A primeira suspeita de varíola dos macacos mais próxima ao Brasil foi registrada na Argentina no último domingo (23). De acordo com o Ministério da Saúde local, o paciente é de uma província de Buenos Aires e se encontra em bom estado, está em isolamento e recebendo tratamento para os sintomas.
O Brasil ainda não tem registro da doença, mas é uma questão de tempo. Há alguns dias, inclusive, o vírus já foi identificado em um brasileiro de 26 anos na Alemanha, que havia passado pela Espanha e Portugal.
“É possível até mesmo que alguma pessoa infectada já tenha entrado no país, vinda dos locais onde há casos”, afirmou a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
O epidemiologista Eliseu Waldman, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), declarou que “a população e os profissionais de saúde precisam ser alertados para notificar casos suspeitos. O sintoma mais marcante são lesões vesiculares, do tipo que se verifica na catapora, mas muito mais intensas”.
Os sintomas da varíola dos macacos também incluem febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrio e exaustão.
Pode surgir ainda a coceira, que começa geralmente no rosto e se espalha por outras partes do corpo, principalmente mãos e sola do pé.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) já formou uma comissão de caráter consultivo para acompanhar os casos de varíola de macacos. Integram o grupo, até o momento, sete especialistas brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Feevale.
Com informações da BBC Brasil