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SUBFINANCIAMENTO DO SUS É UM DOS GARGALOS DO RN, DIZ DR. BERNARDO

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Deputado estadual Dr. Bernardo – Foto: Reprodução

Natural de Mossoró, Bernardo César Carlos Belarmino de Amorim, ou apenas Dr. Bernardo, começou a vivenciar a política ainda na infância, em Almino Afonso, com o pai prefeito e a mãe vereadora e posteriormente prefeita. Formado em medicina, trouxe as pautas da saúde pública para a discussão política. Foi eleito prefeito em 2000 e reeleito em 2004. Em 2018, foi eleito deputado estadual sendo o terceiro mais votado.

Reeleito em 2022, o deputado estadual fez um balanço de sua atuação parlamentar neste início de segundo mandato e destacou que, “sempre fiz da minha vida um exercício permanente de ajudar as pessoas no individual. O mandato parlamentar me permite ajudar no coletivo, tenho sido um defensor das cirurgias eletivas e conseguimos avançar muito com a nossa próxima bandeira, que é a universalização do Samu, a qual já conseguimos levar para Patu e atender a 11 municípios”.

Dr. Bernardo falou ainda sobre a situação da saúde pública potiguar. “Um dos maiores gargalos do Estado é o não atendimento dos procedimentos de alta complexidade pelo Hospital Universitário Onofre Lopes, que tem levado a uma judicialização com grande impacto no orçamento do Rio Grande do Norte. A crise da saúde pública no RN, a exemplo de todo o resto do país, é grave e se deve ao subfinanciamento do SUS, uma vez que a tabela do SUS está há mais de 25 anos sem reajuste”, lamentou. E citou ainda o fechamento do Hospital Ruy Pereira, ainda durante a primeira gestão de Fátima Bezerra, por recomendação da Subcoordenadoria da Vigilância Sanitária (Suvisa), que atestou a necessidade da interrupção do serviço pois as suas instalações ofereciam risco aos pacientes: “se abriu novos leitos no Hospital da Polícia, infelizmente, parte do atendimento seria feito no Onofre Lopes e não aconteceu, mas nós Deputados colocamos uma Emenda coletiva no valor de 7 milhões e se fez uma parceria com hospitais privados que tem diminuído a problemática da cirurgia vascular”.

Questionado pelo Diário do RN sobre as críticas feitas pelos parlamentares estaduais referentes ao atraso na liberação das emendas parlamentares, Dr. Bernardo defendeu a gestão estadual ao afirmar que esta fez um cronograma de pagamentos, já tendo iniciado a quitação dos recursos. O deputado reforçou a importância dos recursos das emendas para a população. “A liberação das emendas tem sido tema frequente de debates na Assembleia, haja vista que essas emendas são importantes para ação parlamentar nos municípios”, disse.

Sobre a avaliação geral da administração da governadora Fátima nesses oito meses de segundo mandato, Dr. Bernardo aprofundou a análise sobre as dificuldades da gestora. “O início do segundo governo tem sido muito difícil, isso se deveu a queda na receita do ICMS no final do ano passado em virtude de uma iniciativa eleitoreira do Governo Federal que “atirou com a pólvora alheia” quando deu subsídios com recurso dos estados e municípios, o RN perdeu mais de 400 milhões desorganizando suas finanças e gerando as dificuldades que o estado está vivenciando”.

O deputado vê na relação estreita da governadora com o Governo Federal, o caminho para sair da crise.“Acredito no alinhamento do Governo estadual com o Governo Federal para iniciarmos um novo tempo, tivemos notícias alvissareiras essa semana, aprovamos o Refis que vai permitir o incremento imediato de 150 milhões da Petrobras, a antecipação da compensação das perdas com ICMS mais 177 milhões e teremos a entrada de recursos do Refis de outras empresas, tivemos ainda a assinatura da operação de crédito de 1,6 bilhão , sendo 400 milhões liberados ainda este ano para recuperação das estradas, um dos maiores problemas do estado hoje”.

Já no âmbito federal, o deputado Dr. Bernardo avalia bem os oito primeiros meses da gestão do governo do PT, mas com ressalvas: “Na minha avaliação o Governo Lula acertou na escolha da equipe econômica que já começa a mostrar resultado com crescimento substancial do PIB, mas tem que haver mudanças no Pacto Federativo, como está, os Municípios irão entrar em crise, pois os Governos têm adotado medidas que oneram os municípios sem devida contrapartida federal.

Precisamos de mudanças urgentes no Pacto Federativo, os municípios recebem a menor parte do Bolo Tributário e arcam com o maior percentual dos problemas, afinal é nos municípios que os problemas ocorrem. Faço, portanto, uma ressalva em relação a ausência de Lula, ele precisa ser mais Brasil e menos Mundo, sem deixar de reconhecer a importância que tem a boa convivência com o resto do mundo.

Para 2024, o parlamentar afirma que vai estar ao lado das lideranças nos municípios, ressaltando ainda que esse tem sido um trabalho contínuo: “Fui votado em todas as regiões, com destaque para o Oeste e Mato grande, minhas lideranças vestiram a camisa da nossa luta, farei o mesmo em 2024, mas não só em 2024, sou um Deputado atuante e que procuro trabalhar durante todo o mandato dando resposta às demandas das minhas lideranças”.


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