Início » Arquivos para 9 de maio de 2025, 13:00h

maio 9, 2025


A LEGITIMIDADE DE UM AMOR DE MÃE TRADUZIDO EM ATOS E RENÚNCIAS

  • por
Compartilhe esse post

Ser mãe era o grande sonho de Maria da Conceição Cirilo. Quando isso aconteceu, ela não teve um companheiro ao lado, foi “mãe, pai, o tudo” da filha, como declarou emocionada, em entrevista ao Diário do RN.

Na condição de mãe solo, os desafios foram muitos e Ana Paula tinha seis anos de idade quando foi detectada uma deficiência intelectual. Até os 11 anos fez ballet, depois enveredou pelo atletismo onde participou de muitas competições, inclusive nacionais.

“Até a última viagem que ela fez, para Manaus, nunca deixei faltar o que ela levar mala. Eu vivi de lavar de roupa e de engomar, de domingo a domingo, mas nunca deixei faltar o alimento, o remédio…

Perguntada sobre o que a maternidade lhe trouxe de mais valioso, Maria da Conceição volta a se emocionar: “Eu acho que uma pessoa que tem uma filha como Ana Paula pode agradecer a Deus tudo, porque eu ensinei ela a caminhar, ela me ensinou muito mais. Ela não teve infância, não teve lazer, era do meu lado para lavar roupa e engomar. Nossa vida estava resumida a viver uma para outra”.

Hoje com 32 anos, Ana Paula Cirilo relembra toda a dedicação e renúncia da mãe: “Ela abdicou muito e renunciou tudo para estar ali ao meu lado para tudo. Me deu suporte, apoio. Então, eu sempre tive um sonho, eu queria trabalhar, eu queria está inclusa”.

A realização desse sonho aconteceu 13 anos atrás, quando foi contratada por uma rede internacional de lanchonetes. Mas, pouco tempo depois, vieram crises convulsivas que quase a tiraram do mercado. Mais uma vez, a dedicação da mãe fez toda diferença na vida da jovem: “Eles quebraram protocolos e efetivaram minha mãe. Trouxeram para perto de mim o amor de mãe que ultrapassa todos os limites e barreiras”, contou Ana Paula.

Assim, dona Conceição está há 10 anos na empresa e trabalha como atendente ao lado da filha. Uma experiência que trouxe tranquilidade para a mãe e renovou o laço afetivo das duas. “Foi uma coisa muito maravilhosa! Ao mesmo tempo eu tinha medo porque só via jovens e eu tinha cinquenta e dois anos. Mas pensei: eu vou arriscar, minha filha é mais importante”.

O amor de filha para mãe também transborda na maternidade que Ana Paula vive hoje: “Eu tento passar para minha filha o que minha mãe passou para mim e o que ela hoje representa para minha vida também, porque eu digo que ela não só é a minha mãe, mas é a mãe também da minha filha”.

Às vésperas de comemorar o Dia das Mães, Ana fala sobre a legitimidade de um amor que está além de palavras, traduzido em atos: “O amor não é aquilo que a gente fala. Muita gente se ama, mas não ama, são palavras vazias, e o amor também está nas atitudes. Então, a atitude dela fala mais do que um eu te amo, porque ela é aquela que abdicou a vida lá atrás até hoje, é aquela muito protetora e que abriu mão de tudo dela”


Compartilhe esse post

“EU NÃO CONSEGUIA TER UMA EXTENSÃO DO QUE É A MAGNITUDE DE SER MÃE”

  • por
Compartilhe esse post

Ainda que estejam optando por ter filhos cada vez mais tarde, sobretudo para resguardar a ascensão profissional e pela jornada de trabalho superior à dos homens ao conciliar os afazeres domésticos e o trabalho remunerado, a maternidade ainda é um sonho para muitas mulheres.

Esse desejo de formar uma família desperta sentimentos intensos, difíceis de serem explicados e uma trajetória inteira muda ao ter um filho no colo pela primeira vez. Neste Dia das Mães, o Diário do RN homenageia, através das histórias da psicóloga Juliana Almeida e da atendente Maria da Conceição Cirilo, a força e a dedicação de todas aquelas que cumprem com amor a missão de cuidar e educar seus filhos.

Essa complexa jornada da maternidade foi uma vontade constante na vida de Juliana, e se tornou realidade após 18 anos ao lado de seu marido, Filipe Fernandes. Com planos de gestar e, em seguida, adotar uma criança, a psicóloga teve seu caminho rumo à maternidade muito diferente, e ela conheceu o amor que sempre imaginou de uma forma completamente inesperada.

Após anos trabalhando em uma ONG de promoção à cultura da adoção, Projeto Acalanto, fundada pela mãe de seu esposo, e depois de seis meses tentando engravidar, Juliana passou a receber acompanhamento do projeto em um curso de pré-adoção, antes de entrar na fila do Sistema Nacional de Adoção, em 2021.

Iniciou-se um novo período de espera, permeado por angústia, mas ela sabia que o desejo de maternar se tornaria realidade. “A espera vinha junto ainda de uma possibilidade de uma gestação biológica. Para mim, estava causando um sofrimento muito grande não conseguir engravidar e era uma das coisas que eu comentava: ‘Nossa, mas estou sofrendo tanto com essa questão do não conseguir gerar, mas eu sei que pela adoção eu vou ser mãe, independente de como for’.

Nesse processo, na semana em que seu marido mediava uma mesa-redonda em um evento nacional sobre adoção, o casal recebeu a informação de que havia, em uma unidade de acolhimento que seria fechada, uma menina com o perfil esperado por eles.

Após conhecer Maria Flor, de 4 anos, eles souberam que ela só poderia ir para a família que pudesse adotar os seus irmãos de 13 e 8 anos, Matheus e Esmeralda. Ao encontrá-los, em junho de 2024, Juliana sentiu: aqueles seriam seus filhos. “Meu coração estava tranquilo. A gente vai adotar e vão ser esses três aqui”, contou. Foi assim que toda a angústia acabou. Algo dentro de si mesma lhe dizia que dali em diante, seriam cinco.

A alegria que não cabia em si dividiu espaço com novas emoções em um novo período de espera. Afinal, a partir dali seriam iniciados os trâmites para adoção. Em um período de 11 dias, eles fizeram visitas diárias ao abrigo onde as crianças moravam. “Quando a gente conheceu os nossos filhos, foi uma alegria muito grande. Depois, mais um momento de espera, enquanto eles ainda estavam no abrigo, enquanto a gente ainda ia visitar. Desde o primeiro dia que a gente os conheceu, a gente disse que ia vê-los todos os dias. Então, a gente se organizava para isso. Mesmo que não conseguissem os dois, ia pelo menos um”, contou.

A guarda provisória saiu em julho de 2024, e em novembro foi concretizada a adoção. Dali para frente, um universo de aprendizados se abriu na vida do casal. Para Juliana, a ideia de maternidade que havia em si foi transformada. O conceito “prático” sobre vivenciar de perto todo o desenvolvimento de uma criança não chegava perto das mudanças profundas que aconteceriam em suas vidas por meio dessa nova forma amor.

“Existia essa ideia do querer ter filhos, de não ver a gente sozinho, de ajudar na construção, no desenvolvimento de acompanhar o crescimento de um ‘serzinho’, mas eu não conseguia ter uma extensão do que é a magnitude de ser mãe, de ser pai. Sabia da parte prática, mas é tão mais profundo. Mexe com as certezas que a gente tinha, mexe com a nossa organização, com a necessidade de ter controle e mostrar para você que você não tem controle e está tudo bem não ter controle. Mostra que a gente precisa aprender a confiar na vida, em Deus, que as coisas acontecem como tem que acontecer”, disse.

Passar por esse processo, no entanto, não é fácil, independente da maternidade ter vindo por uma gestação ou por meio de um processo adotivo. Juliana, inclusive, faz questão de ressaltar que a adoção não deve ser “romantizada”, pois vem repleta de desafios.

“Assim como qualquer filho que chega, ele vai causar o reboliço, vai causar assim uma ‘bagunça’ para depois as situações se organizarem. E coisas de roupa, comida, escola, médico assim eram coisas que que a gente já estava esperando, mas acho que esse processo até finalizar a adoção, principalmente nos meses iniciais, foi muito intenso, porque na adoção tardia, as crianças já chegam com uma bagagem grande, que às vezes uma fala toca em alguma ferida, existe saudade da família biológica, a dificuldade de entender porque que ela não pode estar com a família biológica. Então, é um processo de lidar com essa bagagem emocional, com as dores, com a história deles”, afirma.

Entretanto, para a psicóloga, a escolha de amar muda tudo e dá força para superar qualquer adversidade. “A gente conversa muito é que amar é uma escolha. Independente do que fosse, a gente tinha escolhido amar essas crianças. Estava dificílimo lidar com as demandas emocionais, de casa, mas a gente nunca duvidou dessa escolha. Assumimos um compromisso de sermos pais dessas crianças, que desde o primeiro dia senti como sendo meus filhos. Diariamente, a gente acorda escolhendo amar eles e é o que dá forças para passar pelas dificuldades”.

Em seu primeiro Dia das Mães como mãe, ela faz questão de refletir sobre os ensinamentos que sua mãe lhe deixou e sobre os que quer passar para os filhos. “Apesar de não ter gerado os meninos, mas a gente gera não só o físico, a gente gera valores e virtudes. Acho que o que quero parar para pensar na ideia do dia é o que estou gerando. Quero, neste Dia das Mães, assumir o compromisso de ser melhor”.


Compartilhe esse post

“ALLYSON SUMIU COM R$ 13 MILHÕES DE IDOSOS E CRIANÇAS VULNERÁVEIS”

  • por
Compartilhe esse post

A vereadora mossoroense Marleide Cunha (PT), que conversou com o Diário do RN nesta quinta-feira (08), detalhou ações do prefeito Allyson Bezerra (UB) em diferentes áreas, consideradas pela oposição como desmandos, uso eleitoreiro da máquina e adoecedor do servidor público.

De acordo com a parlamentar, a Secretaria de Assistência Social foi uma das mais afetadas pelo remanejamento de R$ 185 milhões do orçamento municipal de Mossoró, autorizado pela Câmara Municipal em março. Ela critica o prefeito Allyson Bezerra pela forma como ele conduziu a alteração orçamentária na Casa e o prejuízo à população mais vulnerável. “A Prefeitura de Mossoró anulou 13 milhões de reais da Assistência Social. Allyson sumiu com esse dinheiro. Isso ataca as pessoas mais vulneráveis, ataca as pessoas idosas”, disse.

Marleide relembrou que o orçamento original já havia sofrido cortes. “Antes da eleição, no ano passado, em agosto, Allyson mandou um projeto de Lei Orçamentária Anual para a Câmara. A gente deixou para avaliar depois da eleição. Quando a Comissão de Orçamento da Câmara foi se reunir para discutir a LOA, ele tirou o projeto anterior e mandou um substitutivo. Nesse substitutivo, já reduziu 6,5 milhões da Assistência Social de cara”, explicou.

Ela afirmou que o novo remanejamento “mexeu em praticamente todas as secretarias”, mas que os cortes mais drásticos foram em áreas sensíveis. “Sumiu com 13 milhões da assistência social.

Na prática, ele diluiu esse dinheiro em outras secretarias. A Comunicação Social, por exemplo, aumentou em 2 milhões”, denuncia.

Entre os programas afetados, Marleide listou: A ação voltada para instituições de longa permanência de idosos caiu de R$ 1.398.000 para R$ 119.500; o Centro-Dia, que atende idosos e pessoas com deficiência, foi reduzido de R$ 500 mil para R$ 51.500; o Centro POP, que atende a população em situação de rua, caiu de R$ 500 mil para R$ 270 mil; o CREAS, que atua em casos de abuso sexual infantil, trabalho infantil e atendimento à população de rua, sofreu um corte de R$ 840 mil para apenas R$ 41 mil.

Marleide também apontou reduções no orçamento para vítimas de violência sexual, nos CRAS, nos conselhos tutelares e para a saúde mental.

Na área da educação, Marleide denunciou que o setor perdeu quase R$ 1 milhão com o remanejamento. Ela questionou a propaganda da Prefeitura sobre o avanço no Ideb. “Em 2015, Mossoró tinha 5,6. Em 2019 foi para 5,9. Em 2021 caiu para 5,3 – temos que considerar a pandemia – e agora em 2023 voltou para 5,6. Isso não é avanço, é estagnação. Eles fazem propaganda com base em dados manipulados”, afirmou.

Ela também acusou a gestão de precarizar o trabalho dos profissionais da educação. “Os professores não tiveram reajuste do piso em 2023 nem agora em 2025. Não há investimento em formação. E ainda aumentaram a jornada com a tal da hora-relógio, sem planejamento nenhum”, afirmou.

Marleide criticou ainda o programa de auxiliares de sala, que ela classificou como “programa eleitoreiro”. “Prometem especialistas em educação especial, mas oferecem uma bolsa de R$ 800.

Ninguém com especialização vai aceitar. Isso é para empregar gente sem formação, como sempre quiseram. É maquiagem para campanha”, afirma, se referindo a programa que causou polêmica em Mossoró, já que a gestão municipal não oferece estrutura para colocar auxiliares capacitados para pessoas com deficiência nas salas de aula da rede pública municipal, resultando na contratação de pessoas com nível médio para a função.

A vereadora denunciou, ainda, que uma das áreas mais prejudicadas da saúde foi a saúde mental.

“Tiraram recursos dos Caps e de diversas ações. O dinheiro foi todo para folha de pagamento. Dos R$ 24 milhões, mais de R$ 19 milhões foram para contratos e pagamento de pessoas físicas e jurídicas. Não é servidor efetivo. São contratos, é folha inchada, é cabo eleitoral”, avisa Marleide.

“É uma gestão adoecedora do servidor público”

Marleide Cunha, que é dirigente sindical, apontou o tratamento aos servidores públicos como um dos piores problemas da gestão Allyson Bezerra. “Colocaram uma instrução normativa que dificulta até para o servidor entregar um atestado médico. Estão exigindo requisitos que só o Conselho Federal de Medicina pode determinar. Isso é abuso”, afirma a parlamentar sobre a Portaria nº 90/2025, publicada nesta quarta-feira (07).

Ela afirmou que os trabalhadores estão adoecidos. “É uma gestão que adoece o servidor. Saúde, educação, todos. A pessoa trabalha e leva falta porque o ponto eletrônico não funciona. O agente de endemias está no campo, mas tem que bater ponto no sistema, senão é falta. Não confiam nem nos diretores para justificar uma ausência. Isso é autoritarismo”, relata.

A vereadora também expôs que, mesmo com concurso vigente, a Prefeitura continua priorizando comissionados e contratos. “Tem mais de mil cargos comissionados. E o concurso da saúde está aí, mas não chamam todo mundo”, completa.

Obras sem planejamento e propaganda enganosa

Marleide Cunha também denunciou a falta de planejamento nas obras públicas e o uso exagerado da propaganda institucional: “Fazem uma obra, depois refazem porque deu errado. A ponte teve que ser refeita. O mercado foi reformado e depois tiveram que erguer uma barreira porque a rua inundava. Tudo sem planejamento. Tudo tem aditivo no orçamento”.

Ela rebateu a propaganda sobre escolas 100% climatizadas. “Mentira. Compraram os ar-condicionados, mas não prepararam a rede elétrica. Em várias escolas não podem ligar. Na José Benjamin, quando ligam, desliga tudo. Colocaram as máquinas na parede só para fazer propaganda. Isso é enganar a população”, conclui.


Compartilhe esse post

“O QUE O POVO DE FORA DE MOSSORÓ VÊ NÃO EXISTE NA REALIDADE. É MENTIRA”

  • por
Compartilhe esse post

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), vem trabalhando nos bastidores para consolidar seu nome na disputa estadual de 2026. Prefeito com mais de 80% de aprovação em Mossoró, de acordo com pesquisas de diferentes institutos, o gestor foi reeleito no ano passado com 113 mil votos, 97mil de maioria sobre o segundo colocado. O resultado permite a Allyson planejar um voo maior ao Executivo estadual. Fora dos limites do segundo maior colégio eleitoral, o prefeito vem pavimento construção de avaliação positiva junto ao eleitorado. Pesquisas realizadas em diversos municípios das diferentes regiões do Rio Grande do Norte mostram que o ex-deputado estadual – por dois anos – e prefeito em seu segundo mandato está no páreo e mostra surpreendentes porcentagens de intenções de votos a um ano e cinco meses da eleição estadual.

Em municípios da região Oeste, principalmente, Allyson aponta entre 60% e 70% entre os entrevistados. Em municípios do Seridó, enfrenta maior acirramento em cenários com os nomes de Styvenson Valentim (PSDB), Álvaro Dias (Republicanos) e Rogério Marinho (PL), todos do seu espectro político, mas ainda assim aparece em torno de 30% em cidades como Caicó, por exemplo.

Entretanto, existem em Mossoró opositores ao prefeito que defendem que tamanha popularidade não passa de resultado de uma peça de marketing. A vereadora Marleide Cunha (PT), uma das duas parlamentares da oposição entre os 23 vereadores na Câmara de Municipal, diz ao Diário do RN que a Mossoró que o prefeito vende é diferente da realidade. “Ele é bem avaliado porque é um mentiroso, mente muito. Allyson é uma farsa”, afirma.

Em um dos temas apontados pela vereadora, Marleide fez duras críticas ao prefeito em razão do recente remanejamento de R$ 185 milhões no orçamento do município, aprovado pela Câmara em março. Segundo a parlamentar, o decreto retirou recursos importantes da Assistência Social e de programas voltados à população mais vulnerável.

“Allyson brinca com o orçamento, como se fosse brinquedo”, afirmou. Ela denunciou que o prefeito enviou o projeto de remanejamento “na véspera do feriadão, na noite da quarta-feira que ia ser a Semana Santa”, sem tempo adequado para análise. “Na quarta-feira eles colocaram em votação”, reclamou a vereadora, criticando também a atuação dos demais parlamentares na Câmara de vereadores, com manipulação do prefeito.

Marleide Cunha denunciou ao Diário do RN o uso da máquina pública com fins eleitoreiros visando se viabilizar para a disputa do próximo ano. “O prefeito está usando o orçamento como ferramenta de marketing e arma eleitoral. Isso é gravíssimo”, disparou.

Além de denunciar a precarização do trabalho da educação, criticou o programa de auxiliares de sala, que ela classificou como “programa eleitoreiro”. A vereadora relatou, ainda, que a gestão de Allyson tem promovido perseguição e desgaste extremo aos servidores, classificando o gestor como “adoecedor do servidor”.

Além disso, para ela, a Saúde é uma das áreas em que o uso eleitoreiro é mais presente nesta gestão. A parlamentar esclarece que houve aumento de investimento na pasta da Saúde, mas para pagamento de pessoal. Segundo ela, não para servidores efetivos, mas para contratos, cargos comissionados e até servidores de fora de Mossoró.

“Foram anuladas diversas despesas, recursos de ações importantes, e foram colocados todos os acréscimos para pagamento de pessoal. A gente sabe que é inchando os equipamentos públicos de cabos eleitorais, inclusive há denúncias de que ele está empregando em Mossoró pessoas de outros municípios, para garantir que naquele outro município vai ter apoio em 2026”, denuncia.

“É gritante isso. Antes, ele aumentou os comissionados, chegou a mil só em cargos comissionados na Prefeitura. Para fazer para todo o esquema para as eleições”, complementa.

Para a parlamentar, que está em seu segundo mandato como vereadora da oposição, Allyson Bezerra tem uma imagem positiva fora do seu município porque “ele mente”.

“A imagem que Allyson mostra para Mossoró é uma imagem construída pelo marketing, é uma mentira. É uma imagem de qualidade, mas porque é construída pelo marketing que ele produz. Então isso que o povo fora de Mossoró vê, não existe na realidade”, atesta.


Compartilhe esse post

PREFEITA DE SÍTIO NOVO ANUNCIA SAÍDA DO PT E CONFIRMA ATO DE FILIAÇÃO AO PSD

  • por
Compartilhe esse post

A prefeita de Sítio Novo, município a 110 quilômetros de Natal, Andrezza Brasil, anunciou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda pela qual foi eleita em 2020 e onde esteve filiada nos últimos cinco anos. Única gestora municipal da sigla no Rio Grande do Norte, ela comunicou sua saída por meio de ofício formal encaminhado ao diretório municipal e confirmou a decisão à 98 FM, durante entrevista ao programa 12 em Ponto. Segundo a prefeita, ela se frustrou com o PT.

“Sou grata pelo espaço recebido no partido. Porém, eu tive dificuldade na parceria administrativa, e fiquei frustrada. Nosso município é um município pequeno, que precisa de ajuda para desempenhar um trabalho e aplicar minhas ideias. Eu já havia encontrado uma barreira por encontrar um município desorganizado, então precisava de ajuda”, declarou.

Ao justificar sua mudança, afirmou que a ausência de suporte institucional prejudicou sua administração. “Descobrimos que, apesar da nossa admiração partidária nos fortalecer na luta diária, a solidão na caminhada nos frustrou ao ponto de abalar a nossa gestão. Os prefeitos, todos os gestores, principalmente de municípios pequenos que não têm outras receitas, necessitam de ter um apoio, um apoio maior”, explicou.

Ela também relatou frustração nas tratativas com o Governo do Estado. Disse que, apesar de ter apresentado pautas diretamente à governadora Fátima Bezerra em quatro reuniões, demandas importantes continuaram sem resposta. “Quando falamos dos problemas e das demandas, as pessoas respondem que os problemas deveriam ser resolvidos, porque a governadora é do PT.

Tive quatro encontros com ela e trouxe pautas. Fui atendida em algumas, mas a nossa RN está na mesma situação que outras já estiveram. Outros municípios foram beneficiados e Sítio Novo não”, afirmou.

Andrezza já tem partido de destino. Deverá se filiar ao PSD, partido da senadora Zenaide Maia. A mudança reduz o número de prefeitos do partido da governadora de sete para seis. Ela era a única mulher no partido. Já o PSD passa a 23 prefeitos no Rio Grande do Norte. Com a mudança, Andrezza permanece na base do governo.

Durante a entrevista, a prefeita confirmou que sua carta de desfiliação foi entregue à presidente do diretório municipal do PT, Débora, que segundo ela já deu o recebimento. “Não sei lhe dizer se, a nível estadual, as pessoas têm conhecimento, mas acredito que Débora, com a responsabilidade que ela tem, com certeza ela deve ter já encaminhado”, disse.

Para Andrezza, a falta de articulação política com instâncias superiores impacta diretamente o cotidiano das prefeituras. “A política pública acontece nas cidades. A população muito dificilmente vem ao centro administrativo para cobrar uma demanda, vai nos ministérios para cobrar alguma demanda, para participar, para ser incluído em alguma política pública. Eles estão todos os dias na porta da Prefeitura ou até mesmo na casa do gestor”, afirmou.


Compartilhe esse post