Também durante live neste sábado (24), o senador Styvenson Valentim (Podemos) comentou as agressões sofridas e denunciadas à Polícia Legislativa pela deputada federal Joice Hasselmann (sem partido). De acordo com o Senador Capitão, fazendo gestos e gozação, as agressões são resultado de “chifre ou de pó… uma cheirada muito louca”.
O mais que escandaliza é que, em nenhum momento, o senador potiguar se compadeceu ou se solidarizou com a colega parlamentar que perdeu dois dentes, fraturou ossos da face e uma costela, além de cortes no joelho e cotovelo.
Independentemente das circunstâncias estranhas do ocorrido, a violência praticada contra uma mulher é um fato objetivo, inquestionável e que tem que ser investigado.
SOBRE O CASO
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) acionou o Conselho Nacional do Ministério Público nesta 6ª feira (23.jul.2021) para pedir a investigação sobre as agressões que sofreu em seu apartamento em Brasília na madrugada do último domingo (18.jul.2021). Em conversa com o Poder360, a deputada disse já ter 2 suspeitos, nega ter sofrido violência doméstica e diz que pediu à Polícia Legislativa da Câmara para reforçar a segurança nos prédios de apartamentos funcionais.
Por cerca de 2 horas, Joice relatou à promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Gabriela Manssur, o episódio, do qual ela diz não se lembrar, e a reação de pessoas na internet que a acusam de estar acobertando um caso de agressão contra a mulher, além de ameaças. Manssur é integrante da Ouvidoria da Mulher no CNMP.
“Estou levantando todas as informações para encaminhar ao Ministério Público. Vou encaminhar todo tipo de violência política e de gênero cometida contra mim. Se eles estão achando que, porque eu estou fisicamente debilitada, eu vou deixar que esse tipo de crueldade siga, eu não vou mesmo. Se acharam que eu ia me assustar, não me conhecem. Se acharam que iam me parar, perderam a chance. Não vou deixar colocarem um bode expiatório nesse caminho”, disse.
O caso já está sendo investigado pela Polícia Legislativa da Câmara e por policiais da Polícia Civil de São Paulo. Ela também prestou depoimento aos agentes legislativos na 6ª feira.
De acordo com Joice, se tivesse sido vítima de um caso de agressão doméstica, seria “a primeira a estar batendo panela” contra. “Eu seria a 1ª a pedir prisão. Com quem quer que seja. Poderia ser meu pai, meu irmão, meu marido. Eu jamais compactuaria com isso”, disse.
*Com informações de Território Livre TN e do Poder 360