Pelas ruas da capital potiguar, diversas pessoas foram vistas em um bloco, utilizando supostamente tornozeleiras e roupas semelhantes as utilizadas por pessoas detidas no sistema carcerário do Rio Grande do Norte.
Vídeos começaram a circular nas redes sociais e chegaram ao conhecimento da Polícia Militar. Apesar da situação, não foi registrada nenhuma ocorrência de crime ou violência e a corporação ainda apura melhor e busca maiores informações sobre os supostos ‘tornozelados’.
A festividade, apesar de rápida, se estendeu pelas ruas dos bairros de Mãe Luiza e Rocas, na zona Leste da capital potiguar. A Secretaria de Administração Penitenciária do RN verifica se havia alguma tornozeleira de verdade entre os foliões.
Veja nota emitida pela secretaria:
A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) realizou no período do Carnaval uma operação para aumentar o nível de segurança dentro e fora das unidades prisionais do Rio Grande do Norte. Todos os estabelecimentos passaram por revistas minuciosas e estruturais nas celas e tiveram reforçados o patrulhamento externo. A Polícia Penal também intensificou o monitoramento dos presos do regime semiaberto que utilizam tornozeleiras eletrônicas.
Nenhuma anormalidade foi detectada no sistema prisional.
A ação foi determinada pelo secretário da SEAP, Pedro Florêncio, e comandada diretamente da Central Integrada de Gerenciamento Operacional do Sistema Penitenciário (CIGOSPen), em Natal. Nos estabelecimentos prisionais, os servidores retiraram os internos das celas para uma revista pessoal, seguida de fiscalização de toda estrutura. Grades, cadeados, colchões, paredes, pias, sanitários e objetos de uso pessoal foram submetidos a procedimento de revista. No CIGOSPen, o diretor da Polícia Penal, Zemilton Pinheiro, coordenou a ação em tempo real através das mais de 1.400 câmeras instaladas nos presídios.
A operação ocorreu na Penitenciária Estadual de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta; Cadeia Pública de Natal, Penitenciária Central Doutor João Chaves masculino e feminino; Penitenciária Estadual de Parnamirim; Cadeia Pública de Ceará-Mirim; Cadeia Pública de Nova Cruz; Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim; Central de Recebimento e Triagem; Cadeia Pública de Apodi; Penitenciária Estadual do Seridó; Cadeia Pública de Caraúbas; além da Penitenciária Doutor Mário Negócio unidade masculina e feminina, Cadeia Pública de Mossoró, Penitenciária Regional de Pau dos Ferros e Unidade Prisional de Custódia e Tratamento. Nada de ilícito foi localizado nas unidades prisionais.
Os presos do regime semiaberto que utilizam tornozeleiras eletrônicas também foram fiscalizados pela Central de Monitoramento Eletrônico (CEME). Entre os dias 25 de fevereiro a 2 de março foram registrados 13 casos de rompimento de equipamento. A CEME monitora 2.916 “tornozelados”. Todos os casos de violações e em desconformidade com as regras de uso do equipamento de monitoramento serão comunicados ao judiciário, podendo resultar em regressão do preso para o regime fechado.
A ação contou com a participação dos policiais das unidades e de plantão, além de reforço do Departamento Tático Operacional (DOT), Grupo de Operações Especiais (GOE), Grupo Penitenciária de Operações com Cães (GPOC) e Grupo de Escolta Penitenciária (GEP). O sistema prisional do RN tem 11.729 internos