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Covid-19


VEREADORA APRESENTA PROJETO PARA ACABAR COM DESPERDÍCIO DE VACINA EM NATAL

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Para evitar o desperdício e o uso indevido das sobras de vacinas na capital potiguar, a vereadora Divaneide Basílio (PT-Natal), presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Natal, protocolou esta semana, um Projeto de Lei estabelecendo regras para a utilização das sobras diárias de imunizante que ficam nos frascos.

A matéria, que já é realidade em cidades como Rio de Janeiro e Recife, direciona essa “xepa das vacinas” para os profissionais da segurança pública municipal e os que atuam nos serviços essenciais e moram no entorno dos locais de vacinação.

“Não pode haver espaço para os desperdício de vacina, principalmente num momento onde o contingente delas é tão pequeno. É a falta dessa regulamentação que abre margem para que existam casos de pessoas querendo furar a fila a partir do uso dessas sobras. Com essa legislação a gente acaba com esse vácuo.”, explica Divaneide.

De acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, o armazenamento das doses não deve exceder 48 horas após sua chegada ao local de vacinação. Após abertas, todo conteúdo dos frascos deve ser utilizado em, no máximo, 6h.

Desde o início da vacinação em fevereiro, houve muitos relatos dando conta de que um residual considerável de imunizante foi direto para o lixo, ou utilizado de forma inadequada (fora dos critérios de prioridade definidos pelos Planos de Imunização), por falta de logística e de regulamentação. Alguns desses casos estão sendo investigados pelo MPRN.


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FIOCRUZ DIZ QUE RECEBERÁ MAIS IFA PARA 12 MILHÕES DE DOSES

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Fiocruz diz que receberá mais IFA para 12 milhões de doses
Foto: Leonardo Oliveira/Fiocruz

Por meio de nota, a Fiocruz informa que deve receber mais IFAs (Ingredientes Farmarcêuticos Ativos) nos dias 22 e 29 deste mês, o que deve contribuir para a produção de 12 milhões de vacinas Astrazeneca Covid-19.

“Mais de 18 milhões de doses do imunizante já estão em processo de controle de qualidade para serem entregues ao longo das próximas semanas ao Ministério da Saúde. O quantitativo é suficiente para garantir as entregas previstas até meados de junho.”


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PRESIDENTE DA ANVISA CRITICA USO DA CLOROQUINA E AÇÕES NEGACIONISTAS DE BOLSONARO

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Próximo do presidente Jair Bolsonaro, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, foi indagado acerca das ações e falas do governo em relação a medidas de enfrentamento à pandemia. O principal foco da audiência foi a cloroquina e a rejeição à autorização de importação da vacina Sputnik.

Barra Torres também confirmou a tentativa governamental de alterar, por meio de um decreto presidencial, a bula da hidroxicloroquina, com objetivo de ampliar o seu uso para no tratamento da Covid. Ele afirmou que não saberia dizer quem foi o autor original da proposta, mas que percebeu uma “mobilização” por parte da imunologista Nise Yamaguchi, presente em uma reunião no Palácio do Planalto. “Documento foi comentado pela Nise, o que provocou reação até pouco deseducada (da parte dele), de falar que aquilo não poderia ser, só quem pode modificar bula de medicamento é a agência, mas desde que solicitado pelo detentor do registro do medicamento”, comentou.

O presidente da Anvisa também declarou ser contra a indicação da droga contra o coronavírus. Ele destacou que o medicamento não tem eficácia comprovada para tratar a doença.

Ao ser indagado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) se o presidente da Anvisa concorda com aglomerações e participação em eventos, em clara alusão a participação do presidente Bolsonaro a passeio motociclístico no último domingo, Barra Torres ressaltou que “não estive neste evento e sou contra qualquer tipo de aglomeração”. O contra-almirante da Marinha ainda disse que é a favor dos procedimentos sanitários, tal como o uso de máscaras e álcool em gel.

Próximos depoimentos

  • Fabio Wajngarten (quarta-feira, 12.05)
  • Presidente da Pfizer no Brasil (quinta-feira, 13.05)
  • Ernesto Araújo (terça-feira, 18.05)
  • ​General Eduardo Pazuello (quarta-feira, 19.05)


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“NO GOVERNO PASSADO O RN TEVE IDEIAS DE VICE-JERICO, COM TODO RESPEITO A ESSES QUADRÚPEDES”, DIZ FÁTIMA A FÁBIO DANTAS

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Sobre a nota “FÁBIO DANTAS DIZ QUE A GOVERNADORA FÁTIMA BEZERRA TEVE IDEIA DE JERICO”, publicada em 09/05/21 no BlogTulioLemos, o Projeto Governo Cidadão esclarece que:

A obra de recuperação e ampliação do Espaço Cultural João Paulo II (Papódromo) entregue pela governadora Fátima Bezerra é uma das várias que foram LICITADAS, CONTRATADAS E INICIADAS NA GESTÃO PASSADA E QUE NÃO AVANÇARAM NA EXECUÇÃO. O serviço do Papódromo estava apenas 1% executado quando foi repassado à atual gestão do Governo do RN, que o CONCLUIU. O Espaço multiuso, além de receber eventos, vai abrigar um Restaurante Popular e a Escola da Polícia Penitenciária.

DESAFIAMOS O EX-VICE-GOVERNADOR FÁBIO DANTAS A CITAR ALGUMA OBRA iniciada no governo passado que esteja parada, hoje. Todas as obras iniciadas e inacabadas financiadas pelo acordo de empréstimo junto ao Banco Mundial foram retomadas com as correções dos erros encontrados. Já foram finalizadas ou estão em execução pela atual gestão.

Sobre a opinião de Fábio Dantas de que a verba do Papódromo devia ter sido usada para combate à pandemia, o Governo Cidadão esclarece o que ele deveria saber: o recurso JÁ ESTAVA LICITADO E CONTRATADO NA GESTÃO PASSADA.

Se formos baixar ao mesmo nível do debate iniciado pelo sr. Fábio Dantas, poderíamos dizer que no governo passado o RN teve ideias de vice-jerico, com todo respeito a esses quadrúpedes?

Desde antes de o novo vírus chegar ao RN, a gestão da governadora Fátima Bezerra empenhou-se em combatê-lo. Começou mantendo o diálogo com os demais Poderes e com a iniciativa privada; reuniu-se com os governadores do Nordeste; criou um Comitê Científico da SESAP; contratou pessoal e pagou extra para os profissionais de saúde da linha de frente; e adquiriu insumos e equipamentos.

Mesmo o empréstimo junto ao Banco Mundial tendo o Plano de Aplicação definido pelos governos passados, o Estado solicitou, diante da pandemia, autorização para fazer aplicações de recursos para o combate à Covid-19 e foi atendido.

SOMENTE POR MEIO DO PROJETO GOVERNO CIDADÃO, EM 2020, O GOVERNO DO RN INVESTIU CERCA DE R$ 12 MILHÕES EM AÇÕES DE COMBATE À PANDEMIA. As ações foram desde a aquisição de equipamentos e mobiliários hospitalares, até reformas de unidades de Saúde para instalação de aparelhos de Raio-x e tomógrafos.

Houve, ainda, a aquisição de 13 mil unidades de máscaras doadas à população e cinco mil cestas básicas com produtos da agricultura familiar doadas a comunidades quilombolas afetadas pela pandemia.

O Governo Cidadão divulgou o balanço de ações dos anos 2019 e 2020 que pode ser conferido no link https://bit.ly/33qUNbz

Natal, 10 de maio de 2021
PROJETO GOVERNO CIDADÃO – GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE
FERNANDO WANDERLEY VARGAS DA SILVA
SECRETÁRIO ESTADUAL DE GESTÃO DE PROJETOS E METAS
COORDENADOR DO GOVERNO CIDADÃO
Att.

Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Secretaria de Comunicação do Governo do Estado – Assecom

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PRESIDENTE DA ANVISA DEPÕE CPI DA COVID; ASSISTA

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Depõe nesta terça-feira (11) à CPI da Covid, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Barra Torres deve ser questionado sobre uma proposta de alteração da bula da cloroquina.

ASSISTA


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MÉDIA DE MORTES DIÁRIAS POR COVID-19 CAI 28% EM UM MÊS NO PAÍS

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Cemitério mortes pandemia covid - Foto: Carlos Azevedo/Novo Notícias

O número de mortes diárias por covid-19 no Brasil recuou 28,3% em um mês, de acordo com a média móvel de sete dias, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados mostram que ontem (9) a média diária estava em 2.100 óbitos, abaixo dos 2.930 de 9 de abril.

Em 14 dias, a média móvel de mortes caiu 15,8%, já que, em 25 de abril, o número de óbitos diários estava em 2.495.

O ápice de mortes foi registrado em 12 de abril (3.124). Desde então, os registros têm apresentado uma trajetória de queda, com algumas altas pontuais.

A média de móvel de sete dias, divulgada pela Fiocruz, é calculada somando-se os registros do dia com os seis dias anteriores e dividindo o resultado da soma por sete. O número é diferente daquele divulgado pelo Ministério da Saúde, que mostra apenas as ocorrências de um dia específico.

Com informações da Agência Brasil.


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VAI E VEM: JUIZ VOLTA A AUTORIZAR PREFEITURA DE NATAL A INSERIR IVERMECTINA NO ATENDIMENTO COVID-19

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O juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública, acatou pedido de reconsideração da Prefeitura de Natal e permitiu que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Natal) mantenha o antiparasitário ivermectina na lista de medicamentos recomendados para tratamento da Covid-19. No entanto, o magistrado proibiu que o Município faça propaganda institucional do fármaco. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (10).

Na sexta-feira (7), o juiz havia determinado liminarmente que a Prefeitura retirasse a indicação da ivermectina da nota técnica para casos suspeitos de coronavírus. Cícero Martins também suspendeu a indicação do medicamento em materiais publicitários, o que foi mantido nesta segunda-feira (10).

“…acolho o pedido de reconsideração formulado pelo MUNICÍPIO DE NATAL no que diz respeito à exclusão do item 8 da Recomendação – Versão 2 – de fevereiro de 2021, para autorizar o ente público, por sua SMS, que mantenha o referido item 8no citado ato administrativo, ficando revogada, assim essaparte da decisão referida, mantida, contudo, a parte que se refere à proibição de propaganda institucional do ente público”, diz trecho da decisão do juiz Cícero Martins de Macedo Filho desta segunda-feira.

A ação que pede a exclusão do medicamento foi protocolada pelo senador Jean Paul Prates (PT). Ele argumenta que “o fármaco Ivermectina não tem indicação e não tem eficácia para combater os males causados pelo vírus da família coronavírus (Sars-CoV-2), causador da doença conhecida como Covid-19”. A ação popular destaca que o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), concedeu entrevistas em rádio e TV afirmando que está protegido da doença. “Porque eu tomo ivermectina, então eu posso deixar pra tomar a vacina posterior, sem nenhum problema”, disse o prefeito a uma rádio local.

Fonte: Novo Notícias.


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DEPUTADO OFTALMOLOGISTA OFERECE ‘TRATAMENTO PRECOCE’ EM TROCA DE ‘LIKE’ NO YOUTUBE

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“Alguém conhece médico que passa tratamento precoce?”, pergunta um rapaz no Telegram. Em poucos segundos, recebe uma lista de médicos espalhados pelo Brasil e seus contatos. Entre eles, Albert Dickson. Abaixo, uma observação: “Para consultar com esse médico precisa se inscrever no seu canal do YouTube, printar a página, enviar o print da inscrição pelo WhatsApp, o nome completo do paciente, cidade/estado e sintomas”. 

Diversos médicos no Brasil defendem e prescrevem medicamentos comprovadamente ineficazes ou sem eficácia comprovada para “prevenir” ou “tratar” a covid-19, prática que dizem ser um suposto “tratamento precoce” (leia mais sobre esses medicamentos no fim da reportagem). Há opções de consultas pagas, atendimento gratuito e, neste caso, concedidas após pedido de um “like” no YouTube. 

Basta enviar uma mensagem para Dickson, médico oftalmologista e deputado estadual no Rio Grande do Norte pelo Pros, para confirmar o aviso. Questionado sobre uma consulta para a covid-19 por meio do número de celular que ele mesmo divulga em seus vídeos, Dickson responde (*): 

“Olá querido amigo e paciente. Antes de tudo gostaria que seguisse passo a passo: 

1. cadastre esse meu número nos seus contatos (Dr Albert Dickson) 

2. depois entre no nosso canal do YouTube e se inscrevesse lá. Observe o link abaixo e click.

3. Em seguida, PRINT a foto da inscrição e nos envie a pelo whats App. 

4. Depois disso aguarde para contato. Grato.” 

(*) o texto acima corresponde à reprodução exata da mensagem recebida ao fazermos contato, ou seja, foi mantida a grafia e gramática ali utilizadas. 

O próprio deputado não esconde a orientação em seus vídeos: “Como que vocês vão ter direito à consulta? Vocês vão se inscrever no nosso canal, ganhando uma etapa no atendimento. Vocês vão printar e mandar para o meu WhatsApp. Quando você mandar, você já vai começar a ter o acesso à consulta comigo”, disse em um vídeo publicado no Facebook no dia 7 de março. “O segredo é mandar o print.” 

“Nós temos uma sequência no atendimento. Você precisa ir lá no canal do nosso YouTube, se inscrever lá, printar e mandar mensagem para mim. Essa é a chave, vamos dizer assim, para entrar no nosso atendimento”, disse em um vídeo publicado no Instagram no dia 15 de março. 

Casal de médicos e políticos comemorou 100 mil inscritos em seu canal do YouTube; hoje, há 201 mil — Foto: YouTube / Reprodução
Casal de médicos e políticos comemorou 100 mil inscritos em seu canal do YouTube; hoje, há 201 mil — Foto: YouTube / Reprodução

Procurado por e-mail pela BBC News Brasil, o deputado respondeu que “sugere” a inscrição em seu perfil de Instagram e canal do YouTube porque neles publica “pesquisas atualizadas” e “explica a doença de forma detalhada e nossa experiência com a mesma, além de tirar dúvidas ao vivo”. 

Além disso, diz ele, não é obrigatório se inscrever no canal para ser atendido. “Apenas sugerimos, o que muitos não fazem, e continuamos a atender e responder. A consulta virtual não se paga absolutamente nada, nunca cobrei (e que mesmo se fosse não é proibido no Brasil)”, afirmou. 

Dickson disse ser também “acima de tudo médico, e o tratado internacional e o Conselho Federal de Medicina na resolução 04/20 nos dá o direito médico de medicar contra o covid e nele prevalece a autonomia médica”. 

Por e-mail, Dickson também reafirmou ser “defensor do tratamento precoce desde o início da pandemia” e disse que continuará nesta defesa, afirmando haver “várias pesquisas já preconizadas e publicadas”. “Outro ponto chama-se observação clínica que tem sido resolutivo nessa pandemia para muitos médicos.” 

Expondo as recomendações do chamado “tratamento precoce” com vídeos semanais desde março do ano passado e sugerindo inscrições em troca de atendimentos, Dickson multiplicou o número de inscritos em seu canal do YouTube. Quando o canal atingiu 100 mil inscritos, recebeu uma placa comemorativa da empresa. Agora, Dickson tem 201 mil seguidores na rede.

Questionado sobre o conteúdo relacionado a tratamento precoce presente no canal, o YouTube informou que, de acordo com uma nova regra da plataforma, removeu 12 vídeos do canal por conteúdo que disseminava informações médicas incorretas, como afirmar que há uma cura garantida para a covid-19 ou recomendar o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina. O canal segue no ar, entretanto, porque os vídeos removidos haviam sido publicados em um período anterior a essa nova regra, de 12 de abril. 

Passado um mês da regra, ou seja, a partir do dia 12 de maio, termina um período de “carência”, quando o YouTube passará a penalizar usuários que a infrinjam, e não apenas retirar seus vídeos do ar. Três violações da regra farão com que o canal seja encerrado. 

Foi uma ação semelhante à das semanas passadas, quando a plataforma removeu, pela primeira vez, cinco vídeos do presidente Jair Bolsonaro com desinformação médica. 

Deputado Albert Dickson (Pros) em vídeo no seu canal no Youtube. — Foto: Youtube/Reprodução
Deputado Albert Dickson (Pros) em vídeo no seu canal no Youtube. — Foto: Youtube/Reprodução

As recomendações de Dickson também são vistas por seus 139 mil seguidores em dois perfis no Instagram. No Facebook, quase 50 mil pessoas o seguem, e há vídeos com mais de 200 mil visualizações. 

Questionado pela BBC News Brasil, um porta-voz do Facebook, empresa dona do Instagram, disse que “remove alegações comprovadamente falsas sobre a doença”, sem responder por que não removeu publicações semelhantes feitas pelo deputado, como a de que a ivermectina teria ação profilática contra a covid-19. Na realidade, não há comprovação científica da eficácia do medicamento para a covid,segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – veja adiante. A empresa disse também ter anunciado um novo rótulo para publicações que informa que “alguns tratamentos não aprovados podem causar danos graves”. 

‘500 pessoas por dia’

“Eu printei a inscrição no YouTube e ele me mandou a receita”, confirma a potiguar Lucia Bezerra, de 53 anos. 

Para ela, trocar “like” no YouTube por prescrição de medicamentos é “válido” porque “as pessoas têm que ver para entender o que ele está dizendo, pra ver se querem ou não”. 

“Pode ser que ele queira que o canal cresça. É estratégia dele, mas por mim, tranquilo”, afirma. 

Bezerra e sua mãe, de 96 anos, tomam ivermectina de 7 em 7 dias e vitaminas desde o ano passado seguindo orientação do médico, segundo ela. Não há comprovação científica de que esses medicamentos protegem contra a covid-19. Ela diz não ter contraído a doença, mas diz também que passa o dia todo dentro de casa.

Em um dos vídeos em seu canal, Dickson diz que “atende 500 pessoas por dia, de domingo a domingo, de 7h da manhã até 3h da manhã, todos os dias”. 

Já em uma reunião da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 na Câmara Federal em julho do ano passado em que participou como convidado, Dickson afirmou já ter atendido “31 mil pacientes do mundo inteiro” e ter acompanhado, por e-mail, 6.047 pacientes. Destes, segundo ele, dois morreram. 

Questionado pela BBC News Brasil sobre o número de atendimentos, o deputado afirmou: “Me reservo ao direito de não informar por uma questão de foro interno.” 

Em seu perfil no Instagram, alguns usuários reclamam da falta de resposta do deputado depois que mandam o “print” comprovando a inscrição em seu canal do YouTube. “Acho que o senhor só tá querendo audiência porque a gente morre de mandar mensagem no seu zap e nunca responde”, escreveu um deles. 

Quando de fato recebem uma resposta, os pacientes devem, segundo mensagem do deputado, informar “sintomas, quantos dias está doente, peso, nome e cidade onde está”. “Aproveite e conheça nosso Instagram e se inscreva também”, finaliza a mensagem enviada por WhatsApp. 

Mas pacientes com quem a reportagem conversou disseram que depois de informar dados pessoais e sintomas, recebem diretamente um receituário médico. Ou seja, não tiveram uma consulta médica propriamente dita.

A BBC News Brasil teve acesso a três receituários que teriam sido enviados por Dickson, e que, aparentemente, diferem um do outro apenas pelo nome do paciente e pela data. 

Para uma suposta “profilaxia” da covid-19, a receita inclui sete medicamentos, incluindo a ivermectina (leia mais no final desta reportagem). 

YouTube removeu 12 vídeos do canal de Dickson por conteúdo que disseminava informações médicas incorretas — Foto: YouTube / Reprodução
YouTube removeu 12 vídeos do canal de Dickson por conteúdo que disseminava informações médicas incorretas — Foto: YouTube / Reprodução

A BBC News Brasil perguntou a Dickson se o deputado considera como atendimento médico o envio de um receituário sem antes fazer uma consulta. Ele respondeu que “antes de enviar a receita com o nome e data direcionado ao paciente, o paciente nos passa os sintomas solicitados e após isso enviamos a receita”.

Os números da pandemia em todo o mundo mostram que a maior parte das pessoas que contrai covid-19 se recupera. Por isso, segundo especialistas, remédios apresentados como “cura” acabam “roubando o crédito” do que foi apenas uma melhora natural. 

No Brasil, mais de 422 mil pessoas já morreram vítimas da covid-19. 

Médicos e políticos

Eleito para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 2014 com 37 mil votos e reeleito em 2018 com 31 mil votos, Dickson tem a seu lado nos vídeos sua esposa, Carla Dickson. Ela também é oftalmologista e política – foi eleita vereadora de Natal em 2016. No ano passado, por ser suplente de Fábio Faria na Câmara dos Deputados, tomou posse como deputada federal quando Faria assumiu o Ministério das Comunicações do governo Jair Bolsonaro. Agora, ela compõe a bancada evangélica da casa. 

O casal tem se projetado como um dos maiores divulgadores do “tratamento precoce” nas redes e na política local. 

Em maio do ano passado, por exemplo, Albert Dickson apresentou dois projetos de lei sobre o chamdo “tratamento precoce” na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Um deles determina a “disponibilização gratuita de kits de medicamentos com os remédios hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina” pelo SUS no Rio Grande do Norte. O outro pede a distribuição dos medicamentos por operadoras de planos de saúde – ambos “com as devidas receitas médicas e orientações”.

Também apresentou um projeto de lei que classificou o funcionamento de igrejas como atividade essencial durante a pandemia. No ano passado, o nome de Dickson também foi parar em jornais quando ele propôs propôs criar o “Dia Estadual da Visibilidade Heterossexual” no Rio Grande do Norte. 

Multiplicação nas redes

O canal do YouTube “Carla e Albert Dickson” foi criado em 2017. Naquele ano, foram dois vídeos publicados, seguidos por um hiato de três anos. 

A movimentação começou mesmo em 2020. Em janeiro, o casal publicou um vídeo sobre “como evitar o câncer”, que lhe rendeu 1.500 visualizações. 

Em fevereiro, fizeram a primeira “live” (vídeo transmitindo ao vivo) sobre o coronavírus, com 6 mil visualizações. No vídeo, dão sugestões de como melhorar a imunidade porque “as pessoas que foram mortas na China tinham imunidade baixa” (não há comprovação científica alguma disso). 

O grande salto do canal se deu com a publicação de um vídeo sobre ivermectina em abril de 2020, que angariou 55 mil visualizações. 

“Novidades dessa medicação misteriosa que está sendo uma grande aliada no combate ao coronavírus no mundo”, diz a descrição do vídeo. 

O vídeo termina com Dickson anunciando o número de seu celular, dizendo fornecer “telemedicina de forma gratuita” para quem entrar em contato com ele.

A partir daí, os vídeos começam a ter mais de 100 mil visualizações e, em um caso, 200 mil, sempre divulgando o número de celular de Dickson no final do vídeo e pedindo uma captura de tela como prova de inscrição no canal para receber o atendimento gratuito. 

Mais recentemente, Dickson atribuiu à “nova cepa” os pacientes de covid com problemas de fígado na UTI – algo que outros profissionais associaram ao uso de medicamentos do chamado “kit covid”. 

Em uma entrevista a um canal no YouTube publicada no dia 29 de março, Dickson afirmou, sem apresentar qualquer embasamento científico, que “a nova cepa” do vírus no Brasil ataca de forma mais acentuada o fígado dos pacientes. “A culpa do problema hepático chama-se covid, que se adaptou para matar mais rápido”, disse. 

Receita com ‘coquetel de medicamentos’

O que o deputado e médico afirma em suas lives é reiterado nos receituários para tratamento da covid que distribui por WhatsApp – e que ele inclusive atualizou para a “nova cepa”. 

Uma receita lista esses medicamentos, por exemplo (a função ou “aplicação recomendada” entre parênteses é da reportagem): ivermectina (vermífugo), azitromicina (antibiótico), prednisona (um corticóide), dutasterida (trata aumento de próstata, com ação anti-hormônio masculino), espironolactona (um diurético com ação anti-hormônio masculino), bromexina (xarope expectorante), apixabana (anticoagulante oral), vitamina D.

Não há evidências científicas sobre eficácia da ivermectina contra covid-19 — Foto: Getty Images
Não há evidências científicas sobre eficácia da ivermectina contra covid-19 — Foto: Getty Images

Dos medicamentos no receituário, apenas a azitromicina tem retenção de receita, ou seja, faz parte da lista de medicamentos controlados. Outros, como prednisona e dutasterida, por exemplo, são medicamentos de tarja vermelha, com venda sob prescrição médica mas sem retenção de receita. Os suplementos não precisam de receita, embora o receituário do médico especifique dosagens específicas, que exigem manipulação. 

“Não tem comprovação de que nada disso funciona para a covid-19”, comenta o professor de Farmacologia da Universidade Federal de Rondonópolis André Bacchi, sobre o receituário. 

“São muitos medicamentos, muitas substâncias, é um coquetel gigantesco. A ideia de suplementar, tomar doses aumentadas de várias substâncias para fazer com que se tenha uma ‘superimunidade’ é falaciosa, e infelizmente está disseminada na sociedade geral como também entre especialistas”, acrescentou Bacchi.

Para ele, a receita é “genérica demais”. Há, por exemplo, uma indicação para tomar um medicamento se o paciente “for do sexo masculino ou se for mulher na menopausa”, dando a entender que o médico não direcionou a prescrição para o paciente porque nem a adequou ao sexo. 

“Você tem que conhecer seu paciente, no mínimo, para poder saber o que prescrever”, diz Bacchi. 

A receita médica, de um consultório de oftalmologia, termina com expressões religiosas. “Deus seja exaltado! Leia a Bíblia”, diz, ao lado da assinatura de Dickson. 

Estudos

Para que um remédio seja considerado seguro e eficaz contra uma doença, ele precisa passar por pesquisas com rigor metodológico que possam atestar seus reais benefícios e riscos, idealmente com um “padrão-ouro”. 

Em outras palavras, estudos randomizados (voluntários sorteados para entrar em um esquema terapêutico ou no outro), com duplo cego (participantes e cientistas não sabem quem recebeu o quê) e controlados (uma parte do grupo tomou placebo ou a melhor terapia disponível até então). 

A hidroxicloroquina para a covid-19, que Dickson propôs distribuir pelo SUS, já é comprovadamente ineficaz para a doença. Há diversos estudos sobre o tema. Um deles é o do Recovery Trial, feito no Reino Unido. Numa análise de mais de 4.500 pacientes hospitalizados, o uso de hidroxicloroquina e azitromicina não trouxe benefício algum.

Um painel de especialistas internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu, em março deste ano, que o medicamento não previne a infecção, fazendo uma “forte recomendação” para que não seja usado. Esta forte recomendação é baseada em seis estudos clínicos com evidências de alto nível que somam mais de 6 mil participantes. 

Não há evidências de que a ivermectina, fármaco usado no tratamento de parasitas como piolho e sarna, ajude no tratamento da covid-19. Os estudos disponíveis até agora são inconclusivos. Por isso, a Agência Europeia de Medicamentos é contrária ao uso de ivermectina no tratamento da covid-19. Após revisar as publicações sobre o medicamento, a agência considerou que os estudos possuíam limitações, como diferentes regimes de dosagem do medicamento e uso simultâneo de outros medicamentos. 

“Portanto, concluímos que as atuais evidências disponíveis são insuficientes para apoiarmos o uso de ivermectina contra a covid-19”, concluiu a agência. 

Tampouco aprovam o uso do medicamento contra a covid-19 a OMS e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). A FDA, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, também não aprovou a ivermectina para prevenção ou tratamento da covid-19 no país 

A azitromicina também não apresentou resultados positivos em experimentos com humanos. Em dezembro, um ensaio clínico randomizado em grande escala do Recovery Trial não encontrou nenhum benefício do antibiótico em pacientes hospitalizados com covid-19.

Tampouco há estudos robustos que comprovem que os outros medicamentos recomendados no receituário tenham qualquer eficácia para covid-19. 

A apixabana, um anticoagulante, é um fármaco que só deve ser indicado mediante complicações, explica Bacchi. “Você coloca sob riscos de efeitos adversos desnecessários, como o aumento de risco de sangramentos. Não é medicamento para ficar usando profilaticamente para qualquer pessoa na população.” 

A prednisona é um corticóide. Um estudo, do Recovery, mostrou benefício de outro corticóide, a dexametasona, em pacientes que precisavam de oxigênio ou ventilação mecânica, mas não em fase ambulatorial, como é o caso das pessoas que recebem a receita de Dickson. 

“Corticóides tomados de maneira precoce podem na verdade provocar o efeito inverso, diminuir até mesmo a imunidade”, diz Bacchi. 

Há alguns estudos que encontraram associação entre níveis baixos de vitamina D e taxas mais altas de covid-19 na população. Mas não puderam estabelecer que a deficiência foi a causa das taxas da doença, já que há outras hipóteses que poderiam explicar a relação. 

As populações com altas taxas de deficiência de vitamina D podem ser atingidas com mais força pelo coronavírus por outras razões, incluindo menor acesso a cuidados de saúde, por exemplo. Então, não há evidências suficientes para recomendar a vitamina D contra a doença.

Punição

Apesar de haver comprovação da ineficácia da hidroxicloroquina e não haver comprovação da eficácia de outros medicamentos para a covid-19, como a ivermectina, o Conselho Federal de Medicina não condenou veementemente a prática de recomendar ou prescrever esses medicamentos. Pelo contrário, no ano passado, aprovou parecer que facultou aos médicos a prescrição de cloroquina e da hidroxicloroquina para pacientes com covid-19. 

À BBC News Brasil, o conselho disse que não comenta casos concretos. Uma resolução de 2011 do conselho sobre propaganda na Medicina estabelece que o médico deve “evitar sua autopromoção e sensacionalismo, preservando, sempre, o decoro da profissão”. Como “autopromoção”, diz o texto, entende-se a divulgação com intenção de “angariar clientela”, “pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos” e “auferir lucros de qualquer espécie”, entre outros. 

A Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Infectologia, por sua vez, divulgaram nota dizendo que “as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no ‘tratamento precoce’ para a covid-19 até o presente momento”. 

Para Sergio Rego, médico, pesquisador da Fiocruz e professor de bioética na Escola Nacional de Saúde Pública da instituição, “não há respaldo ético normativo para a prescrição de algo que não tenha reconhecimento científico, salvo quando está inserido dentro de um processo de pesquisa aprovado por um comitê de ética”.

Médicos que prescrevem o suposto tratamento precoce podem ser responsabilizados em todas as esferas, diz Rego. 

Processos de avaliação de infrações éticas ocorrem dentro dos conselhos regionais de medicina a partir de queixas. Podem aplicar, como pena, a censura reservada, a censura pública, a suspensão de exercício profissional por um tempo e até a cassação do direito de exercer a medicina. 

No Código Penal, a prática poderia ser enquadrada no artigo 132, diz Rego: “expor a vida ou a saúde e outrem a perigo direto e iminente”, com pena de detenção de três meses a um ano, “se o fato não constitui crime mais grave”. 

“O médico tem autonomia, mas isso não o exime da responsabilidade pelas consequências de seus atos”, diz Rego. “Não é uma carta branca.”

Fonte: Juliana Gragnani, BBC.


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TCU QUER QUE LEITO EM HOSPITAL MILITAR SEJA USADO POR CIVIL COM COVID

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“Não haveria óbices ao atendimento em caráter emergencial, temporário e excepcional de civis pelas organizações militares de saúde, por meio de convênios, nos casos em que os sistemas de saúde das localidades se encontrarem em colapso”, diz um trecho do documento elaborado pela Secretaria-Geral de Controle Externo da Defesa do TCU.

A ideia é que as vagas sejam controladas via Sistema Único de Saúde (SUS), através de convênios com os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. O relatório é mais um passo na investigação aberta para apurar se os militares cometeram irregularidades ao deixarem de disponibilizar leitos vagos para a sociedade durante a crise sanitária.

O Ministério da Defesa tem resistido à ideia de abrir os hospitais militares à população. De acordo com a pasta, os leitos limitados constituem ‘reserva técnica’ para as tropas, que estão na linha de frente da pandemia, e são parcialmente custeados com recursos privados dos quadros das Forças Armadas. Além disso, segundo o Ministério, a situação também estaria ‘crítica’ no sistema de saúde militar, com remoções frequentes de pacientes para outras regiões a fim de evitar o colapso.

Na outra ponta, a área técnica do Tribunal de Contas da União diz que falta de transparência sobre a taxa de ocupação nos hospitais militares. Um levantamento incluído no relatório aponta, por exemplo, que apenas 27,7% dos usuários do sistema de saúde militar são profissionais da ativa.

Além disso, o TCU afirma que as estimativas apresentadas pelo Ministério da Defesa sobre o financiamento desse sistema ‘não são realistas’. Os técnicos do tribunal estimaram um gasto de R$ 4,8 bilhões com os serviços de saúde oferecidos pelos hospitais militares das Forças Armadas. Desse total, R$ 3,45 bilhões (71%) seriam recursos públicos e R$ 1,38 bilhão (29%), privados, a partir de contribuições dos militares e de seus dependentes.

“O interesse público não parece ser melhor atendido mediante manutenção de recursos de assistência médico-hospitalar ociosos durante a pandemia de covid-19. Tampouco parece estar sujeita à discricionariedade do gestor a opção de prestar ou não assistência médico- hospitalar à população enferma, havendo recursos disponíveis”, afirma a relatório.

O documento foi enviado na última sexta-feira, 7, ao ministro Benjamin Zymler, relator da investigação. Ele já havia determinado, em março, a abertura dos dados de ocupação dos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mantidos em sigilo até então.

As denúncias sobre a reserva de vagas nos hospitais militares começaram a aparecer em janeiro, quando a escalada da pandemia no Amazonas levou ao colapso do sistema de saúde em Manaus, que sofria com a falta de leitos e via pacientes internados morrendo asfixiados pelo desabastecimento de oxigênio hospitalar. Na época, reportagens veiculadas na imprensa trouxeram a público informações sobre leitos ociosos nas unidades de saúde militares da região.

Fonte: Agência Estado.


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JUIZ PROÍBE QUE A PREFEITURA DO NATAL FAÇA PROPAGANDA DE IVERMECTINA NO TRATAMENTO DA COVID-19

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O juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública, determinou nesta sexta-feira (05) que a Prefeitura do Natal retire a indicação do fármaco ivermectina, um parasitário, de nota técnica para casos suspeitos da Covid-19 para a atenção primária à saúde. A decisão também suspende a indicação do medicamento em propagandas institucionais da prefeitura municipal para o trato da infecção do novo coronavírus.

A decisão, deferida liminarmente, acatou pedido feito pelo senador Jean Paul Prates. O parlamentar solicitou, além da suspensão da propaganda do uso da ivermectina, que a prefeitura municipal fosse proibida de adquirir do medicamento para distribuição na rede pública municipal. Este pedido foi negado, bem como a solicitação para que o prefeito fosse proibido de se pronunciar em público defendendo a ivermectina.

“Não enxergo plausibilidade na pretensão de determinar que “o Sr. Prefeito Municipal se abstenha de distribuir, utilizar e/ou adquirir medicamentos sem eficácia não comprovada, especialmente a Ivermectina, para utilização na rede pública de saúde”, porque sabe-se aqui e alhures que não é o Prefeito que adquire ou distribui remédio, mas sim o ente público, dentro das propostas de políticas públicas de saúde que adota”, escreveu o juiz Cícero Martins.

O magistrado alega que os médicos eventualmente prescrevem o remédio como terapia específica para a doença. Desta forma, o Município tem mesmo a obrigação de fornecê-lo, caso alguém busque o seu serviço de saúde para tal fim, pois isso é um dever imposto pela CF e pela lei (SUS). “O que não me parece salutar no momento é divulgar, via propaganda institucional, sem um aprimoramento científico, e como se fosse quase uma regra, o uso do referido remédio no combate à doença”, justificou.

A ação do senador Jean Paul Prates argumenta que o fármaco Ivermectina não tem indicação e não tem eficácia para combater os males causados pelo vírus da família coronavírus (Sars-CoV-2), causador da doença conhecida como Covid-19. A ação destaca que o prefeito de Natal, Álvaro Costa Dias, concedeu entrevistas em rádio e TV afirmando que está protegido da doença. “Porque eu tomo ivermectina, então eu posso deixar pra tomar a vacina posterior, sem nenhum problema”, falou Álvaro Dias, em entrevista para uma rádio local.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que a ivermectina não é recomendada para o tratamento de pessoas com a Covid-19. “Inicialmente, é preciso deixar claro que não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso. Até o momento, não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da covid-19 no Brasil”, detalhou o agência.

A vereadora Divaneide Basílio (PT) publicou um vídeo no qual o prefeito defende o uso do parasitário para o combate da Covid- 19.

Fonte: Novo Notícias.


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PACIENTES QUE TIVERAM QUADROS CLÍNICOS GRAVES DA COVID-19 APRESENTAM ANTICORPOS NEUTRALIZANTES

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E mais pesquisas são feitas em todo o mundo com o objetivo de aprofundar estudos sobre o novo coronavírus que já matou mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o planeta. Um estudo preliminar publicado na plataforma medRxiv, nos Estados Unidos, revelou que pessoas que tiveram a Covid-19 grave apresentam anticorpos neutralizantes, um ano após se recuperarem da doença.

Segundo a pesquisa, a presença de anticorpos está associada à gravidade do caso e à idade do paciente. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade Uniformed Services of Health Sciences, nos Estados Unidos, analisaram amostras de sangue de 250 voluntários que contraíram a infecção pelo novo coronavírus.

A presença de anticorpos neutralizantes é importante porque são eles que impedem a entrada do vírus na célula. Enquanto isso, a farmacêutica americana Pfizer anunciou que deve faturar, somente neste ano, 26 bilhões de dólares com a venda de vacina contra a Covid-19, produzida em parceria com a BioNTech.


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RN TEM 5.525 MORTES POR COVID-19 E 225.609 CASOS CONFIRMADOS

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Desde o início da pandemia, o Rio Grande do Norte registrou 225.609 casos confirmados de Covid-19 e a doença vitimou 5.525 pessoas no estado. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta segunda-feira (3). Além disso, outros 1.113 óbitos estão sob investigação.

São 65 mortes a mais em relação ao boletim de sexta-feira (30), o último divulgado pela Sesap.

No momento, 838 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no RN – 604 na rede pública e 232 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 343 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 79,6% na rede pública; com 126 internados, a rede privada tem 82,3% de ocupação.

O RN contabiliza ainda 52.719 casos suspeitos e 452.801 casos descartados de Covid-19. O número de confirmados recuperados não foi atualizado e segue em 150.649, e o de inconclusivos, tratados como “Síndrome Gripal não especificada”, está em 131.954.

A Sesap destaca também que 484.192 testes de Covid-19 foram realizados no estado até o momento, sendo 268.816 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 215.376 sorológicos.

Números do coronavírus no RN

  • 225.609 casos confirmados
  • 5.525 mortes
  • 52.719 casos suspeitos
  • 452.801 casos descartados
  • 150.649 confirmados recuperados
  • 739 solicitações de UTI canceladas por óbito

RN tem 225.609 casos confirmados de Covid-19 — Foto: Anastácia Vaz/UFRN
RN tem 225.609 casos confirmados de Covid-19 — Foto: Anastácia Vaz/UFRN

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HOSPITAL DE CAMPANHA DE NATAL COMPLETA UM ANO E REGISTRA MAIS DE 1.600 ALTAS

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O Hospital de Campanha de Natal, inaugurado em 04 de maio de 2020 pela Prefeitura, completa um ano de funcionamento como referência para atender pacientes em tratamento de Covid-19 no município. A unidade tem cerca de 450 profissionais envolvidos diariamente nos serviços de assistência, sendo referência no combate ao coronavírus com estrutura de alta resolutividade. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal fez um balanço dessa trajetória ao longo dos 365 dias de operação. Um dos pontos comemorados pela equipe é o número de altas hospitalares, com mais de 1.600 pessoas curadas neste período. 


O prefeito Álvaro Dias, que idealizou e abriu a unidade com leitos exclusivos para tratamento de Covid, enfatiza o esforço da gestão. “O Hospital de Campanha foi construído em tempo recorde no prédio de um antigo hotel cedido pelo Tribunal Regional do Trabalho. Essa estrutura que montamos pôde reforçar nossa rede de atendimento de forma assertiva e a taxa de pacientes curados representa isso”, afirma o prefeito Álvaro Dias.


O Secretário Municipal de Saúde, George Antunes, comemora a data lembrando que o hospital nunca fechou. “Num curto espaço de tempo, conseguimos instalar os leitos de UTI necessários para internações mais graves, hoje contamos com 34 leitos de UTI. Mesmo quando os números de internações baixaram mantivemos o hospital em pleno funcionamento, e com isso podemos contribuir com a assistência de 34 pacientes que vieram de Manaus buscar tratamento em Natal. Alguns deles conheceram o mar pela primeira vez”, fala.
 

“No início de 2020 assumi a direção médica do hospital e esse ano estou como diretora geral da unidade. Posso dizer que cada profissional foi superando seu próprio limite num aprendizado diário dessa doença nova e repleta de desafios. Conseguimos nos fortalecer enquanto equipe, trabalhando em conjunto, com compromisso e senso de responsabilidade. Foram vidas que foram alcançadas, histórias que foram mudadas e estamos caminhando para a alta 2.000, em breve”, pontua a médica Ana Angélica, Diretora do Hospital de Campanha de Natal.


Foram 2.325 pacientes admitidos até a segunda quinzena de abril de 2021. Desses atendimentos realizados, foram contabilizadas 1.624 altas e 64 transferências de pacientes estáveis. Desse público, 70% foi de idosos: 35% desses na faixa etária de até 50 anos, 50% entre 60 e 80 anos, e 15% acima dos 80 anos. Ainda sobre o perfil dos pacientes, 83% dos usuários em tratamento no local apresentaram algum tipo de comorbidade como hipertensão, diabetes ou histórico de acidente vascular cerebral (AVC). Sessenta por cento desses indivíduos eram do sexo masculino e 40% do sexo feminino. Atualmente 72 pacientes estão internados na unidade, sendo 47 em leitos clínicos e 25 em UTI.

São 100 leitos de enfermaria e 34 unidades de terapia intensiva (UTI) equipados com respiradores, monitores cardíacos e bombas de infusão. Além disso, o HC também possui estrutura de hemodiálise, tomógrafo e sala de assistência social para acolhimento junto às famílias dos pacientes.

*Com informações da SECOMS Prefeitura de Natal.


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JUSTIÇA FEDERAL NÃO AUTORIZA COMPRA DE VACINAS POR ENTIDADES COMERCIAIS DO RN

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pedido foi feito pela Associação Comercial e Empresarial do Rio Grande do Norte (ACRN) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL) – Reuters

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JFRN) não autorizou o pedido de duas entidades comerciais potiguares a para aquisição de vacinas contra a Covid-19. O juiz federal Janilson Siqueira, titular da 4ª Vara Federal, negou a antecipação de tutela para a aquisição de imunizantes.

A solicitação foi feita pela Associação Comercial e Empresarial do Rio Grande do Norte (ACRN) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL). As entidades pediam que a compra das vacinas pudesse ser feita sem a obrigação de as doses serem repassadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi publicada no último sábado (1º).

“Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 foi elaborado com base em dados técnicos e científicos, e, sob esse aspecto, deve preponderar o núcleo da competência administrativa conferida pela Constituição às entidades federativas, em relação à qual não é lícito ao Poder Judiciário interferir, salvo situações excepcionais de ilegalidade da ação administrativa”, escreveu o Juiz Federal na sua decisão.

O pedido das entidades potiguares foi realizado após uma decisão do juiz substituto da 21ª vara federal de Brasília, Rolando Spanholo, que considerou inconstitucional a lei aprovada pelo Congresso que obriga a doação ao Sistema Único de Saúde de 100% de vacinas compradas por empresas ou outras instituições enquanto todos os grupos considerados prioritários não forem vacinados.

O magistrado entendeu que a exigência da doação, incluída na lei pelos parlamentares, é inconstitucional, aceitando a argumentação do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, de que a vedação violava o direito fundamental à saúde ao atrasar a imunização.


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O ‘CTRL+C, CTRL+V’ DO PLANALTO NA CPI DA COVID

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O Ctrl+C, Ctrl+V do Planalto na CPI da Covid
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Oito requerimentos apresentados pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC) à CPI da Covid apresentam exatamente o mesmo texto, inclusive com erros de português, nos resumos e nas justificativas.

Registros eletrônicos desses pedidos, como já noticiado, mostram que os documentos foram feitos no computador de Thaís Amaral Moura, assessora da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo e namorada de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro.

Os oito pedidos — quatro de Ciro e quatro de Jorginho — são de convites para que defensores do tal ‘tratamento precoce’ e da cloroquina prestem depoimento à CPI. Entre os especialistas listados, estão Bruno Campello de Souza, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Francisco Eduardo Cardoso Alves, do instituto Emílio Ribas; Nise Hitomi Yamaguchi e Paulo Márcio Porto de Melo, do Hospital Militar da Área São Paulo.

No caso dos convites a Bruno Campello, constam nos requerimentos apresentados pelos dois senadores governistas o mesmo erro: o nome do médico foi escrito de forma incompleta na justificativa do pedido.

“O Dr. Bruno Campello de (sic) é Professor Associado da UFPE, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD) e do Mestrado Profissional em Administração (MPA).”

Além disso, a conclusão dos oito documentos é idêntica:

“Desta forma, considerando que esta CPI tem como finalidade investigar as ações e omissões do Governo Federal e o uso do dinheiro federal pelos Estados e Municípios no enfrentamento da pandemia da COVID-19, para auxiliar seus trabalhos, entendo como fundamental a presença do especialista indicado neste requerimento, razão pela qual solicito aos nobres parlamentares o apoio para sua aprovação.”

Leia abaixo os requerimentos de Ciro Nogueira e Jorginho Mello relacionados ao médico Bruno Campello de Souza:

*Com informações de O Antagonista


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BRASIL ULTRAPASSA 400 MIL MORTES PELA COVID-19 AINDA SEM MEDIDAS EFETIVAS PARA CONTER A PANDEMIA

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Homem trabalha em meio às sepulturas do Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus - EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Homem trabalha em meio às sepulturas do Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus.
Imagem: EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Em 12 de março de 2020, o Brasil registrava seu primeiro óbito em decorrência da covid-19. Hoje, 29 de abril de 2021, a conta total já ultrapassa as 400 mil mortes —mais precisamente 400.021.

No pior momento de toda a pandemia no país, morreram, apenas em abril, até agora, 78.135 brasileiras e brasileiros —em números absolutos, a quantidade é superior ao de qualquer outra nação, ainda que o número de casos tenha aumentado globalmente e a situação na Índia cause preocupação. Aqui, neste mês, foram cerca de 2.700 mortes por dia, em média.

Entre janeiro e abril de 2021, a covid-19 matou mais de 205 mil pessoas em território nacional —mais do que em todo o ano passado (194.975). E ainda não se sabe quando os indicadores vão, de fato, cair.

Hoje, em números absolutos, só perdemos para os Estados Unidos no ranking de países com o maior número de mortos. Com 117 milhões de habitantes a menos, porém, o Brasil ultrapassa o vizinho do norte proporcionalmente em vidas perdidas depois do investimento agressivo em vacinação por lá.

Neste cenário, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi aberta na terça-feira (27) no Senado para investigar a conduta do governo federal na pandemia, além de repasses federais a estados e municípios.

*Com informações do OUL Notícias.


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SALLES ‘TORNOU LEGÍTIMA A AÇÃO DOS CRIMINOSOS, E NÃO DO AGENTE PÚBLICO’, DIZ EX-CHEFE DA PF NO AM

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Em audiência na Câmara dos Deputados, o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, afirmou nesta segunda-feira (26), que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, realizou uma “inversão” e “tornou legítima a ação dos criminosos, não do agente público” nas ações de fiscalização na Amazônia.

Saraiva é ex-superintendente da PF no Amazonas, sendo o responsável pela notícia-crime apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Ricardo Salles. O delegado afirma que o ministro e aliados buscaram dificultar a ação de órgãos ambientais no estado. A relatora do pedido de investigação é a ministra Cármen Lúcia.

“O senhor ministro recebeu da Divisão do Meio Ambiente da Polícia Federal todos os laudos periciais que foram feitos, ele tinha todas as informações necessárias para fazer juízo de valor. A principal empresa que atua na região já recebeu mais de 20 multas do Ibama, deve aproximadamente R$ 9 milhões em multas”, declarou Saraiva às comissões de Legislação Participativa e a de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Prosseguiu o delegado: “ou seja, além disso, existe a presunção de ilegalidade e ilegitimidade dos atos do servidor público. O senhor ministro fez uma inversão: tornou legítima a ação dos criminosos, e não do agente público”.

A notícia-crime é uma comunicação feita à polícia ou ao Ministério Público sobre um fato criminoso. No dia seguinte ao anúncio do documento, a PF anunciou que Saraiva seria substituído no cargo. O novo superintendente, Leandro Almada, foi oficializado no cargo no último dia 20.

Na notícia-crime, Saraiva apontou que Salles, o senador Telmário Mota (PROS-RR) e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, agiram para dificultar a ação fiscalizadora do poder público em questões ambientais.

O delegado também sinaliza no documento fortes indícios de que o grupo tenha praticado crime de advocacia administrativa – patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

*Com informações do G1.


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REDUÇÃO DE SALÁRIO E DE JORNADA PODEM EVITAR DESEMPREGO NA PANDEMIA.

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No momento em que a pandemia da COVID-19 bate novos recordes dê internações e de óbitos, o governo federal deverá reeditar a Medida Provisória 936 na tentativa de minimizar o desemprego que vem acontecendo com as medidas restritivas praticadas por governadores e prefeitos.


Na reedição da Medida Provisória que o governo federal pretende publicar ainda esta semana no Diário Oficial da União estarão medidas para flexibilizar “Home-office”, antecipar férias e pausar o recolhimento do FGTS, além de permitir a redução de jornada e de salário e até a suspensão do contrato de trabalho por até 120 dias.


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FALTA DE INSUMO BLOQUEIA 28,1% DOS LEITOS DE UTI SEM FUNCIONAMENTO NO RN. VENTILADOR PULMONAR É A CAUSA DE 6,3%

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Na noite deste sábado (24), de acordo com a última atualização na plataforma Regula RN, às 20h51, dos 413 Leitos Críticos Covid-19, 3 estão bloqueados; sendo, 9 deles, apenas por falta de insumos, contra o não funcionamento de somente dois leitos por ausência de ventilador pulmonar. Até o momento, desde o começo da pandemia, 710 pessoas morreram no RN à espera de leito de UTI.

Segundo a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), dos leitos do Estado, alguns estão bloqueados pela dificuldade em fechar escala médica. Já referente aos leitos bloqueados em hospitais municipais, a falta de insumos se destaca exatamente pela falta dos kits de intubação e o motivo teria que se avaliado junto à gestão de cada um.


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DIRETOR DE PESQUISAS DO BUTANTAN AFIRMA QUE FIM DA PANDEMIA PODE SER SÓ EM 2023

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A pandemia de coronavírus deve se estender até 2023. A previsão, feita pelo diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, não significa que as restrições que o país –e boa parte do mundo– enfrenta no momento serão mantidas até lá. Haverá uma flexibilização à medida em que a vacinação avance.

“A gente tem que entender que esse vírus veio para ficar. E, como acontece com a influenza [vírus da gripe], nós vamos ter que aprender a conviver com ele”, afirmou em entrevista ao Poder360.

“Nós temos casos de pessoas com influenza grave todos os anos. Pessoas que morrem e temos vacinação. O que acontece? Colocamos a Influenza em um nível que é manejável para o sistema de saúde e manejável para a sociedade”, detalhou.

O processo, para ser efetivo, precisa de coordenação global, já que novas variantes podem aparecer e dificultar o processo de vacinação. “Como tenho falado, desta temos que sair todos juntos. Isso será parte do problema. Estamos vendo um acesso muito desigual a recursos no mundo e isso vai fazer com que vários países tenham demora em incorporar medidas profiláticas“, disse.

Como parte desse processo de adaptação social e do sistema de saúde à vacina, Palácios lidera duas iniciativas do Instituto Butantan que tem potencial de ajudar na reversão do quadro de mortes e esgotamento do sistema de saúde. De um lado, o Butantan produz um soro anticovid. O laboratório também é responsável pelas pesquisas da ButanVac, uma vacina nacional que pode reduzir os custos de produção de imunizantes.

Sobre o soro, ele alerta que é necessário modular as expectativas. “É para casos que estão no início. Isso tem que ser colocado. Uma pessoa vai evoluir para um caso grave perto da 2ª semana. A ideia é poder chegar a tempo e fazer uma intervenção para interromper o avanço para um caso grave”, explicou.

A nova vacina, por outro lado, tem potencial de auxiliar a CoronaVac, que é produzida em parceria com a chinesa Sinovac, por utilizar um método distinto, para o qual o instituto já tem todas as instalações montadas.

“É a mesma [fábrica] que usamos para a vacina de influenza, na qual o Butantan é dos grandes produtores do mundo. Está pronta e o Butantan já realizou os lotes de testes para a vacina. Quando falamos que já é do Butantan por completo, é porque já produzimos”, explicou.

Fonte: Poder360


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