A Polícia Federal deflagrou hoje (18/6) a Operação Sem Limites VI, para aprofundar as investigações acerca de práticas criminosas cometidas na antiga Diretoria de Abastecimento de estatal brasileira, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização.
Aproximadamente 12 policiais federais cumprem, no Rio de Janeiro/RJ, um total de três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba/PR. Além disso, foram expedidas ordens para bloqueio de valores até o limite dos prejuízos identificados até o momento. As ordens judiciais cumpridas hoje, que integram o conjunto de investigações da Operação Sem Limites, buscam elucidar a prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por novos sujeitos identificados.
As apurações foram iniciadas após a deflagração da Operação Sem Limites, que teve por objetivo o cumprimento de prisões e buscas e apreensões de integrantes de organização criminosa responsáveis pela prática de crimes, envolvendo a negociação de óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.
Desde então, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal aprofundaram as investigações dos esquemas criminosos, já tendo ocorrido o cumprimento de relevantes medidas cautelares para coleta de provas, no âmbito de outras quatro operações dentro desta linha investigativa. Segundo diligências policiais e provas apresentadas por colaborador da Justiça, foi possível identificar a participação em fatos criminosos de um estrangeiro, representante de interesses de trading companie internacional junto à estatal brasileira, assim como de um nacional ligado a um ex-gerente da estatal responsável por receber recursos de corrupção no exterior, com uso de contas em nome de offshore, e sua posterior distribuição aos envolvidos no esquema criminoso.
O aprofundamento investigativo ainda permitiu identificar dois brasileiros envolvidos com outro ex-funcionário da área comercial, com o qual obtinham informações privilegiadas sobre negociações da estatal e tratavam de operações comerciais em que poderiam obter vantagens indevidas.
A Polícia Federal segue nas investigações para identificar e responsabilizar os suspeitos de atentarem contra a estatal.