Durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que o presidente Bolsonaro queria que a Anvisa alterasse a bula da cloroquina, para que constasse a indicação para o tratamento da Covid-19. O remédio não tem eficácia comprovada contra a doença e seu uso não é recomendado pela OMS. A CPI da Covid-19 investiga a condução de políticas públicas na pandemia. Mandetta esteve no cargo até abril de 2020. Seu sucessor na pasta, Nelson Teich, será ouvido nesta quarta-feira (5).
Um Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados tem como objetivo permitir que 10% das contribuições sociais ao Sistema S repassadas ao Serviço Social do Comércio (Sesc) sejam usadas na aquisição de insumos e vacinas contra a Covid-19 para a imunização de empresários e trabalhadores do setor de comércio e serviços.
De acordo com a proposta, a gestão dos valores e a operacionalização da vacinação serão realizadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), que assinarão um protocolo de cooperação para viabilizar a medida.
As duas confederações poderão importar vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e contratar serviços necessários à imunização.
Segundo o autor do PL, o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), a proposta é uma alternativa eficiente de ampliação da cobertura vacinal no País sem custos adicionais para os cofres públicos. Além disso, permite a retomada mais rápida da atividade econômica, afetada pelas medidas de distanciamento social.
“O sucesso do controle da doença depende da cobertura vacinal. Temos que somar esforços às ações do governo para dar celeridade ao processo de vacinação contra Covid e garantir que mais brasileiros sejam imunizados”, disse Motta.
A Câmara Municipal de Natal aprovou nesta terça-feira (4), em segundo turno, o projeto de lei que reconhece como essencial a atividade econômica exercida por restaurantes, bares e estabelecimentos similares na capital potiguar. O texto segue para sanção do prefeito Álvaro Dias (PSDB).
O projeto de lei é do vereador Aldo Clemente (PDT). Segundo ele, a matéria vai garantir o funcionamento de bares e restaurantes mesmo em períodos de calamidade pública. O projeto foi aprovado por 17 votos favoráveis, três contrários e seis ausências.
A matéria define que estes estabelecimentos, diferentemente do que ocorre hoje — com as atuais regras do decreto estadual de restrições econômicas e circulação de pessoas —, poderão funcionar normalmente, desde que cumpram os protocolos sanitários de distanciamento social.
“Alimentação é a base de qualquer atividade essencial. Nenhum trabalhador sobrevive sem alimentação. O bar e restaurante é todo aquele estabelecimento que gera emprego e renda, e ele deve ser mantido. Temos o papel de salvar o turismo”, justificou.
Uma emenda feita ao projeto, apresentada pela vereadora Ana Paula, foi derrubada pelos vereadores. A medida permitia que as atividades dos bares e restaurantes da capital fossem suspensas, em período determinado, quando a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva ultrapassassem os 80%.
Ainda segundo o vereador Aldo Clemente, a medida vai permitir a retomada de um importante setor da economia potiguar. Ele argumentou que as atividades comerciais, da indústria e do turismo representam 65% da economia do RN. “O setor de bares e restaurantes representam, também, uma boa parcela da economia. Não estamos aprovando a proliferação de vírus, pois bares e restaurantes têm protocolos sanitários. Quem não segue a lei, deve ser penalizado”, reforçou.
Atualmente, decreto estadual de medidas restritivas, em vigor até o próximo dia 12 de maio, proíbe a venda de bebidas alcoólicas para consumo no local. Além disso, em dias de semana, os bares e restaurantes só podem funcionar até 22h. Aos domingos e feriados, o horário é ainda mais restrito: de 11h às 15h (com 50% da capacidade).
Para o vereador Preto Aquino, a volta das atividades é iminente pois o segmento de bares e restaurantes não requer “auxílios”. Ele avalia que estes empreendimentos cumprem com rigorosos protocolos de segurança sanitária. “Ninguém está pedindo esmola, auxílio. o que queremos é manter o trabalho. O trabalho dignifica o homem. O restaurante que respeita o distanciamento e os protocolos sanitários e isso coloca em risco? Ninguém está imune ao vírus. Onde as pessoas estão mais ameaçadas: no transporte público ou nos bares e restaurantes? A decisão do STF diz que compete ao Governo do Estado a retomada das atividades comercias”, disse.
Pelo segundo dia consecutivo, nesta terça-feira (4), pessoas com sintomas do coronavírus que procuraram os Centros Covid-19 montados pela prefeitura de Natal permaneceram sem conseguir atendimento. O motivo é a falta de médicos. No Palácio dos Esportes, não havia nenhum profissional pela manhã.
No Centro Municipal de Referência em Educação (Cemure), onde funciona um dos postos, dos três médicos que deveriam atender no turno, havia apenas um, que limitou atendimento a 25 pessoas. Só conseguiu atendimento quem já chegou com a requisição para o teste Covid.
Na segunda-feira (3), a população ficou sem atendimento no Centro Covid montado no Ginásio Nélio Dias, na Zona Norte da capital. No dia, a Secretaria Municipal informou que entrou em contato com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), que presta o serviço, e que o atendimento seria normalizado ainda na tarde de segunda (3).
Procurada novamente nesta terça-feira (4), a Secretaria Municipal de Saúde declarou que a cooperativa ainda está trabalhando para resolver o problema.
Entendendo que as taxas de transmissão do coronavírus ainda permanecem altas, a Prefeitura de Monte das Gameleiras, município a 140 quilômetros da capital potiguar, decretou toque de recolher das 18h às 5h e ainda definiu fechamento de bares, hotéis, clubes e conveniências. Confira o decreto na íntegra.
As medidas restritivas constam em decreto publicado nesta terça-feira (4) e ficam em vigor até o dia 17 de maio. O decreto ainda proíbe o consumo de bebida alcoólica em ambientes públicos do município.
Segundo a publicação, as medidas são necessárias diante do aumento do número de casos de Covid-19 no município e da “notícia da circulação de novas cepas do coronavirus mais virulentas e mais agressivas”. Ainda de acordo com a prefeitura, Monte das Gameleiras tem 266 casos confirmados de Covid-19 e 4 óbitos pela doença.
O toque de recolher é válido todos os dias da semana, das 18h às 5h, e durante sua vigência só é permitida a circulação de pessoas em razão de serviços e atividades essenciais. O decreto do município é ainda mais duro que o estadual que estabelece toque de recolher das 22h às 6h.
Nesta quarta-feira (5), Natal inicia a aplicação da segunda dose da CoronaVac para as pessoas que se vacinaram até o dia 28 de março. Segundo a prefeitura, serão contempladas 1.149 pessoas, sendo 45% idosos de 70 a 74 anos e 55% profissionais e trabalhadores de saúde que estão com esta segunda dose em atraso.
O processo de imunização será realizado nos drives da Universidade Potiguar (UnP) da Avenida Engenheiro Roberto Freire e no Ginásio Nélio Dias, no horário das 8h às 16h. Também estão disponíveis em seis Unidades Básicas de Saúde (UBS): Nazaré, Candelária, São João, Panatis e Pajuçara, das 8h às 11h30 e das 12h30 às 15h.
É necessário apresentar o cartão de vacinação, comprovante de residência de Natal e documento com foto.
A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que só receberão a segunda dose as pessoas que se vacinaram em Natal até a data de 28 de março, e orienta que quem está fora desse prazo não compareça aos locais de vacinação para evitar aglomerações.
A força da água que atingiu a avenida Torquato Tapajós durante a chuva de ontem (3), em Manaus (AM), destruiu o posto de acolhimento de refugiados. Autoridades da Prefeitura de Manaus estiveram no local, tomando as providências cabíveis.
O muro de um terreno que fica ao lado do posto de acolhimento cedeu com a força da água, após a forte chuva que atingiu a região. A onda forte levou pessoas, veículos e toda estrutura que havia pela frente, mas não houve feridos graves.
De acordo com o secretário municipal da Casa Militar, tenente William Dias, no momento que a água invadiu o local havia 41 venezuelanos. “Oito dessas pessoas ficaram levemente feridas e as demais foram encaminhadas para outro abrigo”, completou.
Durante a oitiva a que se submeteu o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta na CPI da COVID-19, o senador Otto Alencar (PSD/BA) fez questionamentos a respeito do uso de Cloroquina como paliativo para a doença, inclusive dando uma verdadeira aula de medicina, gerando uma ampla discussão com posicionamentos solidários.
Na ocasião, antes mesmo da resposta do ex-ministro Mandetta, o senador baiano falou de algumas providências adotadas nos municípios baianos e confirmou que uma das ações com mais eficiência contra a pandemia foi a adoção de barreiras sanitárias em pontos estratégicos das cidades.
Publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, 4 de maio, a portaria 1456, que estabelece a formação de uma comissão para elaborar o “Código de Ética dos Militares do Rio Grande do Norte”.
A portaria justifica que não houve anteriormente a formação da comissão por causa das restrições impostas pela Pandemia do Coronavírus e também pela mudança de lideranças em algumas entidades representativas dos policiais e bombeiros militares.
Os Militares sempre cobraram atualização no Código de Ética da PM, haja vista haver muita coisa atrasada e que precisa vigorar nos tempos atuais. Alguns pontos de mudança geram polêmicas, por isso a necessidade de participação de todas as instituições que representam os profissionais da segurança pública. As instituições representadas são: ASSPMBMRN, ASSPRA, APRAM, APRORN, ASPIPERN, APBMS, COPM, ASOFME, ACS e ABM.
O Militar que vai presidir a comissão de elaboração do Código de Ética dos militares é o Coronel Zacarias Mendonça.
01 Cel PM Zacarias Figueiredo de Mendonça Neto 111.741-6 PMRN Presidente
02 Cel PM Enos Fernandes de Souza 111.697-7 PMRN Vice-Presidente
03 Ten Cel PM Ilo Bezerra Damasceno Júnior 111.695-9 PMRN Membro Titular
04 Maj PM Marcelo Medeiros Dantas 114.283-6 PMRN Membro Suplente
05 Ten Cel CBM Flávio Henrique dos Santos Lima 114.267-4 CBMRN Membro Titular
06 Maj CBM Lelia da Costa 196.534-4 CBMRN Membro Suplente
07 Maj PM Maria Helena Melo dos Santos Linhares 108.033-4 COPM Membro Titular
08 Cel PM Gaspar Ênio Linhares 015.038-0 COPM Membro Suplente
09 Maj PM RobsonMedeiros Teixeira 170.092-8 ASOFME Membro Titular
10 Maj BM Marcelo Nascimento da Silva 196.822-0 ASOFME Membro Suplente
11 Cap PM Ref José Teotônio da Costa 017.209-0 ASPIPERN Membro Titular
12 2º Sgt PM Ref Fernando Luiz Filgueira 050.359-2 ASPIPERN Membro Suplente
13 ST PM RR Márcia de Carvalho Fernandes 112.221-5 ASSPMBMRN Membro Titular
14 2º Sgt PM Ivanildo Leôncio Macedo de Souza 113.107-9 ASSPMBMRN Membro Suplente
15 2º Sgt PM RR Francisco AssisMonteiro 107.053-0 APRORN Membro Titular
22 ST PM RR Pedro Miguel de Lima Júnior 164.210-3 ACS Membro Suplente
23 1º Sgt PM Marcos Antônio de Souza Silva 166.902-8 APBMS Membro Titular
24 3º Sgt PM Pedro Antoniony Araújo da Silva 166.975-3 APBMS Membro Suplente
25 3º SGT BM Rodrigo Marimbondo do Nascimento 169.585-5 ABM Membro Titular
26 Cb PM Yan Guedes Gomes 213.842-5 ABM Membro Suplente
2. Estabelecer que a comissão deverá elaborar o seu cronograma de reuniões de modo que os trabalhos estejam concluídos no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da publicação da presente portaria, podendo ser prorrogado por igual período, caso seja necessário. 3. Revogar a Portaria-SEI nº 663, de 27 de fevereiro de 2020, publicada no Boletim Geral nº 47, de 12 de março de 2020.
Embora não seja encarada como uma substituição ao Fundo Eleitoral, a doação de recursos financeiros às campanhas eleitorais por parte das empresas está sendo estudado para ser apresentado na Câmara dos Deputados.
Quase seis anos depois de o Supremo Tribunal Federal proibir o financiamento empresarial de campanhas políticas, a Câmara avalia uma forma de tornar viável a destinação de recursos do setor privado para candidatos ou partidos.
Uma proposta discutida nos bastidores por deputados prevê que sejam estabelecidos tetos de R$ 500 mil a R$ 1 milhão por empresa, independente do porte da campanha. O valor poderia ser doado para um único candidato ou dividido entre concorrentes, de deputado federal a presidente da República.
A reforma da lei eleitoral é patrocinada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressista-AL), que vai instalar hoje uma comissão especial para mudar as regras do jogo das disputas de 2022.
Na abertura dos trabalhos de hoje (4), da CPI da Covid-19, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Senador Omar Aziz (PSD/AM) disse que foi informado de que o ex-ministro Pazuello não irá depor na sessão de amanhã, conforme a programação.
Antes do depoimento desta terça-feira, do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, o presidente da CPI disse que “O ministro Pazuello, vai chegar um comunicado aqui, eu fui comunicado hoje (terça-feira) de manhã.
O ministro Pazuello teve contato com dois coronéis auxiliares dele esse final de semana que estão com Covid. Segundo informação que eu tenho, ele vai entrar em quarentena e não virá depor amanhã (quarta). Essa informação, não é oficial, é extraoficial”, afirmou Omar Aziz.
Ele não fez nenhum discurso em plenário; tem apenas 5 propostas legislativas de sua autoria; participou de 144 votações. O deputado Federal Walter Alves gastou pouco mais de 70 mil reais nos primeiros meses de 2021.
O blog Tulio Lemos está analisando os gastos dos deputados federais do RN e vai apresentar os gastos do atual presidente Estadual do MDB, filho do ex-governador Garibaldi Alves Filho. O que chamou a atenção foi o fato de uma empresa de consultoria ter dito que fez peças publicitárias e apresentar um endereço de funcionamento onde na verdade funciona um escritório com 15 advogados.
Walter Alves recebe um salário de 33 mil reais; usa 111 mil reais para contratar 15 pessoas assessorar o gabinete. Usa imóvel funcional desde 1º de fevereiro de 2019.
JANEIRO
Walter Alves gastou pouco mais de 20 mil reais no mês de janeiro, em recesso e em plena Pandemia do Coronavírus. O maior valor investido pelo deputado potiguar foi 10 mil reais, na divulgação da atividade parlamentar. Em seguida, quase 6 mil reais em passagens áreas; 2 mil e 600 reais na manutenção do escritório e 2 mil e 400 reais em combustível.
DIVULGAÇÃO
Walter Alves usou 10 mil e 500 reais, a totalidade do recurso para divulgação da atividade parlamentar, para pagar a apenas uma empresa, a Roberto Wagner Carvalho de Lucena.
NOTA FISCAL
ATIVIDADE DA EMPRESA
De acordo com o cartão de CNJP da empresa que recebeu mais de 10 mil reais do deputado Walter Alves, sua atividade é: “Atividade de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica.” A empresa não tem atividades secundárias.
ATIVIDADE REAL
Apesar da empresa receber mais de 10 mil reais do deputado Walter Alves para atividades de “consultoria em gestão empresarial,” de acordo com o que diz seu cartão de CNPJ. Porém, na realidade, a empresa realizou outra atividade na nota fiscal emitida para o gabinete: “Criação de peças publicitárias para divulgação, texto, vídeos e fotos.”
ENDEREÇO DA EMPRESA
Ainda de acordo com o documento oficial da Receita Federal, a empresa Roberto Wagner Carvalho de Lucena funciona na Rua Raimundo Chaves, 1972, em Candelária, Natal/RN.
LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA
No endereço indicado pela empresa, o blog Tulio Lemos foi ao local e encontrou apenas esse escritório de advocacia, justamente na Rua Raimundo Chaves, 1972. Não há nenhum sinal de funcionamento de outra empresa no local. A placa maior apresenta dois advogados; a outra placa menor apresenta outros 13 advogados que também trabalham no endereço.
COMBUSTÍVEL
O deputado Walter Alves gastou em janeiro, quase 2 mil e 500 reais em combustível. 500 litros de óleo diesel e quase 100 litros de gasolina.
ESCRITÓRIO
Pelo aluguel do escritório em Natal, o deputado Walter Alves pagou 1 mil e 800 reais por uma sala no Edifício Empresarial Delmiro Gouveia.
PASSAGENS AÉREAS
Em janeiro, apesar do recesso parlamentar, Walter Alves pagou quase 6 mil reais em passagens aéreas.
FEVEREIRO
No mês de fevereiro, Walter Alves aumentou um pouco os gastos. O maior valor foi para “divulgação da atividade parlamentar”, com 12 mil e 500 reais; seguido de passagens aéreas, com quase 12 mil reais. As demais despesas se mantiveram no mesmo patamar do mês anterior.
ESCRITÓRIO
Em relação às despesas com o escritório, Walter Alves pagou o aluguel, IPTU e comprou alguns itens. 4 resmas de papel, 4 fitas estilo durex e 9 caixas de clipes.
DIVULGAÇÃO
Em fevereiro, a ‘divulgação’ da atividade do deputado Walter Alves foi paga a dois prestadores de serviço: Roberto Wagner Carvalho de Lucena, com 12 mil e 500 reais; e Eldorado Comunicação e Jornalismo, que recebeu 2 mil reais pela “prestação de serviços jornalísticos para TV”.
PASSAGENS
Walter Alves voou bastante no pequeno mês de fevereiro e pagou quase 12 mil reais de passagens aéreas.
MARÇO
Em março, Walter Alves gastou pouco mais de 18 mil reais. A maior parte, novamente, foi destinada à divulgação da atividade parlamentar, com 12 mil e 500 reais para as mesmas empresas que receberam em fevereiro.
DIVULGAÇÃO
Do montante total para divulgação, o volume maior foi novamente para a empresa que apresentou o endereço de um escritório de advocacia e tem atividade diferente do que disse oficialmente à Receita Federal: Roberto Wagner Carvalho de Lucena. O restante ficou com a empresa de Brasília.
Portanto, esses foram os principais gastos do deputado federal Walter Alves nos primeiros meses de 2021, sem atividade presencial e com Pandemia.
O senador José Renan Vasconcelos Carneiro, ou simplesmente Renan Calheiros, é um veterano da política brasileira e já foi alvo de diversas polêmicas. Atualmente, Calheiros é o relator da CPI da Covid, que busca investigar e responsabilizar culpados pelo fato de o Brasil ter ultrapassado 400 mil mortes pelo Coronavírus. Renan já chegou chegando. Para ser relator, foi necessário uma decisão judicial determinando validade na escolha do relator, feita pelo presidente da CPI.
O blog Tulio Lemos verificou a prestação de contas do senador Renan Calheiros. Ele teve gastos modestos nos primeiros meses do ano. Gastou pouco mais de 54 mil reais. O valor mais expressivo foi para “serviços de apoio ao parlamentar,” com 25 mil reais. Em seguida, 18 mil reais em passagens aéreas. O item locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis, só consumiu 1 mil e 300 reais e foi usado somente no mês de fevereiro. Mas foi justamente aí que o senador alagoano escorregou.
ALIMENTAÇÃO
Renan Calheiros foi três vezes ao restaurante Dom Francisco, que fica no Lago Sul, em Brasília.
PICANHA, PEIXE E FRANGO
O senador Renan Calheiros foi ao Dom Francisco no dia 1º de fevereiro, uma segunda-feira. Ele comeu o peixe de água doce Tambaqui, acompanhado de farofa. Degustou também uma Picanha 2 pontos; saboreou um Frango à Francisco, homenagem ao dono do restaurante; comeu também uma salada e tomou Coca zero. Renan não estava sozinho. Foi comida para muita gente. A conta paga com dinheiro público foi 493 reais. Ele pagou com cartão de crédito para ser reembolsado depois.
PICANHA NOVAMENTE
No dia seguinte, 2 de fevereiro, Renan Calheiros voltou ao Dom Francisco. Comeu novamente a Picanha 2 pontos, o Frango à Francisco, uma salada e tomou refrigerantes. A conta foi um pouco menor: 311 reais.
BACALHAU COM SALADA DE OVOS
Terça-feira, 23 de fevereiro. Senador Renan Calheiros chega novamente ao restaurante Dom Francisco. Ele come Bacalhau na brasa com farofa de ovos e salada. O Bacalhau na brasa para duas pessoas é meio salgado. Não no sabor, mas no preço. Custa 265 reais. A refeição do senador nos custou 508 reais.
DINHEIRO PÚBLICO
Infelizmente, ainda é assim que funciona: Os senadores recebem 33 mil reais de salário, moram de graça, tem auxílio para tudo, mais de 100 mil reais para contratar assessores… Mas comem, bebem e quem paga a conta é o contribuinte, que muitas vezes não tem condição nem de comer, nem de beber.
Ele é milionário, com patrimônio avaliado em 23 milhões de reais, mas come, bebe e viaja com as despesas pagas pelo contribuinte brasileiro. Ele é Ciro Nogueira, senador pelo Piauí desde 2010. Foi reeleito em 2018 com a mãe dele, Eliane e Silva Nogueira Lima como primeira suplente; o mandato vai até 2027.
O blog Tulio Lemos fez uma pequena investigação na prestação de contas do senador piauiense durante os primeiros meses de 2021, período em que o Senado esteve em recesso ou em sessões remotas por causa da Pandemia do Coronavírus.
Da cota para atividade parlamentar, Ciro Nogueira gastou 102 mil reais nos três primeiros meses do ano. Desse valor, quase a totalidade, 101 mil reais, foram gastos em combustível para abastecer o avião do senador e alimentação em alguns restaurantes. Ele consumiu 15.528 litros em três meses, voando entre o Piauí, São Paulo e Brasília. Comeu de tudo um pouco. De Strogonoff em São Paulo, a um Filleto de Robalo e um Carpaccio em Brasília, onde também saboreou um Salmão grelhado e tomou dois chopes. Tudo pago com dinheiro público.
JANEIRO
Em pleno recesso parlamentar, o Brasil registrava 29 mil mortes por Covid somente em janeiro; e superava os 200 mil óbitos desde o início da Pandemia. Mesmo nesse cenário assustador, o senador Ciro Nogueira comeu, bebeu e viajou bastante.
No dia 02 de janeiro, o primeiro sábado do ano, Ciro Nogueira comeu um Strogonoff pedido à Camelo Pizzaria, no Jardim Paulista, em São Paulo. O pedido custou 143 reais, com mais 10 reais pela entrega domiciliar.
RESTAURANTE ITALIANO
segunda-feira, dia 11 janeiro, o senador Ciro Nogueira foi ao restaurante Nosso Italiano, que fica na Asa Sul, em Brasília. O pedido foi variado: Carpaccio, Filetto di Robalo, Risotto di Gamberi, entre outros. A conta custou 342 reais, contando com a gorjeta generosa, de 39 reais.
CHOPE E PEIXE NO LAGO SUL
17 de janeiro, um domingo. O senador Ciro Nogueira foi ao restaurante Dom Francisco, que fica no Lago Sul, em Brasília. Tomou dois chopes Heineken, a 11 reais e 50 centavos cada; comeu um peixe Tambaqui com farofa, arroz com brocólis e uma Coca Cola zero. Generoso, deu uma gorjeta de 20 reais. O contribuinte pagou pelo almoço do senador, a quantia de 229 reais.
BIFE ANCHO NA ASA SUL
No dia 18 de janeiro, a segunda-feira começa com uma passada no restaurante Porto Alegre, na Asa Sul de Brasília. Lá, o senador Ciro Nogueira come um Bife Ancho com uma salada Julian, acompanhado de um guaraná zero. Depois, toma uma água com gás para ajudar na digestão. Pagamos 206 reais pelo almoço.
CARPACCIO E RAVIOLI
No mesmo dia 18, o senador Ciro Nogueira jantou no Nosso Italiano. Comeu Carpaccio a Mano, Ravioli Di Vitello e tomou suco de laranja e limão. A gorjeta foi 31 reais, para uma conta de 273 reais pelo jantar do senador piauiense.
SALMÃO E AÇAÍ
No dia 27 de janeiro, uma quarta-feira, o senador Ciro Nogueira foi a um restaurante que tem em sua atividade principal, o “comércio de roupas e materiais náuticos”. Mas foi justamente lá que ele saboreou um delicioso Salmão grelhado e ainda tomou 300 ml de Açaí e deu uma gorjeta de 14 reais.
COMBUSTÍVEL E ALIMENTAÇÃO
ABASTECIMENTO PARA O AVIÃO PARTICULAR
Durante o mês de janeiro, Ciro Nogueira consumiu 5.239 litros de gasolina para abastecer seu avião. No dia 11 de janeiro, ele abasteceu o avião em Teresina, capital do Piauí. Botou 623 litros do combustível JET A-1 para aviões a turbina. Pagou 3 mil e 700 reais.
PERNAMBUCO
No dia 12 janeiro, ele abasteceu em Imbiribeira, Recife. Foram 1075 litros, que custavam 5 mil e 600 reais.
VOLTA PARA O PIAUÍ
No mesmo dia (12/01), voltou para Teresina e reabasteceu o avião. Foram 1.316 litros, ao custo de 7 mil e 800 reais.
BRASÍLIA
No dia 15 de janeiro, senador Ciro Nogueira abastece o avião em Brasília. São mais 785 litros ao custo de 3 mil e 500 reais.
PIAUÍ
Em 24 de janeiro, o avião do senador Ciro Nogueira é novamente abastecido em Parnaíba, Piauí. São 8 mil e 500 reais de combustível, ou 1140 litros.
Assim terminou o abastecimento do mês de janeiro do avião do senador Ciro Nogueira.
FEVEREIRO
MARÇO
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS 2020
A pesquisa feita nas contas do senador Ciro Nogueira seria somente em 2021. Porém, numa rápida visitada no ano passado, em apenas um item, locação de veículos, constatamos algo curioso. O valor da locação.
No dia 06 de outubro de 2020, Ciro Nogueira aluga um carro à Luauto Rent a Car por 12 mil reais, mas não declara que veículo é esse.
A descrição não detalha que veículo custou 12 mil reais de 01 a 30 de setembro. O blog Tulio Lemos pesquisou e encontrou o veículo a que se refere a placa POO-6499. Trata-se de uma Hilux 2018.
METADE DO PREÇO
No dia 13 de outubro, a Mazuad Locadora, emite uma nota de locação de uma Pick Up cabine dupla 4×4 com ar condicionado, que foi usada no mês de setembro. O valor: 6 mil reais.
Nesta segunda-feira (3), um dia depois de o presidente Iván Duque pedir a retirada do polêmico projeto de reforma tributária apresentado ao Congresso do país, o ministro da Fazenda da Colômbia, Alberto Carrasquilla, renunciou.
A apresentação do projeto desencadeou uma série de violentos protestos nas ruas colombianas, que deixaram pelo menos 19 mortos.
“Minha continuidade no governo dificultaria a construção rápida e eficiente dos consensos necessários para levar adiante outro projeto de reforma”, destacou o ministro em sua carta de renúncia a Duque.
A violência que se seguiu a cinco dias de protestos maciços contra a reforma deixou também ao menos 800 feridos. O ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, acusou grupos dissidentes das Farc pelos atos violentos.
O ex-presidente Lula divulgou nas redes, na noite desta segunda-feira (4), foto de encontro em Brasília com Marcelo Freixo. Na mesa, a discussão sobre a união de partidos de esquerda para derrotar Jair Bolsonaro em 2022. Freixo é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro nas eleições e o PT tenta levá-lo para o partido.
Ao Globo, Freixo declarou ter conversado acerca da formação de uma frente ampla de esquerda que possa juntar PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL para vencer Bolsonaro no ano que vem. Também participaram do encontro Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e José Guimarães.
“Já em Brasília. Acabo de me encontrar com companheiro @marcelofreixo. Conversamos sobre o futuro do Rio de Janeiro e do Brasil. E sobre a urgência do auxílio emergencial de R$ 600 pra combater o avanço da fome e a volta da miséria no nosso país.
“Estive com @lulaoficial em Brasília para falar da construção de um projeto para resgatar o Brasil e o RJ. Hora de somarmos esforços para garantirmos a todos os brasileiros vacina no braço, comida no prato e esperança no futuro.”, escreveu o deputado.
A Pandemia do Coronavírus mudou o mundo. Mudou os hábitos, as vontades, as necessidades e até inverteu situações. Em Natal, está ocorrendo algo no mínimo, inusitado: Os estudantes estão fazendo movimento para assistir aulas; os professores não querem ir para as salas de aulas. Virou tudo.
Os dois segmentos têm razão: Os educadores só querem dar aulas após todas as proteções possíveis para evitar riscos de contaminação pelo Coronavírus. O clima é de assombração. A cada dia morre mais um profissional, um amigo, um parente, um vizinho, um conhecido… E vamos contando os mortos com medo de ser a próxima vítima. O professor só quer ir para a sala de aula vacinado; ou protegido. Para isso, ele entra na Justiça, não quer que a Educação seja considerada atividade essencial; é uma verdadeira loucura a ‘bagunça’ que o Coronavírus provocou na vida de todo mundo.
Os estudantes em geral, que tradicionalmente não nutrem muito apego espontâneo pela sala de aula, estão em conflito com os professores e querem voltar às aulas de qualquer maneira. Dá para entender? Diante da situação de conflito de decretos, politização da Pandemia e disputa de ego, os estudantes querem até falar com a governadora Fátima Bezerra para que a professora filha de Dona Luzia tome posição e determine a volta às aulas
Realmente, o mundo está virado. A Pandemia mudou tudo. Há estudante que quer aula; professor que não quer; médico brigando com médico; prefeito brigando com governadora… Quando chegar a vacina em quantidade suficiente, aí sim, voltaremos à normalidade. Será?
Desde o início da pandemia, o Rio Grande do Norte registrou 225.609 casos confirmados de Covid-19 e a doença vitimou 5.525 pessoas no estado. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta segunda-feira (3). Além disso, outros 1.113 óbitos estão sob investigação.
São 65 mortes a mais em relação ao boletim de sexta-feira (30), o último divulgado pela Sesap.
No momento, 838 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no RN – 604 na rede pública e 232 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 343 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 79,6% na rede pública; com 126 internados, a rede privada tem 82,3% de ocupação.
O RN contabiliza ainda 52.719 casos suspeitos e 452.801 casos descartados de Covid-19. O número de confirmados recuperados não foi atualizado e segue em 150.649, e o de inconclusivos, tratados como “Síndrome Gripal não especificada”, está em 131.954.
A Sesap destaca também que 484.192 testes de Covid-19 foram realizados no estado até o momento, sendo 268.816 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 215.376 sorológicos.
O Hospital de Campanha de Natal, inaugurado em 04 de maio de 2020 pela Prefeitura, completa um ano de funcionamento como referência para atender pacientes em tratamento de Covid-19 no município. A unidade tem cerca de 450 profissionais envolvidos diariamente nos serviços de assistência, sendo referência no combate ao coronavírus com estrutura de alta resolutividade. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal fez um balanço dessa trajetória ao longo dos 365 dias de operação. Um dos pontos comemorados pela equipe é o número de altas hospitalares, com mais de 1.600 pessoas curadas neste período.
O prefeito Álvaro Dias, que idealizou e abriu a unidade com leitos exclusivos para tratamento de Covid, enfatiza o esforço da gestão. “O Hospital de Campanha foi construído em tempo recorde no prédio de um antigo hotel cedido pelo Tribunal Regional do Trabalho. Essa estrutura que montamos pôde reforçar nossa rede de atendimento de forma assertiva e a taxa de pacientes curados representa isso”, afirma o prefeito Álvaro Dias.
O Secretário Municipal de Saúde, George Antunes, comemora a data lembrando que o hospital nunca fechou. “Num curto espaço de tempo, conseguimos instalar os leitos de UTI necessários para internações mais graves, hoje contamos com 34 leitos de UTI. Mesmo quando os números de internações baixaram mantivemos o hospital em pleno funcionamento, e com isso podemos contribuir com a assistência de 34 pacientes que vieram de Manaus buscar tratamento em Natal. Alguns deles conheceram o mar pela primeira vez”, fala.
“No início de 2020 assumi a direção médica do hospital e esse ano estou como diretora geral da unidade. Posso dizer que cada profissional foi superando seu próprio limite num aprendizado diário dessa doença nova e repleta de desafios. Conseguimos nos fortalecer enquanto equipe, trabalhando em conjunto, com compromisso e senso de responsabilidade. Foram vidas que foram alcançadas, histórias que foram mudadas e estamos caminhando para a alta 2.000, em breve”, pontua a médica Ana Angélica, Diretora do Hospital de Campanha de Natal.
Foram 2.325 pacientes admitidos até a segunda quinzena de abril de 2021. Desses atendimentos realizados, foram contabilizadas 1.624 altas e 64 transferências de pacientes estáveis. Desse público, 70% foi de idosos: 35% desses na faixa etária de até 50 anos, 50% entre 60 e 80 anos, e 15% acima dos 80 anos. Ainda sobre o perfil dos pacientes, 83% dos usuários em tratamento no local apresentaram algum tipo de comorbidade como hipertensão, diabetes ou histórico de acidente vascular cerebral (AVC). Sessenta por cento desses indivíduos eram do sexo masculino e 40% do sexo feminino. Atualmente 72 pacientes estão internados na unidade, sendo 47 em leitos clínicos e 25 em UTI.
São 100 leitos de enfermaria e 34 unidades de terapia intensiva (UTI) equipados com respiradores, monitores cardíacos e bombas de infusão. Além disso, o HC também possui estrutura de hemodiálise, tomógrafo e sala de assistência social para acolhimento junto às famílias dos pacientes.
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou manifesto, nesta segunda-feira (3), solicitando a importação, pelo Governo Federal, de doses da vacina Sputnik V. Além disso, culpou Jair Bolsonaro pela situação da pandemia no território nacional. Vale destacar que, na semana passada, a Anvisa negou autorização para uso do imunizante no país.
“Sua atuação em relação à vacina Sputnik V é um retrato do descaso com a vida dos brasileiros. A posição do presidente Bolsonaro, do Ministério da Saúde e do Ministério das Relações Exteriores é de total inação em relação à vacina Sputnik V. É como se as 66 milhões de doses que poderiam ser adquiridas e entregues imediatamente não fizessem falta nenhuma, enquanto a pilha de mortes vai se avolumando em todo o país”, declara o PT.
Com os atores envolvidos nas negociações sinalizando versões diferentes para os problemas encontrados pela Anvisa nos documentos apresentados pelo Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFID) e pela União Química, empresa brasileira que irá produzir a vacina, as discussões sobre a Sputnik V foram intensas na semana passada.
“O Brasil ultrapassou, no final de abril de 2021, a lamentável e evitável marca de 400 mil mortos e 14,6 milhões infectados pela Covid 19.
Isso precisa parar. Esta situação revoltante assombra o mundo e tem responsável: o Governo Bolsonaro, que debocha da morte e infectados pelo coronavírus e implanta ações que impactam diretamente o risco de morrer.
Para tanto, é preciso garantir a vacinação em massa para proteção individual e coletiva de toda a população brasileira. Mas não é o que está acontecendo. O Governo Bolsonaro nega o auxílio emergencial, no valor de 600 reais, enquanto durar a pandemia. Nega a proteção dos pequenos e médios comerciantes, empresários e produtores rurais que ajudaria a manter empregos. Incentiva aglomerações, sabotando medidas de distanciamento social para interromper a circulação e controlar a taxa de transmissão do vírus. Boicota as ações de prefeitos e governadores que trabalham para conter a pandemia. E nega o direito de todos os brasileiros a terem acesso à vacina.
O governo Bolsonaro faz de tudo para dificultar a aquisição de vacinas. Foi assim que se portou em relação à Coronavac. Foi assim também quando desprezou a aquisição, ainda em 2020, das vacinas da Pfizer. Da mesma forma agiu quando deixou de adquirir o total de doses de vacinas disponibilizadas pelo Fundo Covax Facility da OMS/Unicef.
Sua atuação em relação à vacina Sputnik V é um retrato do descaso com a vida dos brasileiros. A posição do presidente Bolsonaro, do Ministério da Saúde e do Ministério das Relações Exteriores é de total inação em relação à vacina Sputnik V. É como se as 66 milhões de doses que poderiam ser adquiridas e entregues imediatamente não fizessem falta nenhuma, enquanto a pilha de mortes vai se avolumando em todo o país.
Chega!
É preciso cobrar a responsabilidade do governo federal.
Entendemos que entre potenciais riscos e benefícios da ciência em favor da promoção da vida, é fundamental uma postura, responsável e ativa, em defesa da vida dos brasileiros.
Cabe a Anvisa analisar, com a máxima presteza e sem qualquer pressão política e ideológica do governo, considerando exclusivamente os interesses do povo brasileiro, os dados para a importação em caráter excepcional da vacina Sputnik V, considerando as mesmas exigências efetuadas para outras vacinas, previstas nas Leis Federais Nº 13.979/2020 e 14.124/2021. Ou seja, uma vez aprovada por uma das onze agências reguladoras listadas na referida lei, cabe ao órgão sanitário brasileiro, autorizar sem mais delongas a importação excepcional das vacinas que salvarão milhares de vidas.
O Brasil só vacinou até agora pouco mais de 7% de sua população com duas doses de vacinas.
Além disso, estamos enfrentando a falta da vacina Coronavac para a 2ª dose em várias capitais. Dessa forma, só no segundo semestre de 2022 chegaremos a uma cobertura vacinal capaz de garantir segurança e controle da pandemia de Covid-19. Até lá, continuaremos submetidos a uma crise sanitária, econômica e social sem precedentes, onde quem mais sofre (e morre) são os mais pobres e vulneráveis.
É preciso uma ação proativa da Anvisa, porque a Anvisa é do Brasil. Trata-se de uma agência de Estado, imprescindível para a saúde dos brasileiros, mas que não pertencente ao governo Bolsonaro ou a qualquer outro.
Consideramos que a Anvisa, que analisou e aprovou o uso emergencial da CoronaVac, da AstraZeneca e da Janssen, e aprovou de forma definitiva a vacina da Pfizer, deve concluir com autonomia técnica e responsabilidade, a avaliação para importação e o uso excepcional da Sputnik V, garantindo a importação de 66 milhões de doses encomendada pelos Governadores através do Consorcio Nordeste, Centro-Norte e algumas prefeituras.
Entendemos que é fundamental a convocação do Comitê Técnico Temático de Produtos Biológicos e de Biotecnologia da Anvisa. E que outros cientistas brasileiros sejam convocados para analisar o caso e de forma isenta darem seus pareceres técnicos.
Conclamamos o Instituto Gamaleya, uma instituição de pesquisa centenária e respeitável, tanto como a Fiocruz e o Instituto Butantã, para que coloque à disposição dos técnicos da ANVISA, no mais breve espaço de tempo, o conjunto de informações que ainda possam estar pendentes, para que o mais rápido possível possamos ter disponibilizadas a vacina Sputnik V para a população brasileira, aprovada em mais de 60 países de forma eficiente e segura.
O Brasil está ficando, a cada dia que passa, ainda mais no final da fila de compras e aquisição de vacinas. É essencial garantir à Anvisa as condições para que busquem todas as informações sobre a Sputnik V. O estabelecimento de uma força tarefa, entre os Ministérios da Saúde e de Relações Exteriores do Brasil e da Rússia e suas Agências Reguladoras, e a participação ativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na mediação dessa querela, torna-se fundamental para permitir que o Brasil tenha acesso e direito a mais vacinas.
Cada vacina a menos é uma morte a mais.
Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas – NAPP SAÚDE do PT