
A menos de cinco meses do primeiro turno, os patamares de quem diz “não votar de jeito nenhum” nos pré-candidatos à Presidência só se igualam aos de 1989, ano em que o país voltou a ter eleições diretas.
Os dados são do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop/Unicamp), Datafolha, Ibope e Ipec.
A estatística revela que um dos dois pré-candidatos mais bem colocados na preferência popular, o presidente Jair Bolsonaro (PL), ultrapassa a barreira dos 50% de rejeição.
Os dados mostram que o ex-presidente Lula (PT), também pré-candidato ao Planalto, atingiu, em março de 2022, 37% de rejeição na pesquisa mais recente do Datafolha, passando a ex-presidente Dilma Rousseff, que detinha o recorde da sigla em período semelhante da fase pré-eleitoral.
Essa rejeição a Bolsonaro, mesmo muito alta, não anula sua competitividade. Do mesmo modo que a reprovação a Lula também não significa alto risco de derrota.
“As rejeições não são estáticas e vão mudando ao longo da campanha para mais ou menos, em função das informações que eleitores recebem e dos fatos que ocorrem. O candidato terá o amor e o ódio, depende da eficácia da campanha”, explica Márcia Cavallari, CEO do Ipec, empresa fundada por ex-executivos do Ibope.
Com informações de O Globo