GARI NOEL AINDA RECEBE DOAÇÕES PARA ALEGRAR O NATAL DE DEZENAS DE CRIANÇAS

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No dia 25 de dezembro, enquanto muitas famílias celebram o Natal em casa, um grupo de garis transforma as ruas de Natal em cenário de solidariedade. Há dez anos, profissionais da limpeza urbana vestem a farda laranja de trabalho e sobem no caminhão de coleta para distribuir brinquedos a crianças em situação de vulnerabilidade social. A ação, batizada de “Gari Noel”, acontece em diversos bairros da capital e já se tornou uma tradição que mistura surpresa, alegria e reconhecimento a uma profissão essencial para a cidade.

A cena se repete em diversas comunidades da capital potiguar, momento em que crianças brincam na rua quando e, de repente, o caminhão da coleta de lixo surge decorado e chama a atenção dos pequenos natalenses. De cima do veículo, profissionais da limpeza urbana distribuem presentes arrecadados ao longo do mês, transformando a manhã em uma festa improvisada. A entrega acontece de surpresa, sem cadastro nem aviso prévios, guiada apenas pela sensibilidade de quem conhece de perto o cotidiano das ruas.

A emoção nasce justamente do improviso, tendo em vista que as comunidades são escolhidas no dia anterior e, ao longo do percurso, as crianças que estão pelo caminho são presenteadas com os brinquedos. Não há palco nem roteiro. O que existe é a espontaneidade de um Natal vivido ao ar livre, marcado por risadas, correria e olhares atentos diante de um gesto simples, mas capaz de transformar o dia de cada uma.

Uma década de solidariedade
O projeto surgiu de forma espontânea, como conta o gari Aldair da Silva, idealizador do projeto.

Segundo ele, a iniciativa surgiu de um impulso que misturou fé, sensibilidade social e orgulho da profissão. “Essa campanha já está na sua décima edição e surgiu espontaneamente, uma ideia divina que veio em minha mente para além de trazer um momento de alegria para as crianças, também valorizar a nossa profissão, que é uma atividade essencial para a população. São os garis que promovem a saúde das cidades, não só de Natal, mas do país, pois quando limpamos as ruas prevenimos vários tipos de doenças”, afirma.

Além de Aldair, equipe do Gari Noel é formada por outros sete profissionais, que doam tempo e energia à ação e contam com o apoio da Urbana e da empresa terceirizada Marquise, responsável por disponibilizar o caminhão de coleta que percorre as ruas de Natal no dia da entrega. Para Aldair, o envolvimento coletivo é parte essencial do sucesso do projeto.

Desde o início, em 2015, cerca de 7 mil brinquedos já foram entregues. Somente em 2024, foram 500 presentes. Para este ano, a meta é alcançar 600 doações recebidas até o dia 23 de dezembro.

Até o momento, aproximadamente 100 brinquedos já foram arrecadados, número ainda distante do objetivo, mas que não desanima o grupo. “Sabemos que ainda estamos um pouco distantes da meta, mas temos certeza de que, com a ajuda da população ou de empresários do setor de brinquedos, até o próximo dia 23 vamos conseguir alcançá-la e levar alegria a todas essas crianças, do jeito que planejamos”, diz Aldair, otimista.

Mais do que a entrega de presentes, o projeto carrega um simbolismo forte. Para quem participa, vestir a farda no dia de Natal e ser recebido com abraços e olhares de encantamento reforça o sentido de pertencimento e reconhecimento. “Para mim e para os colegas, o sentimento é de gratidão e dever cumprido em fazer essa ‘brincadeira’. Sabemos que muitas crianças não têm a oportunidade de ganhar um simples brinquedo e ficam esperando aquele Papai Noel imaginário, que aparece na TV. Aqui, elas são surpreendidas pelo Gari Noel”, finaliza Aldair.

Como ajudar
Quem quiser ajudar ainda dá tempo. As doações de brinquedos novos ou em bom estado podem ser feitas até o dia 23 de dezembro, na sede da Urbana, no bairro das Quintas, das 8h às 16h, ou na Câmara Municipal de Natal. Pessoas ou empresários que não puderem se deslocar até os pontos de coleta, podem entrar em contato diretamente com o Gari Noel Aldair pelo telefone (84) 98859-5704, para que a equipe faça a coleta em domicílio. A entrega dos presentes acontece no dia 25 de dezembro, aniversário de Natal, quando, mais uma vez, quem ganha o presente é a criançada.


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VEREADORA CRITICA A CÂMARA E AFIRMA QUE PREFEITO DE MOSSORÓ É UM TIRANO

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A vereadora Marleide Cunha afirmou em postagem nas redes sociais que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, é um tirano. Ela criticou a postura do Chefe do Executivo de enviar 15 projetos para aprovação na Câmara de Mossoró sem qualquer discussão no último dia de sessão. A vereadora também criticou a Câmara de Mossoró que “se submeteu a votar tudo em regime de urgência”. “Além de ser humanamente impossível analisar com responsabilidade tantos projetos em tão pouco tempo, atitudes como essa são um atropelo ao Poder Legislativo, em que a maioria dos vereadores estão somente para atender aos desmandos do prefeito Allyson Bezerra.”, analisou.

Segundo Marleide, os projetos aprovados modificaram leis para aumentar impostos e multas, além de prejudicar os guardas municipais. “O que aconteceu na Câmara Municipal foi um desrespeito ao Poder Legislativo e com o povo, que depende das decisões que saem desta Casa para ter melhores condições de vida.”, reforçou.

A também vereadora Plúvia Oliveira repudiou o comportamento da Câmara de Mossoró “de ser submissa a tudo que o prefeito faz”. A parlamentar abandonou as duas últimas sessões extraordinárias convocadas para votar projetos enviados horas antes por Allyson. “Sessões para votar projetos do prefeito que chegaram há três horas para os vereadores e já colocaram em votação.”, relatou Plúvia.

O vereador Cabo Deyvisson denunciou que um dos projetos aprovados a toque de caixa tirou a autonomia da Guarda Civil Municipal de Mossoró. “Alguns guardas que eu consultei informaram que vai tirar a autonomia da Guarda, de certa forma, na medida em que a escolha do inspetor e do subinspetor passar a ser do poder executivo, do prefeito, o que antes era realizado em um concurso interno.”, declarou.

Nessa quarta-feira (17), além da sessão ordinária, a Câmara de Mossoró realizou mais três sessões extraordinárias para votar projetos enviados horas antes por Allyson que alteraram o Código Tributário do Município; o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e o Regime Disciplinar da Guarda Civil Municipal; além de autorizar a doação de diversos terrenos para igrejas católicas e evangélicas.


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CASO BRISA: NOVA VERSÃO DESMONTA DENÚNCIA E APONTA ERRO EM ACUSAÇÃO

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A denúncia que motivou o anúncio de uma representação por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Brisa Bracchi (PT), feita pelo vereador Subtenente Eliabe (PL), sofreu uma reviravolta nesta quinta-feira (18). Novas informações apuradas pela imprensa indicam que Brisa não esteve em Tibau do Sul no dia da confusão relatada e que a mulher envolvida na briga não era a parlamentar, mas outra pessoa, fisicamente parecida com ela.

O caso ganhou repercussão após Eliabe afirmar, em plenário, que Brisa teria agredido uma mulher durante uma discussão na praia de Sibaúma, em Tibau do Sul, no litoral sul do Rio Grande do Norte, e anunciar que acionaria o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Natal. A vereadora negou veementemente a acusação, apresentando provas de que estava em Natal, e classificou o boletim de ocorrência como “criminoso”.

Segundo apuração divulgada no programa Clube Natal, da Clube FM, apresentado por Salatiel de Souza, com apuração do repórter Emerson Medeiros, a vereadora Brisa Bracchi não estava em Tibau do Sul no momento do ocorrido. Além disso, a mulher apontada na denúncia como autora da agressão não é Brisa.

De acordo com Emerson Medeiros, houve, de fato, uma briga no município, mas entre uma mulher identificada como Alice e a senhora Raquel, que aparece como denunciante no caso.

“Confirmamos que Brisa não agrediu a senhora Raquel. Ela não estava em Tibau do Sul. Quem agrediu foi uma moça chamada Alice”, afirmou o repórter. Segundo ele, Alice está em viagem, mas garantiu que irá prestar depoimento à Polícia Civil.

A apuração aponta ainda que Brisa teria sido envolvida no episódio porque sua mãe é gestora de uma biblioteca social em Tibau do Sul. Raquel teria entrado em contato com a mãe da vereadora de forma provocativa e, em seguida, ido até a biblioteca. No boletim de ocorrência registrado pela mãe de Brisa, consta a informação de que Raquel teria, inclusive, agredido uma criança durante a confusão.

Um dos elementos centrais do equívoco, segundo a investigação jornalística, é a semelhança física entre Alice e a vereadora Brisa Bracchi. O repórter Emerson Medeiros tem fotografias de Alice e atesta que ela “lembra fisicamente a vereadora”. Ainda assim, Raquel teria insistido que a pessoa envolvida na briga era Brisa e, a partir dessa convicção, procurou o vereador subtenente Eliabe.

A partir daí, segundo a apuração, o vereador levou a denúncia à Câmara sem checar previamente as informações. “O vereador, sem procurar checar os fatos, cometeu o erro”, afirmou o repórter.

Desde o início, Brisa Bracchi vem rebatendo publicamente as acusações. Em declarações recentes, a vereadora classificou o boletim de ocorrência como “criminoso” e reiterou que estava em Natal no dia citado, apresentando registros para comprovar sua versão, como fotografias com apoiadores na Câmara, após reunião com o secretário municipal de turismo e com uma nota fiscal de um posto de gasolina, onde abasteceu seu carro. Aliados da parlamentar também têm denunciado perseguição política e uso indevido de instrumentos institucionais para atacá-la.

O Diário do RN entrou em contato com Alice, apontada como a pessoa que efetivamente se envolveu na briga, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. A expectativa é que o depoimento dela à Polícia Civil ajude a esclarecer definitivamente os fatos e a desmontar a denúncia que levou à exposição pública da vereadora e ao anúncio de uma representação por quebra de decoro parlamentar.


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STYVENSON MUDA POSTURA E VOTA PARA ABRANDAR AS PENAS PARA CRIMINOSOS

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Nesta quarta-feira (17), o Senado Federal aprovou o chamado Projeto de Lei da Dosimetria (PL 2.162/2023), que altera regras de cálculo e cumprimento de penas no ordenamento penal brasileiro. A proposta, aprovada por 48 votos a favor, 25 contrários e uma abstenção, agora segue para sanção presidencial, com expectativa de veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pode beneficiar diretamente condenados por crimes ligados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos no julgamento do STF por tentativa de golpe de Estado. Dos três senadores do Rio Grande do Norte, só o voto de Styvenson Valentim fugiu ao costumaz combate “à bandidagem” que ele defende.

A senadora Zenaide Maia (PSD), vice-líder do governo Lula no Senado, votou contra o PL da Dosimetria, alinhada aos parlamentares que defendem a manutenção de penas rigorosas para crimes contra a democracia e veem no projeto um enfraquecimento do sistema de punição para ataques institucionais. A posição dela se insere no bloco de oposição à redução de penas como forma de proteção a figuras centrais do bolsonarismo.

Em mensagem enviada ao Diário do RN, Zenaide reafirmou seu compromisso com a democracia: “A Democracia é inegociável. A Democracia não tem partido e nem cor”, justificando seu voto como um defensor dos princípios democráticos e contra qualquer medida que possa enfraquecê-los através de remissões ou reduções de pena.

O senador Rogério Marinho (PL) votou a favor da aprovação do PL da Dosimetria, seguindo a orientação da oposição no Senado, da qual é o líder. Dentro do bloco que compõe a oposição, o projeto é defendido como um passo rumo a uma “justiça proporcional”, além de ser visto por aliados como uma resposta ao que chamam de “excessos” nas condenações do processo do 8 de janeiro.

Marinho, secretário-geral do PL, é um dos nomes mais próximos do bolsonarismo. Em discursos no Senado, ele argumentou que a proposta é uma forma de “virar a página” e “corrigir injustiças”, chegando a defender que o 8 de janeiro foi usado para “tentar tirar o maior líder político da história recente do Brasil”, em referência a Bolsonaro.

A posição de Rogério, portanto, reflete não apenas uma lógica jurídica de redução de penas, mas também uma estratégia política de suporte às lideranças do campo oposicionista e ao entorno do bolsonarismo, que vê no projeto um benefício direto a um de seus principais nomes.

Já o senador Styvenson Valentim (PSDB) também votou a favor do PL da Dosimetria, alinhando-se em plenário aos defensores da redução de penas. Isso chama atenção, sobretudo quando se considera seu histórico público como ex-policial militar conhecido pelo rigor na coordenação da Lei Seca no Rio Grande do Norte e pela postura crítica a crimes e criminalidade.

Styvenson ganhou reputação por críticas duras a práticas criminosas e posturas rígidas de aplicação da lei, em redes sociais e manifestações públicas ao longo de seu mandato. Dado isso, seu voto favorável ao projeto, que a oposição crítica vê como alívio penal para envolvidos em crimes contra a democracia e potencialmente para o ex-presidente Bolsonaro, gera questionamentos sobre a coerência entre sua trajetória de política de tolerância zero ao crime e sua posição no caso.

Até o fechamento da matéria, Styvenson não havia respondido ao Diário do RN para explicar a mudança de postura ou justificar seu voto nas circunstâncias atuais.

O projeto modifica dispositivos do Código Penal e da Lei de Execução Penal para recalcular penas aplicadas a quem participou de episódios como o ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília.

Especificamente, ele impede a soma cumulativa de penas quando múltiplos crimes são praticados no contexto de um mesmo ato golpista, reduzindo o tempo final de pena, e também facilita a progressão de regime ao prever a possibilidade de progressão após o cumprimento de um sexto da pena total, desde que haja bom comportamento.

O próximo passo é a sanção ou veto do presidente Lula, que já indicou nos últimos dias a intenção de vetar dispositivos que possam aliviar penas de líderes de movimentos antidemocráticos, como Bolsonaro. Caso o veto seja rejeitado pelo Congresso, o projeto pode se tornar lei com ainda maiores impactos no sistema penal brasileiro.


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HEMONORTE CONVOCA DOADORES PARA REFORÇAR ESTOQUE DO BANCO DE SANGUE

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Com a proximidade das festas de fim de ano e o consequente aumento da demanda por transfusões, o Hemonorte intensifica as estratégias para conscientizar acerca da baixa nos estoques de sangue. Nas últimas semanas, segundo a direção do Hemocentro, a redução no número de doações atingiu praticamente todos os tipos sanguíneos, com destaque para os fatores O positivo, O negativo e A positivo, que são os mais utilizados no atendimento hospitalar. A queda ocorre em um período historicamente crítico, quando viagens, festividades e a intensificação de acidentes tendem a aumentar a necessidade de bolsas de sangue nas redes pública e privada.

A instituição reforça que a reposição é urgente para evitar prejuízos em cirurgias eletivas, atendimentos de emergência e procedimentos de alta complexidade, todos dependentes de um estoque seguro e regular. Embora a oscilação no fluxo de doadores seja comum em determinados meses do ano, o cenário atual exige atenção redobrada, sobretudo porque os hospitais continuam operando em plena capacidade.

A Diretora de Apoio Técnico do Hemonorte, Miriam Mafra, lembra que a doação é um gesto simples, porém capaz de gerar grande impacto. “Doar sangue é um gesto simples, rápido e que pode salvar até quatro vidas. Ela lembra que pessoas saudáveis, entre 16 e 69 anos, que pesem acima de 50 kg e estejam bem alimentadas podem doar, desde que atendam aos critérios de saúde e intervalo entre doações”.

Miriam reforça que a disponibilidade de sangue depende exclusivamente da colaboração da população e que há diversos pontos de coleta para facilitar o acesso. Ela destaca que, além da sede do Hemonorte, no Barro Vermelho, zona leste de Natal, também é possível doar no Espaço Hemonorte do Partage Norte Shopping, zona norte da cidade. “A gente incentiva que a população procure o posto mais próximo e contribua para manter o atendimento hospitalar funcionando plenamente. A solidariedade dos doadores é fundamental para que possamos continuar salvando vidas”.

Exemplo de Solidariedade
Entre os exemplos que inspiram novos doadores está a história do porteiro Flávio Celestino, de 55 anos, reconhecido como o doador mais antigo do Hemonorte. Ele já realizou 258 doações de sangue ao longo de 34 anos, sendo o maior doador do Rio Grande do Norte e também entre as nove capitais do Nordeste. Sua trajetória começou de forma inesperada, motivada por um pedido divulgado em um programa de rádio.

“Comecei a doar sangue através de uma emissora de rádio aqui do Rio Grande do Norte, muito conhecida na época, a rádio Cabugi, no programa do Duarte Júnior. Ele anunciou na rádio que precisava de um doador de sangue para uma família que tava precisando para um parente e eu fui doar, fui doar a primeira vez e o senhor Jesus Cristo me deu o dom de eu doar até quando eu puder”, recorda. “Hoje eu tenho 55 anos de idade e posso doar até os 65 anos. Enquanto tiver saúde eu vou doar, porque eu sei que todo dia tem um paciente no hospital precisando de uma doação de sangue”, ressalta.

Além das doações regulares de sangue, Flávio também contribui como doador de plaquetas. Ele explica que mantém uma rotina anual intensa para ajudar quem precisa. “Todo ano eu faço 12 doações de plaquetas e seis de plasma. Cada mês eu posso fazer uma doação de plaqueta e a cada dois meses uma doação de massa e plasma. Junto com as plaquetas. Às vezes são até 16 doações no ano, entre bolsas de sangue e plaquetas”, conta.

Pré-requisitos e restrições
Pessoas entre 16 e 69 anos, com peso mínimo de 50 kg e em boas condições de saúde, podem doar sangue, desde que apresentem um documento oficial com foto. Menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis legais, e a primeira doação deve ser feita até os 60 anos. É importante que o doador esteja alimentado, tenha dormido ao menos seis horas nas últimas 24 horas e esteja hidratado. Também é recomendado evitar alimentos gordurosos nas horas anteriores e não consumir bebidas alcoólicas nas 12 horas antes da coleta.

Algumas situações exigem espera temporária, como febre ou gripe, que requerem um intervalo de sete dias após o desaparecimento dos sintomas. Pessoas que fizeram tatuagem ou maquiagem definitiva devem aguardar pelo menos seis meses. Já o prazo após vacinas varia conforme o tipo recebido, assim como ocorre em cirurgias ou procedimentos odontológicos, avaliados caso a caso.

Certas doenças impedem a doação de forma definitiva, como HIV e hepatites B e C. O uso de alguns medicamentos também pode restringir temporariamente a coleta, informação que é avaliada durante a triagem clínica.


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BRISA: “O QUE O COLEGA ESTÁ FAZENDO É CRIME. ELIABE É UM CRIMINOSO”

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Brisa Bracchi nega de forma categórica qualquer envolvimento no episódio e afirma que a acusação é falsa. Em conversa com o Diário do RN, ela garante que não há provas de que ela estava em Sibaúma no dia em questão, e que os objetos citados não são dela.

“Não há qualquer prova de que eu estivesse em Sibaúma no dia ou no horário mencionados, pelo contrário. Tenho diversas provas documentais e públicas de que eu estava em Natal, cumprindo agenda institucional ao longo de todo o dia. Os objetos citados não me pertencem. Eles pertencem às pessoas que foram vítimas de violência naquele episódio, e não a mim. Inventar provas ou atribuir a terceiros objetos que não lhes pertencem é mais uma tentativa desesperada de sustentar uma narrativa falsa”, afirma a parlamentar.

Segundo a parlamentar, ela possui nota fiscal de abastecimento do veículo registrada no bairro do Tirol, em Natal, às 14h58 do dia 5, além de fotografias que comprovam reunião com o secretário municipal de Turismo, Sanclair Solon, na capital. Brisa também exibe à reportagem registros fotográficos com apoiadores em frente à Câmara Municipal poucas horas antes e cita vídeos oficiais que a mostram no exercício do mandato no fim da manhã, quando recebeu a notificação do processo de cassação.

Durante discussão no plenário da Câmara, a vereadora subiu o tom e afirmou que o Boletim de Ocorrência é um crime: “O colega Eliabe é criminoso. O que nosso colega está fazendo é crime, e não é me perseguir, é perseguir minha família, minha mãe! Vossa Excelência vai se ver comigo na justiça. O BO é criminoso. Ela diz que eu agredi ela fisicamente e é mentira!”.

Em nota, a assessoria da vereadora afirma que a “sequência temporal dos registros desmente a narrativa apresentada publicamente” e inviabiliza qualquer possibilidade de participação da parlamentar em conflito ocorrido em outro município. Diante do que classifica como “grave ataque à imagem”, Brisa anunciou que apresentará toda a documentação nesta quinta-feira (18), às 10h, na Delegacia Geral da Polícia Civil, com pedido formal de abertura de investigação.

No plenário, Brisa reagiu duramente à denúncia, classificando o boletim de ocorrência citado por Eliabe como “criminoso” e anunciando que também irá acionar o Conselho de Ética contra o vereador. “Ele falta com o decoro, é calunioso e traz um assunto como esse sem prova alguma”, disse. A vereadora ainda advertiu veículos de comunicação sobre a publicação do caso, afirmando que cada reportagem fará parte de ações judiciais por calúnia e difamação.

Brisa ameaça acionar Justiça contra imprensa

Brisa sobe o tom: “Cada reportagem que sair a gente vai processar” – Foto: Francisco de Assis

Além das representações cruzadas anunciadas no Conselho de Ética, Brisa elevou o tom ao direcionar ameaças explícitas à imprensa, afirmando que veículos e jornalistas poderão ser processados caso publiquem informações sobre a denúncia apresentada por Eliabe.

Durante a discussão no plenário, a vereadora voltou a negar qualquer envolvimento em suposta agressão ocorrida no dia 5 de dezembro, na praia de Sibaúma, em Tibau do Sul, e classificou o boletim de ocorrência citado pelo colega parlamentar como “mentiroso” e “criminoso”. Em seguida, fez um alerta direto aos profissionais de comunicação.

“Quero dizer à imprensa, aos jornalistas, que pensem bem antes de publicar, porque cada reportagem que sair a gente vai processar. Cada portal que publicar isso vai compor o nosso processo”, declarou Brisa, afirmando possuir provas de que estava em Natal no horário apontado na denúncia.

Brisa afirmou que não dará continuidade ao debate no plenário, classificando o episódio como um “vexame” e reiterando que a denúncia faz parte de uma estratégia de perseguição política.

Segundo ela, a acusação seria “articulada” para ganhar repercussão em blogs e portais, o que motivou o aviso direto à imprensa. A vereadora anunciou ainda que irá ingressar com representação contra Eliabe no Conselho de Ética, alegando quebra de decoro parlamentar e calúnia.

Em nota divulgada posteriormente, a parlamentar reforçou que acionará a Justiça criminal por calúnia e difamação contra “todos os responsáveis pela difusão da mentira”, incluindo aqueles que atentarem contra sua honra e imagem pública. A assessoria informou que Brisa apresentará documentação na Delegacia Geral da Polícia Civil nesta quinta-feira (18), pedindo abertura de investigação.


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CLIMA ESQUENTA NA CÂMARA DE NATAL APÓS DENÚNCIA E TROCA DE ACUSAÇÕES

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A sessão desta quarta-feira (17), na Câmara Municipal de Natal, foi marcada por mais um embate entre o vereador subtenente Eliabe e a vereadora Brisa Bracchi (PT). Desta vez, a discussão girou em torno de uma denúncia de suposta agressão física, que levou Eliabe a anunciar que irá acionar o Conselho de Ética da Casa contra a parlamentar por quebra de decoro. Brisa nega a acusação, afirma que não estava no local citado e apresentou documentos para contestar a versão apresentada no plenário.

Segundo Eliabe, a representação ao Conselho de Ética tem como base uma denúncia feita por uma cidadã que afirma ter sido agredida pela vereadora no dia 5 de dezembro, por volta das 15h, na praia de Sibaúma, em Tibau do Sul, litoral sul do RN. O vereador sustenta que não agiu de forma leviana e que só levou o caso ao plenário por estar amparado em documentos.

“Eu jamais faria uma denúncia sem a devida comprovação. Não se trata de perseguição política, mas de um fato que precisa ser apurado, envolvendo um agente público. Se fosse um subtenente agredindo um cidadão na rua, não tenho a menor dúvida de que seria representado tranquilamente”, afirmou ao Diário do RN. Eliabe disse ser policial militar da reserva há 35 anos e comparou a situação a eventuais sanções administrativas que atingem agentes públicos quando há suspeita de ilícito.

De acordo com o vereador, a denunciante, uma mulher de 58 anos identificada como Raquel Carvalho, teria procurado seu gabinete após relatar o episódio a uma amiga, que a orientou a buscar um parlamentar. Ele afirma ter prestado orientação para que fossem adotados os procedimentos legais. Entre as provas citadas estão um boletim de ocorrência registrado na 103ª Delegacia de Polícia, relatos de exame de corpo de delito e um auto de entrega de material que teria sido deixado dentro do carro da vítima no momento da agressão, incluindo óculos que, segundo Eliabe, seria da vereadora. “Já fizemos o comparativo e é justamente os óculos dela”, declarou à reportagem.


O Boletim de Ocorrência e o exame, no entanto, foram feitos cinco dias depois do que teria sido o ocorrido. O exame de corpo de delito, desta forma, não identifica lesões físicas, que segundo a denunciante, “foram superficiais”.

O vereador também argumenta que haveria compatibilidade de horários. Segundo ele, Brisa teria estado na Câmara entre meio-dia e 13h no dia 5 e o suposto episódio em Sibaúma teria ocorrido após as 15h, o que, em sua avaliação, permitiria o deslocamento. Eliabe afirma ainda que o conflito teria começado após crianças ligadas a um projeto social coordenado pela mãe da vereadora, a Biblioteca Leitura na Praça, em Sibaúma, invadirem o quintal da residência da denunciante, o que teria motivado um desentendimento que evoluiu para agressão.

“No Conselho de Ética não se condena ninguém. É uma denúncia que vai ser apurada, mas nós temos segurança nisso, está muito sossegado”, disse, acrescentando que também pretende apresentar outra representação contra Brisa por declarações feitas no plenário, quando ela o chamou de “criminoso” e “fascista”.


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OPERAÇÃO VERÃO 2026 TERÁ REFORÇO EM DIÁRIAS E NOVOS EQUIPAMENTOS

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Com investimento de aproximadamente R$ 15 milhões do Governo do Estado, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) apresentou nesta quarta-feira (17) o planejamento para a OPERAÇÃO VERÃO 2026, que se inicia logo nos primeiros dias de janeiro e vai até o final do carnaval.

Com o maior valor investido em diárias operacionais, maior número de efetivo empregado e maior quantidade de equipamentos e viaturas de prevenção, salvamento e resgate e de patrulhamento, a expectativa é de que esta seja a maior Operação Verão já realizada no estado.

As atividades a serem desenvolvidas em todo o litoral potiguar devem envolver, diariamente, aproximadamente 2.000 agentes de segurança pública da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Penal e do Detran-RN, além do apoio de equipes da Polícia Rodoviária Federal e das guardas municipais.

Como diferencial para este ano, estão a utilização dos dois helicópteros da SESED (Potiguar 01 e Potiguar 02) e de duas lanchas cabinadas: a Potiguara, recentemente adquirida para atuar no Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPAmb), e a lancha Fênix, do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático (GBSA) do Corpo de Bombeiros Militar.

“Nesta Operação Verão, o principal destaque é o reforço na infraestrutura e no efetivo. Com planejamento integrado entre os órgãos de segurança pública estaduais, federais e municipais, o apoio das secretarias e prefeituras, além do investimento em diárias operacionais, o Governo do Rio Grande do Norte trabalha para garantir um verão mais seguro para a população e os turistas”, afirmou o coronel Francisco Araújo, secretário da SESED.

As atividades de patrulhamento têm a missão de combater o porte ilegal de armas de fogo, furtos e roubos a turistas, veranistas, moradores e comerciantes, além de crimes de furtos e roubos de veículos, tráfico de drogas, embriaguez ao volante, exploração sexual infanto-juvenil, e de crimes ambientais como poluição sonora e perturbação do sossego e outras modalidades de delitos, no período de 09 de janeiro a 17 de fevereiro.

A entrevista coletiva, realizada nesta quarta-feira (17), além da participação de gestores das instituições de segurança pública, contou também com a presença de representantes das secretarias de Administração Penitenciária (Seap), de Turismo (Setur) e das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Semjidh), do Detran, do DER e de prefeituras municipais localizadas em áreas litorâneas.


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IBGE MOSTRA QUEDA HISTÓRICA NOS CASAMENTOS E RECUO NOS DIVÓRCIOS

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Em 2024, o Rio Grande do Norte registrou 12.835 casamentos civis, número 111 inferior ao observado em 2023 e que confirma a tendência de queda iniciada em 2019. Em uma década, o recuo acumulado chega a 21,30%, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume do último ano só não foi menor do que o de 2020, auge da pandemia de Covid-19, quando foram formalizados 10.019 casamentos no estado. Os dados consideram exclusivamente os registros feitos em cartórios de pessoas naturais.

O levantamento revela que a diminuição dos casamentos é mais acentuada entre jovens. Todas as faixas etárias entre 15 e 35 anos apresentaram redução proporcional ao longo da última década.

Em sentido oposto, cresce o peso dos casamentos entre pessoas com 35 anos ou mais, que passaram de 30,37% em 2014 para 46,64% em 2024, indicando uma postergação da formalização da união. Como resultado desse movimento, a taxa de nupcialidade legal no RN foi de 4,6 em 2024, a quinta menor do país. Isso significa que, a cada mil pessoas com 15 anos ou mais, apenas 4,6 se casaram formalmente no período. A média nacional foi de 5,6.

Entre os registros do ano passado, 1,37% corresponderam a casamentos entre pessoas do mesmo sexo, sendo 64 uniões entre mulheres e 111 entre homens. A maioria dos casamentos ocorreu entre pessoas solteiras, 80,02% do total, mas houve aumento proporcional dos recasamentos, quando ao menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo, passando de 7,74% em 2023 para 7,99% em 2024. O levantamento também identificou 84 casamentos entre brasileiros e estrangeiros, além da manutenção de dezembro como o mês mais procurado para oficializar uniões, embora com queda de participação, de 12,75% para 11,83%.

No mesmo período, o número de divórcios também caiu de forma significativa no Rio Grande do Norte. Em 2024, foram registrados 4.616 divórcios de casamentos heterossexuais, redução de 19,23% em relação a 2023, quando houve 5.715 dissoluções. Apesar da queda geral, os divórcios extrajudiciais, realizados diretamente em cartório, tiveram leve alta, passando de 497 para 517 casos. A maioria das separações judiciais ocorreu em casamentos com 26 anos ou mais de duração, seguidos pelos vínculos entre 10 e 14 anos. Uniões com até um ano representaram menos de 5% dos divórcios no estado.

Novo significado para casamento
Para a celebrante de casamentos Rosania Amaral, os números refletem uma mudança profunda no significado do casamento. Segundo ela, a formalização deixou de ser o ponto de partida da vida a dois e passou a representar um momento posterior, quando o relacionamento já está consolidado. “Hoje o casamento é visto como um ponto de chegada. Muitos casais já vivem juntos há anos, alguns já têm filhos, e só depois decidem oficializar”, afirma. Ela observa ainda que a união estável, registrada ou não em cartório, passou a competir diretamente com o casamento civil, reduzindo o público que antes tinha apenas essa opção para formalizar a relação.

Rosania também destaca transformações no perfil das cerimônias e nas motivações dos noivos.

“Vejo cada vez mais casamentos íntimos, com menos pompa e mais significado. Há uma valorização da personalização e uma consciência maior sobre o regime de bens e o planejamento financeiro”, diz. Para ela, o aumento dos casamentos após os 35 anos está ligado à busca por estabilidade econômica e emocional. “As pessoas chegam mais maduras, mais certas do que querem, o que reduz as chances de separação”, avalia, relacionando esse fator à queda nos divórcios.

Mudanças no comportamento à dois
Do ponto de vista comportamental, a psicóloga Keila Oliveira pondera que a redução dos divórcios não deve ser interpretada como um retorno à valorização do modelo conjugal tradicional. “Estamos vendo a consolidação de um novo jeito de viver à dois. A queda recente nos divórcios tem também uma explicação logística: houve uma demanda reprimida durante a pandemia, com cartórios fechados, que explodiu nos anos seguintes. Agora, esse fluxo foi absorvido”, explica. Segundo ela, a estagnação nos casamentos reflete uma tendência de longo prazo, marcada pela priorização da carreira, da autonomia financeira e da felicidade individual.

Keila avalia ainda que o casamento deixou de ser um imperativo social e passou a ser uma escolha tardia. “As pessoas não perderam o interesse em se relacionar, perderam o interesse na formalização precoce. O casamento virou um adicional de bem-estar, não a base da vida”, afirma.

Para a psicóloga, a menor tolerância a relações insatisfatórias e o maior acesso à terapia e à mediação contribuem para uniões mais conscientes, ainda que menos numerosas. “Os dados do IBGE mostram uma transição de valores, em que autonomia e satisfação pessoal pesam mais do que a tradição”, conclui.


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PEQUENOS NEGÓCIOS IMPULSIONAM ECONOMIA DO RIO GRANDE DO NORTE

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O dinamismo dos pequenos negócios marcou a economia do Rio Grande do Norte ao longo de 2025. Entre janeiro e novembro, o estado registrou crescimento contínuo do empreendedorismo, com aumento expressivo na abertura de empresas, saldo positivo em todas as regiões e impacto direto na geração de empregos. Os dados constam no Boletim dos Pequenos Negócios, elaborado pelo Sebrae-RN (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte) a partir de informações oficiais da Receita Federal e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), e confirmam o protagonismo do segmento no desenvolvimento econômico potiguar.

Atualmente, o RN contabiliza 271.634 pequenos negócios ativos, dos quais 209.273 são optantes do Simples Nacional. Esse conjunto formado por microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte responde por 36,6% do Produto Interno Bruto estadual e foi responsável por 96,23% dos empregos formais gerados no estado até outubro, consolidando-se como o principal motor da economia local.

Somente até novembro, foram registradas 51.733 novas empresas, sendo 97% pequenos negócios, o maior índice de participação desde 2020. No mesmo período, 28.633 empresas encerraram atividades, o que garantiu um saldo positivo de 22.351 novos empreendimentos, o melhor resultado dos últimos cinco anos. A Grande Natal concentrou 58,71% das aberturas, com 30.374 registros, mas o avanço se espalhou pelo interior. Regiões como Oeste, Agreste e Seridó apresentaram números expressivos, evidenciando a interiorização do empreendedorismo.

Para o gerente da Agência Sebrae Grande Natal, Thales Medeiros, os números refletem um ambiente cada vez mais favorável a quem decide empreender no estado. “O desempenho dos pequenos negócios em 2025 confirma uma tendência muito positiva no Rio Grande do Norte.

Observamos crescimento expressivo na abertura de novas empresas, saldo positivo em todas as regiões e participação decisiva na geração de empregos. Isso mostra que o potiguar está mais preparado, mais confiante e disposto a transformar ideias em negócios reais”, avalia.

Segundo ele, o volume de novas empresas abertas ao longo do ano reforça o papel estratégico do segmento. “Ter mais de 51 mil empresas abertas apenas entre janeiro e novembro, sendo a grande maioria pequenos negócios, revela que o empreendedorismo continua sendo uma das principais alavancas da economia do estado. Quando vemos que esses empreendimentos representam mais de 36% do PIB [Produto Interno Bruto] e respondem por mais de 96% dos empregos gerados, fica muito claro o protagonismo do setor”, afirma.

O setor de Serviços lidera entre os optantes do Simples Nacional, com 107.618 empresas, seguido pelo Comércio, com 69.902, e pela Indústria, com 18.243. Construção civil e agropecuária também apresentaram crescimento. O perfil das empresas recém-abertas reforça a característica do empreendedorismo local, negócios de pequeno porte, faturamento anual de até R$ 81 mil e até quatro empregados, mas com forte impacto na geração de empregos distribuídos por todo o território potiguar.

Histórias “fora da caixa”
Dentro das estatísticas, ganham destaque histórias de empreendedorismo fora dos modelos tradicionais. A microempreendedora individual Lee Medeiros encontrou no ambiente digital uma oportunidade de unir marketing, turismo e fortalecimento da economia local. Criadora da página @turistepelorn, no Instagram, ela atua divulgando roteiros turísticos, gastronomia e experiências no RN. “Eu escolhi empreender porque o marketing sempre fez parte da minha jornada, mas chegou um momento em que eu queria mais. Queria liberdade de tempo, autonomia e a oportunidade de transformar meu conhecimento em impacto real”, relata.

Segundo Lee, o trabalho também tem foco no fortalecimento de outros negócios, especialmente liderados por mulheres. “Acredito profundamente na força da economia local. Hoje sou embaixadora de uma página voltada ao empreendedorismo feminino e uso minha experiência para ajudar outras mulheres a se posicionarem, divulgarem seus serviços e crescerem com estratégia. Meu compromisso é impulsionar mulheres, fortalecer marcas locais e construir um ecossistema mais colaborativo”, afirma.

Outro exemplo é o de Cris Pink, conhecida nas redes sociais como a “Barbie Potiguar”, que soma quase 35 mil seguidores no Instagram. Influenciadora digital, ela transformou identidade e propósito em negócio. “Empreender não foi uma escolha de um dia para o outro, foi um chamado do coração. Eu queria viver da minha verdade, da minha criatividade e do meu jeito único”, conta.

Para Cris, criar conteúdo é mais do que estética. “É identidade, é propósito, é coragem. Meu negócio nasceu do desejo de transformar, emocionar e conectar pessoas”, resume.

Apoio do Sebrae/RN

Para dar suporte a trajetórias como essas, o Sebrae-RN tem ampliado sua atuação em todo o estado. De acordo com Thales Medeiros, o trabalho começa no acolhimento de quem deseja abrir ou formalizar um negócio e se estende a um conjunto de ações voltadas ao crescimento sustentável. “Atuamos de forma muito próxima aos empreendedores, com capacitações, consultorias, mentorias e ações práticas nas áreas de gestão, inovação, marketing e finanças”, explica.

Em 2025, o Sebrae intensificou o atendimento presencial e online, ampliou programas voltados a setores como comércio, serviços, turismo e construção, e reforçou parcerias com municípios e instituições financeiras. “Nosso objetivo é facilitar o acesso ao crédito, apoiar a digitalização e estimular a competitividade dos negócios locais. Os resultados mostram que esse esforço tem feito diferença para quem empreende no Rio Grande do Norte”, conclui o gerente.


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TOMBA FARIAS: “O ESTADO NÃO FAZ NÃO É PORQUE NÃO QUER, É PORQUE NÃO PODE”

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A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou, nesta terça-feira (16), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 em um ambiente raro de consenso entre oposição e base governista. A matéria foi votada em plenário sem apresentação de destaques, refletindo um processo de construção pautado pelo diálogo e pela conciliação, conduzido pelo relator do projeto, deputado estadual Tomba Farias (PL).

Parlamentar da oposição, Tomba adotou uma postura de entendimento com o Executivo, acatando sugestões do governo e priorizando a viabilidade fiscal do Estado. Ao comentar o relatório aprovado, o deputado destacou a rigidez do orçamento e as limitações enfrentadas pela administração pública estadual. “A folha do Estado hoje é de quase 70% daquilo que você arrecada. Deve dar aproximadamente R$ 17 bilhões só para a folha de pagamento. Então fica muito pouco para os investimentos. O Estado não pode caminhar com apenas 2% ou 3% para investir”, afirmou em entrevista à imprensa durante discussão do projeto.

Tomba fez uma avaliação sobre o cumprimento do teto de gastos e a situação financeira do governo: “A governadora acertou o teto de gasto com o STF e já descumpriu, mas às vezes não cumpre não é porque não quer, é porque não pode. A situação do Estado é muito difícil. O governo precisa botar os pés no chão e trabalhar com a realidade. De fevereiro para março, a folha pode ter um aumento de R$ 200 a R$ 300 milhões, fruto de planos aprovados pelo próprio governo”.

Ele pondera sobre a aprovação unânime destes projetos na Casa Legislativa, como o dos servidores da educação, da saúde, da segurança e o plano dos auditores fiscais.

“Se você perguntar por que a casa aprovou, é uma boa pergunta, mas a gente precisa dizer o seguinte: esse pessoal está 10 anos sem aumento Também não é justo. Se a governadora mandou, é porque tem de onde tirar. Nós citamos isso, nós nos preocupamos com isso, mas infelizmente, quando a gente senta nessa cadeira, a gente é cobrado e a coisa acontece de modo diferente”, admite.

Segundo o relator, não há solução fácil para o cenário fiscal. A situação do Estado exige responsabilidade e decisões difíceis.

“A receita do Estado está em torno de R$ 25 bilhões e a despesa em R$ 27 bilhões. Temos um déficit de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A gente se preocupou muito com o relatório porque não via solução simples. Cortar despesa de onde? Não tem de onde cortar”, pontuou.

O relator explicou que a construção do parecer passou por reuniões com o Executivo, a Comissão de Finanças e Fiscalização e lideranças da oposição. “Escutamos o governo do Estado, escutamos o governador que vai entrar, reunimos com a oposição e mostramos que a hora agora é de dar apoio para ver se o governo consegue fazer alguma coisa. Não acatamos emenda de deputado nenhum. As emendas que acatamos foram do próprio governo, todas documentadas. Eu, como relator, não coloquei emenda nenhuma para mim”, enfatizou.

Ele também apontou o déficit previdenciário como outro gargalo das contas públicas e mencionou discussões sobre alternativas de longo prazo. “Esse é o grande problema do Estado. Já se fala em parcelamento em 35 anos para dar um fôlego ao governo e permitir que o Estado respire”.

Para Tomba, o consenso alcançado é reflexo dessa condução. “Todos os deputados aceitaram. Depois de 13 ou 15 anos, conseguimos um consenso. Não vai ter destaque, hoje é só votar”, afirmou.

O líder do governo na Assembleia, deputado Francisco do PT, ressaltou ao Diário do RN, o espírito público do Parlamento na votação da matéria: “A aprovação pela Assembleia sem nenhum destaque demonstra que prevaleceu o diálogo e o espírito público do nosso parlamento. Ressalto o papel do relator Tomba Farias e a unanimidade alcançada na votação da LOA 2026”, declarou.

Francisco também argumentou sobre o déficit apresentado no orçamento e as medidas em curso para reduzi-lo. “A liberação pelo STF de R$ 850 milhões do PEF reduz em mais da metade essa diferença, aproximando receitas e despesas para o próximo ano. Outras iniciativas estão sendo buscadas junto à Justiça Federal, Ministério Público e outros órgãos, especialmente para enfrentar o déficit previdenciário”, explicou.

A LOA 2026 estima receita de R$ 25,67 bilhões e fixa despesas em R$ 27,21 bilhões, com$ 1,54 bilhão. O orçamento mantém forte rigidez fiscal, com grande concentração de despesas em Previdência, Educação, Saúde e Segurança, e limita a capacidade de investimento do Estado.

Ainda assim, assegura o cumprimento dos pisos constitucionais, fixa a reserva de contingência em R$ 294,6 milhões e consolida emendas parlamentares que somam mais de R$ 147 milhões.

Com a aprovação em plenário, o projeto, um dos principais instrumentos de planejamento financeiro do Estado, segue agora para sanção do Poder Executivo.


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ISOLDA DISPARA: “A GESTÃO ALLYSON É A QUE MAIS TEM DENÚNCIA DE CORRUPÇÃO”

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As denúncias de superfaturamento na contratação da decoração natalina de Mossoró, feitas pelo vereador Cabo Deyvison, ganharam reforço político com as manifestações da deputada estadual Isolda Dantas (PT) e da vereadora mossoroense Plúvia Oliveira (PT). As duas parlamentares apontam um acúmulo de acusações contra a gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB) e defendem apuração rigorosa por parte dos órgãos de controle e da Justiça.

Para Isolda Dantas, as suspeitas envolvendo a decoração de Natal não são um fato isolado, mas se somam a uma sequência de denúncias que marcam a atual administração municipal. “Denúncias têm muitas. Me parece que, nos últimos tempos, tem sido a gestão com maior número de denúncias formalizadas. Então, a gente pode dizer que é talvez a gestão que mais tem denúncia de corrupção de Mossoró nos últimos anos”, disse a deputada.

Isolda relembra outros episódios que, segundo ela, ainda carecem de esclarecimentos. “Essas denúncias do superfaturamento da decoração natal em Mossoró se somam a muitas outras.

Vamos lembrar do contrato da reforma da Praça de Convivência, que tem todas as dúvidas sobre aquele processo. Para completar, essa recente, que é a da propina de 5% em cima de um conjunto de contratos. Os vídeos liberados pela Justiça trazem empresários dizendo que a Prefeitura só pagaria se fossem ‘conversar’, e esse ‘conversar’ seria uma propina de 5%”, afirmou.

Sobre a decoração natalina, Isolda levanta dúvidas quanto à formação dos preços e à execução do contrato. “Há mais de 15 anos a Prefeitura usa aqueles mesmos arabescos nos postes. Muitas das peças usadas hoje são as mesmas de 10 ou 15 anos atrás, mas estão sendo cobradas como novas.

Está sendo pago a uma empresa para colocar a decoração quando, na verdade, quem coloca são os servidores da Prefeitura”, criticou. Para a deputada, o cenário exige resposta institucional: “A gestão de Allyson é permeada por denúncias e a Justiça precisa dar resposta ao povo do Rio Grande do Norte”.

Já a vereadora Plúvia Oliveira, que atua diretamente ao lado do vereador Cabo Deyvison, compondo a mesma bancada de oposição na Câmara de Mossoró, afirma que está analisando tecnicamente a documentação encaminhada pela Prefeitura à Casa Legislativa, mas aponta lacunas importantes. “Ele [Cabo Deyvison] está analisando toda a documentação. Eu fiz uma análise prévia também e fiz um requerimento porque, naquela documentação toda, estão faltando alguns documentos que eu quero analisar”, explicou.

A vereadora diz que, mesmo com o material incompleto, já foi possível identificar possíveis irregularidades. “Até onde a gente analisou, junto com o meu jurídico, tem irregularidades identificáveis, como o uso da COSIP, que é a contribuição de iluminação pública, uma taxa que não pode ser utilizada para ornamentação. Pela documentação recebida, comprova que ela foi usada para ornamentação”, disse, ressaltando que a COSIP deveria ser destinada exclusivamente à iluminação pública.

Segundo Plúvia, foram enviados o contrato, o termo aditivo e análises técnicas de habilitação, mas não a documentação considerada essencial para uma apuração completa. “O que não está atendido é a memória de cálculo, que traz as planilhas com pesquisas de preço, o controle oficial de quantidade, o valor real e a relação de contratos dos últimos cinco anos. A documentação que veio não atende isso”, afirmou. Para ela, os documentos que ainda não foram enviados “qualificam mais ainda a denúncia feita pelo Cabo Deyvison”.

As denúncias apresentadas pelo vereador apontam indícios de superfaturamento em até 170 itens que compõem a decoração natalina do Estação Natal, com percentuais que chegam a quase 800%, como no caso de papais-noéis de pelúcia e tubos utilizados na estrutura dos enfeites. De acordo com Cabo Deyvison, apenas em alguns itens analisados a diferença de preços já ultrapassaria R$ 150 mil.

As pelúcias de 20 centímetros foram compradas pela Prefeitura R$ 194. Segundo pesquisa do vereador, o produto custa no mercado R$ 22. De acordo com ele, foram adquiridas 400 unidades, o que totalizou R$ 77 mil. “Esse produto eu compraria por R$ 8.400. A Prefeitura comprou por R$ 77 mil”, reforçou. O superfaturamento, nesse caso, é de 781,8%.

Já os tubos utilizados na estrutura do Estação Natal, que custa no mercado R$ 89,74, foi comprado por R$ 640 pela gestão Allyson. O superfaturamento dos tubos é de 619,1%, de acordo com a denúncia do vereador.

No campo político, Plúvia também comentou as dificuldades para instaurar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara. “Nós assinamos seis vereadores: Jailson Nogueira, Mazinho, Marleide Cunha, eu, Cabo Deyvison e Wiginis do Gás. Mas hoje, com a mudança no regimento, se não tiver sete assinaturas, nem vai para o plenário. Isso torna o processo menos transparente”, criticou. Segundo ela, a mobilização agora é para conseguir mais uma assinatura e viabilizar a comissão.


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WALTER REAFIRMA APOIO A LULA, MAS DIZ QUE CENÁRIO NO RN SEGUE INDEFINIDO

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Em entrevista ao Diário do RN, o vice-governador e presidente estadual do MDB, Walter Alves, deixou claro que o alinhamento do partido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está consolidado no plano nacional, especialmente no Nordeste. No entanto, ao tratar do palanque no Rio Grande do Norte para 2026, Walter foi cauteloso e afirmou que ainda não há qualquer definição, ressaltando que o MDB segue em fase de escuta interna e que “tudo pode acontecer”.

“O alinhamento do PT com o presidente Lula, isso aí já está consolidado, do MDB do Nordeste”, afirmou. Segundo ele, a discussão agora se concentra no cenário local. “Com relação ao palanque estadual, a gente vai conversando. Eu estou, na verdade, escutando o MDB”, pontuou.

Walter destacou o peso do partido no Estado e reforçou que nenhuma decisão será tomada de forma isolada. “O MDB tem mais de 40 prefeitos. Nós estamos conversando com o presidente da Assembleia, Ezequiel [Ferreira], para tomarmos uma atitude, uma decisão no momento certo”, disse. Questionado sobre quando seria esse “momento certo”, foi direto: “Não está definido”.

De acordo com o vice-governador, a principal preocupação, neste momento, passa pela formação das nominatas e pelo fortalecimento da legenda. “A preocupação nossa é com as nominatas”, resumiu.

Ele reforçou que o processo passa por diálogo amplo. “A gente vai conversar, está escutando os deputados, vai conversar com a governadora, vai conversar com todo mundo, para definir que rumo o MDB vai tomar na sucessão”, afirmou, confirmando que pretende se reunir com a governadora Fátima Bezerra (PT) e com o presidente da Assembleia Legislativa.

“Vou conversar eu, ela e Ezequiel. Não tem data marcada não. Eu estou conversando com todos os prefeitos, escutando qual o sentimento que o partido quer, para a gente tomar a decisão. Hoje, o MDB está fechado com Lula, mas não há definição sobre a sucessão estadual”, explicou.

Walter Alves também frisou que precisa ouvir as bases do partido antes de qualquer encaminhamento. “Eu tenho que escutar os prefeitos. Eu não posso tomar uma atitude sem consultar os prefeitos, os deputados que já têm alinhamento conosco”, declarou. Ao ser provocado se descartaria algum caminho político, respondeu: “Depende do grupo. Eu sou apenas intérprete do grupo”.

Indagado sobre possíveis alianças, seja com o campo governista, representado por Cadu Xavier e a governadora Fátima Bezerra (PT), seja com a oposição, em torno do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), e da senadora Zenaide Maia (PSD), Walter manteve o discurso aberto.

“Depende do grupo”, repetiu.

A posição em relação ao apoio ao presidente Lula ficou evidenciada também em um vídeo publicado no Instagram, durante encontro com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

Na gravação, ao agradecer pela duplicação da BR-304, Walter faz questão de associar a obra ao governo federal. “Estamos aqui com o nosso ministro Renan, ministro do nosso MDB, e aqui, ministro, agradecer a tão sonhada obra de tantos e tantos anos, que a duplicação da 304 está aí.

Próximo ano está começando a duplicação, a obra importante do nosso MDB e do nosso presidente Lula. Parabéns, ministro. Obrigado aí. O Rio Grande do Norte agradece”, disse, referindo-se a Lula como “nosso presidente”.

No final de novembro, Walter Alves esteve em Brasília, onde se reuniu com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, acompanhado do deputado estadual Dr. Bernardo (PSDB), que deve migrar para o partido. Na ocasião, Walter sinalizou que a expectativa de assumir o Governo do Estado em caso de renúncia da governadora Fátima Bezerra, a partir de abril, pode não se concretizar. A avaliação, segundo informações de bastidores, leva em conta uma análise detalhada da situação financeira do Estado.

Além disso, Walter Alves já declarou publicamente que, neste momento, se posiciona no centro do espectro político. “Se eu pudesse escolher, hoje, Ezequiel, eu ficava sabe aonde? No centro. Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, afirmou recentemente, ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, sinalizando um distanciamento do eixo governista liderado pelo PT e abrindo espaço para novas articulações com vistas às eleições de 2026.


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ALLYSON É ACUSADO DE SUPERFATURAR PAPAI NOEL DE PELÚCIA EM QUASE 800%

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A decoração do Estação Natal, polo natalino montado pela Prefeitura de Mossoró na Estação das Artes, virou alvo de uma grave denúncia de superfaturamento feita pelo vereador Cabo Deyvison.

Em entrevista ao Diário do RN e em reiterados discursos no plenário da Câmara Municipal, o parlamentar afirma ter identificado indícios de corrupção em contratos firmados pela gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB), com destaque para a compra de Papai Noel de pelúcia e de tubos utilizados na estrutura dos enfeites. O superfaturamento chega a quase 800%, de acordo com os valores comparados pelo parlamentar.

Prefeito Allyson deve ser denunciado pelo contrato e compras natalinas – Foto: Reprodução

Segundo o vereador, os preços pagos pela Prefeitura estariam muito acima do mercado, com diferenças que, em apenas alguns itens analisados, já somariam quase R$ 150 mil. “Ao meu ver, há indícios graves de superfaturamento e, consequentemente, indícios de corrupção”, afirmou.

Um dos exemplos apontados por Cabo Deyvison envolve a aquisição de Papai Noel de pelúcia. “A Prefeitura de Mossoró fez a aquisição, através da empresa Lux, de uma pelúcia de 20 centímetros a R$ 194. Meu Deus, eu comprei por R$ 22”, disse. De acordo com ele, foram adquiridas 400 unidades, o que totalizou R$ 77 mil. “Esse produto eu compraria por R$ 8.400. A Prefeitura comprou por R$ 77 mil”, reforçou. O superfaturamento, nesse caso, é de 781,8%.

O vereador afirma que a comparação foi feita com base nos próprios documentos oficiais da Prefeitura. “O quadro de medição, que discrimina o que foi empenhado e executado, especifica ‘pelúcia de 20 centímetros’. A que eu comprei é até maior, tem 22 centímetros”, declarou, ressaltando que se trata de produto similar e de mesma qualidade.

Outro item citado envolve tubos de duas polegadas, utilizados na montagem da estrutura do Estação Natal. “É um tubo de 2 polegadas, de 18,6 metros. Eu fiz um orçamento de R$ 89,74. A Prefeitura comprou, empenhou e executou por R$ 640 o mesmo produto”, denunciou. Segundo ele, a compra também foi destinada ao polo natalino e integra o contrato firmado com a empresa Lux, vencedora de um pregão eletrônico. O superfaturamento dos tubos é de 619,1%, de acordo com a denúncia do vereador.

Para Cabo Deyvison, o problema não se limita a casos isolados. “O indício de corrupção está exatamente no valor robusto. Em apenas um item, a diferença é de R$ 88 mil. Eu compraria por R$ 14 mil, enquanto a Prefeitura comprou por R$ 102 mil”, afirmou.

Ele destaca que o contrato possui 170 itens. “Em um só item já há indício de superfaturamento de R$ 88 mil. Ainda faltam mais de 160 itens para analisar”, completou.

Durante um discurso no plenário, diante de um calhamaço de documentos, Cabo Deyvison elevou o tom. “Quem mata mais? Facção criminosa ou classe política corrupta? Mata mais nas filas de hospitais, nas cirurgias eletivas”, disparou.

O vereador rebateu críticas dos colegas aliados do prefeito e disse que não vai recuar diante das reações. Ele denuncia, ainda, ataques pessoais e a seus familiares.

“Passei 48 horas com a cara nesses contratos para vereador babão dizer que não é a mesma espessura do cano. Agora vão me perseguir, vão fazer ataques pessoais, levantar minha família e meus contatos. Não vou recuar. Me chamem de corrupto, de ladrão, de fraudador, mas eu estou fiscalizando para o povo e não para a gestão. Vai chegar a vez de vocês, elemento!”, concluiu, se referindo aos vereadores e ao prefeito.

CEI e cobrança por investigação

Vereador Cabo Deyvison afirma que tem seis assinaturas para CEI – Foto: Reprodução

A gravidade das denúncias levou o vereador a defender a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal. “Existe um grupo de vereadores que está fiscalizando através do devido processo legal, por exemplo, a instauração de uma CEI para convocar a comissão de licitação responsável por confeccionar o termo de referência”, explicou.

Segundo Cabo Deyvison, o termo de referência é peça-chave do processo. “É nesse documento que a Prefeitura faz o estudo de mercado do valor do produto. A partir dele, a empresa lança a sua proposta”, disse, levantando suspeitas sobre a formação dos preços.

O parlamentar afirma que a mobilização busca dar resposta à sociedade. “Eu quis chamar o clamor social da população e a atenção dos vereadores da situação para que abram os olhos e para que a gente possa instaurar uma CEI e chegar à conclusão se de fato houve superfaturamento”, declarou.

Para que a comissão seja instalada, são necessárias sete assinaturas. “A princípio, temos seis. Falta apenas uma assinatura para que a gente possa prestar contas ao eleitor mossoroense que colocou todos os vereadores na Câmara. Através dessa CEI vai ser instaurado o devido processo legal para concluir se houve corrupção. Quem vai confirmar é uma sentença judicial ou uma decisão da CEI. O que eu posso dizer é que detectei indícios graves de superfaturamento”, finalizou.


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ÁLVARO EM MOSSORÓ: “VAMOS DISPUTAR PRIORITARIAMENTE O GOVERNO DO ESTADO”

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A presença do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), na procissão de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, neste fim de semana, teve caráter religioso, simbólico e político. Ao acompanhar a tradicional celebração, que percorre ruas e avenidas da cidade, Álvaro reforçou intenção de proximidade com o eleitorado da região Oeste e aproveitou a agenda para reiterar publicamente sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

“Vamos sim disputar um cargo da chapa majoritária, integrando uma composição, mas disputando prioritariamente o Governo do Estado, atendendo à convocação da população que nos chamou, nos incentivou a disputar o governo pelas mudanças que nós promovemos na cidade de Natal”, disse em entrevista concedida ao radialista Jota Nobre, da Rádio RPC de Mossoró.

Álvaro afirmou que a participação no evento representa respeito à história e à tradição mossoroense. “Para nós é um momento muito importante fazer-se presente, prestigiar a cidade de Mossoró e a região Oeste com essa procissão de tanta história e tanta tradição”, declarou.

A fala ocorre mesmo diante da pré-candidatura do senador Rogério Marinho (PL), aliado que mantém a mesma postura de reiterar a pré-candidatura ao mesmo cargo. Entretanto, para ele, o grupo está muito “bem situado”. “Temos tido muitas conversas, estamos muito bem situados com o grupo do senador Rogério Marinho e do senador Styvenson Valentim. Vamos caminhar em conjunto, traçar um caminho de uma maneira que não haja conflitos”, afirmou.

Álvaro se baseia na possibilidade de Rogério Marinho declinar da candidatura ao Executivo estadual para atuar na campanha nacional ao lado do bolsonarismo, como secretário-geral do PL.

A especulação sobre essa alternativa voltou a crescer depois que o filho do ex-presidente Flávio Bolsonaro lançou pré-candidatura à presidência da República e citou, em entrevista, o nome de Marinho como um dos que estarão ao seu lado durante a corrida eleitoral. O ex-prefeito de Natal aguarda, após acordo com Rogério, ser o nome que representará a direita bolsonarista a partir daí. Vereador do Republicanos em Natal, Daniel Rendall, confirmou ao Diário do RN que existe chance de Álvaro migrar para o PL caso ele seja o nome definido.

Segundo Dias, a definição da chapa ocorrerá no momento oportuno, a partir do diálogo interno.

“Álvaro Dias, Rogério Marinho e Styvenson Valentim vão caminhar juntos nessa eleição. Vamos dialogar, debater democraticamente e escolher uma chapa que tenha competitividade para disputar e vencer as eleições”, completou, ressaltando que o projeto do grupo é de “mudança e renovação” para o Estado.

Álvaro Dias aproveitou para criticar o PT e explica que o projeto é desenvolver e modernizar o Rio Grande do Norte. “Nosso Estado precisa voltar a avançar, se desenvolver, sair do marasmo imposto pelo governo do atraso. Vamos procurar reformar, modernizar, melhorar e fazer o Rio Grande do Norte crescer e se desenvolver com uma nova gestão”, disse.

Além de Álvaro, estiveram presentes na procissão de Santa Luzia, a governadora Fátima Bezerra (PT), a senadora Zenaide Maia (PSD), ao lado do prefeito Allyson Bezerra (UB), ex-deputado Rafael Motta, deputado federal Benes Leocádio (UB), deputados estaduais Bernardo Amorim (PSDB), Francisco do PT e Isolda Dantas (PT).

Não estiveram presentes os senadores Rogério Marinho (PL), Styvenson Valentim (PSDB), o pré-candidato ao Governo Cadu Xavier (PT) e o vice-governador Walter Alves (MDB).


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ROTA NATALINA CELEBRA O NATAL COM A NOVA FROTA DE CAMINHÕES COLETORES

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A Rota Natalina mudou o clima da capital potiguar na noite do último domingo (14). Caminhões coletores de lixo iluminados percorreram importantes vias da cidade valorizando o trabalho diário da limpeza urbana e prestando uma homenagem especial a Natal neste período tão significativo para os natalenses.

A iniciativa da Prefeitura do Natal, por meio da Companhia de Serviços Urbanos (Urbana), ganhou um caráter ainda mais especial neste ano por acontecer logo após a entrega de 35 caminhões coletores novos, realizada no mês de novembro. Do total, 30 são caminhões compactadores e cinco microcompactadores, que ampliam a capacidade operacional da Urbana, especialmente em áreas de difícil acesso e regiões com maior demanda de coleta.

Além dos novos coletores, a Urbana também colocou em funcionamento outros equipamentos importantes, como trituradores de podas, veículos tipo Munck, caçambas, tratores, retroescavadeiras, roçadeiras e carros-pipa, fortalecendo as frentes de limpeza, manutenção urbana e serviços especiais em toda a cidade. O reforço estrutural tem garantido mais eficiência, agilidade e efetividade nas operações diárias da companhia.

O prefeito Paulinho Freire destacou que a ação une cuidado com a cidade, valorização dos serviços públicos e o simbolismo do período natalino. “A Rota Natalina representa o carinho da gestão com Natal. Estamos vivendo um momento especial, com a modernização da frota e a chegada de novos equipamentos, o que reflete diretamente na eficiência dos serviços. Natal é uma cidade única, ainda mais neste período em que celebramos o Natal e também o aniversário da nossa capital”, afirmou.

O presidente da Urbana, Alvamar Vale, ressaltou que a iniciativa também é uma forma de reconhecimento ao trabalho dos profissionais da limpeza urbana. “Essa ação é simbólica, mas carrega um significado muito forte. É uma homenagem à cidade, aos seus moradores e, principalmente, aos trabalhadores e trabalhadoras que cuidam de Natal todos os dias. Com os novos caminhões e equipamentos, seguimos avançando para oferecer um serviço cada vez mais eficiente”, destacou.

O percurso iluminado pelos caminhões coletores se somou às comemorações do período, transformando o trabalho diário da limpeza urbana em um gesto de homenagem à cidade, que completa mais um ano de história. A Rota Natalina saiu da Marquise Ambiental, passou pelo Ginásio Nélio Dias, pela Ponte Newton Navarro, Midway Mall, pelas avenidas Praia de Ponta Negra, Praia de Tibau e Praia de Genipabu, além da Praça da Árvore de Mirassol e da Avenida Senador Salgado Filho.


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SAMANDA ALVES: “TEMOS A OBRIGAÇÃO DE CONHECER O TEOR DOS EMPRÉSTIMOS”

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A vereadora Samanda Alves (PT) decidiu votar também na 2ª votação, que aconteceu nesta quinta-feira (11), contra o empréstimo de R$ 660 milhões solicitado pela Prefeitura do Natal e reagiu às críticas do colega Kleber Fernandes (Republicanos) afirmando que a “desinformação” não está na oposição, mas na ausência de dados, diálogo e transparência da gestão municipal.

Segundo ela, o Executivo tenta aprovar projetos bilionários com informações incompletas e em regime de urgência. Em entrevista à 98 FM, o vereador Kleber afirmou que a parlamentar estava “desinformada” e que o projeto continha todas as informações necessárias, disponíveis para consulta pública no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL).

Samanda contestou. Para ela, o problema não está no acesso ao SAPL, mas na ausência de informações detalhadas e de diálogo por parte do Executivo. “O vereador fez referência ao sistema da Câmara, que a gente conhece bem. Nós temos uma equipe dedicada, que estuda a pauta todos os dias. Para ter uma atuação de oposição, não fazemos crítica por fazer: é sempre embasada, com informações e com verdades. E o que precisamos cobrar da Prefeitura é transparência e diálogo”, declarou em conversa com o Diário do RN.

Segundo a parlamentar, o projeto enviado pelo Executivo não apresenta a lista de obras que receberão os recursos, tampouco a justificativa completa para o montante solicitado. “Nosso questionamento é em que será usado esse empréstimo. Não dá para assinar um cheque em branco sem detalhes. Um empréstimo dessa magnitude precisa detalhar onde será aplicada essa quantidade de dinheiro e isso não foi feito”, afirmou.

Samanda relatou que, mesmo integrando a Comissão de Fiscalização e Finanças, não recebeu explicações concretas sobre o destino dos recursos. “Sempre se dizia que o secretário iria explicar, mas isso não aconteceu. Sabemos quais são as dores principais da cidade e as obras estruturantes necessárias. Mas não temos certeza se essas obras estão incluídas na programação da Prefeitura”, disse.

A vereadora ressaltou que consultou todo o material disponível, mas acrescentou que a falta de transparência se manifesta também na forma de tramitação das propostas enviadas pelo Executivo e reitera que a autorização do empréstimo não traz todas as informações necessárias.

“Falta transparência quando a gestão envia pedidos em regime de urgência, sempre do mesmo jeito. Falta transparência quando um secretário não procura a Câmara para explicar. Temos a obrigação de conhecer o teor dos empréstimos: para que serão usados, qual a forma de pagamento, qual o nível de endividamento da gestão, quem vai pagar essa conta”, complementa.

Samanda estranhou ainda o fato de parlamentares governistas justificarem seus votos favoráveis citando obras específicas para seus bairros. Informações que, segundo ela, não foram disponibilizadas de forma pública.

“Quando vemos vereadores justificando voto favorável citando obras nos seus bairros, queríamos ter acesso à mesma lista de obras. Por que não tivemos? Porque apontaríamos que não são obras prioritárias? Não sei. O fato é que não há transparência, nem diálogo com a Câmara Municipal”, questionou.

A vereadora já havia votado contra o projeto nas comissões e na primeira votação em plenário. O Executivo argumenta que os recursos serão aplicados em obras de infraestrutura urbana e social, incluindo mobilidade, drenagem, intervenções nas zonas Norte e Oeste, além de ações em turismo e habitação, utilizando programas como Pró-Cidade, Pró-Moradia, Pró-Transporte, Saneamento para Todos e operações do Novo PAC.

Para Samanda, porém, a discussão segue prejudicada. “Repito: sei da importância de a Prefeitura acessar recursos federais. Mas é preciso dialogar com toda a Câmara. Sem isso, não temos como votar a favor”, justificou a parlamentar.


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WALTER SINALIZA ALIANÇA COM ALLYSON E EMBARALHA AS RELAÇÕES PARA 2026

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Ao declarar publicamente que hoje “ficaria no centro, nem esquerda, nem direita”, o vice-governador Walter Alves (MDB) não apenas se desvinculou do eixo governista liderado pelo PT, do qual é parte, como também sinalizou reposicionamento para 2026. “Se eu pudesse escolher, hoje, Ezequiel, eu ficava sabe aonde? No centro. Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, afirmou, olhando para o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB), a quem trouxe simbolicamente para o mesmo campo: o centro, protagonizado pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil).

O gesto verbalizado em público não surgiu de forma isolada. Segundo apuração do Diário do RN, conversas entre Walter e Allyson ocorrem há meses e avançaram significativamente nas últimas semanas. Pessoas próximas aos dois afirmam que o alinhamento político está “quase fechado”.

Nesse sentido, circula nos bastidores a possibilidade de a irmã do presidente da Assembleia compor uma chapa majoritária como vice em uma aliança encabeçada por Allyson Bezerra.

Walter e Ezequiel, aliados, já reafirmaram publicamente a parceria para 2026. A migração de Ezequiel para o MDB é vista como praticamente definida, o que ampliaria o poder do partido sob o comando de Walter. Com o MDB fortalecido e com capilaridade no interior potiguar, a combinação se torna eleitoralmente atrativa para qualquer candidatura.

Para Allyson, que hoje não tem um grupo sólido e encontra barreiras para se inserir totalmente no projeto da oposição de direita, esse arranjo preencheria uma lacuna estratégica: estrutura política e narrativa de centro. Ele teria em seu palanque o União Brasil, seu partido, o PP, do deputado João Maia, o PSD da senadora Zenaide Maia, e o MDB, com o maior número de prefeitos no Estado e que deve formar a maior bancada da Assembleia com a migração de Ezequiel.

Walter já dialogava com Allyson no começo do ano; era o interlocutor do governo em mediações que teriam ocorrido com a intenção, inicialmente, de aproximar o prefeito de Mossoró do projeto eleitoral do governismo. Naquele momento, havia a possibilidade da formação da chapa com Allyson para o governo, Fátima e Zenaide para as duas vagas do Senado.

Em março deste ano, Allyson protagonizou um movimento inédito: recepcionou pessoalmente Lula e a governadora Fátima Bezerra (PT) durante a visita presidencial à inauguração da Barragem de Oiticica. O aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, serviu de base para a comitiva, e o prefeito não apenas ofereceu logística, foi ao encontro, cumprimentou e posou para fotos ao lado de Lula e da governadora. A cena se repetiu semanas depois, na entrega do residencial Mossoró III, do Minha Casa, Minha Vida, ao lado de Fátima e do ministro das Cidades, Jader Filho.
Após se afastar da ideia, as conversas com Walter teriam continuado desde então.

Um eventual afastamento de Walter representaria um golpe duplo para o grupo liderado pela governadora Fátima Bezerra. Primeiro, porque fragiliza a tentativa do PT de construir um palanque competitivo para 2026 em meio ao cenário de déficit fiscal e desgaste administrativo, elementos que já dificultam a candidatura de Fátima ao Senado.

Além disso, abre a possibilidade de uma eleição indireta na Assembleia caso a governadora se afaste do cargo para disputar o Senado. Sem Walter na linha sucessória alinhado ao governo, a transição ficaria vulnerável e colocaria o controle do Executivo nas mãos de forças externas ao bloco petista. Essa chance é um risco real para o projeto governista.

O ponto de cautela de Walter está em Brasília. Interlocutores relatam que o vice-governador ainda não cravou definição porque aguarda movimentos possíveis do presidente Lula e do governo federal que possam reposicionar sua ideia. Se o MDB nacional ou o Planalto sinalizarem prioridade para reenquadrar Walter no projeto governista, os projetos e conversas dele mudam e ele pode assumir o governo e declarar apoio ao projeto de Fátima, Cadu e Lula.

Enquanto isso, até o momento, a tendência dominante nos bastidores é de que o vice-governador já esteja com um pé fora do grupo e outro no caminho de Allyson.

Uma fonte do governo disse ao Diário do RN que a governadora Fátima Bezerra vai conversar com Walter Alves nos próximos dias para esclarecer pontos e saber o que há de boato e de verdade nessas informações que apontam para um rompimento do grupo PT/MDB.


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ARTES & ARTISTAS ALFREDO NEVES

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O deputado federal General Girão (PL), pré-candidato à reeleição, afirmou ao Diário do RN que a vereadora licenciada Nina Souza, atual secretária de Assistência Social de Natal e esposa do prefeito Paulinho Freire, será “muito bem-vinda” caso decida se filiar ao Partido Liberal. A sinalização ocorre em meio às movimentações de bastidores sobre possíveis mudanças partidárias para formação de nominatas. Nenhuma das partes, contudo, oficializou tratativas.

Ainda assim, há a informação de que uma reunião ocorreu em Brasília com representantes do PL para discutir cenários e composições para 2026, incluindo a vereadora do União Brasil.

“A vereadora Nina Souza é uma amiga já de longa data, desde 2014 que a gente se conhece. Tive a felicidade de apoiar por duas vezes a candidatura dela a vereadora de Natal e reconheço o excelente trabalho que ela faz. Ela é uma grande política, uma grande articuladora e uma das mulheres mais fortes da política do Rio Grande do Norte na atualidade. Ela será muito bem-vinda em qualquer nominata. Espero que seja na nossa”, disse.

Nina Souza é filiada ao União Brasil, mas abriu possibilidade de mudança pelo alinhamento com a direita e acordos firmados em 2024 entre Paulinho Freire e Rogério Marinho (PL) e Álvaro Dias (Republicanos) para as próximas eleições gerais. A parceria se choca com projeto do União Brasil, de apoiar a candidatura do centro, encabeçada por Allyson Bezerra (UB), sem acordo com a ala à direita.

No União Brasil, além disso, Nina formaria nominata com os deputados Benes Leocádio (UB), Robinson Faria (PP) e João Maia (PP), que compõem a federação União Brasil-PP. Já no PL, ela teria os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves. Carla Dickson é outro nome que deve integrar o partido bolsonarista.

Girão reconheceu a dificuldade na formação de uma nominata competitiva para a Câmara dos Deputados e destacou o alinhamento ideológico como critério importante na montagem da chapa.

“A composição de uma nominata para deputado federal não é tão fácil. Nem sempre as expectativas de votos se confirmam e acaba sendo um jogo de sorte. O PL tem características muito fortes no Rio Grande do Norte, na representatividade em relação à defesa de princípios e valores cristãos. Eu não tenho dúvida de que toda e qualquer pessoa que seja cristã é bem-vinda para compor a nossa nominata”, afirmou.

Com a reconfiguração partidária ganhando força nos bastidores da política potiguar, a eventual migração de Nina para o PL fortaleceria suas chances para a disputa proporcional de 2026.

Entretanto, por ora, as articulações seguem restritas às tratativas internas e sem anúncio oficial.


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JOÃO FELIPE DA TRINDADE LANÇA OBRA SOBRE SÃO GONÇALO DO AMARANTE

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O escritor e pesquisador potiguar João Felipe da Trindade lança nesta quinta-feira (11), às 19h, no Teatro Municipal de São Gonçalo do Amarante, sua nova obra São Gonçalo da Ribeira do Potengi. Autor de títulos dedicados à história e genealogia do Rio Grande do Norte, volta-se agora à origem de uma das principais cidades da região metropolitana de Natal, São Gonçalo do Amarante, reunindo documentos raros, registros coloniais e manuscritos pouco conhecidos pelo grande público.

De acordo com o autor, o livro foi elaborado com o propósito de corrigir equívocos históricos recorrentes sobre a povoação e fundação de São Gonçalo do Amarante, além de apresentar, com mais profundidade, o manuscrito de Manoel Maurício Correa de Sousa, que reúne a descendência dos Mártires de Uruaçu, Antônio Vilela Cid e Estevão Machado de Miranda. Também compõem o volume documentos como a carta do capitão Lopo Curado, o alvará do capitão-mor Manoel de Abreu Soares e a petição de Pascoal Gomes de Lima, apontado em algumas versões como fundador da localidade. O autor destaca ainda registros de batismos do fim do século XVII e início do XVIII, realizados nas capelas de Utinga, Santo Antônio, do Potengi e de São Gonçalo.

João Felipe afirma que a motivação para o livro surgiu a partir de uma provocação do prefeito de São Gonçalo. Segundo ele, persistiam divergências sobre personagens, datas e documentos ligados à origem do município. “Eu escrevi esse livro a partir de um desafio que o prefeito de São Gonçalo fez para mim. Eu tinha dito para ele que existem muitas informações erradas sobre a fundação de São Gonçalo, os personagens e antigos documentos. Como eu tenho documentos raros, resolvi colocar nesse livro para que as pessoas possam reconstituir a história de São Gonçalo”, explica.

A obra também apresenta a transcrição integral de uma genealogia antiga e pouco acessível ao público, produzida por Manoel Maurício e preservada graças ao empréstimo de um colecionador. Trindade destaca a importância do documento, sobretudo por recuperar linhas sucessórias que ajudam a compreender a estrutura familiar das primeiras gerações do Potengi. “Escrevi a genealogia dos Mártires de Uruaçu, Estevão Machado de Miranda e Antônio Vilela Cid, que vai desses dois até o autor do manuscrito. É uma coisa muito rica. O fundamental é isso, a recuperação dessa genealogia, e também algumas coisas sobre o suposto fundador de São Gonçalo do Amarante, Pascoal Gomes de Lima”, afirma.

Onde encontrar o livro
Antes do lançamento, o livro está disponível exclusivamente por meio de contato direto com o autor pelas redes sociais e pagamento via transferência bancária. A edição impressa chegará em breve a livrarias de Natal e da região metropolitana. “Quem tiver interesse é só entrar em contato comigo pelo Facebook, fazer o pagamento pelo pix e enviar o endereço para receber o exemplar no endereço que preferir. Após o lançamento, o livro estará disponível em alguns pontos de venda físicos”, reforça.

Sobre o autor
Natural de Natal, João Felipe da Trindade é professor aposentado do Departamento de Matemática da UFRN. Foi vice-reitor da instituição, além de ter ocupado cargos na administração estadual e municipal, entre eles secretário adjunto de Planejamento e Finanças do Estado, secretário adjunto de Administração e Recursos Humanos e secretário de Planejamento e de Administração da Prefeitura do Natal. Como escritor, dedica-se há décadas à pesquisa de documentos históricos e genealogias do Rio Grande do Norte, com obras como Servatis ex More Servandis, Notícias Genealógica do Rio Grande do Norte e Mais Notícias Genealógicas do Rio Grande do Norte.


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