
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou nessa sexta-feira, 4, os primeiros casos da subvariante BA.2, da Ômicron. São dois casos no estado de São Paulo e mais dois no Rio de Janeiro, na capital fluminense, totalizando quatro registros no país.
Em São Paulo, dados da Rede de Vigilância Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Genomahcov/Fiocruz) mostram que já em dezembro de 2021 uma amostra sequenciada apontou o subtipo no estado. O outro caso foi registrado em uma amostra sequenciada em janeiro deste ano.
No Rio de Janeiro, o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou a identificação de outro caso. Segundo o órgão, a amostra sequenciada é referente a um caso da capital fluminense.
Uma característica importante deste novo subtipo é que ele não gera uma assinatura específica em testes de laboratórios, evento chamado de falha no alvo do gene S, e pode parecer como outras variantes de coronavírus no primeiro momento, algo que fez a subvariante ser conhecida como “a variante furtiva”.
A BA.2 já foi identificada em alguns países, e tem ganhado força na Índia e na Dinamarca. Na Dinamarca, a BA.2 agora responde por cerca de metade de todos os novos casos de Covid-19, de acordo com uma declaração recente do Instituto Statens Serum do país. O diretor do Centro Nacional de Controle de Doenças da Índia, Dr. Sujeet Kumar Singh, disse que a BA.2 se tornou a cepa dominante lá.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de São Paulo confirmou os dois casos da subvariante e informou que “as amostras analisadas com as confirmações foram verificadas em Sorocaba e em Guarulhos”. “As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que segue obrigatório em SP; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a Covid-19”, acrescentou a pasta.
A Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro também confirmou os casos e ressaltou que “após a Ômicron se tornar a variante predominante em circulação no estado, o sequenciamento genômico passou a ser realizado apenas para monitoramento das mutações do vírus SARS-CoV2”.
A pasta afirmou ainda que “não há, até o momento, nenhum estudo que aponte as subvariantes da Ômicron como mais transmissíveis ou agressivas”. “A secretaria reforça a importância da complementação do esquema vacinal contra a Covid-19 e a manutenção das medidas de enfrentamento, como o uso de máscara, lavagem das mãos e evitar locais com aglomeração”, finaliza.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou o caso em uma paciente de 43 anos que, segundo a pasta, apresenta sintomas leves. “Ela não tem histórico de viagem ou contato com alguém que tenha viajado recentemente, o que indica que já há transmissão local dessa linhagem”, diz a pasta, que também acrescentou que “não há indicação de que a nova mutação da Ômicron dissemine mais facilmente, cause uma forma mais grave da doença ou que provoque qualquer alteração no cenário epidemiológico”.
Com informações da CNN