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maio 16, 2025


SMS ESCLARECE SOBRE INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR CONSUMO DE PEIXES

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Pouco mais de uma semana após a identificação do primeiro caso suspeito de intoxicação por consumo de peixe em um restaurante de Natal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contabiliza 13 ocorrências. Desde as primeiras notícias sobre o surto, muitas informações têm circulado na internet sobre o tema e um certo receio sobre a ingestão desse alimento tem sido percebido entre a população. No entanto, a SMS ressalta que a presença da toxina ciguatera – provável causadora dos episódios – é mais relacionada a determinadas espécies de peixes.

De acordo com a pasta, a ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com toxinas como ciguatoxina ou maitotoxina, produzidas por microalgas dinoflageladas do gênero Gambierdiscus, que se proliferam em recifes de corais tropicais e subtropicais, e os principais pescados associados a essa doença são garoupas, barracudas, moreias e badejos. No último episódio registrado em Natal, os pratos servidos tinham arabaiana e dourado.

Portanto, para evitar a contaminação, a orientação da secretária é solicitar aos fornecedores quais pescados estão sendo ofertados e, atendendo ao princípio da precaução, evitar o consumo desses pescados.

O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), José Antônio de Moura, explicou que as ciguatoxinas não têm cor, sabor ou cheiro – ou seja, não tem como saber que um peixe está contaminado – e não podem ser eliminadas pelo cozimento ou congelamento convencional.

“Sendo assim, caso o peixe esteja contaminado, as técnicas de resfriamento ou cozimento, e nem mesmo a digestão, são capazes de impedir o desenvolvimento das toxinas”, disse.

Os primeiros sinais de contaminação se desenvolvem, geralmente, entre 3 e 5 horas após a ingestão de peixe contaminado, mas podem demorar mais para surgir. Eles consistem em sintomas gastrointestinais e cardiovasculares, podendo estar acompanhados de sinais neurológicos.

São eles: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, bradicardia, bloqueio cardíaco, hipotensão, parestesia, fraqueza, dor nos dentes ou sensação de que os dentes estão soltos, gosto de queimação ou metálico na boca, memória prejudicada, fadiga crônica, coceira generalizada, suor, visão turva, inversão de temperatura, sensação anormal ao tocar água ou objetos frios.

Caso sejam observados alguns desses sintomas após o consumo de peixe, a orientação da Saúde Municipal é para buscar atendimento médico e entrar em contato com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), pelo WhatsApp (84) 3232-9435, e-mail urrnatal@gmail.com, ou por meio do aplicativo Natal Digital.

Acompanhamento
De acordo com a SMS, após a identificação dos possíveis casos de intoxicação em Natal, equipe de Vigilância realizou a fiscalização de toda a cadeia produtiva, desde o local onde foram preparados os pescados consumidos até onde eles foram comprados.
A pasta informou ainda que amostras dos alimentos foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN) e que o CIEVS Natal entrou em contato com todos os participantes do evento. Todas as pessoas estão bem e continuam sendo monitoradas pelo Departamento de Vigilância.

Histórico
Segundo a SMS, os primeiros casos suspeitos de ciguatera em Natal foram registrados em 2022, com um surto relacionado ao consumo do peixe bicuda. Outros três surtos foram registrados em 2023, também pelo consumo de bicuda/barracuda. No ano passado, outro episódio de intoxicação alimentar por peixe foi notificado, sendo o pescado consumido do tipo guarajuba, proveniente de Fernando de Noronha.


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DISPUTA POR TERRAS EM MACAU TEM CASO SEMELHANTE EM JERICOACOARA

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A batalha judicial envolvendo os herdeiros de Feliciano Ferreira Tetéo, em Macau (RN), que buscam reaver o controle de áreas onde hoje funciona o maior parque salineiro da América Latina, encontra um paralelo em outro ponto do país: a turística vila de Jericoacoara, no litoral do Ceará, a 294 quilômetros de Fortaleza. Nos dois casos, o que está em jogo é a posse de vastas extensões de terra com valor econômico significativo, respaldadas por documentos antigos e registros cartoriais que voltaram a ganhar força décadas depois.

Em Macau, como mostrou o Diário do RN em reportagem publicada nesta quarta-feira (14), familiares de Tetéo reivindicam áreas ocupadas pela Salinor — empresa responsável por uma produção de sal que abastece o mercado nacional e é exportada para os Estados Unidos. Com base em registros datados do fim do século XIX, os herdeiros sustentam que as terras foram apropriadas indevidamente e vêm sendo exploradas há anos sem respaldo legal. A disputa tramita na 1ª Vara da Comarca de Macau, com potencial para se tornar uma das ações fundiárias mais relevantes da história recente do Rio Grande do Norte.

Situação semelhante ocorre em Jericoacoara, onde a empresária Iracema Correia São Tiago reivindica cerca de 80% da vila com base em escrituras registradas em 1983. Segundo ela, os terrenos — referentes às antigas fazendas Junco I, Junco II e Caiçara — foram adquiridos por seu ex-marido e transferidos para seu nome em 1995. O caso veio à tona em 2023, quando a empresária apresentou os documentos ao Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), que reconheceu sua legitimidade.

O início do processo se deu quando as terras foram adquiridas por seu ex-marido e transferidas para ela após o divórcio em 1995. No entanto, o Governo Estadual do Ceará arrecadou parte dessas áreas entre 1995 e 2000, durante um processo de regularização fundiária, e posteriormente, em 2002, o Governo Federal criou o Parque Nacional de Jericoacoara, incorporando mais terras. Em 2010, Iracema iniciou um processo administrativo contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), buscando indenização por desapropriação indireta. Em 2017, ela judicializou o caso, e em 2023, apresentou documentos ao Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), que chegou à legitimidade das escrituras.

A Procuradoria-Geral do Estado chegou a firmar um acordo extrajudicial para transferir parte das terras desocupadas à empresária, mas o Ministério Público do Ceará recomendou a suspensão do acordo. Entre os pontos questionados, está o aumento da área registrada de uma das fazendas, de 441 para 924 hectares, e a possível sobreposição com áreas públicas e com o Parque Nacional de Jericoacoara. Com isso, o acordo foi suspenso e o caso segue em apuração.

Em Macau, o processo nº 0000426-83.2005.8.20.0105 traz apensados os documentos referentes à legitimidade da propriedade de Feliciano Tetéo, a Certidão Vintenária expedida em 02 de outubro de 2001, pela oficial Substituta do Registro Geral de Imóveis, Maria Neuza de Oliveira Carmo. De acordo com o documento, após revisão de arquivo existente no Primeiro Cartório Judiciário da Comarca de Macau, se constata a propriedade da Companhia Nacional de Salinas Mossoró pertencente a Feliciano Ferreira Tetéo, em registro de 23 de maio de 1898.

Além disso, em 14 de novembro de 2000, uma Certidão de Registro certifica as mesmas propriedades em nome de Feliciano Tetéo. Uma planta georefenciada, elaborada pela própria empresa de sal, revela os locais onde a Salinor explora o mineral. E é justamente essa planta que comprova que a empresa usa os mesmos locais que estão escriturados em nome de Feliciano Tetéo. Uma outra certidão cartorial reforça que, apesar de não ter documentos que comprovem sua real propriedade, a Salinor nunca entrou com nenhum tipo de ação contra o espólio de Feliciano Tetéo, evidenciando que a propriedade das terras pertence a Feliciano, cujos documentos comprovam que essa situação nunca sofreu nenhum tipo de mudança.

A Salinor ainda não se pronunciou sobre o caso. O Diário do RN voltou a entrar em contato com a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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PREFEITURA GARANTE AUXÍLIO FINANCEIRO PARA PERMISSIONÁRIOS DA REDINHA

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A Prefeitura do Natal publicou nesta quinta-feira (15), no Diário Oficial do Município, o Decreto nº 13.365/2025, que autoriza a retomada do auxílio financeiro aos 32 permissionários do Complexo Turístico da Redinha. O benefício, no valor de R$ 1.200 mensais, será pago de forma temporária até que os trabalhadores possam retornar às atividades no espaço, atualmente em processo de reestruturação.

A iniciativa tem como objetivo mitigar os impactos socioeconômicos enfrentados pelos permissionários do Complexo Turístico da Redinha durante o período de transição para o novo modelo de concessão do espaço. A proposta de concessão está em fase de análise de viabilidade, com prazo estimado de 60 dias para conclusão. Durante esse processo, a Prefeitura busca assegurar a continuidade do sustento dos permissionários, evitando prejuízos e garantindo estabilidade até a efetivação do novo regime de gestão.

Segundo o prefeito, Paulinho Freire, a decisão reafirma o compromisso da gestão com os trabalhadores que dependem diretamente do complexo turístico. “Sabemos da importância do Complexo da Redinha para a economia local e, principalmente, para essas famílias que têm nele sua principal fonte de sustento. O auxílio é uma forma de garantir dignidade e segurança nesse momento de transição”, declarou o prefeito.

Responsável pela operacionalização do pagamento, a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas) garantirá a gestão e fiscalização dos repasses, além de poder editar normas complementares para assegurar a efetividade da medida. Os recursos utilizados virão do orçamento municipal, com possibilidade de suplementação se necessário.

A titular da Semtas, Nina Souza, ressaltou que a pasta atuará de forma estratégica na condução do benefício, garantindo a efetividade da medida e o acompanhamento próximo dos permissionários. “A Semtas terá um papel fundamental na efetivação dessa política de apoio.

Vamos garantir que o auxílio chegue de forma ágil e transparente aos permissionários, além de acompanhar de perto toda a execução e prestar o suporte necessário durante esse período de transição. Nosso compromisso é assegurar que nenhum trabalhador seja prejudicado enquanto o novo modelo de gestão é implementado”, afirmou Nina.

A medida está amparada pela legislação municipal, especialmente pela Lei nº 7.741/2024, que trata da concessão do espaço, e pela Lei nº 7.252/2021, que autoriza auxílios temporários a microempreendedores impactados por mudanças econômicas. O decreto também assegura que os atuais permissionários terão prioridade de permanência no local, desde que cumpram os requisitos estabelecidos no futuro edital de concessão.


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ENTRE A ESQUERDA E A DIREITA, ZENAIDE PODE DECIDIR OS RUMOS DA ELEIÇÃO 2026

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Presidente do PSD no Rio Grande do Norte, vice-líder do Governo Lula no Senado, a atuação da senadora Zenaide Maia é focada em pautas progressistas e nos direitos da mulher. A parlamentar não tem perfil das lideranças que se envolvem no centro de polêmicas políticas, mas caminha para ser o fiel da balança nas eleições gerais de 2026 no Rio Grande do Norte. Discretamente, ao longo das conversas preliminares, Zenaide construiu influência capaz de definir os rumos que o grupo da direita, da esquerda e alguns de seus principais personagens podem tomar para a disputa eleitoral do ano que vem.

Com uma parceria política inexplicavelmente sólida com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), e com poucas chances de rompimento – ambos demonstram disposição de manter o acordo político para 26 – Zenaide tem o poder de influenciar para onde vai o prefeito: se à direita, se à esquerda — ou se com ela numa terceira via.

Allyson tem capital eleitoral. Foi reeleito com quase 80% dos votos na eleição de 2024. Isso representa 113 mil votos, sendo quase 70 mil de maioria sobre o segundo colocado – o ex-presidente da Câmara de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB). Nas pesquisas que vêm se realizando com foco na eleição geral, Allyson apresenta larga vantagem. No entanto, ainda não conseguiu construir capital político. Não tem um grupo e ainda não consolidou uma liderança.

Para um gestor que ainda não construiu capital político sólido fora de sua cidade, a força da senadora pode significar a porta de entrada, tanto administrativa, no governo Lula, quanto para alianças que ele, sozinho, talvez não consiga firmar a tempo e diante da oposição que venha a ter caso seja candidato.

Alinhada com o governo federal, Zenaide Maia preside o PSD com 22 prefeituras no Estado. Para Fátima Bezerra (PT), que tem o projeto de se eleger ao Senado – um dos importantes objetivos do PT nacional – a composição com Zenaide é fundamental. O PT não tem um nome mais forte para a composição com a atual governadora, além de que agregar o PSD na aliança é parte do projeto ao Executivo estadual – junto com o MDB e PSDB, que devem somar cerca de 100 prefeituras. O PT quer Zenaide, e já deixou claro. A importância de Zenaide à esquerda é um fator fundamental para que ela consiga quebrar a resistência do sistema governista para o apoio à possível candidatura de Allyson Bezerra.

O capital político de Zenaide – que Allyson não tem – é, por outro lado, o que pode impedi-lo de se integrar à direita, apesar da identificação ideológica do prefeito com o grupo de Rogério Marinho (PL), José Agripino (UB) e Paulinho Freire (UB). Mesmo já afirmando que compõe a direita, Allyson sente resistência de lideranças do grupo em apoiá-lo, como Styvenson Valentim (PSDB), com quem tem desavenças políticas, além de dificuldade em ser liderado do senador Marinho.

Ademais, Rogério já deixou claro em entrevistas que não aceita a senadora alinhada com as pautas do Governo Lula no palanque da direita. E são estes fatores que podem levar Allyson a não ir para este lado e manter aliança com Zenaide.

A outra opção seria a terceira via, um caminho alternativo para Allyson e Zenaide, com a possibilidade de unirem alguns nomes e partidos em uma aliança em torno das candidaturas majoritárias dos dois.

Neste cenário, eles enfrentariam de um lado, os cerca de 100 prefeitos aliados da esquerda e de Fátima e, de outro, cerca de 100 prefeitos que seguem a orientação de Rogério e Styvenson. O Rio Grande do Norte possui 167 prefeituras, mas os gestores podem votar em um candidato de um lado ao Governo e de outro ao Senado, a depender de acordos e parcerias firmadas ao longo dos mandatos. Tanto é que há probabilidade que em 2026 se repita o comportamento de 2022, quando os gestores municipais decidiram votos ao Governo e ao Senado em separado, o chamado “Farinho” – Fátima ao Governo e Marinho ao Senado, o que atesta o poder que os prefeitos têm para definir o rumo de eleições gerais: apoiaram Fátima ao Governo, deixando o candidato dela ao Senado, Carlos Eduardo, de fora; e apoiaram Rogério ao Senado, deixando o candidato dele ao Governo, Fábio Dantas, de fora.

Os gestores municipais exercem uma função estratégica e, em muitos casos, decisiva nas eleições para governador e senador, especialmente em estados como o Rio Grande do Norte, onde o voto regionalizado tem grande peso. A prova é que os candidatos que não tinham apoio maciço de prefeitos perderam a eleição. Foi o caso de Fábio Dantas e Styvenson Valentim, candidatos ao Governo do Estado, que perderam para Fátima Bezerra no primeiro turno. O mesmo com os candidatos ao Senado, Carlos Eduardo e Rafael Motta, que foram derrotados por Rogério Marinho, que tinha apoio de grande parte dos prefeitos.

Portanto, o caminho que Zenaide seguir, que aliança firmar, poderão determinar a definição das chapas que vão disputar o pleito de 2026 no Rio Grande do Norte.


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DR. KERGINALDO, O DEPUTADO ESTADUAL QUE VIROU INFLUENCER DE BOLACHAS

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A política do Rio Grande do Norte ganhou nesta semana um novo ingrediente – e, curiosamente, ele é amanteigado. O deputado estadual Dr. Kerginaldo Jácome (PSDB), representante do município de Tenente Ananias, chamou atenção dos seguidores ao incorporar um novo papel à sua atuação pública: o de influencer de bolachas. Em uma postagem no Instagram, o parlamentar aparece segurando uma sacola de produtos da Massas Taboleiro, tradicional marca de bolachas oriunda de Taboleiro Grande, município vizinho ao seu berço político, e anuncia um sorteio especial com direito a três kits recheados.

“Você gosta de bolacha Taboleiro?”, começa Dr. Kerginaldo no vídeo, em tom de vendedor. “Vou sortear três kits. Marque três amigos, quanto mais amigos você marcar, mais chances tem de ganhar”, segue ele, enquanto exibe o pacote de bolachas amanteigadas. O sorteio está programado para a próxima terça-feira e as regras — como manda o figurino digital — incluem seguir o deputado, a marca e marcar amigos.

A cena, em meio a postagens sobre o mandato legislativo, encontros com lideranças e posicionamentos políticos, acumula mais de 800 comentários de parte dos 38 mil seguidores do parlamentar.

A ousadia bolacheira acontece em paralelo ao momento em que a Assembleia Legislativa discute temas espinhosos como a repercussão sobre as fraudes do INSS, a distribuição de emendas estaduais e as articulações para 2026. Nada disso, no entanto, impediu o deputado de fazer um intervalo para sortear carboidratos e carinho em forma de kit.

A escolha da marca Massas Taboleiro não é esclarecida, mas Taboleiro Grande, cidade de pouco mais de 2 mil habitantes no Alto Oeste potiguar, é vizinha de Tenente Ananias e conhecida pela produção artesanal das bolachas.

Ao levar esse produto para os holofotes da política digital, Dr. Kerginaldo talvez tenha inaugurado um novo modelo de aproximação com o eleitor: menos formalidade, mais sabor.


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