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FÓRUM VAI DEBATER RECICLAGEM DE RESÍDUOS E SUSTENTABILIDADE NO RN

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A reciclagem é um processo fundamental para a sustentabilidade ambiental, econômica e social.

Consiste em transformar materiais descartados em novos produtos, reduzindo a necessidade de extrair recursos naturais, economizando energia e minimizando a quantidade de resíduos que vão parar em aterros sanitários. No Rio Grande do Norte a reciclagem gera mais de 22 mil empregos, sendo 4 mil diretos e 18 mil indiretos, que são: Os catadores, os catadores autônomos e as associações e cooperativas existentes dentro do estado.

Nesta quinta-feira (13) e na sexta-feira (14), Natal será palco do 3º Fórum de Reciclagem de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Norte, um dos maiores eventos do setor na região Nordeste.

Realizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), o fórum é uma iniciativa firmada no calendário regional, destacando a importância da responsabilidade compartilhada desde a geração até a destinação dos resíduos.

O evento ocorrerá nos dois dias, das 9h às 18h, com painéis, palestras e apresentações culturais relacionadas ao tema. Paralelamente, empresas do setor farão exposições de produtos e serviços.

“A ideia do fórum é levar à toda sociedade ideias da melhor destinação dos resíduos gerados por todos os cidadãos, todos os dias, para que esses sejam descartados de forma correta e assim diminuir os impactos ambientais, gerando economia e gerando bem-estar social na geração de empregos”, declara Etelvino Patrício, presidente do SindRecicla-RN, sindicato organizador do evento.

O evento contará com alguns empresários que têm indústrias de reciclagem no Rio Grande Norte e apresentarão os seus cases na utilização da matéria-clima reciclada. Entre eles estão Fabrício Solé, estudioso especialista no assunto de resíduos e é um consultor que hoje faz consultoria para a ONU; Geraldo Rufino, que começou sua vida como catador e hoje é proprietário da maior empresa de reciclagem de peças automotivas de caminhões do Brasil; Aline Catadora, que colocou a faixa no presidente Lula e é catadora desde os 10 anos de idade. O intuito é trazer informação, conhecimento e destacar a importância das tratativas, diferenciar quais as melhores tratativas, formas de amenizar o impacto dos resíduos gerados no ambiente e analisar sua interferência nas mudanças climáticas.

A reciclagem e a economia
Hoje, mais de 670 milhões de reais estão sendo destinados aos aterros que poderiam ser transformados em produtos reciclados. O custo de limpar áreas contaminadas e remediar solos e corpos d’água é alto, desviando recursos que poderiam ser usados em outras necessidades comunitárias. Além disso, a poluição ambiental em áreas turísticas afasta visitantes, resultando em perdas econômicas significativas para as comunidades que dependem do turismo como principal fonte de renda.

A indústria da reciclagem saiu de 3% de taxa de reciclabilidade para 34%. Então ao invés do estado e município terem um custo com aterro sanitário, esses materiais são beneficiados na indústria da reciclagem, retornando para a economia circular. Então, o que necessitaria ser pago para ser destinado a aterros, esse material é negociado, comprado, comercializado e retorna à cadeia produtiva.

No Rio Grande do Norte, existem algumas indústrias de reciclagem. Essas indústrias são referências no cenário nacional, sendo elas: A Indústria de aço, de papelão, de plástico. Elas ganham notoriedade no cenário nacional devido às políticas públicas aplicadas aqui dentro do nosso estado, onde eles incentivam a produção desses produtos para atender a cadeia.

As principais ações também são investimentos no mercado local, mão de obra especializada que as empresas buscam desenvolver e os empregos que são gerados.

Impactos Ambientais
O descarte inadequado de resíduos sólidos tornou-se uma preocupação ambiental cada vez mais urgente no Brasil. Todos os dias, toneladas de lixo são despejadas de maneira irresponsável, causando impactos negativos no meio ambiente e na saúde pública.

“Os impactos são inúmeros a partir do momento que você não tem educação ambiental. Se não for separado o resíduo orgânico do reciclável, fica muito mais difícil, ao chegar no aterro, fazer a classificação. Então o interessante é que se faça essa classificação do produto antes do resíduo, para que você já consiga destinar com uma garantia que vai para uma indústria de reciclagem”, afirma Manoel Neto, dono da empresa Reciaço.

Montanhas de lixo depositadas em locais impróprios destroem habitats naturais, ameaçando espécies de plantas e animais. A fauna local muitas vezes ingere resíduos tóxicos ou fica presa em materiais descartados, levando à morte de muitos animais.

Além disso, locais com acúmulo de lixo são criadouros ideais para vetores de doenças, como mosquitos, ratos e baratas. Esses animais podem transmitir doenças graves como dengue, leptospirose e febre amarela. A exposição direta a resíduos tóxicos também causa intoxicações e problemas de saúde em trabalhadores da coleta de lixo e catadores informais, que frequentemente não dispõem de equipamentos de proteção adequados.


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