
Em uma mudança de tom da liderança russa, o chanceler do país, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (2) que reconhece Volodymyr Zelensky como presidente da Ucrânia, e que o fato de ele querer obter “garantias de segurança” nas negociações com a Rússia é um “passo positivo”.
Até agora, o Kremlin vinha pedindo o que chama de “desnazificação” do governo ucraniano e, na semana passada, o presidente Vladimir Putin chegou a instar os militares ucranianos a derrubarem o governo de Zelensky porque, segundo ele, isso tornaria mais fáceis as negociações entre os dois lados.
“Nossos negociadores estão prontos para a segunda rodada de discussões dessas garantias com representantes ucranianos”, disse Lavrov à emissora Al Jazeera, no mesmo dia em que foi anunciado que a nova reunião acontecerá nesta quinta-feira.
Lavrov reforçou que “se uma terceira guerra mundial ocorresse, envolveria armas nucleares e seria destrutiva” e afirmou que a Rússia enfrentaria um “perigo real” se Kiev adquirisse armas nucleares.
O principal negociador russo, Vladimir Medinsky, disse que, na reunião desta quinta, seu país discutirá um cessar-fogo com a Ucrânia. Segundo a agência de notícias russa Tass, o Exército está fornecendo um corredor de segurança para a delegação ucraniana. O ponto de encontro fica perto da fronteira entre a Bielorrússia e a Polônia.
Com informações de O Globo