
Por: BOSCO AFONSO
Dizem que política e futebol não se discute, pois não se chega a nenhuma constatação.
Tudo é paixão.
No futebol, quando duas equipes demonstram forças iguais e talentos idênticos, milimetricamente pode acontecer um vencedor.
Nessas competições, comentaristas e torcedores eufóricos sempre recorrem às estatísticas nem sempre convincentes e que de nada valem. Cada jogo é um jogo diferente.
Na política é tudo quase igual. Partidários buscam apaixonadamente dados que quase que comprovam “cientificamente” com aqueles argumentos. E as táticas são as mais diversas possíveis. Uns são até capazes de resgatar acusações e impropérios praticados pelos correligionários de hoje. Tem até quem atue com baixarias.
Outros buscam resultados de urnas na tentativa de provar favoritismo, mesmo com um eleitorado completamente modificado pelos anos.
Dia desses, estava eu a ouvir e assistir vídeo de um programa de rádio em que o entrevistado, deputado Kelps Lima, ao responder uma pergunta sobre o comportamento de uma deputada do PT, foi logo dizendo: “Primeiramente, quero dizer que nós vamos ganhar a eleição”.
Calma, deputado, a campanha ainda nem começou!
De outro lado, assisto impávido às peripécias de petistas indomáveis e de alegria incontida bradando antecipadamente a vibrante vitória de Lula para voltar a presidência da República e por tabela a vitoriosa marcha de Fátima Bezerra para frequentar mais 4 anos a governadoria no Centro Administrativo.
Calma, gente, a campanha ainda nem começou!
Tudo é emoção, mas não se pode começar pelo fim o que tem começo, meio e fim. E a campanha eleitoral tem a pré-campanha, a campanha, a eleição e a apuração.
O eleitor tem o seu feeling. Ele saberá acompanhar o passo a passo desta campanha que tem todos os requisitos para ter um nível elevado. Da mesma forma que esse eleitor ou eleitora pode levar à derrota aqueles que preferiram enveredar por um caminho que deturpe o fortalecimento da família, da sociedade ou que ameace a democracia.
Tudo deverá acontecer na normalidade, mas se faz necessário que os atores de toda a preparação para a conquista do voto, entendam que tem muita estrada a ser percorrida, que todas as precauções devem ser tomadas, os direitos preservados, evitando maiores crises.
Até porque a campanha nem começou…
Já de muito longe que antes da corrida começar, todos os participantes teoricamente são ou serão vencedores. No entanto, é só começar que a retórica sai de sena para dá passagem àqueles que efetivamente chegaram. E como ainda falta um bom tempo para a corrida começar, melhor é afinar o acerto do motor para que o combustível não acabe antes do final.