tem preconceito nem com a direita, nem com a esquerda”.


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PROFESSORA NILDA TEM DESAFIO DE RECUPERAR INDICADORES EDUCACIONAIS

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A prefeita de Parnamirim, professora Nilda Cruz (Solidariedade), tem um grande desafio pela frente: recuperar e melhorar os indicadores educacionais deixados pelo ex-gestor do município, Rosano Taveira (Republicanos). A nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) referente aos Anos Finais do Ensino Fundamental da Rede Municipal caiu de 4,2 em 2021 para 3,7 em 2023, quando a meta era 5 pontos.

A taxa de rendimento dessa etapa escolar está em queda na cidade da Grande Natal desde 2021, quando a aprovação era de 84,5%, indo para 79,2% em 2022 e chegando a 78,6% em 2023.

Quanto à distorção idade-série, ou seja, o atraso escolar de 2 anos ou mais, a cada 100 alunos dos Anos Finais na Rede Municipal de Parnamirim em 2023, 36 tinham idade acima da esperada para o ano em que estão matriculados. No ano anterior, a proporção era de 35 a cada 100 estudantes. O resultado é enquadrado como “crítico”.

O Indicador de Aprendizado para essa etapa de ensino piorou entre as duas últimas avaliações.

Em 2023, a nota era 4,98, e passou para 4,76 em 2023. Esse tópico se refere à nota padronizada nas disciplinas de Português e Matemática, de acordo com a prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A média de Português caiu de 252,7 para 244,08, e a de Matemática baixou de 246,18 para 241,43.

O Indicador de Fluxo também apresentou piora entre as duas últimas verificações na Rede Municipal parnamirinense. Nesse tópico da avaliação, quanto maior o valor, maior a aprovação.

Em 2021, o valor obtido foi 0,85, o que significa que a cada 100 alunos, 15 não foram aprovados.

Já em 2023, o valor caiu para 0,79, apontando que a cada 100 alunos, 21 não foram aprovados.

De acordo com dados do último Censo Escolar, realizado em 2023, Parnamirim tem 67 escolas municipais, que atendem a um total de 25.687 alunos.

Promessas de campanha
Entre as principais promessas de campanha da Professora Nilda estavam os investimentos na Educação para “transformar” o sistema educacional do Município, tornando-o capaz de impulsionar o desenvolvimento de Parnamirim. “Acreditamos que a educação é essencial para o desenvolvimento e a construção de uma sociedade mais justa. Como educadora, apresento propostas para transformar o sistema educacional de Parnamirim”, diz o plano de governo da prefeita.

Entre os novos instrumentos prometidos pela gestora em campanha, um abarca em seus os objetivos as melhorias nos resultados do Ideb: a criação do programa “Parnamirim que Educa”. O projeto promoveria “o fornecimento dos recursos necessários para que as estratégias de aprendizagem oferecidas pelas escolas municipais sejam aprimoradas visando atingir, no mínimo, as médias locais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e haja melhoria nos níveis de aprendizado em Português e Matemática medidos pela Prova Brasil”.

Outra novidade presente no plano de governo de Nilda é a criação do Programa ParnaTEC, centro de excelência em educação que seria criado com foco em ciências, tecnologia, engenharia e matemática, e também voltado ao fomento ao ensino de robótica na rede municipal, em parceria com entidades especializadas, públicas ou privadas.


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MOSSORÓ: REFORMA ADMINISTRATIVA COM NOVAS SECRETARIAS E AUMENTO SALARIAL

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), assina o Projeto de Lei Complementar nº 42/2025, que dispõe sobre alterações na estrutura administrativa e organizacional da Prefeitura Municipal.

A reforma foi enviada à Câmara Municipal de Mossoró na terça-feira (21) e deve ser votada em sessão extraordinária amanhã (24), às 14h. Entre as principais alterações, o PLC propõe a criação de duas novas secretarias e o desmembramento de uma delas. Assim, o Município passará de 17 para 20 secretarias.

Uma das novas pastas será a Secretaria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (Segepe), responsável pela gestão de recursos humanos. O órgão deverá coordenar, controlar e executar a gestão de pessoas da Administração Direta e ações correlatas. Marcos Oliveira, ex-secretário de Educação de Mossoró, foi anunciado por Allyson Bezerra como secretário de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas.

A criação da Secretaria de Governança e Inovação (Semig) também está entre as alterações propostas pelo projeto. A pasta deve implementar uma “política de governança pública municipal”, com o objetivo de normatizar e monitorar os órgãos da Administração Pública direta, autárquica e fundacional. O órgão deve acompanhar a evolução das políticas públicas, índices, indicadores e fazer a análise de gestão municipal, por meio de observatórios e instrumentos de governança pública e eficiência. O nome para a secretaria ainda não foi divulgado.

Já a Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos (Semurb) deverá ser desmembrada, criando a Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur) e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). Esta última deverá tratar especificamente do Código de Obras, Posturas e Edificações do Município de Mossoró e do Plano Diretor de Mossoró, cuja revisão poderá acontecer nos próximos meses ou anos. A engenheira Sariny Stefany Silva Nobre foi anunciada pelo Chefe do Executivo como a nova secretária.

Escritórios fora de Mossoró e aumento salarial
A reforma administrativa proposta por Allyson Bezerra tem ainda, entre as proposições a instalação de Escritórios de Representação Institucional, vinculado à secretaria Municipal de Governo. Os escritórios devem ser localizados “fora da circunscrição do Município de Mossoró, com lotação fixa de servidores”.

O objetivo da pasta é otimizar a articulação entre Secretarias e Orgãos municipais junto ao Governo Federal, Governo do Estado, Organizações Não-Governamentais e órgãos afins. Além disso, servir como ponto de apoio para reuniões e encontros institucionais do Chefe do Poder Executivo municipal, secretários e demais autoridades municipais, “utilizando-se como ponto estratégico para diligências que necessitam de atuação presencial fora dos limites geográficos do Município de Mossoró”.

As alterações preveem o incremento de 11 novos secretários adjuntos, além de pessoal para novos órgãos e cargos criados, como para estruturar a Escola de Gestão Pública de Mossoró, instituída no Projeto e vinculada à secretaria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas. A Escola deverá ser destinada a planejar, organizar, executar e avaliar as atividades para formação, inovação, capacitação, treinamento e aprimoramento profissional dos servidores públicos municipais de Mossoró.

Na Procuradoria-Geral do Município, as alterações acontecem após realização de concurso público realizado em 2024. De acordo com a Prefeitura, todos os cargos comissionados de Procurador serão extintos e ocupados por servidores efetivos, aprovados no certame.

O PL prevê também aumento salarial para diretores de Unidades de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento; diretores de escolas e creches e para os diretores de Centros de Referência de Assistência Social.


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ROGÉRIO REAFIRMA PRÉ-CANDIDATURA AO GOVERNO, MAS CITA ÁLVARO COMO OPÇÃO

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A praia de Buzios foi o cenário para novas conversas e detalhes sobre as movimentações da oposição para 2026. Em um almoço na casa de praia de Rogério Marinho (PL), o senador e secretário nacional do PL discursou e avaliou os prováveis nomes ao Governo do RN. Rogério manteve sua pré-candidatura, mas elevou o nome do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), a uma nova categoria. “Nós vamos ter que ter, Álvaro, um candidato ao Governo do Estado, e você é alguém que está talhado para essa tarefa. Não tenho dúvida nenhuma”, colocou Marinho em discurso aos aliados presentes.

Marinho citou, ainda, o senador Styvenson Valentim (Podemos): “O senador Styvenson, que é alguém voluntarioso. Hoje, todos que participamos aqui da vida pública, observamos a maneira como ele amadureceu politicamente. Os seus primeiros quatro anos, de um outsider para uma completa transformação de alguém que entendeu a necessidade de se aproximar da classe política para conseguir os resultados que a população precisa. Então, o senador Styvenson também é alguém que tem que se levar em consideração”. Em entrevista na semana passada, Marinho havia colocado Styvenson como candidato certo à reeleição ao Senado.

Sobre o próprio nome, Rogério explicou: “Nós não vamos fugir também da nossa responsabilidade. As pessoas me procuram e dizem, ‘Rogério, é mais confortável, é mais conveniente se encontrar onde você se encontra. Você é o líder da oposição do Senado, você é o secretário-geral de um partido que é o maior do país’. Vamos passar no processo de 26 porque nós vamos ganhar as eleições de 26 e a direita vai voltar ao poder”, garante.

Em entrevista ao Diário do RN após o discurso, o líder da oposição no Senado reitera que mantém a pré-candidatura ao Governo do Estado: “O que eu coloquei de uma maneira muito clara é que nós temos um grupo. Esse grupo tem um objetivo e um propósito de ajudar o Rio Grande do Norte de sair da situação que ele se encontra. É o prefeito Paulinho Freire, o senador Styvenson Valentim, o ex-prefeito Álvaro Dias. Eu vou manter minha pré-candidatura, eu acho que o próprio Álvaro tem essa pretensão, ou ser candidato ao governo ou ao Senado, o senador Styvenson deve renovar o seu mandato”, reafirma. O senador não citou, durante o discurso e nem na entrevista, o nome do prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB), que anteriormente vinha sendo colocado por Marinho.

A pretensão, segundo o senador, é que todos se afinem na responsabilidade de propor soluções para a situação em que o Estado se encontra. “Se despir de vaidades, entender que nós fazemos parte de um grupo e esse grupo ao final unido vai apresentar uma candidatura que certamente vai ter o apoio e o respaldo daqueles que querem retirar o Rio Grande do Norte da situação em que eles se encontra e Álvaro é um deles”, pontua.

Rogério ratifica que o PL vai percorrer o Rio Grande do Norte em busca da elaboração de um projeto de Governo para o Estado e “sentir a população”, assim como acredita que outros partidos, como Republicanos e União Brasil farão. “Cada um de vocês é importante nesse processo. Não vamos soltar a mão de ninguém, vamos ficar juntos. No final do ano, vamos avaliar de que forma o nosso grupo se comportou”, disse.

Álvaro: “Vejo isso mais como elogio do senador”
No mesmo evento na casa de praia de Rogério, Álvaro Dias preferiu manter a discrição, inclusive sobre qual dos cargos majoritários – governo ou senado – tem pretensões de se colocar. De acordo com o ex-prefeito de Natal, ser apontado como “o nome talhado” para ser governador do Rio Grande do Norte foi um elogio de Rogério Marinho, e enalteceu o senador em retribuição.

“Eu vejo isso mais como um elogio do senador, que é muito nosso amigo, tem feito várias parcerias conosco, ajudou muito a nossa gestão enquanto eu fui prefeito de Natal, destinando recursos principalmente quando foi ministro do Desenvolvimento Regional. O senador Rogério Marinho é uma figura que engrandece o nosso Estado e por falar nisso também, é uma pessoa que está preparado para assumir qualquer cargo na vida pública do Rio Grande do Norte”, afirmou.

Álvaro Dias não detalhou possibilidade de viajar o Rio Grande do Norte para articulação de candidatura. Ele diz que tem pretensão de viajar para descansar com a família.

“Daqui a alguns meses, quando a gente tiver mais descansado dessa maratona que foi exercer o cargo de Prefeito Municipal, a gente começa a pensar qual o rumo ou o destino vamos tomar aqui na vida pública do Rio Grande do Norte, mas, agora, vamos parar um pouco”, assegura.


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LUCIANO NASCIMENTO AVALIA PRÉ-CANDIDATURA A DEPUTADO ESTADUAL

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O vereador de Natal, Luciano Nascimento (PSD), está considerando a possibilidade de lançar sua pré-candidatura a deputado estadual. Ele destacou que tem “muita vontade e coragem” e avalia a ideia “com bons olhos”. Segundo o parlamentar, Natal e suas regiões merecem maior representatividade na Assembleia Legislativa.

“Tenho possibilidade, sim, de ser candidato a deputado estadual. Tenho vontade, não estou blefando. Não estou querendo me valorizar. Tenho muita vontade e coragem, e acho que é o momento. Natal e a Zona Leste já merecem ter um deputado. Enfim, a Zona Norte, a Zona Leste, a Zona Oeste de Natal precisam ser representadas”, afirmou.

Segundo o parlamentar municipal, existem muitos deputados estaduais eleitos com voto de Natal, “mas que só se preocupam com o interior. O interior é importante, claro, mas Natal precisa de representantes que ajudem a capital”, analisa.

Durante 2025, ele pretende articular apoios e parcerias políticas, em busca de se fortalecer e viabilizar a candidatura. Luciano reforçou que tem recebido incentivo de amigos e da população, inclusive pelas redes sociais. “Não posso ter uma candidatura só de mim mesmo. Estou escutando o povo, escutando os amigos. Tenho recebido muito incentivo. Pessoas que nem conheço me motivam, e cada vez mais me motivo”, disse.

PSD e alinhamento político
Questionado sobre uma possível mudança de partido para se viabilizar em uma nominata, Luciano afirmou estar feliz no PSD, mas não descartou essa possibilidade, caso haja uma conjuntura mais favorável. “Estou feliz no PSD, é um partido grande e representativo no Brasil todo. Mas, como disse, não descarto mudanças se isso for viabilizar minha pré-candidatura”, explicou.

O vereador Luciano Nascimento foi reeleito à Câmara de Natal com 4.214 votos. Nunca disputou uma eleição a nível estadual e pode manter a parceria com o PSD da senadora Zenaide Maia. O partido hoje não tem representação na Assembleia Legislativa.

Para as conversas que virão com vistas às eleições, Nascimento esclareceu que a parceria que existe com Paulinho Freire (UB) é administrativa, mas que, politicamente, sua principal aliança “é com o povo que o acompanha”. O vereador compõe, hoje, a bancada de Paulinho Freire, a quem declarou apoio no segundo turno da eleição, após derrota de Carlos Eduardo (PSD), com quem tinha parceria.

Luciano Nascimento avalia que uma das maiores necessidades da atuação dos parlamentares é desarmar os palanques. “A gente precisa unir os parlamentares estaduais, federais e municipais para que o RN tenha capacidade de novo de crescer, gerar empregos e fortalecer a economia. Não temos visto investimentos significativos no estado há muito tempo”, afirmou.

A criação de políticas públicas que atraiam indústrias para o estado, oferecendo incentivos fiscais e aproveitando o potencial local em setores como pesca, agricultura e fruticultura são apontados pelo vereador como fundamentais a serem trabalhados pelos deputados estaduais. “O Rio Grande do Norte tem tudo para se tornar uma potência industrial, como já fizeram estados como Ceará e Pernambuco”, defendeu.

Além disso, o parlamentar ressaltou a importância do turismo como motor econômico do Estado.

“O turismo é a maior indústria de geração de empregos e renda no RN. Já fui vereador do turismo por três anos consecutivos e destinei emendas para promover Natal como destino turístico.

Precisamos fortalecer o turismo religioso no interior e o de lazer na capital. Em Natal, 70% das carteiras assinadas vêm do turismo”, destacou.


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JAIME ACUSA GESTÃO ERALDO: “FIZERAM GATOS DE ENERGIA. JÁ MANDEI FAZER BO”

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“Não tem nenhun prefeito do RN com uma cruz pesada dessa”. A “cruz” a que Jaime Calado se refere é a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante da forma como herdou. O prefeito conversou com o Diário do RN sobre a administração municipal que assume pela terceira vez. “Na verdade, esse governo do ‘ingrato’ foi uma política de terra arrasada. Todos os setores ficaram um caos. Todos”, denuncia Calado.

“O que mais pesa é que as contas estão bloqueadas. Dois dias antes de terminar o governo, o Tesouro Nacional bloqueou as contas da Prefeitura, porque o prefeito Eraldo não pagou o juro do empréstimo de R$ 8 milhões. A partir deste ano, nós temos que pagar o juro e o principal. Então, não tem nenhum prefeito do Rio Grande do Norte com uma cruz tão pesada, de ter que pagar R$ 40 milhões por ano durante 15 anos. O meu mandato só é de quatro anos, mas a cruz vai continuar”, explica Jaime, que ainda lista a falta de pagamentos do serviço de recolhimento de lixo e dos salários do hospital Maternidade Belarmino Monte.

Como primeiras ações, o prefeito tomou medidas em relação ao Sistema de Águas e Esgotos (SAE). Segundo ele, a área rural estava sem água por problemas nas placas de automação da adutora rural, que custou à nova gestão R$ 12 mil. Além disso, Jaime explica que os telefones do SAE estavam desligados por falta de pagamento e as licenças do Sistema estavam vencidas. O emissário do esgoto estava jorrando no mangue.

Ele destacou que há uma prioridade para a saúde pública. Segundo Calado, a situação encontrada é crítica, especialmente no abastecimento de medicamentos. “Estamos adquirindo medicamentos. Temos quatro compras em andamento. A primeira já foi entregue. Até o fim do mês, queremos normalizar o fornecimento. Em todas as unidades havia falta de medicamentos”, afirmou.

O prefeito revelou que, nos últimos 15 dias da gestão anterior, dois caminhões de medicamentos vencidos foram recolhidos, situação que classificou como “cruel”. “Faz mais de ano que faltavam medicamentos nos postos, e eles deixaram vencer. É uma crueldade. Uma parte desses medicamentos estava em estoque e não foi distribuída”, lamentou.

Além disso, Jaime Calado denunciou que computadores de praticamente todos os setores da prefeitura foram formatados no último dia da administração anterior. “Vamos agir judicialmente”, garantiu.

Ele complementou, ainda: “Fizeram gato de energia em quadras de esporte, escolas e unidades de saúde. É inaceitável. Já mandei registrar Boletim de Ocorrência porque isso não é normal”, afirmou.

Entre os projetos prioritários para os primeiros 100 dias de gestão, Calado destacou a retomada de serviços básicos, como saúde, educação e limpeza urbana. “Trazer o normal já é um grande desafio, porque as coisas ficaram muito defasadas”, explicou.

O prefeito também anunciou a retomada da construção do hospital municipal, paralisada há dois meses, e afirmou que planeja iniciar a construção de uma ponte, pendente por questões ambientais.

Jaime Calado colocou metas para os próximos quatro anos, como a reconstrução de cinco creches, a implantação de um sistema de entrega de medicamentos a domicílio para pacientes crônicos – o “Remédio em Casa” – e a criação do alvará automático.

“Nosso programa de governo tem ações de curto, médio e longo prazo. Apesar das dificuldades, estamos otimistas. Maior do que os problemas é o nosso entusiasmo para superar tudo isso. Com a ajuda da equipe e de toda a população, vamos conseguir”, declarou o prefeito.


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“TODO MUNDO VAI NAMORAR COM TODO MUNDO, MAS CASAMENTO É SÓ EM 2026”

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“É a coisa mais natural do mundo a gente conversar. Eu acredito que todo mundo vai conversar com todo mundo. Todo mundo vai namorar com todo mundo, mas casamento é só no ano que vem, só em 2026”. Segundo Jaime Calado (PSD), a decisão final para a eleição de 2026 vai ficar para 2026. Marido da senadora Zenaide Maia (PSD), presidente estadual do PSD no RN, o prefeito de São Gonçalo do Amarante não descarta conversa com qualquer grupo, seja da direita ou esquerda. Mesmo os desentendimentos com o ex-prefeito do município, Eraldo Paiva (PT), a quem venceu em outubro de 2024, não deverão atrapalhar qualquer conversa, nem mesmo com o PT, de acordo com Calado. “Olha, desde o tempo que houve o rompimento com esse camarada eu disse que não ia brigar com ninguém por causa dele, não vale a pena”, afirmou em conversa com o Diário do RN. “O casal é de centro. Não tem preconceito nem com a direita nem com a esquerda”, complementa.

Jaime admite que o alinhamento das votações da senadora sempre esteve no campo da centro-esquerda. Zenaide é vice-líder do Governo Lula no Senado. Ainda assim, ele ressalta que não há uma subordinação.

“Nós não temos uma vinculação automática, nem somos subordinados a esse ou aquele, mas por uma questão de pensamento, as posições de Zenaide têm sido naturalmente mais ao centro-esquerda. Não é uma coisa totalmente vinculada, porque quando é para o bem do povo, venha de onde vier, votamos. Zenaide votou em muitas propostas que vieram no tempo do governo Bolsonaro, que beneficiavam a população, ela votava [a favor]. E assim será”, diz Jaime.

O ex-secretário da gestão Fátima, no entanto, preferiu não arriscar uma chapa ou um nome ao Governo. “Tem muitos bons nomes aí que eu não vou chutar não”, afirma. Calado afirma que este ano é de articulações, de “ouvir o grupo”, já que a posição “não vai ser isolada”. “O ano que vem é o ano eleitoral. Aí tem que se alinhar, tomar uma posição e ir para a luta. É o que vai acontecer não só conosco, mas com todos esses atores que estão na cena”, lembra.

Esses atores, segundo ele, estão em momento típico de projeções; algumas que devem prosperar, outras não: “Veraneio é uma época muito boa de se fazer política. Fazer projeções, imaginar lançamento de candidaturas que saem e outras que não saem. Umas que têm vida longa, e outros que não passam da ressaca”.

O deputado Benes Leocádio (UB), que conversou com o Diário do RN no último dia 2 de janeiro, considerou a chapa Allyson Bezerra (UB) ao Governo do RN, e Zenaide Maia e Styvenson Valentim (Podemos) ao Senado. Jaime não quis opinar: “A gente se alegra de ser lembrado por uma pessoa tão bacana como o deputado Benes, que é uma pessoa que eu admiro muito e respeito. Mas é normal. Essas conversas não param e independem da nossa vontade. Ninguém controla isso”, admite.

Calado reconhece que Allyson Bezerra “é um grande nome, isso todos reconhecem”. No entanto, é pragmático: “Na prática, as pessoas às vezes até decidem antes, mas só divulgam na hora, né?”, finaliza.


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BABÁ PEREIRA SUSPENDE CONTRATO DE R$ 300 MIL RENOVADO POR LUCIANO NA FEMURN

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A uma semana de deixar a presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos (MDB), assinou dois contratos com a empresa Civitas Melo Cardim Ltda e fez a renovação do contrato com o GovFacil. As medidas, no entanto, foram suspensas pelo novo presidente da Federação, Babá Pereira, que assumiu o cargo no último dia 15, após vencer o candidato de Luciano, Pedro Henrique (PSDB), por 109 votos a 52.

Um dos contratos assinados por Luciano, com dois anos de duração, prevê que a empresa Civitas Melo Cardim Ltda ofereça serviços de “publicidade, propaganda e marketing” – o que inclui gestão de contas nas redes sociais, assessoria de comunicação, criação de peças publicitárias, produção de vídeos e realização de pesquisas, conforme apurado pelo portal 98 FM. Além disso, a mesma empresa foi escolhida para executar a 3ª edição do RN Cidades, como é chamada a “Feira dos Municípios Potiguares”. O evento acontece em abril. O valor previsto é de R$ 26.500,00 por mês.

A empresa Civitas Melo Cardim Ltda. pertence a Alan Gomes Cardim, que foi diretor de Comunicação da Femurn durante a gestão de Luciano Santos.

Já a prorrogação do contrato com a plataforma GovFacil foi feita dois dias antes do fim do mandato. A plataforma oferece um sistema para acompanhamento de dados de gestão dos municípios. Este contrato é válido até 31 de dezembro de 2025. O valor não foi informado.

Os contratos, entretanto, foram suspensos pelo novo presidente, Babá Ferreira (PL). “Todos os contratos foram suspensos. Iremos analisar caso a caso e dentro da capacidade de pagamento da entidade”, informou Babá ao Diário do RN, sem responder a mais questionamentos sobre o assunto.

Já o ex-presidente da Federação explicou a renovação como uma decisão tomada para garantir a continuidade de serviços essenciais e evitar interrupções em projetos já em andamento. “Os contratos já estavam em período de renovação, então eu renovei. O presidente pode distratar ou não, é discricionário”, ressaltou Luciano.

O ex-presidente da Femurn afirma que optou pela renovação porque o RN Cidades está em curso. Segundo ele, o espaço onde vai acontecer o evento já está reservado, as vendas das representações já estão acontecendo.

Sobre contratos relacionados à comunicação e publicidade, Luciano explicou que a motivação foi semelhante. “É a mesma empresa que cuida disso, e a parte de comunicação publicitária da federação que cuida desses eventos. A empresa recebe pelo serviço que prestar, não pelo valor do contrato. É um contrato global, mas ela recebe pelo que realiza, como cinco mil, três mil, dois mil, dependendo do trabalho”, disse Luciano.

Questionado sobre a ligação de Alan Cardin, dono da empresa contratada, que já atuou como diretor de comunicação da Femurn em sua gestão, Luciano negou qualquer relação indevida ou intencionalidade de permanência de um nome seu na Federação após sua saída. “Ele veio de um serviço de prestar serviço para Rogério Marinho. Ele é um operador, é uma empresa que presta serviços. Na época, fizemos cotações, e a empresa que ofereceu o melhor preço é a dele”, afirmou.

Alan Cardin já foi redator e analista Big Data para a campanha de Rogério Marinho ao Senado em 2022 e redator para a campanha de Bolsonaro para a presidência da República, no segundo turno, no Rio Grande do Norte, de acordo com dados colocados na rede social LinkedIn. O novo presidente da Femurn, Babá Pereira, é do PL de Marinho e Bolsonaro, e teve candidatura à Femurn apoiada pelo grupo do senador potiguar.

O ex-presidente destacou, ainda, outras ações que tomou para, segundo ele, garantir a funcionalidade da federação. “Por exemplo, a folha de pagamento já deixei paga, tem pessoas com carteira assinada. A federação não termina 100% com o mandato de um prefeito e com o início do outro. Então, foi uma questão de assegurar essa continuidade”, justificou.

Ele também mencionou a importância de outros contratos, como o do GovFacil. De acordo com Luciano, o aplicativo auxilia os prefeitos, inclusive durante o processo de eleição do presidente da entidade. “As eleições para escolha do presidente acontecem dentro do próprio aplicativo. Não podíamos deixar de renovar o contrato porque ele estava em uso e em período de inscrições”, concluiu.


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GOVERNISTAS E OPOSIÇÃO REALIZAM ENCONTROS E DISCUTEM ELEIÇÕES 2026

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Nos alpendres da praia de Barra de Tabatinga, esse final de semana foi de muita confraternização e política. O veraneio na casa do presidente da Câmara Municipal de Natal, Ériko Jácome (PP), reuniu, neste domingo (19), figuras como o senador Rogério Marinho, o prefeito de Natal, Paulinho Freire, acompanhado da primeira-dama Nina Sousa, e a vice-prefeita Joanna Guerra.

Vereadores também marcaram presença, incluindo Preto Aquino, Kleber Fernandes, Eribaldo, Irapõa Nóbrega, Daniell Rendal, Pedro Henrique (PH), Fúlvio e Aldo Clemente. A confraternização também contou com a participação de ex-vereadores, como Raniere Barbosa e Anderson Lopes, além do secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Felipe Alves. Dos convidados, o senador Styvenson Valentim não estava presente porque já tinha um compromisso previamente agendado.

A lista dos presentes foi registrada pelo ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos), em suas redes sociais, com uma série de fotos do encontro. Segundo Álvaro, o momento ainda teve um “conjunto tocando bastante MPB, animando e deixando o ambiente bem descontraído”. Para o anfitrião, Ériko Jácome, foi “um prazer receber os amigos da política numa tarde de muita confraternização”, conforme conversou com o Diário do RN.

Entretanto, além dos momentos de amenidades, o encontro fortaleceu a articulação da direita em um ano que promete ser decisivo para a política local, de preparação para 2026. De acordo com informações de quem estava presente, o ambiente descontraído criou uma atmosfera propícia ao diálogo. O evento não apenas reforçou a união entre os políticos presentes, mas também destacou a articulação dos principais personagens da direita no cenário político de Natal e do Estado.

De acordo com as informações que circulam nos bastidores, as conversas giraram, principalmente, em torno da manutenção da união entre o grupo. O clima de parceria entre Álvaro, Rogério e Paulinho, com poses e sorrisos, foi de passar justamente a imagem de alinhamento e união para o projeto de 2026.

Na postagem do vereador Kleber Fernandes, em seu perfil do Instagram, este é “o time que vai mudar a história do RN”. A legenda foi colocada em foto dele ao lado de Álvaro Dias, Paulinho Freire, Rogério Marinho e Ériko Jácome.

Fátima Bezerra em Tibau
Já a cerca de 340 quilômetros dali, no mesmo dia e horário, era a esquerda que se reunia “num clima leve” de veraneio, mas com política entre um drinque e outro. Na casa das ex-deputadas Sandra e Larissa Rosado, em Tibau, a governadora Fátima Bezerra (PT) foi recebida para um almoço. Segundo a anfitriã, em conversa com o Diário do RN, “foi um agradecimento pela atenção e pela parceria política”.

No litoral Oeste do Estado, participaram do encontro nomes como o deputado estadual Ivanilson Oliveira, a deputada Isolda Dantas e a vereadora Marleide Cunha. Também estiveram presentes os ex-vereadores Lawrence Amorim, Izabel Montenegro e Carmem Julia, além de outros apoiadores e aliados. Um dia antes, os advogados Lindocastro Nogueira e Ana Luzia também promoveram um momento com a governadora, com a presença, também, do prefeito de Areia Branca, Souza Neto. Fátima Bezerra esteve na região para inaugurar a reestruturação da rodovia Dehon Cahenga que liga os municípios de Grossos a Tibau.

Apesar das conversas apontarem para alguns direcionamentos em relação as eleições de 2026, o momento mostrou a incerteza sobre o candidato ao Executivo Estadual pelo governismo. As alianças só podem ser estabelecidas quando a esquerda tiver a chapa majoritária, tanto ao Governo, quanto ao Senado. Nada se conversou sobre a garantia de Walter Alves se dispor a assumir o Governo em caso de renúncia de Fátima para ser candidata ao Senado. Nos alpendres, nada certo, só movimentações iniciais de partidos isolados que começam a trabalhar construção de nominatas.

Segundo as informações obtidas pelo Diário do RN, no almoço se comentou sobre a possibilidade de permanência da senadora Zenaide Maia (PSD) na base de apoio, ao lado de Fátima na chapa ao Senado. Nos bastidores, o PT pode considerar articular a presença de Zenaide, mesmo que ela permaneça ao lado de Allyson Bezerra, e o prefeito de Mossoró trabalhe em apoio às demais candidaturas da direita, como Rogério Marinho ao Governo do RN. Não se comentou sobre a possibilidade de Allyson ser o candidato com o apoio de Zenaide.

Além da agenda administrativa e dos almoços, a governadora Fátima também participou da tradicional festa “Xafurdo”, organizada por um grupo de amigos, e que teve a presença de cerca de 150 pessoas, incluindo a ex-prefeita Fafá Rosado e a empresária Zilene Marques.


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GONÇALVES VIAJA AOS EUA, POSA NA NEVE, MAS NÃO FAZ REGISTRO EM POSSE DE TRUMP

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Fazendo parte da comitiva de parlamentares brasileiros que viajaram aos Estados Unidos para a posse do presidente americano, Donald Trump, o deputado federal potiguar, Sargento Gonçalves, não fez registro de sua participação na posse presidencial. Gonçalves está em Washington desde o último sábado (18) e deve retornar nesta quarta-feira (22), conforme conversou com o Diário do RN na semana passada. Segundo ele, a viagem está acontecendo com recursos próprios. Além dele, pelo menos 16 deputados federais e senadores da direita brasileira viajaram para a posse de Trump, numa viagem organizada por Eduardo Bolsonaro, e com a presença de Michele Bolsonaro.

Nenhum dos integrantes da caravana postou registro da presença na cerimônia de posse. A deputada Bia Kicis (PL-DF), que também está na capital americana, fez uma postagem da tela de uma TV que transmitia a posse via canal CNN. O deputado Gonçalves postou cada passo na sua viagem aos Estados Unidos. Neste domingo (19), postou sobre o frio, sobre o patriotismo do americano, a contagem regressiva para a posse, postou a fila – que durou cerca de três horas – para o tradicional comício da vitória, o entusiasmo com a apresentação da banda Village People e os demais discursos no comício da vitória. Em vídeo ao lado de outros parlamentares, Gonçalves postou fala de Eduardo Bolsonaro: “Juntos somos mais fortes, fora o regime do PT”.

Entretanto, nesta segunda-feira (20), não postou qualquer registro seu participando da cerimônia de posse. Assim como os demais brasileiros, o deputado federal do Rio Grande do Norte não conseguiu participar do evento. O Diário do RN tentou contato com o parlamentar para buscar mais informações, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

Nas redes sociais, as publicações se resumiram a trechos do discurso e imagens oficias do presidente empossado. Com a logomarca do Sargento Gonçalves, outra postagem com a imagem de Trump afirma que a posse de representa o “início de uma nova história”. Em outra foto, a imagem de Biden e a inscrição: “Tchau, querido”.

Em um dos stories do domingo, o deputado norte-riograndense relacionou a movimentação de apoiadores de Donald Trump à de Bolsonaro: “Trump é como o nosso mito Bolsonaro (…) Segredinho aqui: nosso mito junta mais gente”, afirmou.

Na conversa que teve com o Diário do RN, na última quinta-feira (16), o deputado afirmou que a cerimônia marca um momento crucial para a direita mundial e, especialmente, para o Brasil. “Só o fato de ser uma posse presidencial nos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, já é algo de grande simbolismo. Mas o retorno de Trump à Casa Branca tem um significado ainda mais especial, principalmente em um momento em que as liberdades individuais e coletivas estão sendo tão atacadas”.


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ROGÉRIO, SOBRE ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: “BOLSONARO É O PLANO A, PLANO B E C”

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Secretário nacional do Partido Liberal de Bolsonaro, Rogério Marinho (PL) já foi citado, em alguns veículos de circulação nacional, como um provável nome a ser indicado para candidatura à vice-presidência da República, compondo chapa com Michelle Bolsonaro, ou com Tarcísio de Freitas, por exemplo. A suposição é feita em caso do ex-presidente Jair Bolsonaro não restabelecer sua elegibilidade até as eleições gerais de 2026.

Em entrevista ao programa “12 Em Ponto”, da 98 FM, concedida nesta quinta-feira (16), Rogério Marinho não vê impossibilidade: “Ninguém é candidato a vice. Isso é uma questão de circunstância e fechamento de chapa. Eu sou secretário geral do PL, sou líder da oposição [no Senado] e é evidente que nesse processo de costura e de estabelecer o tabuleiro político que nós vamos enfrentar no próximo ano, a gente tem conversado com lideranças de todo o Brasil e de outros partidos”.

Entretanto, acredita que a inelegibilidade do seu líder político será revertida e, portanto, Bolsonaro permanece como “plano A, plano B, e plano C” do partido.

“Você vê o presidente atual, foi condenado em três instâncias por corrupção, malversação de recursos públicos, dilapidação do patrimônio da União e de repente disseram que os processos tinham problemas técnicos. O presidente Bolsonaro está inelegível porque reuniu embaixadores ou participou de um evento público em Brasília. A gente está trabalhando pela reversão, inclusive porque não transitou em julgado.

O líder da oposição no Senado fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes, desde a negativa à ida do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos para acompanhar a posse de Donald Trump, até a condução do inquérito das fake news e os desdobramentos dos atos de 8 de janeiro.

Segundo Marinho, Bolsonaro foi contra qualquer planejamento de golpe de Estado que tenha ocorrido. Rogério garante que não houve conversa entre ele e Jair Bolsonaro sobre golpe, como foi apontado em depoimento de Mauro Cid.

“Em nenhum momento eu falei com o presidente sobre o golpe, nem fui abordado sobre golpe. E nenhuma das pessoas que falou também no inquérito fala a respeito. O que existe lá no inquérito é um apontamento: ‘há uma decepção com a direita, entre aspas, Rogério Marinho’; foi só isso e todos os áudios que foram vazados e que eu tive acesso também mostram que não há nem a colaboração, nem anuência, pelo contrário, houve a resistência do presidente a qualquer ação fora das quatro linhas”, narra Marinho, que ressalta estar se referindo aos áudios vazados, e não aos depoimentos, já que, segundo ele, foram dados “sob pressão”.

Marinho acusou Moraes de agir com parcialidade no julgamento de Bolsonaro. Segundo ele, o ministro, que preside processos contra o ex-presidente, “já decidiu que Bolsonaro será condenado”. Ele classificou a postura como incompatível com o papel de um juiz. “Não há nenhuma imparcialidade nesse processo. Moraes é ao mesmo tempo vítima e acusador. É o grande xerife da República”, disse.

O senador afirmou que o Brasil vive hoje o que chamou de “estado de exceção”, caracterizado por perseguições a opositores políticos e pela institucionalização da censura. Ele citou prisões de indivíduos por “crimes de opinião” e restrições ao exercício pleno da defesa no Judiciário.

“Estamos vendo juízes que falam fora dos autos, impedem manifestações de advogados no tribunal e suprimem instâncias judiciais. Isso é o Direito Penal do Inimigo. Se você pensa diferente, seus direitos são relativizados”, criticou.

Marinho ainda rebateu a tese de que Bolsonaro teria incentivado os atos antidemocráticos. O líder da oposição lembrou episódios de governos passados para ilustrar o que considera uma disparidade de tratamento. Ele citou a consulta feita por Dilma Rousseff ao Exército sobre a possibilidade de um estado de sítio durante seu mandato, que não resultou em qualquer punição à ex-presidente.

“Dilma foi cassada, mas manteve seus direitos políticos, algo absolutamente estranho no Brasil. Já Bolsonaro foi punido porque reuniu embaixadores para criticar o sistema eleitoral. Isso, enquanto há registros de invasões ao sistema do TSE, com provas claras, como aponta o inquérito da Polícia Federal”, defendeu.

O senador finalizou sua declaração lamentando o que chamou de relativização dos direitos em função de ideologias políticas. Para ele, os opositores de esquerda têm recebido tratamento brando, enquanto os conservadores enfrentam uma Justiça mais severa.

“É inaceitável que manifestações de direita sejam tratadas com punições exacerbadas, enquanto episódios de violência promovidos por grupos de esquerda, no passado, sequer resultaram em processos. Isso revela um sistema desequilibrado e perigoso para a democracia brasileira”, concluiu.

Reforma tributária: “O maior imposto sobre consumo do mundo”

Marinho abordou o debate sobre a polêmica do PIX, ferramenta que, segundo ele, representou uma revolução na inclusão financeira ao integrar milhões de brasileiros “desbancarizados” ao sistema. Ele criticou o governo pelo que classificou de “uma forma atabalhoada de conduzir a política econômica”.

“O governo desinforma a população e tenta transferir responsabilidades. Esse hábito do PT, que já vimos nos anos anteriores no poder, continua. Agora, querem usar o PIX como forma de monitorar pequenos trabalhadores informais e arrecadar mais impostos, enquanto ignoram problemas reais, como o descontrole fiscal e o aumento da dívida pública”, afirmou.

O senador também criticou o recente aumento no salário mínimo, projeto no qual votou contra.

Embora afirme reconhecer a importância de um reajuste, Marinho argumentou que, sem medidas para conter a inflação e estimular a produtividade, o aumento nominal não se traduz em ganho real para os trabalhadores.

“Quando o dólar sobe de R$ 4,80 para mais de R$ 6, como aconteceu entre 2023 e 2024, e os alimentos têm inflação muito acima da média, o trabalhador perde mais do que ganha. O governo diz que está ajudando o povo, mas está tirando com as duas mãos por meio da desvalorização da moeda e do aumento do custo de vida”, declarou.

Marinho destacou que, enquanto o governo promove reajustes, a dívida pública está em trajetória crescente, projetada para alcançar 84% do PIB ao final do mandato. “Esse aumento é insustentável. O crescimento atual é financiado por endividamento, o que tem perna curta e pode estourar nas mãos dos brasileiros em breve”, alertou.

Sobre a reforma tributária aprovada pelo Congresso, no qual também votou contra, Marinho foi categórico em sua oposição. Ele reconheceu a necessidade de simplificar o sistema tributário, mas afirmou que o texto aprovado está repleto de renúncias fiscais e aumentará a carga tributária sobre a população.

“Essa reforma não combate a cumulatividade e ainda cria o maior imposto sobre consumo do mundo, de 29%. Enquanto isso, o governo abriu mão de liderar as negociações, deixando espaço para lobbies que resultaram em R$ 450 bilhões em renúncias fiscais. É um projeto desequilibrado que vai onerar o cidadão comum e criar passivos tributários gigantescos”, explicou.

O senador refutou as alegações do governo de que os índices econômicos indicam melhora, como a queda no desemprego e o crescimento do PIB. Ele atribuiu o desempenho a fatores temporários, como a injeção de recursos via PEC da Transição, que adicionou R$ 230 bilhões ao orçamento sem previsão de receita correspondente.

“Essa estratégia de crescimento baseado em endividamento não é sustentável. O desemprego caiu mais rápido no governo Bolsonaro do que no atual governo, e isso foi graças à reforma trabalhista que flexibilizou as relações de trabalho. Hoje, o crescimento econômico é ilusório e baseado em medidas populistas que não têm respaldo fiscal”, argumentou.


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ROGÉRIO AFIRMA QUE ALLYSON, ÁLVARO E STYVENSON ESTARÃO UNIDOS EM 2026

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A oposição tem quatro nomes prováveis ao Governo do RN e, segundo o senador Rogério Marinho (PL), o grupo vai permanecer unido e definir entre três qual será o candidato ao Governo do Estado. Além dele mesmo, ou Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, ou Álvaro Dias (Republicanos), ex-prefeito de Natal, será o representante da oposição ao cargo. Segundo o senador, o colega de bancada, Styvenson Valentim (Podemos), é a única certeza: ficará com a vaga de senador, candidato à reeleição. Marinho falou sobre o assunto em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM.

A decisão poderá vir antes de 2026, mas “não necessariamente”. Segundo o secretário nacional do PL, cada um dos três possíveis nomes ao Governo vai tentar “construir essa expectativa, essa conexão com a sociedade e com o grupo político”.

“O fato é que nós vamos estar juntos”, afirma Marinho, que conversou, além de Álvaro Dias, com Allyson Bezerra, José Agripino e deverá dialogar com outros atores políticos sobre o assunto. “Nós vamos ter que ter bom senso”, prevê.

Para ele, a escolha não dependerá exclusivamente da popularidade do nome. “Nas duas últimas eleições que ocorreram aqui no Estado, a nossa para o Senado, eu tinha 8% e meu opositor tinha 40%. Eu sou o senador da República. Chegou em maio, antes da chegada de Álvaro, Paulinho tinha 13%, o outro tinha 40%. Hoje o prefeito em Natal é Paulinho. Então, a dinâmica do processo eleitoral tem a ver com essa popularidade que o cidadão tem que ter, mas também com a formação do grupo político e a mensagem que você vai ter e a tração natural que a campanha proporciona. Tem toda uma dinâmica que vai o que vai ocorrer”, explica.

Rogério avalia a situação do Rio Grande do Norte como “destroçada” e avisa que o nome que for escolhido para governar o Estado não deverá se preocupar com popularidade, e sim com “o que tem que ser feito”. “Além de ter que tomar medidas duras e não ter muito cuidado com a popularidade, vamos começar do menos vinte, não é do zero, é do menos vinte. Então você vai ter que nadar para sair, o candidato tem que ter essa consciência de que isso não vai ser um passeio no parque”, avisa.

Relação com Álvaro Dias
Nesta semana, Marinho sentou para conversar com o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias. Na conversa, Dias expressou a intenção de fazer parte do projeto majoritário do grupo, disposto à disputa ao Governo ou ao Senado.

“Prefeito terminou o seu período como prefeito, evidente que pelo seu tamanho, pela sua dimensão, pela legitimidade de alguém que passou seis anos como prefeito da cidade natal e que se elegeu no primeiro turno na eleição passada, ele é um personagem político importante. Tem pretensões majoritárias, ou senador ou governador. Nós precisamos estar juntos, porque a nossa divisão favorece o adversário”, esclarece Marinho.

No encontro, os dois concretizaram o diálogo e a aproximação para o projeto. “O prefeito Álvaro teve da minha parte quando prefeito uma parceria que eu acho que foi muito profícua para cidade de Natal. Obras importantes que o prefeito entregou na sua gestão e que ainda estão sendo edificadas, como a questão da Pedra do Rosário, a passagem de nível entre Cidade Satélite e Planalto, a própria engorda de Ponta Negra, mais de 300 ruas drenadas e calçadas na Zona Norte da cidade de Natal, asfalto na cidade, urbanização de praias urbanas. Nós fizemos com ele uma parceria bastante importante e o prefeito foi muito importante na minha campanha ao Senado da República. Então tenho gratidão, tenho eu tenho reconhecimento desse trabalho mútuo de parceria”, relata.

Sobre a sua pré-candidatura ao Governo do RN, colocada desde novembro de 2024, quando filiou quatro deputados estaduais ao PL, ele reafirma que vai percorrer o RN para construir um projeto.

“Acho que o nosso partido necessariamente precisaria ter um projeto para o estado do Rio Grande do Norte. Vamos construir isso a partir do mês de março. De março agosto a gente vai percorrer o estado levantando os problemas e tentando apresentar soluções para não fazer só crítica pela crítica, mas abertos a conversarmos com outros autores políticos”, diz.


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DEPUTADO SARGENTO GONÇALVES PARTICIPA DA POSSE DE DONALD TRUMP E DESTACA IMPORTÂNCIA PARA A DIREITA BRASILEIRA

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O deputado potiguar Sargento Gonçalves (PL) integra a comitiva de pelo menos 16 parlamentares da Câmara dos Deputados que viajará aos Estados Unidos para acompanhar a posse de Donald Trump como presidente da República. Segundo Gonçalves, a cerimônia marca um momento crucial para a direita mundial e, especialmente, para o Brasil.

“Só o fato de ser uma posse presidencial nos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, já é algo de grande simbolismo. Mas o retorno de Trump à Casa Branca tem um significado ainda mais especial, principalmente em um momento em que as liberdades individuais e coletivas estão sendo tão atacadas”, afirmou o deputado em entrevista ao Diário do RN.

Gonçalves destacou que sua presença, assim como a de outros parlamentares brasileiros, representa um gesto de alinhamento político e ideológico com o novo governo americano. Ele assegurou que sua viagem será custeada com recursos próprios: “Tudo está sendo pago do meu bolso — passagens, estadia e deslocamentos. Diferentemente do governo atual, que já gastou milhões em viagens internacionais”, alfineta.

O parlamentar do Rio Grande do Norte afirma que recebeu, via e-mail, um convite do cerimonial de posse do novo presidente americano, que ocupará o cargo pela segunda vez. Gonçalves deverá embarcar nesta sexta-feira (17) e tem retorno previsto para o dia 22.

De acordo com o Sargento Gonçalves, a caravana faz parte de uma viagem oficial aprovada pela Câmara dos Deputados, mas o parlamentar explicou que outros colegas também decidiram participar por iniciativa própria. A estadia dos deputados em Washington será em uma casa compartilhada, alugada para hospedagem dos deputados. “Estamos em uma casa simples, sem qualquer tipo de luxo. Essa viagem não é sobre ostentação, mas sobre representar a direita brasileira nesse momento histórico”, afirmou.

De acordo com a imprensa nacional, a Secretaria de Relações Internacionais da Câmara informou que nenhum parlamentar solicitou uma missão especial, ou seja, que a Casa pagasse os custos da viagem para os EUA. No Senado, a assessoria de imprensa informou que também não houve pedidos dos senadores para essa finalidade. Posteriormente, deputados e senadores podem pedir reembolso da viagem e descontar da cota parlamentar.

Gonçalves relatou que a delegação brasileira está dividida em grupos, com alguns já participando de eventos políticos e palestras nos Estados Unidos.

Segundo o Uol, a comitiva está sendo organizada por Eduardo Bolsonaro e inclui parlamentares em sua maioria do PL, mas também do Podemos, União Brasil, Novo e Republicanos. Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Mario Frias (PL-SP), Maurício Marcon (Podemos-RS) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) são alguns dos que estarão na posse do presidente dos EUA. Além dos eventos oficiais, os parlamentares participam de atividades, como um curso de política americana para parlamentares brasileiros. A aula foi ministrada por Paulo Figueiredo, que já foi indiciado pela PF por suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A cerimônia oficial de posse de Donald Trump ocorrerá em Washington, D.C., com uma série de eventos paralelos.

Na visão do deputado, o retorno de Trump ao poder tem o potencial de impactar positivamente a geopolítica global e fortalecer a direita em diversos países, incluindo o Brasil. “Se Trump estivesse na presidência, a parcialidade que vimos em algumas decisões importantes, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, talvez não tivesse acontecido”, declarou Gonçalves.

Ele também atribuiu à nova administração americana o início de mudanças significativas, como avanços em negociações de cessar-fogo no Oriente Médio e a revisão de políticas de censura em plataformas digitais. Para Sargento Gonçalves, a posse de Trump é um marco que pode influenciar diretamente o cenário político brasileiro nos próximos anos, incluindo as eleições de 2026. Ele acredita que a vitória do republicano fortalece os movimentos conservadores no mundo todo. “Trump volta para colocar ordem na casa. É um momento de renovação para todos que acreditam na liberdade e nos valores que defendemos”, concluiu.


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BABÁ QUER UNIFICAR OS MUNICÍPIOS E VAI BUSCAR DIÁLOGO COM O GOVERNO DO RN

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Com 109 votos, o ex-prefeito de São Tomé, Babá Pereira, foi eleito o novo presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). Ele superou Pedro Henrique (PSDB), prefeito de Pedra Grande, que obteve 52 votos. Babá Pereira retorna ao cargo com um discurso voltado para a unificação da Federação e a defesa dos direitos dos municípios. Ele avisa que a primeira atuação será buscar o diálogo com o Governo do RN.

Em entrevista ao Diário do RN, Babá reconheceu a responsabilidade que o novo mandato exige. “Recebi com muita alegria, mas, acima de tudo, com muita responsabilidade, porque sabemos que os desafios que vêm pela frente são grandes. Primeiro, temos que unificar a federação e, depois, buscar diálogo com o governo, sempre defendendo os municípios, sem abrir mão de nenhum direito”, destacou ele, que afirma já ter recebido ligação de Paulinho Freire (UB), Allyson Bezerra (UB) e Nilda Cruz (SD), prefeitos de Natal, Mossoró e Parnamirim, além de gestores de outros municípios que, inclusive, apoiaram a oposição.

Nome do Partido Liberal, apoiado por Rogério Marinho e declaradamente pelo senador Styvenson Valentim (Podemos), Babá dissocia sua eleição das articulações para o projeto do grupo para 2026. “Vou estar com Rogério, com Styvenson, mas não vou misturar as coisas. Estarei aqui para defender os municípios. Claro que cada prefeito tem seu posicionamento, mas eu vou buscar apoio de Styvenson, Rogério, da senadora Zenaide (PSD) e de todos da bancada federal para ajudar os municípios”, afirmou.

Babá reforçou que sua gestão será voltada exclusivamente para a defesa dos municípios, apesar de seus posicionamentos políticos. “Quando fui presidente da Femurn pela primeira vez, aproveitei o momento em que Rogério Marinho e Fábio Faria eram ministros, e conseguimos muitas conquistas para os municípios. É isso que vamos fazer novamente”, declarou.

Entre as principais demandas apontadas por Babá Pereira estão a regularização dos repasses do ICMS, a dívida ativa do IPVA – que, segundo ele, nunca foi repassada aos municípios – e melhorias no Programa Estadual de Transporte Escolar do Rio Grande do Norte (Petern). “Os prefeitos estão cobrando muito essas questões. Também queremos trabalhar em parceria com a CNM para fortalecer os municípios em nível nacional”, afirmou.

Veja entrevista na íntegra:

Diário do RN – O resultado foi dentro do que esperava?
Babá Pereira – É o que a gente mais ou menos esperava. Recebi com muita alegria, mas, acima de tudo, com muita responsabilidade, porque sabemos que os desafios que vêm pela frente são grandes. Primeiro, temos que unificar a Federação. E, depois, buscar diálogo com o Governo, com quem quer que seja, mas sempre defendendo os municípios, sem abrir mão de nenhum direito dos municípios.

Diário do RN – Unificar significa que a federação está fragmentada?
Babá Pereira – Sempre que há uma disputa, acredito que pode haver alguma fragmentação. Mas já falei com alguns prefeitos que apoiaram a outra chapa. Alguns, inclusive, já me ligaram para me parabenizar. Isso mostra que a união será formalizada e seguiremos em frente, porque o interesse maior é a defesa dos municípios e do municipalismo.

Diário do RN – Sobre esses direitos dos municípios, o que especificamente significa não perder nenhum direito?
Babá Pereira – Estamos falando de recursos que, muitas vezes, o governo se apropria. Recursos dos municípios que demoram a ser repassados. Convênios do Petern (Programa Estadual de Transporte Escolar do Rio Grande do Norte) demoram, e os prefeitos reclamam muito. Isso em nível regional. Já em nível nacional, vamos trabalhar em parceria com a CNM (Confederação Nacional de Municípios).

Diário do RN – Vai haver diálogo com o Governo do Estado para tratar desses assuntos?
Babá Pereira – Com certeza. Nossa primeira ação será sentar e conversar com o governo, buscar o diálogo.

Diário do RN – E quais serão as pautas dessa conversa?
Babá Pereira – Primeiro, a questão do Petern, que os prefeitos estão me cobrando. Segundo, os repasses do ICMS em dia. Terceiro, a dívida ativa do IPVA, que os municípios nunca receberam. Quarto, a questão do ICMS e da farmácia básica.

Diário do RN – Seu nome é apontado como ligado a Rogério Marinho. De que forma sua posição à frente da FEMURN pode influenciar na disputa de 2026? O senhor acha que isso é possível?
Babá Pereira – Não. Eu, enquanto ex-prefeito de São Tomé e político, claro que tenho meu posicionamento. Vou estar com Rogério, com Styvenson, mas não vou misturar as coisas. Estarei aqui para defender os municípios. Claro que cada prefeito tem seu posicionamento, mas eu vou buscar apoio de Styvenson, Rogério, da senadora Zenaide e de todos da bancada federal para ajudar os municípios. Essa parceria é importante. Assim como fiz da outra vez: aproveitei o momento em que Rogério era ministro e Fábio Faria também, e conseguimos muitas conquistas para os municípios, independente de partido. Algumas pessoas confundiram isso, mas, na verdade, Rogério e Fábio ajudaram muito.

Diário do RN – Em relação à outra vez que o senhor foi presidente da FEMURN, o que o senhor aprendeu, o que não deve repetir, e o que pode acrescentar nessa nova fase?
Babá Pereira – Acho que precisamos continuar ouvindo, ouvir ainda mais os prefeitos e as regiões. Vamos colocar o conselho político para funcionar. Além da nossa diretoria, vamos contar com os presidentes de consórcios e de associações regionais. O prefeito Paulinho se dispôs a ajudar nesse projeto. O prefeito Allyson, de Mossoró, já me ligou ontem, dizendo que está pronto para ajudar. A prefeita Nilda também se associou a isso. Essas pessoas serão importantes para fortalecer a defesa dos municípios. Aprendi que precisamos expandir mais e compartilhar cada vez mais a gestão da Federação, para unir forças e buscar o que é de direito dos municípios.


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OPOSIÇÃO COMEMORA VITÓRIA DE BABÁ NA FEMURN: “ISSO É UM TREINO PARA 2026”

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Defensor da candidatura de Babá Pereira (PL), vencedor da disputa à presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), que aconteceu nesta quarta-feira (15), o senador Styvenson Valentim (Podemos) comemorou o resultado da disputa. Em conversa com o Diário do RN, o parlamentar afirmou estar “feliz e grato” com o resultado, assim como deputados estaduais do PL.

O senador chegou a postar vídeo polêmico sobre a disputa, em que denunciava suposta chantagem velada dos opositores pelo voto em Pedro Henrique (PSDB), candidato do partido de Ezequiel Ferreira (PSDB) e apoiado pela governadora Fátima Bezerra (PT). Na opinião de Styvenson, a vitória de Babá é um sinal de que “o Governo Fátima já era” e de que “já é um bom treino para 2026”, apontando para o caminho que os municípios tendem a escolher.

“Mostra que 109 prefeitos, um reflexo até mesmo da população de cada município, dizem que o governo Fátima já era, já deu, nem com a máquina do Governo, da Assembleia, nem com a força dos parlamentares, conseguiu vencer o adversário que a gente estava apoiando. Então, isso aí já é um bom treino para 2026”, afirmou o parlamentar federal.

Ele complementa, ainda: “Se o Governo estivesse bom, os números seriam invertidos. O prefeito é um reflexo do eleitor, e o eleitor está cansado de quem está há seis anos prometendo e não faz nada. É nítido que essa eleição mostra uma população insatisfeita, que quer mudança”, afirmou apontando, novamente, para 2026.

O senador da República comentou as acusações, do lado opositor, sobre o uso da instituição em favor de Rogério Marinho: “E não houve aparelhamento não agora com Luciano Santos? Política é isso, é voto, é decisão, é mostrar em que lado você está. Não sou a favor do aparelhamento, sou a favor de que a pessoa defenda a tese que é defendida pela instituição, dos municípios, e não de um Governo”.

Afirmando esperar que Babá faça uma gestão de união dos 167 municípios, e não somente dos 109 em que obteve os votos, Styvenson falou sobre o direcionamento de suas emendas após a eleição. No vídeo que postou antes do pleito, ele relacionou a liberdade de voto dos prefeitos à sua liberdade em direcionar as emendas parlamentares aos municípios.

“Nunca fui preso a ideologia, partidos, a lado não, ajudo. Fiz o maior hospital dentro da área do PT, que é Currais Novos. Aquele município que Styvenson não tem atuação forte pergunte porque não está indo mais recursos, pergunte ao prefeito o por quê. Se ele não responder, eu respondo. É porque não prestou contas, porque não tem competência para gestor. Então pronto, não mando dinheiro”, completou.

Deputados estaduais
Os deputados estaduais do PL também se manifestaram sobre o resultado da eleição da Femurn. Tomba Farias (PL) prefere não relacionar a vitória de babá diretamente a eleição geral de 2026, mas afirma que o resultado aponta para o desgaste do Governo.

“A Femurn não é do Governo do Estado, a Femurn é dos municípios e estava virando um palanque do Governo do Estado. O Governo está num desgaste e a prova está aí, os prefeitos decidiram que a Femurn fique com os municípios. E quem vai governar a Federação é um cara que tem experiência, que mostrou que é capaz”, disse Tomba.

Segundo o parlamentar estadual, a vitória é dos prefeitos, e não do grupo político liderado por Rogério, apesar de Babá ser apoiado por eles. “Não é o grupo de Rogério Marinho, são os prefeitos do Estado do Rio Grande do Norte. Eu sou municipalista. Por isso que eu acompanhei Babá, porque Babá é municipalista. Eu acho que em primeiro lugar estão os municípios. É onde acontecem as coisas. O Governo do Estado não toma conta do estado e quer tomar conta dos municípios”, diz Tomba, enfatizando que o desgaste do governo será discutido pelo grupo em 2026, quando o povo vai decidir se vai continuar ou mudar a gestão do Estado.

Análise com mesmo entendimento tem o deputado estadual Gustavo Carvalho (PL). “Analiso como um grito de independência dado pelos municípios do nosso Estado, diante do desastre administrativo que nos encontramos. É o RN querendo estancar esse sangramento da gestão incompetente”, afirma sobre o resultado da eleição e o diagnóstico da gestão Fátima.

Sem querer se alongar sobre o projeto do grupo para 2026 e a relação com a Femurn, Carvalho foi sucinto: “Tudo exerce influência em processo político”.

Líder do Governo na AL espera que Babá “não utilize a Federação para interesses de grupos”

Do outro lado, o deputado estadual Francisco do PT, líder do Governo na Assembleia Legislativa (ALRN), avalia que a análise da oposição sobre a vitória de Babá Pereira à presidência da Femurn e a relação com um suposto desgaste do Governo Fátima, busca antecipar o embate eleitoral: “Estes que analisam desta forma querem polarizar tudo e aproveitam todo acontecimento para buscar a antecipação a todo instante do embate eleitoral de daqui a dois anos”.

Francisco enfatiza que o presidente da oposição deve buscar os interesses dos municípios e “não use a federação para promoção de interesses de grupos”, já que há um caráter suprapartidário dos representantes dos municípios.

“Não acho que a eleição de uma instituição que representa os executivos municipais possa ser vista como vitória ou derrota de instituições. Trata-se de uma escolha de prefeitos/as para uma federação que eu já tive oportunidade de ser dirigente (secretário), quando fui gestor de Parelhas, e que deve respeitar a pluralidade das ideias de cada gestor/a”, defende Francisco.

O parlamentar ressalta que Babá Ferreira promoveu “interesses alheios as demandas municipais”, quando foi presidente da instituição no biênio 2021-2022, durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro, com os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria. Apesar disso, o líder do Governo na ALRN afirma ter a expectativa que a nova gestão de Babá Ferreira tenha responsabilidade com interesses municipalistas.

“Espero que, independente da posição ideológica e do alinhamento político partidário, ele tenha a responsabilidade de representar os interesses municipalistas levando em conta que a Femurn não deve ser utilizada como instrumento para promoção de interesses alheios às demandas municipais. Embora infelizmente isso não ocorreu da última vez que ele ocupou esta função”, frisa o deputado do PT.


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PT DEVE DEFINIR CHAPA PARA 2026 AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025

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São conversas com lideranças, incluindo Walter Alves (MDB), Ezequiel Ferreira (PSDB) e a senadora Zenaide Maia (PSD), além de líderes de bancadas estaduais e federais, que deverão definir os rumos do PT e da governadora Fátima Bezerra (PT) para as eleições gerais de 2026.

Estes diálogos serão a peça-chave para a decisão que o Governo deve tomar sobre as candidaturas e devem apontar para uma decisão final até o final deste primeiro semestre, conforme o Diário do RN apurou com pessoas da cúpula do Governo, do PT e de partidos aliados.

De acordo com as informações repassadas, a decisão passa pelos aliados do partido, que integra, além do MDB, partidos como o PSDB, PSB, PDT, PCdoB e PV. A conversa com o vice-governador Walter Alves é um dos pontos primordiais. A confirmação sobre a candidatura do MDBista ao Governo do Estado define a renúncia da governadora Fátima Bezerra (PT), até abril de 2026, para a disputa ao Senado. Fátima conta com o apoio dos 45 municípios do MDB para este projeto.

Essa decisão da gestora estadual, no entanto, depende de composição com Zenaide Maia na disputa ao Senado, já que o PSD é um dos poucos partidos capazes de conferir a força que o PT precisa para fortalecer a chapa à majoritária. Por isso ela foi citada como um dos nomes a serem buscados pelo PT nos primeiros meses de 2025.

Apesar de ter concorrido contra o PT na capital, com a candidatura de Carlos Eduardo (PSD), e em São Gonçalo do Amarante, reduto eleitoral do casal Zenaide e Jaime Calado, as arestas geradas não devem interferir na relação nacional do partido do presidente da República com o PSD.

Zenaide continua vice-líder do Governo na Casa Legislativa Federal. Entretanto, no âmbito local, ela ainda tem o leque aberto para dialogar também com a direita, já que o seu partido tem um nome que pode ser viabilizado ao Governo, Allyson Bezerra, e o próprio Jaime Calado ter observado, em entrevista ao Diário do RN, que o partido está aberto a conversar com todos os espectros.

Os diálogos também vão incluir o PSDB de Ezequiel Ferreira, que pode escolher por um novo rumo eleitoral e político, em vez da candidatura à reeleição. Existe uma tese, nos bastidores, sobre a possibilidade de renúncia tanto de Fátima, quanto do vice-governador Walter Alves. Neste cenário, assumiria o Governo do Estado o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), que se tornaria candidato natural à reeleição ao Executivo estadual. Ezequiel e Walter já fortaleceram parceria com vistas à 2026.

Espaços
Com o MDB, as conversas também devem seguir no sentido de aumentar os espaços do maior partido do RN dentro do Governo do RN, após a eleição municipal. “Só no momento certo, mas ainda no 1º semestre”, disse um dos nomes com quem a reportagem fez contato. O MDB só ocupa, até agora, no primeiro escalão, a secretária de Recursos Hídricos, apesar de conferir ao PT a maior estrutura de apoios no Estado.

Já os demais partidos aliados não deverão ter espaços ampliados dentro da gestão Fátima, segundo as informações obtidas pela reportagem. Apesar de frequentemente afirmar as parcerias com os partidos, o Governo não deve aumentar a fatia de cada um.

Mesmo com a retirada da candidatura à reeleição a vereador, o candidato a vice-prefeito na chapa com Natália Bonavides à Prefeitura de Natal, Milklei Leite (PV), não deve ser nomeado a nenhum cargo, por enquanto. Os cargos que o PV detém no Governo são os mesmos e permanecem em acomodações pequenas.

A ex-vereadora Julia Arruda (PCdoB), que não foi reeleita e compõe a Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), está em conversa com o Governo do Estado. Entretanto, é possível que o espaço aberto a ela seja somente o que o PCdoB já ocupa dentro da gestão e possivelmente o partido faça as discussões internamente para realocar nomes e discutir as prioridades incluindo Arruda.

Já o ex-prefeito de Currais Novos, Odon Junior (PT), que elegeu sucessor do PT no município, apesar de ser um grande aliado, será alocado no gabinete do deputado estadual Francisco do PT, na Assembleia Legislativa. É de lá que ele terá que trabalhar sua candidatura a deputado federal, como demonstrou interesse, em entrevista concedida ao Diário do RN ao final do seu mandato.


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ALEXANDRE DE MORAES SOLICITA À JUSTIÇA DO RN PROCESSO QUE CONDENOU GIRÃO

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O ministro Alexandre de Moraes emitiu, nesta terça-feira (14) um despacho referente ao inquérito nº 4.939, instaurado em 7 de julho de 2023, que investiga a possível participação do Deputado Federal Elieser Girão (PL) nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, com a possibilidade de “caracterização dos crimes de associação criminosa, incitação ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”. Moraes solicita à 4ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Natal, a decisão relativa à Ação Civil Pública 0803686-05.2023.4.05.8400, emitida pelo juiz Janilson Siqueira, que condena Girão ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. Ainda, determina exclusão das postagens de redes sociais publicadas por Girão entre novembro e dezembro de 2022, que segundo o magistrado da 4ª Vara, incitaram a militância às manifestações por intervenção militar e golpe de Estado.

De acordo com o despacho de Moraes, o relatório final da Polícia Federal nos autos conclui que “diante da atividade recente do representado nas redes sociais e no desempenho de seu mandato, fica clara a continuidade da conduta do representado de acusar a existência de fraude no processo eleitoral e a desonestidade do Poder Judiciário e seus membros, de modo a incitar seus seguidores a protestar por intervenção das Forças Armadas”.

Após algumas movimentações no inquérito, o ministro esclarece, no documento, que solicitou, em setembro de 2024, que a Polícia Federal identifique publicações em redes sociais do deputado Girão com conteúdo antidemocrático relacionado ao 8 de janeiro. Além disso, pede informações sobre um suposto inquérito arquivado, que teria sido mencionado por Girão em depoimento.

Posteriormente, ao tomar conhecimento, no último dia 11 de janeiro, sobre a condenação do parlamentar ao pagamento de R$ 2 milhões e a determinação de apagar as postagens das redes sociais, Moraes solicita a decisão ao juízo da 4ª Vara para verificação do conteúdo.

Além dos dois milhões de reais, a sentença Justiça determina ao deputado a retirada de 10 postagens da rede social X, Instagram e Facebook, no prazo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Na ação, o MPF acusa o parlamentar de abuso do exercício da liberdade de reunião e de manifestação do pensamento, quando propagou o desrespeito ao resultado das eleições e à legitimidade de mandatos constitucionalmente obtidos via eleições livres. Ele teria convocado e incitado manifestações por intervenção militar e golpe de Estado com tomada ilegítima do Poder.

O órgão alegou que Girão estimulou as condutas que levaram aos atos do 8 de janeiro de 2023, na tentativa de golpe de Estado. Em Natal, a concentração e movimentações de militantes bolsonaristas em frente ao 16º Batalhão de Infantaria Motorizada iniciou no dia 1º de novembro de 2022, dois dias depois da realização do 2º turno da eleição. Com o apoio do General Girão, tanto em presença no local, quanto nas redes sociais, os manifestantes defenderam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a necessidade de “intervenção federal”, através das Forças Armadas para a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Despacho de Alexandre de Moraes movimenta inquérito e solicita decisão da 4ª Vara Federal de Natal – Foto: Reprodução

Presidente do PT afirma que decisão da Justiça contra Girão é “exemplar”

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, publicou, em seu Instagram, destaque de matéria do site Brasil 247 intitulada “Deputados golpistas começam a sentir o peso dos seus crimes, diz Gleisi após decisão contra Girão”. Na legenda à postagem, a dirigente partidária afirma que “é exemplar a decisão da Justiça Federal no Rio Grande do Norte que condenou o deputado General Girão, do PL de Bolsonaro, a pagar R$ 2 milhões por ter incitado o golpe e a violência política contra a eleição de Lula em 2022”.

No texto escrito por Gleisi, ela explica aos seguidores do seu perfil na rede que “a sentença pune Girão por ter divulgado nas redes sociais mentiras sobre o processo eleitoral e ter promovido ‘discurso de ódio’ contra as instituições e o presidente Lula”.Ela ressalta a participação do deputado federal do PL no acampamento em protesto contra o resultado da eleição, em 2022, em Natal. Segundo a presidente do PT, a participação de Girão, incentivou os ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes em Brasília. “Ele foi um dos incentivadores do acampamento golpista em frente a um quartel do Exército em Natal, atuando fortemente na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Girão é mais um que começa a sentir o peso de seus crimes contra a democracia e o país”, finalizou Gleisi.


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STYVENSON É ACUSADO DE CHANTAGEAR PREFEITOS PARA VOTAR EM BABÁ PEREIRA

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De um lado, o candidato é grupo é da governadora Fátima Bezerra (PT). Do outro, o postulante é alinhado com o senador Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos). A disputa entre Pedro Henrique (PSDB), prefeito de Pedra Preta, e Babá Pereira (PL), ex-prefeito de São Tomé, à presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) tem tomado contornos de polarização nos bastidores. A eleição para este biênio, 2025-2026, acontece hoje (15), durante a manhã, com votação dos prefeitos de forma online via aplicativo.

Na última sexta-feira (10), o senador Styvenson Valentim, apoiador de Babá para a presidência da Federação, levantou polêmica sobre a eleição. Ao mesmo tempo em que criticou a oposição por “subterfúgio ilícito”, sem detalhar, deixou claro que a liberdade dos prefeitos em votar no candidato que quisessem, incidia em sua liberdade para decidir futuramente nos direcionamentos das emendas parlamentares. Para Styvenson, isto não é chantagem.

“Ou você tem palavra, meu amigo, e você cumpre, ou você diz de que lado está, porque o lado de lá, do lado que está em oposição ao candidato que eu apoio está apoiado por Fátima [Bezerra], por Walter [Alves], nada contra. Você é livre, prefeito, para votar, como você sabe também que eu sou livre para poder futuramente decidir alguns direcionamentos e eu não estou usando isso como arma de chantagem, de amedrontação, como estão fazendo nas ligações ou nas reuniões”, afirma o senador, denunciando chantagem pelo lado oposto ao seu.

Ele criticou o que chamou de “jogo duplo” dos bastidores: “2025 está na hora de parar de ter duas caras na política do Rio Grande. Está na hora de parar de jogar duplamente, de dizer uma coisa para mim, uma coisa para o outro e para o outro. Amigo, eu não estou usando emendas como troca. Eu não estou usando recursos do partido, eu não estou usando nada de subterfugio ilícito para convencer o voto de prefeito nenhum, mas acho que está bom da gente parar com esse tipo de política nesse Estado”.

Babá Ferreira, que recebe o apoio de Styvenson, embora não tenha nome citado no vídeo, concorda com o senador e afirma que a chantagem vem, na verdade, por parte do Governo do RN e da Assembleia Legislativa. “O que está ocorrendo muito é o Governo e a Assembleia oferecendo cargos para o pessoal votar em Pedro Henrique. Tem vários prefeitos que têm me ligado, recebendo promessas de asfalto e várias outras coisas, enfim, em troca do apoio ao Pedro Henrique”, denuncia Babá em conversa com a reportagem.

O candidato, que registrou chapa na última sexta-feira (10), admite ao Diário do RN o alinhamento com o projeto de Rogério Marinho, mas garante que isso não deve interferir em sua atuação caso eleito presidente da entidade. “Eu pessoalmente sou alinhado ao projeto, mas, enquanto presidente da federação, eu separo totalmente isso. Isso nunca vai estar misturado”, afirmou.

“Inclusive, quando fui presidente da federação, aproveitei o momento em que tínhamos dois ministros do estado e procurei benefícios para os municípios. Tanto o Fábio Faria quanto o Rogério Marinho ajudaram os municípios, independentemente de cor partidária, através da federação. Se, por exemplo, Mineiro ou Natália chegarem a ser ministros, vou procurá-los da mesma forma que procurei Rogério e Fábio Faria na época. Vou procurar a governadora, os senadores e a bancada federal para que todos ajudem os municípios”, promete Babá.

“Governo quer evitar comitê eleitoral da oposição dentro da Femurn”, diz Pedro Henrique
“Eu afirmo com toda certeza: nem a Assembleia Legislativa nem o Governo do Estado estão oferecendo vantagem em troca de votos. As relações são institucionais. Os prefeitos têm conversado com o governo e com os deputados da Assembleia, assim como conversam com os deputados que apoiam a candidatura de Babá”. Esta afirmação é do candidato Pedro Henrique, candidato à presidência da Femurn em oposição a Babá Pereira.

Garantindo mais de 80 votos em seu nome, o prefeito de Pedra Preta, apoiado por Fátima Bezerra, afirma que “o sentimento de vitória antecipada da chapa de Babá já não existe mais”, segundo ele, justamente por causa da “pressão dos parlamentares que apoiam Babá”.

“A pressão que tem sido dada por alguns parlamentares para o voto em troca de emendas, tem tido efeito contrário. Alguns prefeitos estão se sentindo constrangidos com essa pressão e estão me ligando e declarando voto a mim. Talvez não declarem publicamente para evitar represálias”, avisa Pedro Henrique.

O candidato explica que seu projeto prioritário é implantar “a real independência da instituição”. “O relacionamento deve ser institucional e não político. As posições políticas se decidem nos municípios, mas a federação precisa defender pautas municipalistas independentemente de ideologia. As decisões precisam ser discutidas com a diretoria e compartilhadas, buscando as opiniões dos 167 prefeitos, e não de um grupo fechado que decida os rumos da diretoria e as decisões da Femurn”, afirma Pedro.

Diante disso, ele garante que a participação do Governo na defesa de sua chapa quer evitar a influência de políticos dentro do funcionamento da Federação: “O governo é parceiro de alguns municípios e tem buscado, claro, apoio à nossa chapa para não implantar dentro da Femurn novamente um comitê eleitoral de oposição, que não é o papel da federação. Então o governo tem ajudado junto com alguns parlamentares”.


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