A vereadora Brisa Bracchi (PT-Natal) concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Agora RN nesta quarta-feira (16) e, na ocasião, a parlamentar que está em seu primeiro mandato falou sobre a possibilidade de aliança do Partido dos Trabalhadores com o MDB no Rio Grande do Norte. Ela se posicionou contra a aliança e enfatizou: “Já fizemos e não deu certo”.
“Na passagem do presidente Lula aqui no Estado, em uma coletiva, ele falou algo muito importante, que eu defendo, ele disse que esse debate de questões de aliança precisa passar pelo diretório estadual do partido. Nós do PT temos instâncias, estadual e municipal, onde discutimos tudo isso. Quando discutimos as alianças das eleições passadas, todas as decisões foram tomadas pelo diretório municipal, precisamos defender e respeitar que essas decisões tem que passar por esse fórum. No último final de semana houve uma reunião com a executiva estadual, uma reunião movimentada, com muitas opiniões diferentes, mas dentro do PT temos a democracia interna do partido, e nem todo mundo é obrigado a concordar com tudo que é imposto, defendemos a democracia de forma ampla, inclusive dentro do partido. Sobre essa possibilidade de aliança com o MDB, eu pessoalmente sou contra. Não é estratégico para o PT uma aliança com MDB, com Garibaldi. Falo no sentido pragmático, no sentido da construção do projeto político do Partido dos Trabalhadores. Nossa prioridade é construir aliança com quem acreditamos que vai construir um projeto político de recuperação do país, reconstrução do Brasil depois da pandemia, e na de recuperação do Brasil com o estrago do genocida do Bolsonaro. Isso tem que estar no centro da discussão. Nós temos conseguido com muita dificuldade impor uma derrota dessas oligarquias aqui do nosso Estado. Nas últimas eleições tivemos um resultado importante.”
A vereadora relembrou as alianças do passado das duas siglas, e enfatizou que não há a necessidade dessa coligação para o momento atual. Ela acredita que gestão da governadora tem alto índice de aprovação o que pode garantir sua reeleição sem precisar dessa aliança.
“A história da política mostra que essas alianças não deram certo, tanto nacionalmente como aqui no Estado. No passado tivemos a tentativa da eleição da governadora Fátima para prefeita, onde ela estava com todos eles, os fatos mostraram que a política de aliança não é suficiente. Na minha opinião hoje, nós ganhamos mais construindo uma chapa que represente de fato o projeto político para nosso Estado. Estamos indo para uma reeleição com uma aprovação alta, fruto de uma gestão incrível que Fátima tem. Para nós não é necessário nem estratégico fazer essa aliança. Esse discursão está dividida dentro partido, porém vamos discutir de forma ampla e democrática.”
Brisa fez elogios a gestão da governadora durante o período da pandemia, e ressaltou: “A governadora Fátima tem feito um excelente governo. Não está chegando à reeleição com dificuldades, tem alta aprovação nesse momento. As pessoas entendem o salto de qualidade que ela deu em gestão a esse Estado. Conseguiu colocar a folha de pagamento em dia, defendeu a todo momento a questão das vacinas, não teve medo de enfrentar a pandemia. Nos momentos mais difíceis ela não recuou e defendeu as medidas de restrição. Hoje ela tem o reconhecimento de setores que na época eram contra, mas hoje reconhecem que era o certo a fazer. Nossa prioridade máxima é a reeleição da governadora Fátima. Nós sabemos como essas oligarquias tem poder ainda dentro do Estado, mas nós precisamos acreditar no poder popular, no poder do partido, na aprovação do governo.”
O partido vem articulando também uma chapa para as eleições do ano que vem para a proporcional. Com isso há uma divisão de prioridades. Com o nome de Samanda Alves para deputada Federal pela corrente da governadora, a deputada Natália Bonavides ficaria isolada em sua corrente sem o apoio do governo. Brisa ressaltou que pode ser candidata a estadual e reforçou a necessidade de o partido formar uma nominata forte.
“Sobre meu nome, ainda não decidi, porém possa ser que eu saia candidata, estamos em processo de debate. Sobre as demais candidaturas, estamos esperando as definições das novas regras eleitorais. Isso influencia nas decisões. Independente disso precisamos formar uma chapa forte, hoje temos os nomes de Samanda para federal, o nome de Mineiro que foi vítima de um grande golpe, ele não conseguiu recuperar seu mandato que foi tomado, mas vai recuperar nas urnas mostrando a força que tem. Temos Natália, e muitos nomes que sairão candidatos. Precisamos de muitos nomes para federal e estadual, precisamos aumentar nossas bancadas” finalizou.
*Texto publicado no jornal Agora RN