O procurador-geral da República, Augusto Aras, agradeceu, nesta terça-feira (20), ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), por reconduzi-lo ao cargo. O magistrado afirmou, em nota, que está “honrado” em poder continuar à frente do Ministério Público Federal (MPF).
“Reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as leis do país”, diz a nota veiculada.
Aras buscava a indicação para a vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio de Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF), mas Bolsonaro optou por indicar o então advogado-geral da União, André Mendonça, “terrivelmente evangélico”.
Mais cedo, o presidente informou, por meio das redes sociais, que quer Aras no comando da PGR por mais dois anos.
“Encaminhei ao Senado Federal mensagem na qual proponho a recondução ao cargo de procurador-geral da República o sr. Antônio Augusto Aras”, escreveu.
A recondução tem de passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e por votação no plenário da Casa. Para ser aprovado, o nome de Aras precisa de 41 votos favoráveis.
Nesta terça-feira (20), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que o governo não podia cruzar os braços diante das tensões envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus na Angola. A crise já levou à suspensão da direção de origem brasileira e criou uma tensão política entre os dois países.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, 99 brasileiros foram deportados da Angola, dos quais 58 são missionários da Universal. Ao deixar o gabinete, na noite de hoje, Mourão foi indagado acerca do tema e declarou que a questão “está sendo negociada” com a embaixada brasileira e o Ministério das Relações Exteriores angolano.
De acordo com o vice, “por enquanto, não há nenhuma resposta a respeito”. Mourão afirmou que foi orientado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a tratar do assunto com o governo angolano durante sua viagem ao país africano, na semana passada.
“Na orientação que eu recebi, de maneira geral, era para conversar também sobre esse assunto, né? Você pega o seguinte: 99 brasileiros foram expulsos do país angolano. Isso não é uma coisa simples, né? Então a gente tem que conversar sempre a respeito, né? Imagina se 99 jornalistas fossem expulsos de um país. O governo aqui ia cruzar os braços? Não. É a mesma coisa”, disse o vice-presidente.
O clima esquentou hoje na Assembleia Legislativa. Anteriormente, por duas vezes consecutivas a bancada governista sempre se ausentava da sessão para não dar quórum e, assim, não podia oficializar o funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que se propõe a investigar a aplicação dos recursos vindos do governo federal para o governo do estado.
Na sessão desta terça-feira, 20, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), deputado Ezequiel Ferreira de Souza abriu a sessão disposto a fazer cumprir o Regimento Interno da Casa e, mais uma vez, a bancada governista se ausentou, sendo que a deliberação para implantar o funcionamento da CPI foi feita com o número de deputados presentes, pondo fim a agonia da gestão Fátima Bezerra que inexplicavelmente vem temendo pelo funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Acompanhando e participando da sessão remota, a deputada Eudiane Macêdo (Republicanos) foi ferina e terminou por comprometer a integridade moral de todos os deputados que defendem a instalação da CPI ao afirmar, sem muito arrodeio de que a bancada da oposição só insistiu na abertura da CPI da Covid-19 porque a governadora Fátima Bezera (PT) não aceitou “negociar”. De acordo com a parlamentar, se a Chefe do Executivo tivesse “sentado” com dois, três deputados da oposição, a CPI não teria sido instalada na Casa.
Segundo consta no portal da Rádio 98FM, a deputada enfatizou que “Essa CPI só foi aprovada porque a governadora Fátima não aceitou negociar, não aceitou sentar com nenhum deputado da oposição. Tenho certeza que, se ela tivesse acatado ou aceito sentar com dois, três deputados, essa CPI não teria sido aprovada. Isso mostra que a governadora está muito tranquila diante de todos os acontecimentos”. Eudiane também relacionou a abertura da CPI à pressão exercida por “forças externas” à Assembleia, sem citar nomes.
SILÊNCIO À COBRANÇA
Reprodução
O experiente deputado Getúlio Rêgo (DEM), aguardou o final das acusações feitas pela deputada do Republicanos e pediu para que a parlamentar indicasse quais de seus colegas da Casa teriam condicionado o voto a alguma negociação com o governo Fátima Bezerra e disse:
“Peço para ela nominar os parlamentares que se ofereceram ao governo para fazer uma transação em relação à instalação da CPI. É muito grave o que a deputada disse. Agride a oposição coletivamente. Eu pediria que ela nominasse os parlamentares que foram à governadoria ou se comunicaram com a governadoria se oferecendo para transacionar o voto no sentido de matar a CPI da Covid”.
Diante da cobrança do deputado Getúlio Rego, o silêncio de Eudiane foi sepulcral.
O anúncio foi feito no Twitter do presidente. Com o gesto de manter o atual procurador-geral, lista tríplice da ANPR é ignorada pela segunda vez
Nesta terça-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro anunciou, por meio do Twitter que enviou o nome de Augusto Aras ao Senado para a recondução, por mais dois anos, do atual procurador-geral da República.
“Encaminhei ao Senado Federal mensagem na qual proponho a recondução ao cargo de Procurador-Geral da República o Sr. Antônio Augusto Aras.”
Ao sugerir a recondução de Aras, Jair Bolsonaro ignora pela segunda vez a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Em 2019, o presidente da República optou por Aras, um nome que corria por fora e acabou sendo aprovado com o apoio de 68 dos 81 senadores.
A lista tríplice da ANPR era composta pelos nomes de Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. A campanha dos três procuradores foi marcada por críticas à postura de Augusto Aras em prol do governo.
O julgamento no STF sobre a liberação de cultos religiosos em meio à pandemia foi um dos episódios nos quais Aras assumiu a defesa dos argumentos usados por Bolsonaro — naquela ocasião, contrariando orientações de autoridades sanitárias.
Aras sonha com uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Até a confirmação da indicação de André Mendonça à vaga aberta em 12 de julho com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, o procurador-geral da República era igualmente cotado e chegou a conversar com senadores sobre essa possibilidade. Como noticiamos, Aras buscou o apoio de lideranças evangélicas para ser alçado ao Supremo.
Agora, com a possível recondução à PGR, Aras ganha fôlego para esperar as duas vagas que ainda serão abertas no STF em 2023, com as aposentadorias de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
Nesta quarta-feira (21), Natal aplicará a vacina contra a Covid apenas para as pessoas que estão aptas a receber a segunda dose de Oxford e Coronavac. Essa medida se deve ao fato da SMS ter aplicado todas as doses destinadas a D1 dos imunizantes disponíveis nos últimos dias.
Os prazos de intervalo entre a primeira e segunda doses são de 85 dias para a Oxford e 28 dias para a Coronavac. Quem vai se vacinar com a Coronavac deve se dirigir ao drive do Palácio dos Esportes que também dispõe de sala para pedestres, e quem vai receber a segunda dose da Oxford pode escolher entre os drives do SESI, Nélio Dias ou Via Direta, ou ainda as 35 UBS.
“Pedimos que a população compareça para tomar a D2 e completar seu esquema vacinal”, alerta George Antunes, secretário de Saúde de Natal. Após a chegada de novas doses enviadas pelo Ministério da Saúde, a SMS Natal retomará a vacinação da D1 e anunciará novos públicos.
No site https://vacina.natal.rn.gov.br/ é possível ter acesso à documentação necessária e saber como estão as filas nos drives.
Randolfe Rodrigues afirma que o presidente da República publicou informações falsas em suas redes sociais
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou há pouco uma queixa-crime por difamação contra Jair Bolsonaro no STF, após o presidente da República ter afirmado nas redes sociais que o senador “pretendia comprar a vacina Covaxin sem licitação e sem certificação da Anvisa.”
Na representação, o parlamentar alega que o presidente da República tenta desviar o foco da CPI da Covid, inclusive ofendendo pessoalmente os integrantes da comissão.
“A postagem do senhor presidente da República passou de quaisquer limites de uma já elastecida razoabilidade da liberdade de expressão do chefe do Executivo. Liberdade essa que, mesmo sendo pedra de toque no Estado democrático, encontra naturais limites para que se evitem excessos”, alega a defesa do parlamentar.
O senador pede que o post seja retirado das redes sociais do presidente da República, que seja publicada uma mensagem afirmando que as declarações de Bolsonaro são falsas e que o presidente pague indenização de R$ 35 mil.
O vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, se reuniu com o presidente de Angola, João Manuel Lourenço, na semana passada
De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente de Angola, João Manuel Lourenço, não quis receber uma delegação parlamentar brasileira para defender os interesses da Igreja Universal no país. A solicitação foi feita pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
A missão seria liderada pelo presidente do Republicanos, Marcos Pereira. A bancada evangélica tem cobrado o governo de Jair Bolsonaro para se engajar na defesa da Universal na Angola, onde a igreja enfrenta uma crise. Missionários brasileiros foram acusados de crimes financeiros e perderam o controle de templos no país africano.
Mourão viajou a Luanda para a cúpula da CPLP (Comunidades dos Países de Língua Portuguesa) e teve uma reunião bilateral com Lourenço.
Além disso, o vice-presidente solicitou que o governo angolano garantisse um “tratamento justo”à igreja em processos judiciais. Mas, Mourão não encontrou qualquer disposição de Lourenço de atender os pleitos da ala brasileira da igreja.
Lúcio Alcântara diz que, em 2010, Ciro o acusou de estar fugindo da Justiça, porque ‘não teria como se defender’
Segundo a Veja, Ciro Gomes foi condenado nesta semana a pagar uma indenização de R$ 20 mil ao ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara por danos morais.
Alcântara declara que, em 2010, quando estava sendo processado por Ciro, o pedetista afirmou, em entrevista, que ele:
“estaria se escondendo da Justiça porque não teria como se defender, teria comparecido a uma audiência perante a Justiça somente por que foi ameaçado de comparecer debaixo de vara, para aprender e ‘largar de ser sem vergonha’”.
Além disso, recentemente, Ciro perdeu um apartamento em um processo movido por Fernando Collor. O imóvel foi arrematado por Eunício Oliveira.
A Lei Djalma Maranhão que é o principal motor da política cultural de Natal, recebeu o sinal verde para a utilização de recursos, mas sofreu alguns ajustes nas exigências, embora o prefeito Álvaro Dias tenha mantido o teto já definido em R$ 11.030.020,00 (onze milhões, trinta mil e vinte reais), sendo que os recursos fazem parte da previsão orçamentária de arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre Serviços (ISS), para o exercício de 2021.
Através da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT-FUNCARTE) publica no Diário Oficial do Município o regulamento, com ajustes, do Programa Djalma Maranhão de Incentivos Fiscais e Projetos Culturais para 2021, onde constam alterações para dinamizar a cadeia produtiva e a ocupação de espaços na cidade, sendo que a publicação pode ser baixada no www.secultnatal.com.br e www.natal.rn.gov.br.
O secretário Dácio Galvão, da Secult-Funcarte, destaca a importância da lei que cria os incentivos e afirma que “A vida cultural da cidade tem na Lei Djalma Maranhão uma importante ferramenta para movimentar as programações semanais continuadas que agora terão destaque também em equipamentos municipais e na Ribeira com as mudanças implementadas”.
Para participar dos incentivos da Lei Djalma Maranhão é necessário estar cadastrado no Cadastro Municipal de Entidades Culturais (CMEC).
Quando Platão morreu, provavelmente aos 80 anos, em 347 a.C. e seu sobrinho, Espeusipo, assumiu a direção de sua escola de filosofia em Atenas (a famosa, Academia); o velho discípulo de Sócrates ainda não era a sumidade filosófica que se tornaria mil anos depois.
Sua academia original, no mundo grego antigo, não acompanhou o movimento de expansão da língua grega para o oriente, quando Alexandre , o grande, conquistou a Pérsia, o Egito e foi bater com seus exércitos às margens do Ganges.
Naquela época, chamada de “helenística” pelos manuais de história que você, amigo velho, deve ter lido no ensino médio, a filosofia grega se tornou um poderoso elemento de dominação cultural em toda Ásia ocidental e norte da África. O grego foi transformado em uma espécie de “inglês” da antiguidade tardia, ajudando a espalhar o pensamento das escolas epicuristas, estoicas e cínicas por toda zona do mediterrâneo. A própria escola original de Platão (a primeira Academia), confinada ao horizonte de uma Atenas decadente, fechou as portas no século I a.C. lançando as ideias de seu mestre fundador em um ostracismo milenar.
Talvez esse ostracismo tivesse durado bem mais caso os adeptos de uma exótica seita judaica não tivessem abraçado, com fé fervorosa, o pensamento de Platão.
Foi através de autores neoplatônicos como Macróbio, Proclo e Plotino, que o pensamento de Platão foi descoberto pelos cristãos, bem na época da chamada segunda Academia que foi fechada em 529 d.C. quando Justiniano proibiu todas as escolas de filosofia não cristãs nos territórios do Império Bizantino.
Foram justamente os primeiros padres da Igreja cristã que acolheram a obra platônica com muito mais entusiasmo do que todos os pensadores gregos antigos haviam acolhido. Essa recepção cristã de Platão acabou produzindo um fenômeno cultural fundamental para a história do ocidente que foi a “platonização” do cristianismo.
Acredito que seja esse fenômeno, ocorrido ainda no primeiro milênio da era cristã, que melhor explica o porquê de quatro em cada cinco análises de cientistas políticos, jornalistas de política internacional, juristas, historiadores e até especialistas em geopolítica, estejam hoje marcadas com o carimbo daquele incontornável “platonismo para as massas” do cristianismo estrutural que descansa nos fundamentos da tal “cultura ocidental”.
É inevitável que se derrape, aqui e acolá, quando alguém faz uma leitura da situação de Cuba, por exemplo, naquele desvio platônico de usar “modelos ideais” para emitir um juízo de valor sobre a política real.
Ao analisar protestos que se espalham pelo mundo, nossos analistas sempre recorrem as doutrinas políticas que condicionam seu olhar. Liberais, socialistas, comunistas, fascistas… sempre há um “ismo” platonizante que ofereça uma perspectiva de “como a polis deve ser” e que condiciona o enquadramento pelo qual a análise deve ser feita.
Como se fossemos juízes transcendentes a olhar o mundo de um ponto de vista divino, somos obrigados a nos posicionar, declarando nosso apoio ou rejeição a tal ou qual regime. Nossas analises acabam se perdendo em juízos de valor ao indicamos publicamente qual regime é “o melhor” ou se ele serve ou não como “modelo ideal” a ser seguido.
Esse tipo de cacoete cristão faz, por exemplo, com que passamos mais tempo discutindo a situação em Havana do que analisando o que se passa em Bogotá, que é a capital de um país que por acaso, ao contrário da ilha caribenha, faz fronteira com o Brasil.
Pelo menos uma pessoa morreu durante os protestos em Havana. Foto: EFE/ Yander Zamora
Cuba, no imaginário ideológico da nação, representa o “modelo ideal alternativo” ao “modelo ideal hegemônico da democracia liberal”. Como um modelo ideal alternativo precisa ser demonizado pelos liberais e sacralizado pelos socialistas.
Na eterna peleja platônica acerca da “cidade perfeita”, que percorre todo pensamento político do ocidente cristão, a lembrança de Havana tem uma função ideológica simétrica ao esquecimento de Bogotá.
Muito mais embaraçoso para o nosso modelo ideal, o caso colombiano causa muito mais problemas aos liberais do que o caso cubano. Afinal a Colômbia (ao contrário da Venezuela de Maduro e a Cuba dos castro) está do “nosso lado”. Faz parte da aliança militar que defende os valores da democracia ocidental. A Colômbia se alinha firmemente aos interesses geopolíticos dos EUA há muitos anos e funciona como possível cabeça de ponte privilegiada no Caribe, em caso de guerra. Além do mais o país tem uma economia de mercado com eleições e instituições democráticas afinadas com o modelo ideal norte americano.
Como explicar então as imensas manifestações populares que se arrastaram por semanas e foram objeto de uma repressão brutal por parte do governo colombiano, com centenas de mortos, um sem número de presos e várias denúncias de abuso sexual contra as forças policiais?
Estariam os colombianos insatisfeitos com o modelo democrático? Buscariam um cambio de regime? Procuram a superação do modelo econômico capitalista? Como é possível que em um país alinhado com a nação que melhor traduziu o modelo ideal de democracia liberal, haja essa insatisfação e essa repressão política brutal? Para o bem do modelo ideal é melhor não fazer essas perguntas e deixar Bogotá de lado enquanto a gente olha pra Havana.
O fato é que a violência política é o padrão na democracia liberal colombiana há décadas. Pelo menos desde que o líder de esquerda, Jorge Eliécer Gaitán (chamado pela elite do país de “negro Gaitán” em função de sua origem socio-racial) foi assassinado em 1948, dando inicio ao período chamado de La violência, que a história recente da democracia colombiana é marcada por uma onda permanente de brutalidade política.
Após os protestos que se seguiram ao assassinato de Gaitán e geraram o Bogotazo uma revolta popular muito semelhante a que a gente viu nas últimas semanas, milícias paramilitares de extrema direita, ligadas ao aparato de repressão estatal da “democracia liberal” colombiana, protagonizaram uma onda de assassinatos seletivos de camponesas gaitanistas, com massacres brutais em diversos pontos do país. Essa prática miliciana, que recorta a história da Colômbia, continuou com a guerra dos carteis de pó e com “guerra suja” de Uribe contra as FARC. No fim das contas, esse padrão de repressão política que implica na atuação de grupos paramilitares promovendo massacres e assassinatos seletivos por agentes do Estado, se mantem até hoje (mesmo após a assinatura do tratado de paz ratificado em 2016) quando centenas de ativistas e ex militantes das FARC foram assassinados.
O caso colombiano é embaraçoso justamente pelo fato da Colômbia ser o que ela é: uma democracia alinhada com a maior democracia liberal da terra e não uma ditadura comunista que insiste em manter um modelo ideal que não se encaixa na nova ordem mundial atlanticista.
No final das contas o platonismo para as massas de nosso cristianismo estrutural não nos permite contemplar o desconcerto de Bogotá, apenas o de Havana.
Quem sabe, se nossa análise política fosse temperada com um pouquinho mais de Maquiavel, o mal estar cristão diante da violência residual que o nosso próprio modelo ideal de sociedade impõe, pudesse ser minorado, e a gente pudesse observar as questões internacionais com aquela dose de pragmatismo que só o bom e velho realismo político oferece.
*Escritor, dramaturgo, professor de filosofia e direito.
A Justiça do Amazonas bloqueou os bens do presidente da Confederação Nacional do Comércio, José Roberto Tadros, em uma ação de improbidade movida pelo Ministério Público amazonense. Em relação à decisão liminar da Justiça do Amazona, a CNC esclareceu em nota queJosé Roberto Tadros recebeu com surpresa e indignação a notícia sobre a decisão liminar.
CONFIRA NOTA NA ÍNTEGRA:
Em relação à decisão liminar da Justiça do Amazonas (Processo 0815867-14.2020.8.04.0001) que bloqueia bens do presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), seguem os seguintes esclarecimentos:
– O presidente da CNC, José Roberto Tadros, recebeu com surpresa e indignação a notícia sobre a decisão liminar proferida pela Justiça do Amazonas, referente à locação de um prédio comercial pelo Sesc Amazonas. A questão se encontrava sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) desde 2016 e, posteriormente, o Ministério Público Estadual do Amazonas ingressou com a ação respectiva, que acarretou a decisão provisória divulgada.
– Ao longo do processo, junto ao TCU, foram emitidos dois pareceres favoráveis ao presidente da CNC, atestando que não restaram caracterizados prejuízos ao Sesc do Amazonas, no tocante à mencionada locação: pareceres da unidade técnica regional da Secex do Amazonas e da Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU (Secex), com manifestação favorável desse parecer por parte do Ministério Público do TCU;
– Este mesmo caso já havia sido utilizado em 2018, durante as eleições para a Presidência da CNC, contra o então candidato José Roberto Tadros, pela oposição, não tendo tido respaldo pelo judiciário do Distrito Federal;
– A ação proposta pelo Ministério Público do Amazonas não se aplica a gestores de entidades privadas, como o Sesc, que integram o sistema sindical e não compõem a administração pública;
– O presidente da CNC, bem como as outras partes envolvidas na ação do MP, não foram sequer citados dessa decisão para exercer o seu direito de defesa e estão adotando as medidas cabíveis para revertê-la.
Ainda é cedo para oficializar, mas a candidatura do deputado federal Benes Leocádio vai se consolidando entre os políticos que fazem oposição à governadora Fátima Bezerra e, assim, poderá unir a oposição formada por alguns dos principais “caciques” da política potiguar.
Antes mesmo de se oficializar essa candidatura de Benes ao governo estadual já se começa a subestimar o potencial do deputado que teve mais de 125 mil votos no último pleito proporcional. Benes pode até ser batedor de esteira na próxima eleição, mas também poderá se transformar nO Marinheiro, que não será de primeira viagem.
Quem lembra a história do marinheiro, que lançado pelo mago Aluízio Alves se tornou Senador da República?
Dinarte Mariz e Aluízio Alves – Foto: Reprodução Montagem
É só retroceder ao ano de 1974, portanto, há 47 anos, para não se surpreender com resultados eleitorais aqui pelas terras de Câmara Cascudo. Ainda vivíamos momentos da “Redentora”, quando naquele ano, ainda com a indicação biônica do Governador haveria a disputa por uma das três vagas do RN no Senado Federal. A disputa foi entre a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Da mesma forma que atualmente, a oposição teve dificuldades em encontrar um nome para enfrentar o favoritismo do célebre Djalma Marinho (avô do ministro Rogério Marinho) que obtivera performance nacional com a frase histórica de autoria do espanhol Calderón de la Barca (“Ao rei tudo, menos a honra”) ao confrontar o controle do militarismo, mesmo sendo ele da Arena, que era o partido governista.
Pois bem, a história pode retroceder, com outros personagens, mas que de qualquer forma se identificam com o passado.
Tarcísio Maia, centro da foto, apoiou Djalma Marinho – Foto: reprodução
Em 1974, a política potiguar era polarizada através das lideranças máximas de Dinarte Mariz e Aluízio Alves. Dinarte, fiel escudeiro da Revolução de 1964, contava em seu staff político com o brilhantismo do advogado Djalma Marinho. Aluízio, líder maior da oposição, já não contava com nomes representativos. Dinarte lança o nome de Djalma Marinho, para disputar a vaga ao Senado. Aluízio, estrategista, sem nomes na oposição, foi buscar no Seridó o ex-vereador e ex-deputado estadual Agenor Nunes de Maria que naquele momento levava a vida na boléia de seu caminhão, fazendo feiras nas cidades de sua região.
Agenor Maria MDB – Djalma Marinho – ARENA
Djalma Aranha Marinho, candidato de Dinarte, renomado nacionalmente, era o favorito absoluto. Agenor Nunes de Maria, seria apenas um preenchimento da chapa de Aluízio. Inimaginável uma derrota do candidato do partido governista.
A campanha eleitoral da época não contava com a televisão, nem o rádio. Era feita no gogó e gastando sola de sapato. Precisaria “tão somente” se armar um bom palanque, contar com um bom locutor/animador, juntar uma multidão, entoar boas marchinhas, criar Ala-Moças por todo o interior, ter um bom discurso, arrancar aplausos, fazer refeição na casa do chefe político, arregimentar lideranças, visitar casa por casa, enfrentar os pedidos de ajuda e esperar o dia da eleição para receber a consagração do voto. Djalma tinha uma oratória eloquente, clássica. Agenor falava a fala do povo. Djalma se amparava à liderança de Dinarte. Agenor se amparava na liderança de Aluízio, mas gastava sola de sapato. Djalma professoral. Agenor, um marinheiro tatuado com uma âncora que servira como mote para as marchinhas empolgantes de campanha. Final da apuração que contabilizava os votos para o Senado da República, deu Agenor Nunes de Maria, o marinheiro, que mais tarde cravava a sua fase célebre na qual qualificava “O Senado é um paraíso”.
Agenor Maria sendo entrevistado. Foto divulgação
Voltemos a 2021/2022. Preparativos e a eleição do próximo ano. A governadora Fátima Bezerra segue singrando os mares calmos. Mesmo fazendo um governo chamado “feijão com arroz” e com investimentos dependendo apenas do empréstimo feito por Rosalba Ciarlini junto ao Banco Mundial e com recursos financeiros liberados pelo seu arquirrival político Bolsonaro, vai pagando a folha de pessoal em dia e ainda resgatando as dívidas com salários deixados pelo seu antecessor Robinson Faria. Com isso e um pouco mais nada especial, consolidou o seu nome para a disputa do próximo ano, enquanto que o PT, o seu partido, vai sendo reanimado pela sobrevida política do seu principal e idolatrado líder Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o lulismo segue reflorescendo na esteira da desaprovação crescente do presidente Jair Bolsonaro. Assim, no quadro de hoje, Fátima é favoritíssima.
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Hoje, com sua força maior ligada ao presidente Bolsonaro, representada basicamente pelos ministros Fábio Faria e Rogério Marinho, ambos na esteira do chefe, ainda sem partido, a oposição sabe que há uma distância imensurável para um seu indicado alcançar o favoritismo da lulista Fátima e mesmo assim se faz de dura e ensaia aquele ditado de que “não é peru pra morrer de véspera”. Rogério e Fábio se digladiam silenciosamente para não assumir a candidatura ao governo do estado e se emparedam mutuamente almejando disputar a única vaga do Senado. Estratégias não faltam. Pois, é essa mesma oposição que começa a vislumbrar uma luz no fim do túnel e enquanto não se decide quem será o escolhido para disputar o Senado Federal, eis que surge o nome do deputado federal Benes Leocádio para ser o adversário de Fátima Bezerra.
Reprodução/Montagem
Foi só o nome de Benes desfilar entre o noticiário tupiniquim, ainda sem estar consolidado, que petistas e acólitos governamentais passaram a querer nacionalizar a eleição, trazendo para o bolsonarista contra a petista e até insinuações de que Benes seria um bom “batedor de esteira”.
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Ora, em primeiro lugar, Benes não tem se conduzido como um bolsonarista de carteirinha como são Fábio e Rogério. Em segundo lugar, não se deve subestimar um adversário que na última eleição alcançou mais de 125 mil votos, demonstrou uma liderança municipalista ao se eleger presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) quando era prefeito de Lages e renovou seu mandato na FEMURN sem mandato de prefeito e é conhecido como agregador, um conciliador. É um interiorano nato, gastador de sola de sapato e poderá ter o respaldo da maior liderança da Capital, que é Álvaro Dias. Subestimar Benes é não lembrar do episódio político de 1974.
E lembrando que 48 depois, nessa próxima eleição, dois personagens trazem o DNA daquele episódio, que são Rogério Marinho, neto de Djalma Marinho, e Henrique Eduardo Alves, um eleitor de muito peso, filho de Aluízio Alves, só que até o momento não se conhece o posicionamento do marido de Laurita que em sua última disputa, mesmo favoritíssimo, perdeu para Robinson Faria. Cedo para qualquer avaliação mais profunda, mas não se pode subestimar Benes Leocádio que pode reviver a figura de O Marinheiro, mas que não será de primeira viagem.
O prefeito Álvaro Dias sancionou a lei da sobra da vacina contra Covid-19. A lei N º 7.170 foi publicada na edição do Diário Oficial do Município desta terça-feira (20). Pessoas a partir de 18 anos, residentes em Natal, que morem no entorno de uma das 35 UBS que vacinam contra a Covid-19 ou no entorno de um dos quatro drives, podem a partir da próxima quinta-feira (22) se dirigir a esses locais e se cadastrar para a xepa da vacina.
Caso haja sobra de vacina, a UBS fará contato telefônico pedindo o comparecimento da pessoa em até 20 minutos para receber o imunizante. As salas de vacinação das 35 UBS funcionam até às 15h. Havendo sobra de imunizante, a UBS vacinará até 15h30. Os drives funcionam até às 16h e, se houver doses disponíveis, funcionarão até às 16h30.
“A xepa é o nome popular que se dá às sobras de vacina. Agora, Natal vai destinar as sobras para os moradores do entorno das unidades, evitando a perda e, assim, aproveitando o total dos imunizantes”, afirma o prefeito Álvaro Dias.
“Amanhã iremos mandar um memorando circular para todos os pontos de vacinação da Covid-19 para nivelar as equipes. A partir de quinta-feira, a população que desejar pode fazer o cadastro. Lembro que na capital praticamente não existe perda de doses, o frasco do imunizante da Oxford, após aberto, pode ser armazenado por até 48 horas. Já os imunizantes da Pfizer e Coronavac têm apenas seis horas de uso após aberto”, esclarece o secretário municipal de Saúde, George Antunes.
A definição tomada na semana passada para a criação do Patrulhamento Maria da Penha, no município de Ceará-Mirim começou a ser consolidada nesta segunda-feira (19), oportunidade em que foi iniciado o Curso de Capacitação para os agentes que irão desenvolver a atividade.
Se amparando nos números alarmantes da violência contra a mulher é que o prefeito Júlio Cesar está tomando as medidas preventivas, a partir da criação da Secretaria Municipal da Mulher, e ontem, na ocasião da abertura do curso de capacitação, para atuar no Patrulhamento Maria da Penha, através do vice-prefeito Marcílio Dantas, enviou a mensagem:
“Precisamos cuidar das mulheres de nossa cidade e ser exemplo para outros municípios, que tenho fé em Deus, também terão o programa implantado. Aqui em Ceará-Mirim, na nossa gestão, criamos a Secretaria da Mulher que junto a Defesa Social, através de nossa Guarda Municipal será a articuladora das políticas de proteção e acolhimento”.
Além do vice-prefeito, a solenidade que marcou o início do curso de capacitação de agentes contou com as presenças da Procuradora Geral de Justiça, Elaine Cardoso, do juiz da 1ª Vara, Cleudson Vale, da promotora do MP, Érica Canuto, da Secretária Estadual da Mulher, Julia Arruda, de Secretários Municipais e de Vereadores. Cerca de 20 profissionais, entre Guardas Municipais, Enfermeiros, Psicólogos e Assistentes Social já estão participando do curso de capacitação para atuar no Patrulhamento Maria da Penha, no município de Ceará Mirim.
O deputado Federal Benes Leocádio, virtual candidato a governador pela oposição, está em permanente processo de articulação política para fortalecer o grupo que poderá lhe dar sustentação na luta contra a governadora Fátima Bezerra.
Logo após assumir publicamente que aceitou o desafio de ser o candidato a governador pela oposição, Benes intensificou as conversas e articulações com partidos e lideranças políticas.
Manso, conhecido pela simplicidade e adepto da conversa política, Benes não encontra porta fechada em nenhuma legenda. Mesmo aqueles partidos que não apoiam ou não irão apoiar sua candidatura, não se negam a ouvi-lo, em consideração ao seu comportamento agregador e conciliador.
Identificado pelas origens no MDB, legenda que militou e foi vitorioso durante muitos anos, Benes já andou agendando conversa com o presidente do MDB no Estado, seu colega deputado Walter Alves, que deverá levar o pai, ex-governador Garibaldi Filho, para o papo com Benes.
Afinal, o MDB ainda não definiu posição na política potiguar. O mais provável é que o MDB Nacional feche aliança com o PT para apoiar a candidatura de Lula à presidente. Essa aliança deverá ser reproduzida nos Estados.
No RN, já há conversas entre PT e MDB, mas ainda sem definição. Para Fátima, ter o MDB em seu palanque e a possibilidade de ter Garibaldi como seu vice, é o melhor dos cenários.
Benes sabe que o MDB está conversando com Fátima. Mas isso não o desanima. Ele admitiu que irá procurar o MDB para expor seu projeto de candidatura e pedir o apoio do partido que um dia já foi seu também.
Se o MDB de Waltinho e Garibaldi vai cair no canto macio de Leocádio, somente após as conversas saberemos.
Por enquanto, ‘ninguém é de ninguém’. Ou seja: Não há compromisso firmado de nenhuma legenda para aliança em 2022.
O MDB está em posição cômoda. É um grande partido com capilaridade em todo o Estado e está sendo cobiçado tanto pelo Governo quanto pela oposição.
Enquanto aliados da governadora Fátima Bezerra na Assembleia Legislativa tentam impedir a instalação da CPI da Covid-19 que pretende investigar os gastos do governo com recursos destinados ao combate à pandemia, o deputado federal General Girão (PSL) entregou ao deputado estadual Coronel Azevedo (PSC), nesta segunda-feira (19), documentos sobre as transferências de recursos federais destinados ao Rio Grande do Norte durante a pandemia.
Ao receber a documentação, o deputado Coronel Azevedo agradeceu ao General Girão por estar subsidiando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, e disse que “É um material robusto com informações detalhadas e tenho certeza que será muito bem aproveitado pelos integrantes da CPI”.
Sobre o objetivo da CPI da Covid-19, o deputado do PSC disse que significa “é a Casa Legislativa na busca da verdade. Queremos buscar onde foi empregado o dinheiro público de volumosos recursos repassados pelo Governo Federal desde o início desta pandemia”.
Ocupando a 2ª Vice-Presidência da Casa, o deputado Coronel Azevedo informou que a documentação será entregue à Presidência da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (20). A CPI da Covid-19 só deverá funcionar efetivamente a partir do mês de agosto, após o recesso parlamentar.
O que estava apenas nas pretensões, passa a se transformar em realidade a partir desta terça-feira, 20, com a assinatura de uma Ordem de Serviço autorizada pela governadora Fátima Bezerra. Trata-se da ampliação do Hospital Dioclécio Marques, em Parnamirim, que atende pacientes da chamada Grande Natal.
Atualizado para atender cirurgias Buco-Maxilo-Facial, clínica cirúrgica, clínica médica e clínica pediátrica e psicologia, o Hospital Regional Dioclécio Marques de Lucena estará completando 17 anos de funcionamento no próximo mês de agosto e conta com eletrocardiógrafo, endoscópio digestivo, aparelho de radiologia fixa e móvel, laboratório bioquímico e ultra-sonografia.
A reforma autorizada pela governadora Fátima Bezerra no Hospital Dioclécio Marques, representa investimentos da ordem inicial de R$ 2.036.681,89, com recursos dos governos estadual e federal e aquela unidade hospitalar irá ganhar mais 66 leitos que se somarão aos 95 já existentes, além da ampliação do centro cirúrgico.
A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que foi candidata a vice-presidente em 2018, na chapa encabeçada pelo petista Fernando Haddad (PT-SP), informou nesta segunda-feira (19), por meio de suas redes sociais, ter sido vítima da mesma alteração de dados no Sistema Único de Saúde (SUS) que também atingiu a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSol-SP).
Segundo ela, seu nome social foi apagado e o nome de seu pai também foi apagado.
A alteração fez com que o cadastro de Manuela não fosse encontrado no momento em que ela foi se vacinar contra a Covid-19, o que levou os profissionais de atendimento recorrem ao registro manual da vacinação.
Manuela estranhou o fato de que lideranças políticas do campo da esquerda estejam passando por problemas semelhantes.
“Não é estranho que os problemas só ocorreram com pessoas de esquerda?”, questionou.
Ano passado, meu cadastro no Min. da Saúde foi alterado, meu nome social e do meu pai foram alterados. Deve ter sido por isso que quando fui vacinar não me acharam no sistema. Tiveram que fazer td manualmente. Não é estranho que os problemas só ocorreram com pessoas de esquerda?
Na semana passada, Gleisi cobrou um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o ataque hacker que a deixou registrada como morta e com o apelido de “Bolsonaro” no cadastro do SUS.
Meu cadastro no SUS foi cancelado por motivo de óbito e consta no documento, como apelido, o nome do Bolsonaro. Segundo informações isso foi em 19, ataque em massa ao sistema. A fraude deve ter atingido muitas pessoas. O q o MS fez p/ corrigir isso, 2 anos depois? O q vai fazer?
Nesta segunda, Boulos informou que seus dados cadastrais no SUS foram alterados ilegalmente e que o nome de seus pais foram alterados no sistema por “ofensas e xingamentos grosseiros”. Além disso, Boulos informou que o sistema do SUS também omitia a informação que ele recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
Boulos, que foi candidato à Prefeitura de São Paulo, responsabilizou os bolsonaristas pelas alterações. Ele também disse que o Ministério da Saúde informou que a alteração de seu cadastro foi feita por pessoa credenciada do órgão.
O Ministério da Saúde acabou de confirmar que a alteração ilegal do meu cadastro no SUS com xingamentos foi feita por uma "pessoa credenciada". Precisa dizer agora quem foi e qual medida será tomada.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou nesta segunda-feira (19) a decisão do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), que pediu acesso aos 127 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Durante conversa com a imprensa, Mourão disse: “Que veja, pô”.
A declaração foi feita na saída do gabinete da vice-Presidência, no Palácio do Planalto, e ocorre em meio a uma série de discussões sobre a aprovação de quase R$ 6 bilhões para o fundo eleitoral (leia mais abaixo). Mourão foi questionado sobre Ramos ter se declarado como oposição ao governo.
“Vamos ver até onde vai durar essa oposição, né? […] E a questão do Marcelo Ramos querer ver os pedido de impeachment… Tá bom. Que veja, pô”, disse.
Pela lei, na condição de vice-presidente da Câmara, Ramos somente poderia colocar os pedidos em tramitação caso estivesse no exercício do poder na Casa legislativa – o que poderia ocorrer, por exemplo, em caso de licença do presidente Arthur Lira (PP-PL).
Ramos, no entanto, pondera que não tomaria uma atitude tão grave, como a de dar andamento a um pedido de impeachment, estando de forma interina como presidente da Câmara.
Entenda
A sessão que sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na semana, foi presidida por Marcelo Ramos. Os congressistas ampliaram de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões o valor do fundo eleitoral para 2022.
O montante gerou crítica de parte do Congresso e da opinião pública. A proposta foi votada até mesmo por bolsonaristas, o que motivou reação nas redes sociais.
No domingo (18/7), ao deixar o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro responsabilizou o deputado pela ampliação dos recursos.
“O responsável por aprovar isso aí e o Marcelo Ramos, lá do Amazonas, o presidente. O Marcelo Ramos que fez isso tudo. Se tivesse destacado, talvez o resultado teria sido diferente. Então, cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos”, disse o presidente.
Após ter sido responsabilizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo aumento no fundão eleitoral, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), deve integrar o grupo de parlamentares que pede o impeachment do presidente.
Até o momento, Ramos havia mantido uma postura de neutralidade perante os 127 pedidos já entregues na Câmara para a retirada de Bolsonaro do poder. A postura era uma tentativa de não criar um cenário de constrangimento para o atual presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), que detém a prerrogativa constitucional de dar andamento aos pedidos, mas que já avisou ser contrário à medida.
Agora, o deputado avisou, em entrevista à Rede Tiradentes, que pretende se debruçar sobre cada petição já protocolada com o objetivo de identificar consistências, além da viabilidade política.
“O primeiro elemento para a minha análise é conhecer os pedidos e ver se eles têm fundamentação e caracterização de crime de responsabilidade. Em havendo, existem outros elementos de natureza política que precisam ser considerados”, disse o deputado, que já solicitou cópia dos pedidos.