O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) discutiu, nesta quarta-feira (16), com colegas que integram a CPI da Covid e com o depoente e ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O embate entre o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou o comando do colegiado a sugerir que a oitiva com Witzel fosse sigilosa.
Senadores como Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmaram que Flávio estaria intimidando a testemunha. O relator, então, sugeriu que a sessão fosse a portas fechadas e foi ironizado: “Quanto carinho, senador relator. Quanto carinho com a testemunha. Parabéns, trate assim todo mundo”, disse.
Calheiros retrucou: “Não me interrompa, seu pai parece que não lhe deu educação, não me interrompa, por favor”. Questionado se sentia-se intimidado, Witzel disse “não fazer questão de que o senador Flávio Bolsonaro estivesse ou não presente na CPI”.
“Conheço ele desde garoto. A minha questão aqui não é pessoal, é institucional em defesa da democracia. Se o senhor fosse um pouquinho mais educado e menos mimado, o senhor respeitaria o que eu estou falando”, disparou.
A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.