POLÍTICOS SILENCIAM APÓS DEPOIMENTO E PRISÃO DE ABRAÃO LINCOLN NA CPMI

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O silêncio tomou conta das articulações políticas no Rio Grande do Norte após o depoimento e a prisão em flagrante do potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), durante a CPMI do INSS, nesta segunda-feira (3). O ex-candidato a deputado federal, liberado horas depois mediante pagamento de fiança, foi acusado pelo relator da comissão, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), de mentir sob juramento durante questionamentos a respeito dos roubos aos aposentados através da Confederação. Segundo apontou o relator da CPMI, Abraão comanda um esquema que teria usado recursos desviados do INSS para financiar campanhas eleitorais em municípios potiguares, citando, inclusive, Porto do Mangue.

Até então, Abraão Lincoln vinha sendo cortejado por lideranças de diferentes partidos interessados em sua força e possibilidade de estrutura eleitoral, além do trânsito político pelo interior do Estado. No início do ano e ao longo de 2025 ele participava de conversas com o ex-deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade), o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PSD), a ex-prefeita Micarla de Sousa e o ex-deputado federal Rafael Motta, na busca de articular uma nominata competitiva para as eleições proporcionais de 2026.

No entanto, desde o depoimento e a prisão de Abraão Lincoln, os mesmos políticos que vinham mantendo diálogo e afinando entendimentos com ele agora optaram pelo silêncio. Nenhum dos nomes citados se pronunciou publicamente sobre o caso ou sobre a continuidade das conversas políticas, sinalizando um distanciamento cauteloso diante da repercussão nacional.

Apesar disso, a influência de Abraão Lincoln nas articulações eleitorais pode permanecer.

Conhecido pela ampla rede de contatos em prefeituras e pela capacidade de mobilizar lideranças ligadas ao setor pesqueiro, ele segue sendo um nome estratégico para compor nominatas e oferecer estrutura política, e financeira, a grupos em formação.

As investigações e o episódio da CPMI não impedem a atuação política e a candidatura de Lincoln, conforme informou ao Diário do RN o advogado e especialista em Direito Eleitoral Victor Hugo Soares. “Para que haja impedimento eleitoral, seria necessário que ele já tivesse uma condenação criminal com trânsito em julgado, o que não é o caso”, explicou.

O episódio, contudo, escancara uma contradição recorrente na política potiguar: figuras investigadas continuam exercendo peso decisivo nas composições eleitorais, mesmo após situações de desgaste público. Assim, enquanto o silêncio se impõe entre aliados, Abraão Lincoln pode se manter com influência intacta e seu nome ainda presente nas conversas de bastidor, como parceiro estratégico.

Abraão pode ser indiciado por falso testemunho
O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), o potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, poderá ser indiciado por falso testemunho após ser preso em flagrante durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que apura fraudes em benefícios previdenciários, e liberado mediante pagamento de fiança. O caso gira em torno de supostos roubos cometidos por entidades que descontam mensalidades diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas.

A prisão foi determinada na madrugada desta terça-feira (4) pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a pedido do relator deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL). O parlamentar acusou Lincoln de ter mentido reiteradas vezes ao colegiado, caracterizando o “crime impróprio de falso testemunho”, conforme a Lei nº 1.579/52, que regula as Comissões Parlamentares de Inquérito.

Entre as contradições apontadas, o relator destacou que Abraão Lincoln omitiu sua relação pessoal com o tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, afirmando inicialmente que o vínculo era apenas “institucional”.

No mês de maio, reportagem do Diário do RN, trouxe informações sobre a ligação entre Lincoln e Negreiros, apontado como braço direito do presidente da Confederação. Os dois são investigados pela Polícia Federal sobre as fraudes no INSS.

Apesar da prisão em flagrante, Lincoln foi liberado horas depois mediante pagamento de fiança arbitrada pela Polícia do Senado. O especialista em Direito Eleitoral e Processual Penal Victor Hugo Soares avaliou a medida como equivocada. Segundo ele, a prisão desrespeitou o habeas corpus preventivo concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, que assegurava ao depoente o direito de permanecer em silêncio e não ser preso por suas declarações.

O jurista esclarece que, a partir de agora, o inquérito policial sobre o possível crime de falso testemunho ficará sob responsabilidade da Polícia Federal, já que se trata de matéria de competência federal. Após a conclusão, o Ministério Público Federal decidirá se oferece ou não denúncia criminal.

“A Polícia do Senado lavrou o flagrante, mas quem conduz o inquérito é a PF. Se o crime for comprovado, Abraão Lincoln pode ser indiciado, e o Ministério Público decidirá se entra com ação penal”, afirmou o especialista.

Paralelamente, o relatório final da CPMI, sem prazo exato, deverá encaminhar as conclusões ao Ministério Público e à Justiça Federal, recomendando responsabilização civil e criminal dos envolvidos nas supostas fraudes na Previdência.

Apesar da repercussão do caso e do histórico de processos anteriores, Abraão Lincoln não está inelegível neste momento. “Para que haja impedimento eleitoral, seria necessário que ele já tivesse uma condenação criminal com trânsito em julgado, o que não é o caso”, esclareceu Soares.


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CORONEL AZEVEDO RECONHECE AVANÇOS DA SEGURANÇA SOB GOVERNO FÁTIMA

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Apesar das críticas constantes e ferrenhas ao PT e à governadora Fátima Bezerra, o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) admitiu que a atual gestão promoveu avanços na segurança pública e valorizou a Polícia Militar. A declaração do parlamentar oposicionista ocorreu durante entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM, nesta terça-feira (04).

Azevedo reconheceu o trabalho da equipe técnica do governo na área, citando os coronéis Araújo e Alarico, e afirmou que o Rio Grande do Norte hoje tem um “nível diferenciado” em comparação aos demais Estados do Nordeste. “A equipe que foi escolhida pelo governo não é a equipe política, o coronel Araújo, o coronel Alarico. E assim têm sido feitas muitas operações. O Rio Grande do Norte tem um nível diferenciado comparado com os demais estados do Nordeste. Houve avanços na segurança pública, houve”, declarou.

Questionado sobre a valorização da polícia no governo Fátima e que teria sido o governo que mais efetuou promoções na Polícia Militar, Azevedo afirmou que “isso é verdade”. Mas ponderou, no entanto, que as promoções são resultado da legislação e não de decisão política: “O governo não promove. O que promove é a lei”.

O deputado ressaltou que, depois de mais de 50 anos sem representação direta de operadores da segurança na Assembleia Legislativa, ele próprio assumiu essa bandeira, após, inclusive, exercer comando na Polícia, destacando que sua principal pauta é a recomposição do efetivo e a valorização dos policiais. “Sem segurança, repito, nada funciona”, disse, complementando que “na época de governos anteriores, as promoções ocorreram, mas não se implantava, porque a Polícia Militar era sempre olhada como o patinho feio da segurança pública”.

deputado defende retirada de homenagem da PM concedida à Natália Bonavides
O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) defendeu, a revogação da medalha Luís Gonzaga, concedida pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte à deputada federal Natália Bonavides (PT) em 2023. A honraria, criada em 1977, homenageia o soldado Luiz Gonzaga, morto durante a Intentona Comunista de 1935, e é entregue a personalidades civis e militares por serviços prestados à corporação.

Azevedo afirmou que a deputada “desonrou” a medalha ao participar de um ato, realizado em Natal, em frente ao shopping Midway Mall, em protesto contra a megaoperação policial no Rio de Janeiro, nas comunidades da Penha e do Alemão, e em defesa da desmilitarização das polícias, conforme denúncias da oposição expostas em vídeos nas redes sociais. A manifestação aconteceu na última sexta-feira (31), e teve a participação, além da parlamentar federal, dos vereadores natalenses Brisa Bracchi (PT) e Daniel Valença (PT).

“Dizer que o soldado Luiz Gonzaga, ele morreu, ele foi assassinado na intentona comunista, ele morreu combatendo o comunismo. Como é que uma deputada que está todos os dias aí tratando desses temas ideológicos, defendendo o socialismo, que hoje é a nova roupagem, a nova fantasia do comunismo, pode receber? Já é uma incoerência conceder a medalha”, declarou o deputado.

O parlamentar citou o decreto que institui a comenda, lembrando que o artigo quarto prevê a cassação do título caso o agraciado desonre a honraria. “Tem que ser cumprida a lei. Se a governadora não cumprir, que os próximos possam cumprir a legislação e tornar sem efeito o ato de concessão da medalha Luís Gonzaga, que morreu vítima do comunismo, enfrentando os comunistas, foi assassinado, caçar essa homenagem dada a Natália Bonavides”, afirmou.

Segundo o deputado, o processo de concessão da medalha parte da própria Polícia Militar, com as indicações submetidas à governadora do Estado, que assina o diploma da honraria. “O decreto de 77 prevê isso: se o agraciado com a medalha desonrar a medalha, pode ser caçada a concessão”, acrescentou.

Durante a entrevista, o parlamentar bolsonarista também criticou o Partido dos Trabalhadores, afirmando que desde 2015 a sigla defende a desmilitarização da polícia. “No Congresso anual do PT de 2015, realizado em Salvador, foi elaborada a Carta de Salvador, e lá ficou descrito e publicado que um dos objetivos do Partido dos Trabalhadores era o fim ou a desmilitarização da Polícia Militar”, disse. “Se pede o fim da Polícia Militar, para onde vão os homens e as mulheres que arriscam as suas vidas para salvar desconhecidos todos os dias?”, questionou.

Natália Bonavides rebate críticas
Por meio de nota, a deputada Natália Bonavides rebateu as declarações e explicou que o ato em Natal foi um protesto contra a chacina no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos nas comunidades da Penha e do Alemão.

“O que se está dizendo nessas manifestações é que uma coisa é combater o crime organizado, outra é uma operação com 121 mortos, sem contar os feridos, incluindo policiais. Isso não acaba com o crime organizado e só amplia o horror vivido pela comunidade”, afirmou a parlamentar.

Ela destacou que o Governo Federal vem promovendo ações efetivas contra o crime, como a desarticulação de esquemas de lavagem de dinheiro do tráfico, e ressaltou que o governo do Estado tem feito investimentos inéditos na segurança pública.

Natália também lembrou que destinou diversas emendas parlamentares ao longo de seus dois mandatos para a área de segurança, incluindo recursos para compra de equipamentos, viaturas e coletes, além de melhorias em estruturas da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal de Natal. “Qualquer um que acompanhe nosso mandato sabe do nosso compromisso com a segurança pública, com a defesa de condições de trabalho dignas”, afirmou.


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“ALLYSON TRATA MAL E COM DESPREZO OS SERVIDORES PÚBLICOS” DIZ VEREADORA

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Durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Mossoró nesta terça-feira (04), a vereadora Marleide Cunha (PT) cobrou a convocação de aprovados nos concursos públicos da Saúde e da Assistência Social. Segundo ela, em alguns casos, nem os primeiros colocados do concurso da saúde foram convocados, citando as vagas para assistente social, biomédico, biologia, enfermeiro do trabalho, farmacêutico bioquímico, enfermeiro intensivista e agentes de combate às endemias.

Marleide afirmou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), prefere ocupar os cargos com contratos temporários e terceirizados, usando-os como moeda de troca por apoio político. “Não é brincadeira no município de Mossoró ter aproximadamente duas mil pessoas em trabalho terceirizado, precarizado, em que a empresa ganha um valor bem mais alto do que paga ao trabalhador. Além dos terceirizados, nós temos 1.000 cargos comissionados na Prefeitura de Mossoró, pessoas que são apadrinhadas, que são colocadas por interesse político do prefeito, pra conseguir dividendos eleitorais, pra conseguir votos. ”, declarou.

A vereadora argumentou que se o município tem a necessidade, o prefeito tem a obrigação de convocar os aprovados no concurso público “e não deixar todo mundo nessa angústia e vendo contratos temporários sendo renovados, vendo um processo de terceirização escancarado nesse município”. “O prefeito (Allyson) é servidor público e, por isso, a gente se questiona como alguém que é servidor público, trata tão mal, com tanto desprezo os servidores públicos, retirando direitos. ”, criticou.

Marleide relatou que os candidatos aprovados vivem uma angustia diária, um processo de ansiedade porque querem e têm o direito de começar a trabalhar. “A constituição ainda diz que a ocupação de cargos públicos é via concurso público, mas estão se esquecendo disso em Mossoró.

”, concluiu.

O Diário do RN entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró para solicitar um posicionamento sobre a convocação dos aprovados, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.


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EXPOSIÇÃO VALORIZA IDENTIDADE E MEMÓRIA DAS ARTES VISUAIS NO RN E OFERECE VISITAÇÃO GUIADA PARA ESCOLAS

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No coração da Cidade Alta, no Palácio Potengi, a Pinacoteca do Estado segue de portas abertas para receber escolas públicas e privadas na exposição “Feito Potiguar: Identidade e Memória das Artes Visuais do RN”. A mostra, em cartaz até 30 de novembro, oferece visitas guiadas com mediadores que conduzem alunos e professores por uma trajetória de descobertas sobre a história e a diversidade das artes visuais produzidas no Rio Grande do Norte. Desde a abertura, em 26 de setembro, mais de 3 mil visitantes já passaram pela exposição, que se tornou um importante espaço de valorização cultural e educativa para a cidade.

Fruto de uma parceria entre o Sebrae/RN (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte) e o Conselho Estadual de Cultura, a exposição reúne obras inéditas de 51 artistas potiguares, incluindo pinturas, esculturas e tapeçarias que abrangem mais de um século de criação. “Temos uma equipe de mediação que acompanha as visitas, sejam agendadas ou espontâneas, e promove encontros sensíveis com as obras, estimulando o olhar, a escuta e a troca de experiências. As mediações são pensadas para todos os públicos e incluem jogos lúdicos, podendo ser adaptadas para grupos escolares, universitários e outros, com o objetivo de incrementar a vivência da potência criativa que brota do nosso território”, explica Karen Álvares, coordenadora do setor educativo da exposição.

A mostra está organizada em quatro núcleos temáticos que permitem ao visitante compreender a riqueza e a diversidade da produção artística potiguar. O primeiro módulo, “Poética Fundante”, retrata paisagens do litoral ao sertão, registrando casarios históricos, trabalhadores do campo e da pesca, além de figuras populares, apresentando uma visão poética e detalhada do cotidiano do Rio Grande do Norte. O segundo núcleo, “Cascudo, as Tradições e o Folclore”, celebra festas populares, ritos de fé, devoção e misticismo que permeiam o dia a dia da população, conectando o público com o patrimônio cultural imaterial do estado. O terceiro, “Natureza Viva”, evidencia a exuberância da flora e fauna locais, com destaque para o caju, símbolo maior do RN, mostrando como a natureza potiguar inspira artistas de diferentes gerações. Por fim, o módulo “Feito Feminino” presta um tributo às mulheres que romperam barreiras e deixaram marcas no cenário das artes visuais, evidenciando a contribuição feminina para a identidade artística do Estado.

Entre as obras que mais chamam a atenção do público, o curador Manoel Onofre cita o “Galo Branco”, de Antônio Soares, e sua releitura colorida feita pela artesã Dona Neném; uma tapeçaria inédita de Dorian Gray, com quatro metros de extensão; e obras de Joaquim Fabrício resgatadas com auxílio da inteligência artificial. Segundo Onofre, Fabrício é uma figura essencial na história da arte potiguar, tendo estudado na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com financiamento de D. Pedro II, e sua obra contribuiu de forma significativa para a formação visual do Estado.

“É um momento oportuno para tornar acessível ao público a produção artística potiguar e permitir que novas gerações conheçam e se apropriem desse legado. Cada núcleo é uma janela para diferentes facetas do nosso imaginário. A exuberância da flora local, com o caju como protagonista, e a exaltação da figura feminina na construção da arte potiguar completam este panorama, tecendo um fio condutor que une passado e presente, tradição e inovação”, observa Onofre.

Para o diretor superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo, a exposição reflete os princípios do Feito Potiguar ao resgatar a autoestima e o orgulho local. “A valorização da arte potiguar é mais uma forma de reconhecer e apreciar o que é intrinsecamente nosso. Por isso, surgiu a ideia de criar uma exposição que traduz a poética visual do projeto, mostrando as obras de quem, de fato, construiu o percurso das artes no Rio Grande do Norte”, afirma.

O acesso à exposição é gratuito, seguindo o horário de funcionamento do Palácio Potengi: de terça a sexta-feira, das 8h às 16h, e aos sábados e domingos, das 9h às 16h. Além disso, a venda de artigos para presente da marca Feito Potiguar, incluindo camisas, bonés, canecas, cadernos e ecobags, reverte parte da renda para a Casa Durval Paiva, reforçando o caráter social do projeto e integrando arte e responsabilidade comunitária.

A iniciativa representa também uma oportunidade de aproximar o público escolar da arte potiguar. A visita guiada com mediadores permite que os alunos não apenas observem as obras, mas interajam com elas por meio de atividades lúdicas e discussões guiadas, estimulando o aprendizado e a reflexão crítica, de acordo com a coordenadora do setor educativo da exposição, Karen Álvares.

“Essas mediações incentivam o olhar sensível e ajudam a formar uma nova geração que compreenda o valor da arte local e a importância de sua preservação”, finaliza.
Para agendamento de visitas escolares, o contato é pelo telefone (84) 99127-2625.


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POTIGUARES JÁ ESTÃO PAGANDO MAIS CARO PELO GARRAFÃO DE ÁGUA MINERAL

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Desde 1º de novembro, o preço da água mineral vem subindo em todo o Rio Grande do Norte. O reajuste contempla as naturais e as adicionadas de sais e pode variar conforme a política de cada indústria envasadora, levando o valor do garrafão de 20 litros a custar entre R$ 9 e R$ 15. O aumento, segundo o Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn), foi inevitável diante da escalada dos custos de produção, da alta do dólar e da inflação acumulada no último ano.

O presidente do Sicramirn, Joafran Nobre, explica que o reajuste é uma medida necessária para garantir o equilíbrio financeiro das empresas do setor e a manutenção da qualidade do produto entregue ao consumidor. “O aumento reflete um esforço de equilíbrio diante da elevação de custos que impactam cada elo da cadeia produtiva. Nosso compromisso é garantir que o consumidor continue recebendo um produto seguro e de excelência, dentro das normas sanitárias e ambientais exigidas”, afirma.

Segundo o Sindicato, entre os fatores que pressionaram os preços estão a inflação acumulada em torno de 5% nos últimos 12 meses, o reajuste do salário mínimo e o encarecimento de matérias-primas utilizadas na fabricação de tampas, rótulos e lacres. Os custos logísticos também pesaram na decisão. O aumento do preço dos combustíveis, da energia elétrica e de outros insumos afetou diretamente o transporte e o envase das embalagens.

Outro ponto de forte impacto foi a valorização do dólar, que encareceu o preço da resina usada na produção dos vasilhames, tendo em vista que como a matéria-prima é cotada em moeda estrangeira, qualquer variação cambial influencia diretamente o custo final do produto. “Temos acompanhado oscilações expressivas na cotação do dólar e isso repercute imediatamente na nossa produção, especialmente no valor das embalagens”, explica o presidente.

A decisão de reajustar os preços foi tomada após sucessivas tentativas de absorver os aumentos de custos ao longo do ano. Segundo o Sicramirn, o setor vem operando com margens apertadas e o reajuste busca restabelecer o equilíbrio econômico das empresas. “Nosso papel é manter o funcionamento saudável das indústrias, proteger os empregos e assegurar que o consumidor continue tendo acesso a um produto essencial, com a mesma qualidade que sempre caracterizou o setor”, reforça Joafran Nobre. Com os novos valores, coube a cada envasadora definir o percentual de reajuste de acordo com seus custos internos e políticas comerciais.

MERCADO EM EXPANSÃO
Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com 35 indústrias envasadoras, responsáveis pela produção de aproximadamente 507 milhões de litros de água por ano. O setor também tem grande relevância econômica e social, gerando cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com estimativas do Sicramirn, a produção mensal chega a três ou quatro milhões de garrafões de 20 litros, volume que inclui tanto a água mineral natural quanto a água adicionada de sais.

QUALIDADE E CONTROLE RIGOROSO
O Sicramirn destaca que a diferenciação entre os tipos de água está na origem e no processo de tratamento. As águas minerais naturais possuem composição de sais minerais definida naturalmente desde o subsolo, enquanto as águas adicionadas de sais passam por um processo de purificação e recebem minerais em proporções controladas. Em ambos os casos, o envase é realizado nos mesmos garrafões de 20 litros e segue protocolos físico-químico e bacteriológico para garantir segurança e qualidade para os consumidores potiguares.

Além de ser amplamente consumida, a água envasada no estado segue rígidos padrões de segurança e qualidade. Todas as indústrias operam sob fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e da Vigilância Sanitária, obedecendo a normas que vão desde a captação até a distribuição final do produto. No Rio Grande do Norte, o setor adota ainda o Selo de Controle Fiscal, mecanismo que assegura a procedência e a conformidade do produto comercializado.


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CÂNCER DE PRÓSTATA: DIAGNÓSTICO PRECOCE GARANTE ATÉ 90% DE CURA

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De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2025, cerca de 71.730 homens serão diagnosticados com câncer de próstata no Brasil, uma média de 196 casos por dia.

Outro dado importante mostra que, em 2024, 16.160 homens morreram em decorrência da doença, o equivalente a 44 mortes por dia, de acordo Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Os números reforçam a necessidade de campanhas permanentes de prevenção e conscientização sobre a saúde masculina, especialmente durante o “Novembro Azul”, instituído no Brasil em 2011. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem mais de 90% de chance de cura. Com esse propósito, a Sociedade Brasileira de Urologia do Rio Grande do Norte (SBU-RN) realiza mais uma edição da campanha, incentivando os homens a cuidarem da própria saúde e manterem o acompanhamento médico regular.

“Os exames de rotina não são só para ‘descobrir doença’. Eles são uma oportunidade de diagnóstico precoce e de prevenção algumas vezes”, destaca o urologista Rafael Pauletti, presidente da SBU-RN.

Segundo o especialista, o câncer de próstata pode evoluir silenciosamente por anos, sem causar sintomas. “Quando o homem sente algo como dor ou sangue na urina, muitas vezes o tumor já está em fase avançada, e o tratamento fica mais complexo e com mais complicações”, alerta.

Entre as estratégias de controle do câncer de próstata, destacam-se o diagnóstico precoce e o rastreamento, que consiste na aplicação sistemática de exames em homens assintomáticos para identificar o câncer em estágio inicial. O acompanhamento anual com o urologista permite identificar alterações no exame de sangue PSA e no toque retal, além de possibilitar a avaliação de outros aspectos da saúde geral, como colesterol, pressão arterial e diabetes. “O check-up não é burocracia: é estratégia de vida”, resume Pauletti.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o rastreamento em homens entre 50 e 70 anos. Para homens negros ou com histórico familiar da doença, a orientação é iniciar aos 45 anos.

“É um grupo em idade produtiva e com expectativa de vida cada vez maior em nossa sociedade, por isso é tão importante o cuidado preventivo. E quando o pai, irmão ou avô teve câncer de próstata antes dos 60 anos e a obesidade, a atenção deve ser cada vez maior. Outro fator que deve ser observado é a exposição ocupacional a agentes químicos, que representa cerca de 1% dos casos”, explica o urologista.

Quando identificado no início, o câncer de próstata é altamente tratável. “As chances de cura ultrapassam 90%, os tratamentos são menos invasivos e há maior preservação da continência urinária e da função sexual”, tranquiliza o médico.

“Não é um exame de próstata que vai mudar a sua masculinidade”

O representante comercial José Américo de Paiva Filho, de 73 anos, conhece bem a importância do diagnóstico precoce. O histórico familiar sempre o levou a realizar exames anuais.

“Normalmente, todos os anos, fazia todos os exames, inclusive o toque. Meu pai teve câncer de próstata e meu irmão mais velho também. E com isso eu cuidava, sempre estava fazendo os exames e acompanhando”, conta.

Mesmo diante do diagnóstico, José Américo manteve a tranquilidade e a fé. “Fiquei calmo porque meu médico me passou confiança, explicou que era o início da doença. Fiz a cirurgia e, graças a Deus, não precisei de quimioterapia. A recuperação foi ótima. ”

Recuperado, ele faz questão de deixar um conselho: “Valorize a sua vida. Não é um exame de próstata que vai mudar a sua masculinidade. O importante é cuidar, porque é muito bom viver e ter saúde”, alerta.

SINTOMAS E TRATAMENTOS
Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, o que reforça a importância da prevenção. Em estágios mais avançados, podem surgir sangue na urina ou no sêmen, micção frequente ou necessidade de urinar à noite, fluxo urinário fraco ou interrompido, disfunção erétil, dores ósseas e no baixo ventre. Mais do que uma campanha, o Novembro Azul é um lembrete de que cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e de responsabilidade com a própria vida.

Os tratamentos do câncer de próstata variam de acordo com o estágio da doença, o tipo histológico, a idade e as condições clínicas do paciente. De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro de 2019 e agosto de 2024, foram realizadas 18.315 prostatectomias e 28.756 prostatovesiculectomias radicais no país. As opções incluem cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos. Em alguns casos, são utilizadas terapias focais e imunoterápicos. “Hoje temos várias opções de tratamento, para cada fase da doença.

Casos iniciais ou avançados são passíveis de tratamento e melhora da qualidade de vida — só basta querer se tratar”, conclui o urologista, Rafael Pauletti.


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CÂMARA DE NATAL PRESTA HOMENAGEM AO EX-PRESIDENTE DA CASA, DICKSON NASSER

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A Câmara Municipal de Natal realizará, no dia 6 de novembro, às 18h30, no Plenário Érico Hackradt, uma Sessão Solene de entrega do Título de Cidadão Natalense ao ex-presidente da Casa, Dickson Nasser, natural do município de Macaíba, no Rio Grande do Norte.

A homenagem é uma iniciativa do vereador Daniel Santiago (PP), subscrita por diversos vereadores, inclusive o presidente Ériko Jácome, como forma de reconhecer sua relevante contribuição à história do Legislativo natalense e ao desenvolvimento da cidade.

Com uma trajetória pública marcada por dedicação, liderança e compromisso com o serviço público, Dickson Nasser foi vereador de 1989 a 2012 e presidiu a Câmara Municipal de Natal em dois mandatos consecutivos, entre 2007 e 2010, período em que se destacou pela modernização administrativa e pela valorização dos servidores da Casa.

Além da atuação parlamentar, exerceu cargos de destaque na administração municipal, como presidente do Iprevinat (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Natal) e secretário de Assuntos Parlamentares. Também esteve à frente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (Fecam/RN), presidindo a entidade entre 2007 e 2010, quando ampliou o diálogo entre os Legislativos municipais e fortaleceu o papel institucional das câmaras no interior do estado.

Dickson Nasser está à frente do grupo político com mais longa atuação na Câmara Municipal de Natal, tendo seu filho, Dickson Júnior, exercido três mandatos consecutivos, encerrados em 2024, e atualmente representado pelo vereador Daniel Santiago, que cumpre seu primeiro mandato.

“Dickson Nasser é parte viva da história política de Natal. Sua experiência e o trabalho dedicado à Câmara Municipal deixaram marcas profundas de respeito, compromisso e espírito público. Esta homenagem é um reconhecimento merecido a quem tanto contribuiu para o fortalecimento do Poder Legislativo”, destacou o vereador Daniel Santiago.

A solenidade contará com a presença de familiares, amigos, ex-colaboradores, autoridades e parlamentares.


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BLOGUEIRO AGREDIDO NA PREFEITURA DE MOSSORÓ QUESTIONA SILÊNCIO DE ALLYSON

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O blogueiro Rony Holanda firma estar passando por dias difíceis e psicologicamente afetado por um caso de violência que envolve o secretário municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito de Mossoró, Walmary Costa. Rony entrou com uma ação na justiça denunciando ter sido agredido pelo secretário na sede do órgão.

O caso aconteceu há duas semanas e, desde então, o blogueiro afirma não conseguir esquecer o ocorrido. “Eu sempre me vejo naquela situação, em vários momentos do meu dia a dia, não sai da minha cabeça aquele momento, uma situação que eu não desejo a ninguém passar por isso. Algo muito difícil pra mim, que fui buscar uma informação simples e ser tratado daquela forma.”, relata.

Rony relata que a agressão acorreu em um segundo momento em que ele esteve na secretaria em busca de informações sobre o pagamento do auxílio-fardamento dos guardas municipais de Mossoró. “Já tinha ido na sexta-feira e não encontrei o secretário, sendo atendido pelo seu chefe de gabinete. E quando voltei na segunda e fiquei parado por trás do carro do secretário o esperando para cobrar as informações, fui surpreendido com uma gravata do chefe de gabinete do secretário (Walmary), que me imobilizou, sendo que o secretário me deu vários tapas na cabeça e no pescoço”, descreve.

Segundo o blogueiro, na ocasião, além das agressões físicas, o secretário também arremessou o seu celular contra a parede. Sem o aparelho, Rony falou com o jornal Diário do RN por meio do celular da mãe dele.

O blogueiro questiona o silêncio do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que não emitiu qualquer posicionamento sobre o ocorrido. “Foi algo absurdo. Uma secretaria deveria ser um local do povo, de cidadania, para escutar a população e não um local de tortura.”, indaga.

Rony agora aguarda o desenrolar do caso nos tribunais. “O que eu quero é justiça. Se tratam a imprensa dessa forma, imagine a população.”, conclui.

Em nota publicada após o caso, a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito disse que Rony “tentou invadir salas que contêm dados confidenciais de segurança pública, relacionados ao Centro Integrado de Operações de Trânsito e Segurança Pública (CIOTS) e acessou uma área restrita, além de ter desacatado profissionais do órgão. O blogueiro nega as afirmações e diz que a nota “é mentirosa”.

O jornal Diário do RN entrou em contato com o secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Mossoró, Wilson Fernandes, para solicitar um posicionamento do prefeito Allyson Bezerra, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.


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RELATOR DESMORALIZA ABRAÃO LINCOLN EM DEPOIMENTO NA CPMI DO INSS

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O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), o potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, prestou depoimento nesta segunda-feira (3) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em Brasília, em uma sessão marcada por constrangimentos e pela desmoralização do depoente diante das perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

Abraão Lincoln, que obteve habeas corpus preventivo do ministro Alexandre de Moraes (STF) para permanecer em silêncio sobre fatos que pudessem incriminá-lo, foi confrontado com uma série de questionamentos sobre sua trajetória política e jurídica. Gaspar fez um apanhado da vida do presidente da CBPA.

As perguntas diretas e incisivas deixaram o potiguar visivelmente acuado. Alfredo Gaspar também destacou o principal ponto da investigação atual: o número alarmante de mortos incluídos nas listas de descontos associativos vinculados à CBPA. “Há cerca de 40 mil mortos incluídos como filiados ativos”, frisou o relator, observando que esse número é recordista entre as entidades investigadas.

O relator lembrou inclusive a prisão de Abraão em 2015, em Porto Alegre: “O senhor já foi preso alguma vez?”, iniciou o relator. Diante do silêncio, prosseguiu: “Em 2015, Vossa Senhoria passou alguns meses guardado na penitenciária central de Porto Alegre. Pode me dizer o motivo da prisão? Essa prisão foi decorrente da cobrança de propina? Propina relacionada a licenças de pesca artesanal falsas?”. Abraão limitou-se a dizer que o caso “ainda está sob investigação” e que “não há condenação”.

Em meio aos questionamentos na CPMI, Gaspar ainda citou registros de visitas de Abraão Lincoln ao Palácio do Planalto, em julho e agosto, para reuniões com a ministra Gleisi Hoffmann e outros dirigentes sindicais de federações ligadas à Confederação, tratando da Medida Provisória 1303, que altera regras do seguro-defeso.

Mesmo com o direito de permanecer calado, Abraão respondeu pontualmente, tentando se desvincular das suspeitas. “Está sob investigação, mas não tenho nenhuma condenação”, ou “prefiro permanecer em silêncio”, repetiu em mais de uma ocasião. Inclusive, quando questionado sobre ligações com Antônio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e outros personagens ligados à investigação.

Em sua fala inicial, Abraão Lincoln tentou sustentar a legitimidade da confederação. Afirmou que a CBPA “nasceu de uma dissidência de doze federações históricas” e que hoje reúne 21 federações e quase mil entidades de base em todo o país. “Estamos aqui para dizer a vocês que existimos. Nossas instituições existem”, disse o dirigente, tentando rebater críticas sobre a estrutura física da entidade, descrita pela Controladoria-Geral da União (CGU) como uma “pequena sala comercial”, com apenas uma secretária e sem condições técnicas para atender mais de 360 mil associados.

Apesar da tentativa de defesa, o depoimento foi dominado pelas acusações levantadas pela CPMI e pela Polícia Federal. A CBPA é apontada como um dos eixos centrais da chamada Operação Sem Desconto, que investiga desvios de mais de R$ 220 milhões em benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. Segundo a PF, a confederação teria firmado convênios fraudulentos com o INSS, multiplicando artificialmente o número de filiados para obter repasses de recursos.

Relatórios da CGU e da Polícia Federal indicam que, embora a entidade não tivesse filiados em 2022, ela firmou acordo com o INSS e, em 2023, já contabilizava mais de 340 mil associados, movimentando R$ 57,8 milhões. Nos três primeiros meses de 2024, o número saltou para 445 mil, com faturamento de R$ 41,2 milhões. O documento também associa o tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, ex-candidato a vereador em Natal e considerado braço direito de Abraão Lincoln, aparece nos inquéritos como responsável financeiro da organização. Abraão Lincoln Ferreira, o presidente da CBPA, é ex-líder do Republicanos no Rio Grande do Norte e candidato a deputado federal em 2018. Ambos são investigados por suposta falsificação de filiações em massa e pagamento de propina a servidores do INSS.

A sessão foi acompanhada de forma atenta pelos membros da CPMI, que apura o esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários e suspeitas de corrupção no INSS. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), manteve o tom institucional, mas o clima entre os parlamentares evidenciou a gravidade das acusações que cercam o dirigente potiguar.

A CPMI do INSS deve votar, nas próximas semanas, requerimentos de quebra de sigilo bancário e fiscal de Abraão Lincoln, abrangendo o período entre 2019 e 2025, além de detalhamentos sobre movimentações financeiras e contratos da CBPA. O caso, segundo o relator, “é um retrato de como organizações fantasmas têm saqueado o sistema previdenciário brasileiro, à custa de aposentados e pensionistas”.


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DANIEL VALENÇA NEGA QUE ATO EM NATAL TENHA SIDO PELO FIM DA PM

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O vereador Daniel Valença (PT) negou que a manifestação realizada na última sexta-feira (31), em frente ao shopping Midway Mall, em Natal, tenha tido como pauta o “fim da polícia” ou a “desmilitarização da polícia”, como mostram vídeos divulgados nas redes sociais. Segundo ele, o ato, convocado por ele e pela vereadora Brisa Bracchi (PT), teve como objetivo denunciar a chacina ocorrida no Rio de Janeiro e cobrar investigação sobre a ação que deixou 117 mortos civis e quatro policiais.

“A pauta do ato era contra a chacina de Cláudio Castro, não contra a polícia militar. Inclusive, quatro policiais morreram, um com 40 dias de polícia civil, graças à irresponsabilidade e ao eleitoralismo do governador do PL. Com certeza, não era sobre o fim da polícia”, afirmou Valença ao Diário do RN.

O vereador destacou ainda que o debate proposto pelo movimento é sobre a apuração dos fatos e a necessidade de discutir publicamente os rumos da política de segurança pública no país. “O que está em questão é que houve uma chacina e as pessoas estão exigindo que haja uma investigação transparente, isenta, sobre se houve execuções ou não, e que se abra um debate sobre se esse caminho muda ou não a situação de violência que o povo está submetido não só no Rio de Janeiro, mas em todas as comunidades do país”, disse Valença à reportagem.

A vereadora Brisa Bracchi se pronunciou durante o ato, conforme postagem em suas redes sociais, afirmando que o modelo de segurança pública adotado no país é insustentável e tem como consequência o extermínio da população negra e periférica. Em suas divulgações sobre o movimento, não há qualquer abordagem sobre o fim da polícia.

“Esse não é um modelo de segurança pública possível. Esse é um modelo político de extermínio da juventude negra, dos negros e favelados. Uma política de combate ao crime organizado de verdade vai no financiamento do crime, nos centros financeiros do crime organizado. Não sobe a favela atirando e matando, jorrando sangue como aconteceu essa semana”, declarou.

Brisa afirmou ainda que o momento é de transformar a dor em luta e de reafirmar o papel do movimento negro e dos defensores dos direitos humanos. “Nós precisamos ter noção e consciência do tamanho do desafio. O movimento negro unificado tem muita força, tem muita potência. Nós temos uma ancestralidade que sobreviveu à escravidão, que resistiu a momentos muito mais difíceis da história deste país”, completou.

A deputada federal Natália Bonavides também esteve presente ao ato. A reportagem do Diário do RN entrou em contato com a assessoria da parlamentar, mas não teve retorno.

O ato, que reuniu alguns militantes de movimentos sociais e representantes do movimento negro, reforçou a cobrança por apuração independente sobre as mortes no Rio de Janeiro e reacendeu o debate sobre a condução das políticas de segurança no país e no Estado.

Apesar do objetivo claro da manifestação, reforçado por Daniel e Brisa, vídeos que circulam nas redes sociais mostram que, em dado momento, manifestantes gritam em coro: “Não acabou, tem que acabar. Eu quero o fim da Polícia Militar”. Vale destacar que as imagens não mostram a presença de nenhum dos parlamentares (Daniel, Brisa ou Natália) no momento desta reivindicação.


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DIA DE FINADOS: DATA PODE INTENSIFICAR SENTIMENTO DE VAZIO, SAUDADE OU DESAMPARO

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Com a aproximação do Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, muitas pessoas sentem a saudade se tornar mais intensa. É um momento em que lembranças de quem partiu ganham força e emoções como tristeza, vazio e até ansiedade podem emergir de forma inesperada.

Pensando nisso, projetos de apoio psicológico desenvolvem ações voltadas à ressignificação do luto, como o Núcleo Apego e Perdas, formado pelas psicólogas Millena Câmara, Kátia Bezerra e Marianna Mendes, que destaca a importância do acolhimento e do cuidado emocional diante da perda.

Em alusão à data, a psicóloga Millena Câmara destaca a importância de acolher as emoções que emergem diante da perda e de compreender o luto como parte natural da vida. Segundo ela: “O luto é uma experiência profundamente pessoal e única. Cada pessoa reage de maneira diferente à perda, e datas significativas como o Dia de Finados podem intensificar sentimentos de vazio, saudade ou desamparo. Nosso papel é oferecer escuta, acolhimento e suporte, ajudando que essas emoções sejam vividas e compreendidas de forma saudável”, explica a psicóloga Millena Câmara.

Millena também reforça que o acompanhamento psicológico especializado pode ser decisivo para quem enfrenta o luto. “Entre a dor e a saudade, sentir-se escutado, acolhido e respeitado ajuda a organizar as emoções e fortalece a capacidade de lidar com a perda de maneira mais saudável.

Pequenos gestos de cuidado emocional podem ter impacto profundo na vida de quem sofre”, destaca.

A psicóloga Kátia Bezerra, por sua vez, chama a atenção para as manifestações do luto no cotidiano, especialmente em famílias com crianças. Segundo ela, é fundamental incluir os pequenos nos rituais de lembrança e oferecer espaço para que expressem o que sentem. “É importante incluir a criança nos rituais de saudade, convidando-as a expressar seus sentimentos, visitar um cemitério, ver fotos, ou até fazer algo junto aos familiares para lembrar quem está ausente. Além da tristeza, podem surgir sentimentos de irritabilidade, apatia, agressividade, desatenção, e tudo isso faz parte do repertório emocional da criança diante de seu luto.

Reconhecer essas emoções, acolhê-las e permitir sua expressão é parte essencial de uma vivência saudável do seu sofrimento”.

Já para Marianna Mendes, o diálogo é um dos pilares do enfrentamento saudável da perda. “O luto nos acompanha de maneiras singulares. Compartilhar o que se sente nesse momento, seja com alguém de confiança ou com profissionais especializados, ajuda a dar sentido à dor, é um gesto de cuidado diante do que a ausência pode representar e uma forma de acolher as lembranças, especialmente nas datas que despertam saudade”, observa.

SOBRE O NÚCLEO APEGO E PERDAS

Núcleo com 14 anos de atuação acolhe famílias e profissionais no Estado – Foto: Reprodução

O Núcleo Apego e Perdas é referência no cuidado com pessoas enlutadas em toda a região Nordeste. Formado pelas psicólogas Millena Câmara, Kátia Bezerra e Marianna Mendes, que realizam atendimentos especializados com diferentes enfoques complementares na área, o núcleo contabiliza 14 anos de atuação em Natal/RN.

O Núcleo atua diretamente com atendimento especializado em luto, tanto individual quanto em grupo, oferecendo suporte emocional e proporcionando um espaço propício para ressignificar a ausência e as memórias afetivas de quem partiu. Além disso, o grupo realiza capacitações e formações voltadas a profissionais das áreas de saúde, educação e setor funerário, promovendo práticas de acolhimento e humanização no cuidado com pessoas enlutadas, promovendo atenção, acolhimento e compreensão do luto em todas as esferas.

Com uma trajetória marcada pelo compromisso com o cuidado emocional e o acolhimento, a psicóloga Izabel Lima já participou de formações promovidas pelo Núcleo Apego e Perdas. Em uma dessas experiências, ela compartilha o quanto o curso sobre Luto contribuiu para seu desenvolvimento pessoal e profissional, ampliando sua compreensão sobre o sentido da presença e da escuta diante da dor:

“Participar do curso de Luto no Núcleo Apego e Perdas foi uma experiência profundamente transformadora. A capacitação agregou muito à minha trajetória profissional e também à minha vida pessoal, trazendo novas perspectivas sobre o viver e o morrer. As reflexões que o curso me proporcionou ampliaram meu olhar sobre o cuidado, a escuta e o sentido da presença diante da dor. Foi uma experiência indescritível”, descreve.

Mais informações podem ser obtidas através do site: www.apegoeperdas.com


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COMBATE AO TRÁFICO OU SOMENTE AÇÃO ESPETACULOSA: DEPUTADOS AVALIAM

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Após a controversa Operação Contenção no Rio de Janeiro, que mobilizou o debate nacional sobre o combate à organização criminosa Comando Vermelho e a letalidade policial, as diferentes visões sobre a segurança pública ecoaram na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O Diário do RN ouviu novos posicionamentos dos deputados Luiz Eduardo (SD) e Francisco do PT (PT), que divergem sobre a situação carioca.

O deputado Luiz Eduardo alinhou-se à tese de que a ação policial no Rio de Janeiro representa um esforço legítimo para retomar o controle de áreas dominadas pelo crime organizado, destacando a falta de apoio federal como um agravante. “Vemos a polícia combatendo o narcoterrorismo, sem apoio do governo federal”, afirmou o parlamentar.

Para ele, a motivação da megaoperação foca na liberdade aos cidadãos, transcendendo a simples repressão. “O estado [do Rio] está trabalhando para retomar territórios perdidos, para devolver a liberdade da população, que é a maior vítima dessa guerra”, pontuou.

Ao avaliar o Rio Grande do Norte, o deputado opositor do PT reconheceu os avanços, mas manteve uma postura de cautela, frisando que os desafios ainda são enormes e afetam diretamente o cotidiano da população.

“A segurança do RN ainda tem sérios problemas para serem resolvidos, refletindo diretamente na qualidade de vida da população. A violência urbana, o tráfico de drogas e a falta de estrutura das forças policiais são desafios constantes”, detalhou, apesar de reconhecer os investimentos do Governo do Estado em efetivo e tecnologia.

“Apesar dos esforços do governo em ampliar o efetivo e investir em tecnologia, os resultados ainda são limitados. A carência de políticas públicas eficazes e de oportunidades sociais agrava a situação. É necessário um trabalho conjunto entre Estado e sociedade para alcançar uma segurança realmente duradoura”, concluiu Luiz Eduardo.

Já o deputado Francisco do PT reafirmou sua linha de crítica ao modelo de confronto de alta letalidade adotado no Rio de Janeiro. Para ele, o resultado da operação indica mais uma postura de marketing político do que eficácia real no combate ao crime: “O saldo com tantas mortes, segundo especialistas, indica que a operação foi mais uma ação espetaculosa do que uma ação êxitosa de combate ao crime”, sentenciou.

O parlamentar lamentou as consequências humanitárias e sociais da Operação Contenção, destacando a falta de estratégia de longo prazo: “Além das vidas de policiais e civis, ainda expôs a população das comunidades a riscos de mais mortes, causou pânico e impactou a cidade de várias formas, inclusive na mobilidade. O que ficou nítido foi a falta de planejamento e de inteligência, inclusive para garantir a ocupação de territórios controlados pelo crime e sufocar financeiramente tais organizações criminosas”, ressaltou o líder do governo na Assembleia.

Em contraste com o cenário fluminense, Francisco do PT destacou os avanços do Rio Grande do Norte, atribuindo o sucesso a uma gestão integrada e à parceria com o Governo Federal.

“No RN, temos assistido a avanços nesta área. Saímos da posição de um dos Estados mais violentos do país para ocupar a posição de quarto estado menos violento. Isso é fruto de um trabalho muito integrado de nossos setores de segurança nas mais diversas áreas e também de uma importante parceria com o governo federal e outras instituições”, celebrou o deputado do PT.

Ele finalizou destacando sua atuação parlamentar na área: “Temos projetos aprovados para a segurança das mulheres vítimas de violência, de combate aos crimes de pedofilia e requerimentos solicitando melhorias para a segurança de modo geral. Além disso, temos destinado emendas parlamentares para a área da segurança pública”, concluiu Francisco.

Retranca: Coronel Araújo alerta para batalha integrada
Em meio ao debate gerado sobre a crise no Rio de Janeiro, o secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, Coronel Francisco Araújo, reforçou a estratégia de atuação integrada no combate à criminalidade local e apresentou números que consolidam a queda de diversos crimes no Estado do RN, embora admita que a batalha contra as organizações criminosas é contínua.

“Todos os esforços de todas as instituições de segurança pública estão sendo feitos para enfrentamento à criminalidade e à violência”, assegurou o secretário em conversa com o Diário do RN, ressaltando o trabalho em conjunto. Ele frisou a “abnegação dos homens e mulheres que compõem a força de segurança e que trabalham de forma integrada” com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Guardas Municipais. O secretário citou, como exemplo da sinergia, operações recentes realizadas em parceria com a Polícia da Paraíba e a Polícia Federal, que “fortalece o trabalho de inteligência, fortalecendo as investigações”.

Os dados consolidados pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE) da SESED confirmam a redução em crimes patrimoniais no período de janeiro a setembro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. A queda é notável em diversas frentes: roubos de veículos (-34,7%), assaltos em via pública (-34%), assaltos a estabelecimentos comerciais (-31,6%) e roubos a residências (-34,6%). O combate aos roubos e furtos de celulares também teve um impacto significativo, com redução de 30,7% nos roubos e 6,5% nos furtos.

Apesar da consolidação da queda na criminalidade patrimonial, a SESED registrou um aumento nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que saltaram de 565 para 653 casos no mesmo período de comparação (janeiro a setembro de 2024/2025), um acréscimo de 15,6%. Contudo, o Coronel Araújo mantém o otimismo: “A expectativa da SESED é de fechar o ano de 2025 com redução no índice de mortes violentas, mantendo a queda que vem se consolidando nestes últimos sete anos”, finalizou.


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ÁLVARO PROJETA CENÁRIO COM ALLYSON ESPREMIDO E FORA DO 2º TURNO EM 2026

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O ex-prefeito de Natal e pré-candidato ao Governo, Álvaro Dias (Republicanos) traçou um prognóstico desfavorável para a ascensão do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), como uma “terceira via” na eleição de 2026. Na leitura de Álvaro, Allyson está perigosamente posicionado entre as forças da direita e da esquerda, correndo o risco de ser “espremido” e não alcançar o segundo turno. O alerta do ex-prefeito resgata a memória da disputa do ano passado em Natal para prever o destino de quem tenta fugir dos extremos. A análise foi feita em entrevista concedida ao Diário do RN.

“Com toda certeza vai haver dois polos que vão se aglutinar mais em torno desses dois candidatos, o candidato de direita e o candidato de esquerda”, afirmou Dias, traçando o mapa da disputa. Álvaro Dias se movimenta no cenário político em busca de garantir a aglutinação das forças da direita e extrema direita para a próxima eleição estadual. Ele acredita que o grupo deverá definir entre ele próprio e o senador Rogério Marinho (PL) como representante do grupo, que também tem Styvenson Valentim e Paulinho Freire como aliados.

O pré-candidato reconheceu a postura de centro adotada por Bezerra, mas alertou que a polarização irá forçar o prefeito a se posicionar de forma mais clara, o que pode ser um complicador para a sua estratégia.

“Um exemplo como esse nós temos recentemente e podemos relembrar que vai ser um caso que pode muito bem se coadunar nesse contexto se Allyson mantiver a candidatura. Você viu quando o Carlos Eduardo, quando começou a eleição de 2024, eu disse, Carlos Eduardo não vai nem para o segundo turno. E ele ficou fora do segundo turno justamente por causa disso”, recordou.

A chave do problema, na visão de Álvaro Dias, está na incapacidade da candidatura de centro de resistir à força gravitacional dos polos estabelecidos: “Houve uma aglutinação de forças de um lado e do outro e ele [Carlos Eduardo] ficou no meio. E aí realmente ele não foi nem para o segundo turno. E é o que pode realmente acontecer com a candidatura de Allyson se ele realmente mantiver essa candidatura. Pode não ir nem para o segundo turno”, enfatizou.

O ex-prefeito de Natal concluiu que a única forma de Allyson Bezerra superar esse risco é se conseguir um apoio amplo e coeso de outras forças políticas, evitando a dispersão em um ambiente polarizado.

“Se ele não conseguir aglutinar outras forças em torno da sua candidatura, a situação permanecer na forma que se encontra pode ser que aí haja uma polarização e aí a polarização realmente deixa quem está no centro, numa situação de maior dificuldade, que foi o que aconteceu com o Carlos Eduardo”, finalizou Álvaro Dias.

Álvaro, sobre 2026: “Nós temos que extirpar o PT do Estado”

Além de analisar o cenário de polarização, o ex-prefeito Álvaro Dias aproveitou a entrevista ao Diário do RN para deixar claro o principal objetivo que une o grupo de oposição no Rio Grande do Norte: a derrubada do projeto político do Partido dos Trabalhadores no Estado.

“Nós temos de extirpar o PT do governo do Estado do Rio Grande do Norte”, sentenciou Álvaro Dias. Ele acusou a administração petista de ter levado o estado ao retrocesso, afetando diretamente os serviços essenciais.

“Atrasou o nosso Estado, dificultou a vida da população, trouxe o caos para a educação, para a saúde e para a segurança também”, declarou Dias. Na visão de Dias, o desempenho negativo da governadora será o principal motor do debate eleitoral.

“Acredito que o que vai ser debatido em cada estado é a situação real do Estado. Por exemplo, o desgoverno da professora Fátima Bezerra é algo que não vai ficar de forma nenhuma longe do debate. Vai ser o foco, a atenção”, afirmou.

Ele desafiou a governadora a apresentar resultados concretos após quase oito anos no poder.

“Fátima Bezerra atrasou o Rio Grande do Norte. Foi o pior governo da história. Ela não tem uma obra sequer, depois de quase oito anos de governo, para mostrar ao povo”, afirmou.

O ex-prefeito destacou que a alta reprovação da governadora, que, segundo ele, atinge 68%, torna o projeto de reeleição petista inviável. “É muito difícil. Ela realmente vai ter dificuldade e nós não vamos permitir que o PT eleja o governador do Estado”, prometeu.

Ele garantiu que a união da oposição é o caminho para o sucesso. “Tanto eu como Rogério, como Styvenson e como Paulinho fazemos parte de um grupo. Esse grupo entende que o desgoverno de Fátima Bezerra não pode perdurar no Rio Grande do Norte. Nós temos de derrotar o candidato que for apoiado pelo atual governo. E vamos conseguir isso”.


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MARLEIDE CUNHA: “ALLYSON ESTÁ À FRENTE PORQUE CONSTRUIU UMA IMAGEM FALSA”

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Enquanto o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) avança no cenário estadual como pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte, sendo visto por alguns como a “terceira via” de centro, a vereadora mossoroense Marleide Cunha (PT) contrapõe essa narrativa com um ataque direto à gestão municipal e à forma como o gestor constrói sua popularidade. Em entrevista exclusiva, Marleide Cunha afirmou que o RN não conhece a verdadeira face do prefeito, que estaria usando uma forte máquina midiática para construir uma imagem “completamente falsa”.

“O povo do Rio Grande do Norte não conhece realmente quem é Allyson Bezerra. Ele consegue construir uma imagem positiva, uma imagem de pessoa humilde, que é um bom gestor em Mossoró, através da mídia, de uma produção muito forte, técnica, midiática, e que o povo acaba sendo enganado através dessa imagem que ele construiu, que é uma imagem completamente falsa. A realidade de Mossoró não é nada do que é apresentado nos vídeos, nos blogs que ele consegue patrocinar, inclusive com dinheiro público”, denunciou a vereadora.

Marleide Cunha questiona as áreas essenciais da cidade que, segundo ela, são cheias de falhas não mostradas pela gestão municipal.

“A realidade de Mossoró é triste na saúde, é um caos completo na saúde […] A educação? Ele cria os programas, que são programas eleitoreiros, depois esquece esses programas, as escolas sem estruturas, professores adoecidos. Essa é a realidade de Mossoró”, disparou, complementando que a propaganda sobre a climatização das escolas se trata de uma mentira.

Ela ainda criticou o descaso com as estruturas de conhecimento, colocando o projeto “Mossoró Cidade Educação” como uma verdadeira farsa: “O que acontece em Mossoró é que não tem biblioteca nas escolas, tem depósito de livros […] A biblioteca municipal também está em estado deplorável: não tem os materiais, não tem um computador lá”.

Outra grave acusação da vereadora foi a “retirada de direitos” e a “perseguição a professores sem precedentes”. Ela descreveu o rigor punitivo aplicado aos servidores, comparando a situações incomuns na administração pública. A crítica estendeu-se à gestão financeira, apontando que a imagem de obras e infraestrutura é custeada por um endividamento que onera o município.

“Tudo que ele divulga, que constrói em infraestrutura, aquilo não é real, pelo montante de recursos que recebeu”, diz Marleide, que informou que a gestão Allyson Bezerra recebeu mais de R$ 224 milhões em empréstimos e já pagou mais de R$ 34 milhões somente em juros, o que, para ela, é reflexo de um trabalho focado na mídia e em festas “enquanto o povo sofre”.

Vereadora afirma que articulação com Zenaide é a tática de “enganar” o eleitor de Lula

Questionada pela reportagem sobre a aproximação de Allyson Bezerra com a senadora Zenaide Maia (PSD), alinhada ao presidente Lula (PT), a vereadora petista viu uma estratégia eleitoral clara, mas de pouca sustentação.

“Ele quer fazer com que o eleitor de Lula veja uma conexão dele também com a Zenaide e Lula. Eu penso isso, porque Allyson fica em cima do muro para enganar as pessoas. Ele não diz a posição dele”, analisou Marleide.

A vereadora ressaltou que a “prática” do prefeito em Mossoró o desvincula de qualquer projeto democrático, descrevendo-o como uma pessoa “autoritária, uma pessoa antidemocrática que não respeita o diálogo”. Para ela, a aliança com Zenaide é uma “troca de interesses”, onde o prefeito tenta “capturar os votos do eleitor de Lula” com base em sua popularidade nas redes sociais, enquanto Zenaide busca capitalizar votos através dessa mesma popularidade.


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LAÇO ROSADO: PROJETO VOLUNTÁRIO DEVOLVE AUTOESTIMA APÓS MASTECTOMIA

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O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama em 2025. Apesar da alta incidência, há sinais de esperança, já que o levantamento aponta tendência de redução na mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, resultado do acesso mais amplo ao diagnóstico precoce e dos avanços nos tratamentos.

Embora o Rio Grande do Norte não esteja entre as regiões com maior taxa de incidência de casos e mortalidade, concentradas no Sul e Sudeste do país, o cenário é de alerta. O desafio local ainda é garantir o cuidado integral, inclusive após o tratamento, quando as mulheres entram em processo de remissão e recomeço.

É nesse contexto que surgem iniciativas como o Laço Rosado, projeto idealizado pela enfermeira oncologista, dermopigmentadora e esteta potiguar Aline Costa, que oferece micropigmentação areolar gratuita a mulheres mastectomizadas. Mais do que um gesto estético, o projeto busca reconstruir a autoestima e devolver às pacientes o sentimento de pertencimento e feminilidade.

O Laço Rosado nasceu de uma história de amor, dor e propósito. Criado por Aline em homenagem à sua mãe, dona Ludeni, que morreu em decorrência do câncer de mama e não teve a oportunidade de reconstruir a aréola perdida durante o tratamento, o projeto transformou uma perda pessoal em uma missão de acolhimento, como explica a idealizadora do projeto.

“Movida por essa ausência e pelo desejo de transformar a dor em propósito, decidi fazer pelas outras mulheres o que não pude fazer por minha mãe, devolver-lhes o brilho no olhar, a autoconfiança e a sensação de se reconhecer novamente diante do espelho”, relata Aline.

Embora outubro seja o mês dedicado às ações de conscientização sobre a doença, o projeto atua durante todo o ano. “Aqui no consultório, é rosa o ano todo. Resgatamos não apenas a feminilidade, mas também o amor-próprio, a autoestima e a esperança. Mais do que estética, é sobre amor, cura e pertencimento. No Laço Rosado, cada reconstrução é feita com o mesmo carinho que uma filha teria ao cuidar da mãe. É um ato de recomeço, um símbolo de vida e de força”, afirma.

Uma das mulheres atendidas pela iniciativa é a gestora de projetos Fernanda Costa, de 40 anos, que sobreviveu duas vezes ao câncer de mama e encontrou no trabalho de Aline a chance de se sentir completa novamente.

“No meu segundo diagnóstico, fui surpreendida por uma mastectomia radical devido ao crescimento avançado do nódulo. Passei um ano sem a mama, até conseguir fazer a reconstrução.

Foi depois disso que encontrei a Aline, essa pessoa maravilhosa e humana. Eu jamais imaginei que o resultado ficaria tão perfeito. Ela me devolveu a autoestima. Que ela possa continuar com esse trabalho tão importante por muito, muito tempo. Gratidão é a palavra que me define”, emociona-se Fernanda.

Fernanda, 40 anos, passou pelo procedimento após o segundo diagnóstico – Foto: Reprodução

BASE LEGAL DO PROJETO
Além de atender voluntariamente mulheres potiguares, o projeto também inspirou um importante avanço na legislação brasileira. O Laço Rosado apoia-se na proposição da Lei Maria Ludeni, de autoria da deputada federal Natália Bonavides – PT/RN (Projeto de Lei nº 3.235/2024), que leva o nome da mãe de Aline, e prevê incluir a micropigmentação paramédica como serviço assistencial complementar do Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres em tratamento de câncer de mama.

A proposta reconhece a micropigmentação como parte da reconstrução integral após a mastectomia, não apenas física, mas simbólica, permitindo que mulheres que perderam a aréola possam realizar o procedimento pelo SUS.

“Essa legislação vai tornar visível o direito dessas mulheres de terem acesso a uma reconstrução que vai além da cirurgia. É sobre devolver identidade, dignidade e pertencimento”, explica Aline.

Ela também reforça o sentido maior do projeto: “Por cada mulher que eu atendo, sinto que abraço um pedacinho da história da minha mãe. E é nesse gesto, silencioso e cheio de afeto, que o Laço Rosado continua a pulsar” ressalta.

OUTUBRO ROSA
Outubro é o mês dedicado à prevenção do câncer de mama, com a campanha Outubro Rosa, instituída nacionalmente pela Lei nº 13.733/2018. Embora est


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CEI DOS PLANOS DE SAÚDE CONCLUI INVESTIGAÇÕES E PEDE AÇÕES AO MPRN

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“Nos dedicamos muito nos últimos meses a esse tema, buscamos de todas as formas uma resposta satisfatória para as inúmeras famílias atípicas que estão enfrentando problemas com as operadoras, como negativas de atendimento e tratamento. Infelizmente, não chegamos a essa resposta, e agora vamos encaminhar o relatório ao Ministério Público, com uma série de recomendações”, afirmou o relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Planos de Saúde da Câmara Municipal de Natal, vereador Tércio Tinoco, durante a apresentação do relatório final, nesta quarta-feira (29). Foram investigadas as empresas Humana Saúde, Unimed e Hapvida.

Encerrando meses de oitivas, análises e mediações com operadoras e órgãos fiscalizadores, a CEI, presidida pelo vereador Kleber Fernandes (Republicanos), concluiu os trabalhos sem uma solução imediata, mas com a aprovação de um conjunto de recomendações que será encaminhado ao Ministério Público do Estado, ao Procon Natal e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O objetivo é garantir o atendimento integral, contínuo e individualizado de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede privada de saúde.

Entre as principais medidas sugeridas, o relatório assegura que todas as terapias prescritas por médicos assistentes sejam ofertadas sem interrupções e em horários compatíveis com a rotina escolar dos pacientes, evitando prejuízos ao desenvolvimento.

O texto também recomenda ações para coibir reduções arbitrárias de horas de terapia determinadas por auditorias internas das operadoras, prática considerada ilegal por contrariar prescrições médicas e ferir direitos do consumidor e da pessoa com deficiência.

Outra recomendação é a avaliação de reparação por danos morais coletivos e individuais, incluindo a fixação de indenizações com caráter pedagógico e preventivo, diante de condutas reiteradas de operadoras que descumprem obrigações contratuais e legais.

O relatório também propõe a replicação do modelo de atuação da CEI junto a outras empresas do setor, consolidando um novo padrão de regulação e fiscalização local, baseado na cooperação institucional e na efetividade dos direitos fundamentais.

Segundo o presidente da CEI, vereador Kleber Fernandes, o relatório consolida um trabalho técnico e propositivo, com foco na resolução dos problemas identificados. “A CEI cumpriu seu papel de forma técnica, responsável e resolutiva. Não se tratou apenas de apontar falhas, mas de construir soluções em parceria com os órgãos de fiscalização e com o setor privado, para garantir o direito à saúde de crianças com TEA. Essa atuação integrada precisa ser permanente”, destacou.

Trajetória

Tércio Tinoco: “Buscamos de todas as formas uma resposta satisfatória para as inúmeras famílias atípicas” – Foto: Elpidio Júnior

A CEI dos Planos de Saúde foi instalada em junho, após o aumento das denúncias de negativas de cobertura, descredenciamento de clínicas e interrupções nos tratamentos. O colegiado foi composto pelos vereadores Kleber Fernandes, Tércio Tinoco, Daniel Santiago, Thabata Pimenta e Herbeth Sena, tendo como suplentes Robson Carvalho, Luciano Nascimento e Tony Henrique.

Desde o início, a comissão se propôs a investigar se as operadoras estavam cumprindo a legislação e garantindo o tratamento integral previsto em lei.

Em setembro, a Humana Saúde foi convocada para uma reunião que discutiria a assinatura de um termo de cooperação com o Procon Natal, mas não compareceu. A ausência levou a comissão a deliberar pela solicitação de condução coercitiva dos representantes da empresa. No mesmo encontro, a Unimed participou e apresentou respostas às demandas dos vereadores, assumindo compromissos como ampliar a rede credenciada, abrir novas salas de atendimento e ajustar a cobrança de coparticipações.

Com a conclusão das investigações, a Câmara de Natal encerra um processo que resultou em propostas de ação e fortalecimento das políticas públicas de proteção aos consumidores. “Esse relatório é um marco na defesa dos direitos dos consumidores e das pessoas com deficiência. A Câmara de Natal mostrou que pode agir com firmeza, mas também com responsabilidade institucional e sensibilidade social”, concluiu Kleber Fernandes.


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NATÁLIA BONAVIDES CENSURA JORNAL E TENTA CERCEAR A LIBERDADE DE IMPRENSA

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A deputada federal Natália Bonavides (PT) reagiu com ataques ao Diário do RN após a publicação de reportagem que noticiou declarações da vereadora natalense Camila Araújo (União Brasil) sobre o uso de recursos de emendas parlamentares destinados pela deputada à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Em nota e também em publicações nas redes sociais, como tentativa de descredibilizar a imprensa e restringir o livre exercício do jornalismo, Natália acusou o jornal de “mentir”, “manipular informação” e agir com “intenção sensacionalista”.

A matéria publicada pelo Diário do RN nesta terça-feira (28) relatou, com base em declarações públicas da vereadora, que Camila Araújo levantou suspeitas, incluindo de lavagem de dinheiro, sobre a aplicação de R$ 20 milhões em obras de reforma e construção de estações de trem em Natal. O texto, porém, foi explícito ao afirmar que a vereadora não apresentou provas nem indícios concretos que sustentassem a acusação, e que não especificou quem estaria envolvido na suposta irregularidade. A reportagem também informou que o jornal tentou contato com Camila para pedir esclarecimentos e que não houve resposta até o fechamento da edição.

Apesar da transparência do conteúdo, quando procurada, a deputada direcionou sua reação contra o jornal, e não à vereadora que fez a denúncia. Natália classificou as declarações como “totalmente mentirosas e sem fundamento”, mas desconsidera que as declarações são de Camila Araújo e não do Diário. O que a parlamentar petista chama de “uma capa mentirosa” e “sem checagem” nada mais é do que a publicação dos questionamentos da vereadora, não são questionamentos do Diário.

Ao contrário do que a deputada sugere, a reportagem não endossou as falas da vereadora. Limitou-se a noticiar o episódio e a questionar justamente a falta de evidências, preservando o princípio básico do jornalismo de registrar o fato público e oferecer espaço para todas as partes.

Ao afirmar, em outro trecho da nota, que o jornal está a serviço da direita, Bonavides também ignora que o Diário do RN tem histórico de cobertura plural e crítica a todos os espectros políticos. No mesmo dia em que trouxe o conteúdo sobre as declarações de Camila Araújo, o jornal destacou na capa a agenda da governadora Fátima Bezerra (PT) com Guilherme Boulos (PSOL), além de, dias antes, publicar uma matéria positiva sobre a própria Natália, citada em pesquisa como uma das parlamentares mais lembradas do Estado para as eleições do ano que vem.

Em vez de confrontar diretamente as acusações da vereadora, origem da controvérsia, a deputada voltou-se contra o veículo que cumpriu seu papel de informar. Essa reação, marcada por tom de intimidação, representa uma tentativa de cercear o trabalho da imprensa e de deslegitimar o direito à liberdade de expressão, valor fundamental numa democracia.

A continuidade das obras nas estações de trem termina em segundo plano, conforme texto emitido pela deputada federal. Ela esclarece, em um dos oito parágrafos: “Direcionamos R$ 8,3 milhões para em emendas de bancada para a construção de estações de trem nos bairros Cidade da Esperança, Quintas, Planalto, Potengi e no conjunto Nova Natal. Recursos que vão servir para melhorar a vida do povo da nossa capital. Como sempre, o que norteia as ações do nosso mandato é a garantia de melhorias para a vida do povo potiguar. São obras que estão em andamento, como confirma a própria Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e que seguem os trâmites normais para a sua realização”.

As obras mencionadas fazem parte de um pacote de intervenções da CBTU, iniciado em fevereiro de 2024. O investimento total é de cerca de R$ 20 milhões, incluindo recursos de emenda parlamentar de Natália Bonavides. O projeto prevê a reforma e ampliação de seis estações, Capitão-Mor Gouveia, Soledade, Baraúna, João Medeiros Filho, Nova Natal e Cidade Satélite, além da revitalização de estruturas antigas, como a Estação da Ribeira, e a recuperação de vagões.


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ALLYSON QUER MAIS OITO MESES PARA RESOLVER DUAS MIL CIRURGIAS REPRESADAS

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Pacientes que esperam há, até, mais de um ano por cirurgias em Mossoró vão ter que esperar por vários outros meses para, possivelmente, serem atendidos. É que a gestão do prefeito Allyson Bezerra apresentou uma proposta ao Conselho Municipal de Saúde para acabar com a fila de espera em, no mínimo, oito meses.

De acordo com a proposta, a promessa é realizar 300 cirurgias por mês para atender as 2.262 pessoas que esperam por procedimentos cirúrgicos. Conforme dados apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde, são 1.307 cirurgias ginecológicas e 955 cirurgias gerais.

A proposta foi rejeitada por unanimidade pelo Conselho Municipal de Saúde, que defende a realização de mutirão para agilizar os atendimentos. O Conselho estabeleceu prazo de 15 dias para a Prefeitura de Mossoró renovar os contratos com as prestadoras de serviço e criar um mutirão para atender o máximo de pessoas de forma urgente.

Além disso, o conselheiro do segmento usuário, Luiz Avelino Silva, enviou ofício ao promotor de justiça da 1 Promotoria da Comarca de Mossoró, Rodrigo Pessoa de Morais, para que seja celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Município, estabelecendo prazos para zerar a fila de espera. “O pedido leva em conta a gravíssima situação de paralisação das cirurgias eletivas em Mossoró.”, argumenta o conselheiro.

Além de rejeitada, a proposta da gestão Allyson é vista com desconfiança. Fontes que atuam no setor de saúde afirmam que dificilmente o Município conseguiria realizar 300 cirurgias por mês com apenas dois prestadores habilitados: Apamim e Hospital São Luiz.

Atualmente, o número de procedimentos realizado é insignificante diante da fila de espera e dos novos pacientes que surgem diariamente. De acordo com dados do sistema DATASUS do Ministério da Saúde, o Hospital São Luiz, realizou apenas 127 cirurgias em 12 meses, entre julho de 2024 e junho de 2025, uma média de pouco mais de 10 por mês.


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MORRE O COMUNICADOR CHICO DE PAULA, A VOZ QUE MARCOU GERAÇÕES EM MACAU

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O comunicador e ex-vereador da cidade de Macau, Francisco Bezerra da Silva, conhecido carinhosamente como “Chico de Paula”, faleceu na madrugada desta terça-feira (28), aos 78 anos, no Hospital Municipal Antônio Ferraz, em Macau, onde já se encontrava internado, tratando de uma enfermidade.

Chico iniciou sua trajetória na comunicação em 1965, por ocasião da visita do então candidato a governador Monsenhor Walfredo Gurgel à cidade. O episódio foi relatado por ele próprio em vídeo publicado no YouTube, em 2023, pelo “Canal Cinc5”, do comunicador Fábio Luiz.

“Eu iniciei a minha carreira de comunicador em 1965. Existia aqui em Macau um locutor chamado Piauí, e ele me introduziu no campo da comunicação. Ele foi embora, obteve estudos superiores, e eu assumi. Fiquei definitivamente. Um dia ia chegar em Macau o candidato a governador Monsenhor Walfredo e não tinha quem o anunciasse. Então foram me buscar para eu assumir, e quem fez a apresentação do candidato fui eu. Desde criança eu já tinha essa intuição de trabalhar com locução, então, a partir daí, abracei a profissão que exerço até hoje”, contou Chico de Paula na ocasião.

Desde os tempos de discos de vinil, Chico de Paula tornou-se uma figura inconfundível com sua tradicional “Amplificadora Ideal”, popularmente chamada de “boca de ferro”. A credibilidade era tamanha que a frase “Se a notícia não deu em Chico de Paula, o fato não aconteceu” virou marca registrada na cidade.

Durante décadas, foram milhares de músicas tocadas, anúncios veiculados e comunicados transmitidos – de documentos perdidos a notas de falecimento -, sempre acompanhados pela voz firme e acolhedora que se tornou símbolo da cidade.

ALÉM DA COMUNICAÇÃO

Além de comunicador nato e autodidata, Chico também fez história na política local. Entre 1982 e 1985, exerceu o cargo de vereador pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), após ser convidado a disputar o pleito, no qual obteve a segunda maior votação. Um dos momentos mais marcantes de sua atuação parlamentar foi o pedido que resultou na inclusão de Macau no repasse dos royalties do petróleo, benefício que o município recebe até hoje.

“Encaminhei à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte um ofício pedindo que comunicasse à Petrobras que Macau fosse incluída no repasse dos royalties do petróleo. E, graças a Deus, a Assembleia encaminhou à Petrobras, e até hoje Macau recebe o recurso do petróleo”, recordou na publicação mencionada anteriormente.

O jornalista e diretor do Diário do RN, Túlio Lemos, destacou o pioneirismo e a capacidade de reinvenção do comunicador, mesmo com o avanço das novas mídias.

“Era a informação da cidade, fosse para pedir música, dar algum aviso ou anunciar notas de falecimento. Todas as informações que interessavam à cidade tinham que sair na boca de som de Chico de Paula. Isso durou décadas. As rádios comerciais chegaram, mas mesmo assim Chico se manteve como uma voz de resistência diante da tradição que ele consolidou em Macau”, relembra.

Túlio também lamentou a perda pessoal e profissional: “A morte de Chico deixa uma lacuna muito grande na comunicação da cidade de Macau. E, na minha parte familiar e de amizade, deixa um vazio muito grande. Chico sempre foi um amigo de toda a família. Eu, ainda bem novo, já o via como um amigo dos meus pais, da minha família toda”, disse emocionado.

HOMENAGENS PÓSTUMAS

A Câmara Municipal de Macau manifestou pesar e relembrou a trajetória do ex-vereador e comunicador, que marcou época na cidade:

“A Câmara Municipal de Macau lamenta profundamente o falecimento do ex-vereador e icônico comunicador Francisco Bezerra da Silva, o nosso eterno ‘Chico de Paula’.

Chico de Paula foi vereador desta Casa na 11ª Legislatura (1982–1985), contribuindo para a política local. Mas foi através das ondas sonoras que ele se tornou uma verdadeira instituição macauense” A nota traz ainda que “sua figura se mistura com a própria história da comunicação de Macau, imortalizado pela frase que todo cidadão conhece, ‘Se a notícia não deu em Chico de Paula, o fato não aconteceu’.

Macau perde um pioneiro, uma voz amiga e uma de suas figuras mais autênticas. Neste momento de dor, a Câmara Municipal manifesta as mais sinceras condolências aos familiares e amigos”, declarou a Casa Legislativa.

Já o Instituto Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macau (IFRN) também divulgou nota de pesar, ressaltando o legado cultural e afetivo deixado pelo comunicador:

“Sua voz tornou-se parte da memória afetiva e da identidade cultural de Macau, sendo lembrada com respeito e carinho por todos que o ouviram e conviveram com seu trabalho dedicado à comunicação popular.

Neste momento de despedida, o IFRN Campus Macau se solidariza com familiares, amigos e com toda a população macauense, que hoje se despede de um verdadeiro símbolo da cidade”, disse o Instituto em nota.


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CEASA/RN CELEBRA 49 ANOS E REFORÇA COMPROMISSO COM SEU PAPEL SOCIAL

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A Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa/RN) completou, no último dia 17 de outubro, 49 anos de fundação, consolidando-se como o maior entreposto de abastecimento de alimentos do Estado e um dos principais do Nordeste. Criada em 1976, a Ceasa tem sido peça fundamental na cadeia de distribuição de hortifrutigranjeiros, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte.

Atualmente, a instituição passa por uma fase de modernização e fortalecimento da gestão, com foco em eficiência, transparência e sustentabilidade. Segundo o diretor-presidente da Central, Matheus Galvão, o trabalho realizado pela atual administração busca alinhar a Ceasa aos novos tempos, sem perder de vista sua vocação social.

“A Ceasa é mais do que um centro de abastecimento. É um espaço de oportunidades, que movimenta a economia, apoia pequenos produtores e ajuda a colocar alimentos de qualidade na mesa dos potiguares”, destaca Matheus Galvão. “Nosso compromisso é tornar a Ceasa cada vez mais moderna, organizada e próxima das pessoas”.

Atual gestão investe em modernização, mas preserva identidade

O papel social da instituição é outro ponto relevante para a atual gestão. Desde 2003, o governo do Estado, através da Ceasa, realiza o Programa Cesta Solidária, programa de cunho social com objetivo de combater a fome e o desperdício, proporcionando uma alternativa de melhor aproveitamento dos alimentos. O programa funciona em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e Assistência Social (SETHAS) e faz a seleção e o tratamento desses alimentos, distribuindo-os para famílias em vulnerabilidade social e cadastradas no Programa, além de instituições filantrópicas e sem fins lucrativos.

“Diariamente, arrecadamos uma média de duas toneladas de alimentos que seriam descartados e hoje se convertem em mais de uma tonelada que serve para alimentar centenas de pessoas. É um trabalho importante, pois temos conseguido sensibilizar e mobilizar empresários e permissionários. Além de estarem cientes de seu papel social como empresas doadoras, esses parceiros têm seus custos de transporte reduzidos para descarte de alimentos não comercializados e também liberação de espaço em suas lojas, o que contribui para a organização e gestão dos negócios”, afirma Matheus Galvão,
A iniciativa arrecada e destina alimentos para mais de 60 instituições filantrópicas em todo o Rio Grande do Norte, beneficiando diariamente centenas de pessoas em situação de vulnerabilidade.

“O Cesta Solidária é motivo de orgulho para todos nós. Representa o lado humano da Ceasa e mostra como o trabalho de quem está aqui dentro pode transformar vidas lá fora”, afirma o diretor-presidente.

Ao completar 49 anos de história, a Ceasa/RN reafirma seu papel estratégico no abastecimento alimentar do Estado e seu compromisso com o desenvolvimento econômico, a responsabilidade social e a sustentabilidade.


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