abril 19, 2024
STYVENSON: “É UM PROJETO ANTIPÁTICO AOS PREFEITOS? EU NÃO ESTOU NEM AÍ”

“Em nítida afronta aos princípios constitucionais da moralidade, da impessoalidade e da eficiência administrativa, tem-se observado que Governadores e Prefeitos têm procurado inviabilizar a boa aplicação desses recursos públicos por razões de ordem estritamente político-partidária”. O trecho é parte da justificativa do Projeto de Lei nº 511, do senador Styvenson Valentim (Podemos), que foi apresentado em 2019, de acordo com ele, e que o parlamentar pretende agora colocar novamente em pauta, mas esbarra, segundo ele, na falta de interesse de parte do Senado Federal.
“Eu falei com o presidente da CCJ, o relator é o senador Plínio Valério, meu amigo, eu indiquei para ele, achou o projeto ótimo, fez a relatoria, quer relatar, mas não entra em pauta, justamente porque o presidente da CCJ disse que é um projeto antipático, é um projeto que os outros senadores não apoiam. Que não querem que paute porque é o tipo de projeto que coloca o político em cheque. Se não aprova, se não passa, se eles votam contra, fica com a pecha de que querem deixar os políticos roubarem, corruptos”, afirma o senador em conversa com o Diário do RN.
A proposta pretende especificar como ato de improbidade administrativa a perda de recursos públicos decorrentes de transferências voluntárias da União, as emendas parlamentares, ou o retardo na sua aplicação. O PL quer transformar a exigência da prova do dolo específico para dolo eventual. Ou seja, pela caracterização, a devolução dos recursos passaria de uma ação não intencional do prefeito, para um ato com conhecimento do risco da perda dos recursos, se configurando improbidade administrativa.
“Agora, é um projeto antipático aos prefeitos? Eu não estou nem aí para simpatia de prefeito não; não estou preocupado com a equipe ali do prefeito não, eu estou aqui para proteger o erário público e a população. Entendeu? Está achando ruim? É porque deve gostar de ladrão mesmo, de ser sacaneado e ser roubado”, destaca o senador.
Styvenson cita exemplos em que recursos liberados por ele não foram utilizados. “Estão sofrendo na pele com Tarcísio Maia. Desde 2020 que eu mandei o recurso e a obra não sai, (o governo do RN) fica fingindo que está fazendo. Coisas como essa, como a escola Maria Ilca que não foi realizada. Coisas como aquela devolução de 300 mil reais lá de João Câmara que o cara perdeu o prazo, que era para o custeio da saúde, coisas como de Triunfo Potiguar que o cara pegou 150 mil e sumiu com o dinheiro, não fez nada. Então, eu tenho motivo suficiente de fazer esse projeto de lei”, ressalta.
Para o senador, a não execução das emendas afrontam os princípios constitucionais da moralidade, da impessoalidade e da eficiência administrativa e as divergências político-partidárias terminam prejudicando a população.
“A ideia do dolo para culposo diminuiu a responsabilidade e isso permite o desvio e a não recuperação do erário público. O governo que é incompetente não tem técnica para gastar sim tem que ser punido, porque quem sofre com a com a ausência de técnica ou de vontade ou de malícia política, é a população. Está achando ruim? É porque deve gostar de ladrão mesmo, de ser sacaneado e ser roubado.”, completa.
Segundo o parlamentar, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado afirmou que deve aguardar um momento oportuno.
“Tem uns senadores que não querem que paute. Entendeu? Ele está pronto para ser relatado. Senador Valéria já me ligou disse olha doutor estou pronto para relatar um projeto desse eu não vejo problema nenhum. Só vai penalizar aquele que não fizer uso do da transferência federal por emenda de bancada ou por recurso que o parlamentar consiga. É impossível aceitar que a gente fique aqui conseguindo recurso para o município, para o estado, e que o município e o estado por motivos alheios, não sei qual é, pode ser político, pode ser por incompetência, pode ser por maldade mesmo, sei lá porque é, qual o motivo, que seja responsabilizado. Quem é que tolera isso, pô?”, questiona.
CONFUSÃO NA CÂMARA DE NATAL TEM ACUSAÇÃO DE MISOGINIA. “O QUE É ISSO?

“Coisa de quem não suporta ver mulher na política e está desesperada com a possibilidade da mudança na cidade”. A definição é da deputada federal Natália Bonavides (PT), que foi alvo de críticas do vereador Aroldo Alves, na Câmara Municipal de Natal, na sessão ordinária desta quarta-feira (17). A fala do parlamentar resultou em um bate-boca com a vereadora Brisa Bracchi (PT), que saiu em defesa da companheira de partido.
Pré-candidata a prefeita de Natal, além de relacionar os ataques à campanha eleitoral municipal que se aproxima, Natália Bonavides também classifica o comportamento do vereador a um “espetáculo grotesco”.
“Ser mulher na política é lidar com esse tipo de ataque diariamente. A Câmara Municipal de Natal não pode ser palco para essas declarações machistas e misóginas. A população definitivamente não merece assistir um espetáculo grotesco desse”, reprova.
Após o vereador Aroldo Alves se referir à deputada federal Natália Bonavides (PT) como “bonitinha” e “cheirosinha”, a vereadora Brisa entrou em discussão com o colega, a quem classificou de misógino.
A fala do vereador Aroldo Alves aconteceu durante um discurso de repúdio ao projeto federal de retorno do seguro Dpvat. Contrário ao projeto, que foi aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada, Aroldo criticou a deputada Natália Bonavides por ter votado a favor.
“Sabe quem votou em favor desse imposto, presidente? A bonitinha, a cheirosinha, a galeguinha”, disse.
Brisa pediu questão de ordem e repudiou: “Eu já disse que, enquanto eu estiver no plenário, o vereador não falará da deputada Natália Bonavides chamando através de palavras misóginas”.
O vereador interrompeu, afirmando que não falou de Natália Bonavides diretamente. Brisa retrucou: “Citou de forma indireta e de forma misógina. Vossa Excelência é misógino. Não consegue respeitar as mulheres. Por que os homens deputados você falou ‘deputado’ e quando é a deputada, fala que é cheirosinha e bonitinha?”.
Enquanto Brisa o criticava, Aroldo rebatia: “Eu vou dizer que ela é feia, preta? Não é. E eu estou errado? Ela usa perfume francês”. A vereadora do PT encerrou a discussão:
“Todas as vezes em que o vereador fizer questão de se direcionar à deputada federal por palavras misóginas, colocando a sua aparência em xeque como forma de chamá-las, eu seguirei fazendo questão de ordem. Falou do presidente Lula, de políticos homens do PT, mas nunca atacou dessa forma. Ataca dessa forma quando é uma mulher”.
PREFEITOS DO RN REBATEM ARGUMENTOS USADOS POR STYVENSON EM PROJETO

Os prefeitos do Rio Grande do Norte, através da Federação dos Municípios do RN (Femurn) pretendem voltar a conversar com o senador Styvenson Valentim (Podemos) sobre o PL 511, que o senador apresentou em 2019 e tenta colocar em tramitação novamente na Casa Legislativa. O projeto passa a considerar ato de improbidade administrativa a perda de recurso federal, de emenda parlamentar, por falta de aplicação ou atraso técnico.
O presidente da Femurn, Luciano Santos, afirma concordar que é um desperdício do erário público a devolução dos valores que poderiam ser aplicados nos municípios, mas nem sempre acontece por má-fé do gestor.
“Eu vou dar um exemplo. Eu tenho emendas do FNDE que um parlamentar indicou, para a educação, para construir uma escola. A prefeitura indicou o terreno, a propriedade do terreno, fez adesão à planilha dos projetos indicados pelo próprio MEC, pelo próprio FNDE, o orçamento das obras com pequenas adequações vem do próprio FNDE, o município recebe a ordem do FNDE para abrir o processo licitatório, abre o processo licitatório e ele não executou a obra ainda porque o FNDE não pagou a primeira medição da construtora. A construtora está lá com obra abandonada porque o FNDE não pagou. Essa inexecução da obra não é culpa do prefeito”, pontua.
Tanto na justificativa que consta anexada ao Projeto de Lei, quanto nas conversas com o Diário do RN, o senador Styvenson deixa claro que o projeto é apresentado também porque “questões político-partidárias” motivam a não execução das emendas. Já o presidente da Femurn rebate.
“Eu não entendo que um prefeito deixe de executar uma obra porque se trata de uma emenda de um desafeto político dele; 99,99% das emendas que chegam nos municípios vieram porque os prefeitos foram com pires na mão em Brasília. A não ser que seja dos municípios maiores, que os prefeitos muitas vezes não pedem e os pedidos são através de secretários ou de vereadores, pode ser que aconteça, mas nos médios e pequenos municípios do Rio Grande do Norte isso é impossível de acontecer”, opina.
O representante dos municípios potiguares explica que já falou sobre o assunto outras vezes com o senador para esclarecer a posição. Segundo ele, o senador demonstrou entender e se comprometeu que “jamais” indicará uma emenda que tenha que ser executado pela Caixa, “em razão dos problemas que estão explicitamente claros”.
“Há casos de emenda não ser executada por questões técnicas, que muitas vezes acontecem através por exemplo da Caixa Econômica. A Caixa recebe a emenda, a gente apresenta um pré-projeto, o município licita, faz a licitação, escolhe a proposta mais vantajosa, a proposta mais vantajosa é entregue, o processo licitatório é avaliado, a Caixa Econômica manda emitir a ordem de serviço, a gente emite ordem de serviço, mas a Caixa não libera a primeira medição ou não autoriza o início das obras. E aí essa obra fica inexequível”, relata.
Luciano Santos diz acreditar que após as ponderações dos prefeitos sobre as dificuldades o senador agora tem conhecimento e pode entender a situação. Mesmo assim o presidente pretende, ainda, procurar parlamentar mais uma vez para um novo diálogo.
“Enquanto Federação nós iremos procurar o senador para mais uma vez explicá-lo desses problemas vividos pelas prefeitas e prefeitos do Rio Grande do Norte para servir de exemplo. Como se trata de uma lei, isso também deve estar acontecendo o mesmo entendimento com outros representantes das federações Brasil afora e eu, como representante da federação dos municípios, irei indicar essa problemática para a Confederação (dos Municípios), iremos mobilizar os prefeitos do Brasil diante dessa possibilidade de discutirmos as cláusulas dessa lei”, afirma.
CÂMARA APROVA PROJETO DE LEI QUE INSTITUI FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS

Os vereadores de Natal aprovaram em sessão nesta quinta-feira (18) a criação de uma política municipal para fornecimento de medicamentos à base de canabidiol, pelo Município. A matéria foi à plenário em segunda discussão, assim como outras seis matérias.
O Projeto de Lei nº 198/2023, do vereador Felipe Alves (União Brasil), institui a política municipal de fornecimento gratuito de medicamentos formulados de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinóides, incluindo o tetrahidrocanabidiol.
Essa distribuição ocorreria em caráter de excepcionalidade, pelo Poder Executivo nas unidades de saúde pública municipais. “É uma matéria que regula uma questão que é tendência mundial para tratar diversas doenças, como epilepsia, Parkinson, cânceres, proporcionando qualidade de vida aos pacientes. Inclusive, a Anvisa já regulamentou e o SUS fornece esses remédios com critérios rígidos”, destacou o autor.
Além deste, também foi aprovado em plenário o PL nº 347/2022, do vereador Luciano Nascimento (PSD), que prevê a remoção dos telefones públicos inativos e com defeito; e o PL n° 568/2022, do vereador Milklei Leite (PV), que institui o Dia Municipal do Hip Hop e a Semana Municipal do Hip Hop. “Já se tornou até esporte olímpico e na nossa cidade temos acompanhado esse movimento que acontece em diversos eventos ao longo do ano. Nada mais justo que oficializar no calendário da cidade”, declarou Milklei.
Ainda em segunda discussão, passaram pelo plenário o PL n° 222/2024, da vereadora Camila Araújo (União Brasil), que dispõe sobre o reconhecimento de Utilidade Pública Municipal do Projeto Criança Fraldinha III – PFC III; o PL nº 566/2023, da vereadora Júlia Arruda (PCdoB), que institui o Programa de Arrecadação de Brinquedos para Doação às Crianças da cidade; e o PL n° 591/2023, do vereador Bispo Francisco de Assis (Republicanos), que institui o “Programa Vaga Social” no âmbito da Secretaria de Assistência Social;
Na sessão, os parlamentares rejeitaram veto ao Projeto de Lei nº 647/2023, de autoria da Vereadora Camila Araújo (União Brasil), que dispõe sobre o ordenamento territorial e horário de funcionamento das atividades desenvolvidas pelas entidades de tiro esportivo.
MORAES DÁ ANDAMENTO A INQUÉRITO DA PF CONTRA GIRÃO EM ATOS GOLPISTAS

Em despacho assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) dá andamento ao inquérito contra o deputado federal General Girão (PL-RN), referente à possível participação nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. As considerações do documento se baseiam no relatório final da Polícia Federal (PF) sobre as investigações envolvendo a participação do parlamentar com os atos.
No documento, o ministro associa Girão à “possibilidade de caracterização dos crimes de associação criminosa, incitação ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”.
Em julho de 2023, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura do inquérito para apurar suposta incitação aos atos pelo deputado Girão. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal.
Em 19 de outubro, a Polícia Federal encaminhou relatório final aos autos. O documento da PF concluiu que ficou clara a conduta do General Girão de questionar o sistema eleitoral brasileiro e levantar dúvidas sobre a conduta do Poder Judiciário, bem como protestar por intervenção nas Forças Armadas.
“Diante da atividade recente do representado nas redes sociais e no desempenho de seu mandato, fica clara a continuidade da conduta do representado de acusar a existência de fraude no processo eleitoral e a desonestidade do Poder Judiciário e seus membros, de modo a incitar seus seguidores a protestar por intervenção das Forças Armadas”, diz um trecho do relatório.
Entre as primeiras medidas determinadas pelo ministro, quando da abertura da investigação, estão o depoimento de Girão à Polícia Federal; a preservação de publicações sobre os atos golpistas feitas pelo deputado e seu envio à PF, uma nova análise das postagens do parlamentar e, em seguida, a análise de implantação de medidas cautelares.
Em 19 de março de 2024, a Procuradoria-Geral da República (PGR) requereu que a PF disponibilize acesso a vídeo anexado ao inquérito. No despacho de Moraes, a PF é oficiada para que, no prazo de cinco dias, encaminhe aos autos o vídeo indicado na manifestação da PGR.
Em 20 de dezembro de 2022, o deputado federal, após diplomado, participou de protesto em frente ao 16º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército (16 RI), em Natal. Com um megafone, ele atacou Luiz Inácio Lula da Silva e incitou os manifestantes a permanecerem na frente dos quartéis em protesto pela eleição do presidente petista. “Essa semana é a semana que está começando as festividades de Natal. Então eu espero que todo mundo aqui tenha sido um bom filho, um bom pai, um bom irmão, uma boa esposa, e botem o sapatinho na janela que o Papai Noel vai chegar!”, disse na ocasião.
Em denúncia à época, o Ministério Público Federal afirma que o deputado extrapolou os limites da imunidade parlamentar. O órgão listou publicações de Girão nas redes sociais e o discurso no Batalhão do Exército em Natal.
Em declaração oficial após a abertura do inquérito, Girão se defendeu garantindo que “diuturnamente, tem demonstrado o empenho e dedicação sem quaisquer propósitos de incitação a atos antidemocráticos”. Afirmou, ainda: “Muito menos, ter estimulado a violência contra qualquer Instituição, da qual sou membro ou estabelecida pela nossa Constituição”.
ESPECIALISTAS AVALIAM QUE NÚMEROS PODEM DESESTIMULAR CANDIDATURAS
O favoritismo do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e a falta de oposição no município são os principais pontos destacados por analistas políticos sobre a pesquisa DataVero/93FM divulgada nesta quarta-feira (17). Os números da estimulada mostram Allyson Bezerra com 68,71% das intenções de votos, Rosalba Ciarlini com 9,93%, Isolda Dantas com 3,48%, Genivan Vale com 1,82%, Zé Peixeiro com 1,82% e Tony Fernandes (Avante) 1,16%. 8,28% afirmaram votar em nenhum e 4,80% não souberam ou não quiseram responder.
A ampla diferença foi mantida nos demais cenários cogitados e também na sondagem espontânea, quando o prefeito apareceu com 62,75% das intenções de votos, Rosalba Ciarlini (PP) foi lembrada por 4,30% dos entrevistados, Genivan Vale (PL) por 0,66%, Isolda Dantas (PT) 0,5%, Zé Peixeiro (Republicanos) 0,33% e a ex-deputada Larissa Rosado (PSB) por 0,17% dos eleitores.
Para o comentarista político Carlos Santos, os números, a seis meses da eleição, espelham uma realidade das ruas, com um pré-candidato a reeleição claramente com muita folga pela aprovação popular, além da falta de uma oposição estruturada.
“Uma oposição extremamente medíocre, acéfala, e que repete fórmulas surradas de fazer oposição, denuncismo, greves, discursos muitas vezes ofensivos, pouca contribuição ao próprio debate. Além de uma covardia explícita. Boa parte dos nomes que poderia até estar na disputa de forma clara não tem coragem, até hoje, de se manifestar de se pronunciar. Prefere apontar erros ou supostos erros, deformidades no governismo”, explica.
Dos nomes sondados, apenas o empresário Genivan Vale (PL) e o vereador Zé Peixeiro (Republicanos) lançaram oficialmente as pré-candidaturas ao Executivo mossoroense. Nomes tido como naturais à disputa, como da deputada estadual Isolda Dantas (PT), representante de Mossoró na Assembleia Legislativa, e da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), segunda maior eleitora do município, ainda permanecem no campo das negociações.
O jornalista Saulo Vale interpreta que Allyson pode comemorar e a oposição precisa fazer uma autocrítica e estudar os próximos passos. Para ele, a “desnutrição” da oposição se dá, primeiro, pelo desempenho administrativo do próprio Alysson e, também, pela desarticulação dos opositores nesses quatro anos da gestão municipal.
“A ex-prefeita Rosalba é realmente hoje o nome mais forte que tem na oposição, na disputa àa prefeitura. Mas apesar disso, ela não é a mesma, que já foi tida como imbatível. A desnutrição do grupo de Rosalba não começou de agora, já vem há alguns anos, mas está muito mais evidenciado eleição após eleição”, avalia.
O jornalista observa que o PT não tem uma pré-candidatura, com a deputada Isolda, com capilaridade eleitoral para 2024. “Talvez seja melhor ela se resguardar para se fortalecer para uma disputa mais ousada, inclusive, para 2026”, analisa.
O nome lançado pelo PL de Rogério Marinho, Genivan Vale, confia na polarização Lula e Bolsonaro, mas o jornalista destaca que “a própria pesquisa mostrou que essa polarização nacional não deve chegar com força na eleição municipal, assim como não chegou já em 2020. A vida é um fato local”, diz.
Na avaliação de Saulo Vale, o PT tem igual pensamento, esperando capitanear o eleitorado lulista, mas como a pesquisa DataVero mostrou, essa influência não deve vir forte e será “um desafio imenso” para o PT.
“A disputa de 2024 vai ser uma disputa plebicitária. Os mossoroenses vão às urnas decidir se vão querer mais quatro anos de Alysson Bezerra ou se não vão mais querer quatro anos de Alysson Bezerra. É muito mais esse aspecto vai pesar do que a polarização nacional na cabeça do eleitor”, complementa.
O analista político Erasmo Firmino concorda que as intenções de votos para os nomes de Genivan Vale (PL) e Isolda Dantas (PT) mostram “que os pré-candidatos não conseguiram refletir em Mossoró a polarização nacional”.
Outro ponto considerado é a rejeição dos pré-candidatos.
“A rejeição a Allyson é muito baixa. Isso é surpreendente, porque quem está no governo é vitrine para população, então isso pesa a favor também dele. E a rejeição liderada por Isolda e por Rosalba também pesam em desfavor dessas possíveis candidaturas delas”, explica o jornalista Saulo Vale.
Para Erasmo Firmino, o resultado da pesquisa pode desestimular pretensas candidaturas.
“A menos de seis meses das eleições, os números desestimulam candidaturas oposicionistas. Para quem estava na dúvida se concorreria ou não, a pesquisa foi bem desestimulante”, conclui.
A pesquisa entrevistou 600 pessoas nos dias 13 e 14 de abril de 2024. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O número de identificação: RN-00041/2024.
SENADO APROVA PEC QUE CRIMINALIZA A POSSE E O PORTE DE DROGAS
O Senado aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a proposta que inclui na Constituição Federal a criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ilícita. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários no segundo turno.
A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvo de inquérito policial e de processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas. Como haverá uma distinção entre traficante e usuário, será aplicado aos usuários penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência.
Atualmente, a Lei nº 11.343, de 2006, conhecida como Lei das Drogas, estabelece que é crime vender, transportar ou fornecer drogas. A pena é de reclusão de cinco a 15 anos, além de multa. Adquirir, guardar, transportar ou cultivar drogas para consumo pessoal também é considerado crime pela lei atual, mas neste caso as penas previstas são advertência, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. A legislação não estabelece uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos.
O presidente do STF Rodrigo Pacheco (PSD-MG), esclareceu que a PEC faz uma ressalva sobre a impossibilidade da privação de liberdade do porte para uso de drogas. “Ou seja, o usuário não será jamais penalizado com o encarceramento”, disse. Ele também destacou que a utilização de substâncias derivadas de drogas ilícitas para uso medicinal não será afetada pela PEC.
Ao justificar a apresentação da PEC, Pacheco argumenta que não há tráfico de drogas se não há interessados em adquiri-las. “O traficante de drogas aufere renda – e a utiliza para adquirir armamento e ampliar seu poder dentro de seu território – somente por meio da comercialização do produto, ou seja, por meio da venda a um usuário final”, diz.
A proposta seguirá para a análise da Câmara dos Deputados. Para que a mudança seja incluída na Constituição, a PEC precisa ser aprovada nas duas Casas do Congresso.
Votação no STF
A aprovação da PEC pelo Senado é uma resposta ao Supremo Tribunal Federal, que também avalia a questão do porte de drogas. O julgamento do tema foi suspenso em março por um pedido de vista apresentado pelo ministro Dias Toffoli. Antes da interrupção, o julgamento está 5 votos a 3 para a descriminalização somente do porte de maconha para uso pessoal.
No recurso analisado, o STF julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e o comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.
No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com 3 gramas de maconha.
Debate
A votação em plenário foi precedida de debate entre senadores contrários e favoráveis à PEC. Marcos Rogério (PL-RO) disse que a PEC vem em defesa da sociedade brasileira. Segundo ele, um terço das prisões do país se dá em razão das drogas. “Mas não porque são usuários, mas porque são traficantes, que atormentam as famílias brasileiras”.
O senador Humberto Costa (PT-CE) disse que a PEC amplia a discriminação contra pessoas pobres, negras e marginalizadas e defendeu que a mudança vai desestimular os usuários de drogas a buscarem o tratamento adequado. “Procurar o serviço de saúde será reconhecer a condição de usuário e dependente e, portanto, estar submetido à possibilidade de ser criminalizado e responder a vários processos”.
Em seu relatório, o senador Efraim Filho (União-PB) destacou a nocividade social e de saúde pública que as drogas proibidas geram. “Nesse contexto, vale destacar que a simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse.
Senadores do RN
Dos senadores do RN, Styvenson Valentim (Podemos) e Rogério Marinho (PL) votaram a favor da PEC. Já a senadora Zenaide Maia (PSD) votou sim no 1º turno e não compareceu no 2º turno.
Com informações da Agência Brasil.
ALLYSON LIDERA PESQUISA DATAVERO COM 60 PONTOS DE VANTAGEM EM MOSSORÓ

A pesquisa DataVero/93FM Resistência, divulgada nesta terça-feira (16), traz cinco cenários à Prefeitura de Mossoró na estimulada. O prefeito Allyson Bezerra (União) está à frente de todos com larga vantagem.
Na sondagem espontânea, quando os nomes não são apresentados ao entrevistado, o gestor aparece amplamente cristalizado na mente do mossoroense, com 62,75% das intenções de votos.
Rosalba Ciarlini (PP) tem 4,30%, Genivan Vale (PL) 0,66%, Isolda Dantas (PT) 0,5% e Zé Peixeiro (Republicanos) 0,33%. A ex-deputada Larissa Rosado (PSB) também foi citada, por 0,17% dos eleitores. Não sabe ou não responderam são 25,83%. Já 5,46% disseram votar em nenhum.
No primeiro cenário da pesquisa estimulada, em que o nome de todos os pré-candidatos e cotados a candidatos foram apresentados, Allyson Bezerra tem 68,71%, Rosalba Ciarlini 9,93%, Isolda Dantas 3,48%, Genivan Vale 1,82%, Zé Peixeiro 1,82% e Tony Fernandes (Avante) 1,16% das intenções de votos. 8,28% afirmaram votar em nenhum e 4,80% não souberam ou não quiseram responder.
Já em um cenário sem Isolda Dantas e com o professor Josivan Barbosa (PT) em seu lugar, Allyson Bezerra apresenta 68,87% das intenções de votos, enquanto Rosalba Ciarlini tem 12,58%, Genivan Vale 2,81%, Zé Peixeiro 2,32% e Josivan Barbosa 0,17%. Nesse cenário, 8,77% votam em nenhum nome e 4,47% não sabem ou não responderam.
Numa terceira simulação estimulada, sem o nome de Rosalba Ciarlini na disputa, Allyson Bezerra sobe para 72,52%, Isolda Dantas tem 5,46%, Genivan Vale 2,98% e Zé Peixeiro 2,98%. 10, 76% dizem votar em nenhum e 5,30% não sabem ou não responderam.
Um quarto cenário apresenta as possibilidades de candidaturas sem o nome de Isolda Dantas e Rosalba Ciarlini. Desta forma, Allyson Bezerra é citado por 74,17% dos eleitores, Genivan Vale por 2,98%, Tony Fernandes por 2,32% e Josivan Barbosa por 0,99%. Votam em nenhum 13,74% e não sabem ou não responderam 5,79%.
Rejeição
A pesquisa também questionou quem são os candidatos mais rejeitados pelos eleitores. Nesta lista, Isolda Dantas lidera com 22,68%. Rosalba Ciarlini vem em segundo, rejeitada por 21,85% dos entrevistados. Zé Peixeiro tem 15,89% de rejeição, Genivan Vale 5,13%, Allyson Bezerra 4,80 e Tony Fernandes 3,48%. Dos entrevistados, 12,42% dizem não votar em nenhum dos candidatos, 7,12% não sabem ou não responderam e 6,62% afirmam que votariam em todos.
Influência de votos
Os nomes do presidente Lula (PT), da governadora Fátima Bezerra (PT) e do ex-presidente Bolsonaro (PL), pouco deve influenciar os votos dos mossoroenses nesta disputa municipal.
Questionados se o apoio do presidente Lula influencia o voto, 70,20% responderam ‘não’, 25,66% disseram ‘sim’ e 4,14% não sabem ou não responderam. Sobre o apoio da gestora estadual e a influência do voto, 76,32% disseram que não faz diferença, 19,37% disseram que sim, influencia, e 4,30% não sabem ou não responderam. Já 78,97% disseram que o apoio de Bolsonaro não influencia o voto, 18,21% responderam que ‘sim’ e 2,81% não sabem ou não responderam.
A pesquisa entrevistou 600 pessoas nos dias 13 e 14 de abril de 2024. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O número de registro no TRE: RN-00041/2024.
PESQUISA DATAVERO: ALLYSON COMEMORA: “MUITA GRATIDÃO AO POVO DE MOSSORÓ”

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), externou sua opinião sobre a larga vantagem de intenções de votos apresentada na pesquisa DataVero/ 93FM Resistência à prefeitura de Mossoró.
Segundo a sondagem, o pré-candidato à reeleição apresentou entre 50 e 60 pontos percentuais de vantagem frente aos demais pré-candidatos nos quatro cenários da pesquisa estimulada e na espontânea. Para ele, os resultados representam “gratidão”.
“Recebo esses resultados com muita gratidão ao povo de Mossoró pela confiança, a toda nossa equipe de secretários e servidores municipais que diariamente estão em cada unidade, em cada secretaria trabalhando para juntos transformarmos a vida do povo mossoroense”, declarou à reportagem do Diário do RN.
Na sondagem espontânea, o gestor aparece com 62,75% das intenções de votos. Os demais pré-candidatos Rosalba Ciarlini (PP) tem 4,30%, Genivan Vale (PL) 0,66%, Isolda Dantas (PT) 0,5% e Zé Peixeiro (Republicanos) 0,33%.
No primeiro cenário da pesquisa estimulada, em que o nome de todos os pré-candidatos e cotados a candidatos foram apresentados, Allyson Bezerra tem 68,71%, Rosalba Ciarlini 9,93%, Isolda Dantas 3,48%, Genivan Vale 1,82%, Zé Peixeiro 1,82% e Tony Fernandes (Avante) 1,16% das intenções de votos. 8,28% afirmaram votar em nenhum e 4,80% não souberam ou não quiseram responder.
O chefe do Executivo mossoroense afirma, ainda, que a aprovação representa mais responsabilidade à frente da administração municipal. “Esses resultados só aumentam a nossa responsabilidade e a nossa força para continuar trabalhando por cada cidadão mossoroense com muito empenho e determinação”, completou.
Já o nome do PL à prefeitura de Mossoró, Genivan Vale, que circulou entre 0,66% e 2,98% entre a pesquisa espontânea e os cenários da estimulada, defende que o resultado expõe a falta de oposição ao prefeito Allyson durante a gestão. Entretanto, ele se diz sereno e estimulado com os números.
“Vejo com muita serenidade. Reflete o momento atual. Reflete três anos de uma candidatura única de um prefeito que sabe explorar muito bem as redes sociais. Para nós, é muito estimulante sabermos que com somente duas semanas que o PL lançou nosso nome, já pontuamos quase 3%”, afirma.
Antes aliado de Allyson, Genivan teve sua pré-candidatura lançada por Rogério Marinho em março. Ele reconhece que chegar agora na campanha, como oposição, deverá exigir esforço.
“Somos conscientes que será uma luta árdua. Será uma luta de Davi contra Golias, porém estamos muito confiantes”, complementa.
Já um dos nomes levantados pelo PT para a disputa majoritária, o professor Josivan Barbosa pontuou na pesquisa estimulada com 0,99% em um dos cenários. Para ele, o resultado foi positivo.
“Sendo citado com 1% sem ainda ter definido a candidatura e com cerca de 15 dias de discussão apenas fiquei muito satisfeito”, diz.
De volta ao PT após oito anos como uma alternativa ao nome de Isolda, Josivan pondera que a falta de conhecimento ao seu nome é um fator determinante para o baixo índice na pesquisa.
“Também outro aspecto importante é que faz 12 anos que o meu nome está longe da mídia como político. Isso também dificulta a lembrança pelo cidadão”, analisa.
Procuradas pela reportagem do Diário do RN, as duas pré-candidatas que foram colocadas em segundo e terceiro lugar na sondagem, a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) e a deputada estadual Isolda Dantas (PT), não se pronunciaram sobre os números.
Na pesquisa espontânea, Rosalba Ciarlini teve 4,30% de intenções de votos. Isolda Dantas apresentou 0,50%. Nesta parte da sondagem, Allyson Bezerra pontuou com 62,75% das intenções. Já no cenário da estimulada em que todos os nomes colocados à disputa foram apresentados, Rosalba Ciarlini figurou em segundo com 9,93% das intenções de votos, enquanto Isolda apresentou 3,48%. Allyson liderou à frente com 68,71%.
Tony Fernandes (Avante) e Zé Peixeiro (Republicanos), que apresentaram entre 1% e 3% em cenários da estimulada, também não responderam à reportagem até o fechamento da edição.
AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA MUNICIPAL DISCUTE O PLANTIO DE ÁRVORES EM NATAL

Por proposição do vereador Professor Robério Paulino (PSOL), a Câmara Municipal de Natal realizou uma audiência pública, na última quinta-feira (18), com o tema “Urgência climática: a necessidade de plantar 50 mil árvores em Natal”. Participaram do debate, ambientalistas, professores, estudantes, representantes de ONGs empenhadas na temática ambiental e integrantes de movimentos da sociedade civil.
A arborização urbana tem grande importância no bom planejamento urbano, para a melhoria das condições de vida nas cidades, pois além da função estética, paisagística e de embelezamento e valorização das cidades, a presença de árvores proporciona diversos benefícios para uma boa qualidade ambiental e de saúde das pessoas. As árvores melhoram a qualidade do ar, devido à captura de CO2 da atmosfera, por meio da fotossíntese e produção de oxigênio, para a sobrevivência dos seres vivos, retêm material particulado, purificando o ar e auxiliam na diminuição da temperatura, pois, absorvem os raios solares.
Em seu discurso, o vereador Robério Paulino chamou atenção para a urgência de recuperar as áreas verdes da capital potiguar. “O mundo está pegando fogo, literalmente pegando fogo. E o Brasil também, com várias frentes quentes. O Rio de Janeiro chegou a 62 graus de sensação térmica recentemente. Já o nordeste brasileiro está vivendo um processo de desertificação e a Amazônia com rios secos. Enfim, o problema é muito grave. A média de temperatura em Natal é de dois graus e meio acima da média histórica. Há um estudo feito pelo IFRN apontando que a cidade perdeu, nos últimos 40 anos, 50% da sua cobertura vegetal. Diante desse cenário, o plantio de 50 mil árvores ainda é pouco”, informou.
O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no RN, Rivaldo Fernandes, afirmou que a função da instituição é, sobretudo, cumprir a lei ambiental brasileira, que é uma das mais avançadas do mundo. “Temos que fiscalizar e apontar caminhos para a sociedade, mas sobretudo vigiar o cumprimento da legislação ambiental do país. Quero aproveitar e convidar todos para no dia 29 de abril, a partir das 13 horas, no Idema, refletir sobre a difícil situação da caatinga do Rio Grande do Norte. Na ocasião, cientistas e gestores públicos discutirão o futuro desse ecossistema tão importante”.
A Secretária Executiva do Município de Natal, Danielle Mafra, falou sobre a necessidade da participação da população no plantio de árvores. “Precisamos de todos não só para colaborar conosco nos plantios, mas também para indicar áreas para plantar e cuidar dessas árvores que são plantadas. Então, 20 mil árvores a mais na nossa cidade, já faria muita diferença. Porque as árvores têm um papel importante no enfrentamento das mudanças climáticas. A Prefeitura já compreendeu isso e acelera este processo, renovando as nossas áreas de horto municipal”, concluiu.