
Em greve, um grupo de policiais civis ocuparam a governadoria na manhã desta sexta-feira, 11, em Natal. Os manifestantes entraram no prédio com o objetivo de negociar, diretamente com a governadora, proposta para tratar da remuneração dos agentes que temem a perda do Adicional por Tempo de Serviço (ADTS). A Justiça determinou nessa quinta-feira, 10, o fim da greve sob pena de multa diária de R$ 150 mil para os sindicatos envolvidos.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL/RN), o Sindicato ainda não foi notificado da decisão e que vai consultar o setor jurídico para definir como vai proceder assim que recebê-la.
A categoria realizou um ato com cruzes e um caixão em volta da Governadoria e, em seguida, resolveu entrar no prédio para esperar alguma resposta. Segundo os manifestantes, eles foram informados que não há quem os receba. Com gritos de “polícia unida, jamais será vencida” e “ocupar até negociar”, os agentes fazem o protesto, que não teve intercorrências até aqui.
O desembargador Ibanez Monteiro, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), determinou o retorno dos servidores da Polícia Civil e delegados, em greve desde a segunda-feira, 7, ao trabalho. As entidades que representam as categorias – Associações dos Delegados e dos Escrivães de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (ADEPOL e ASSESP, respectivamente), bem como o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL/RN) – serão intimadas para o cumprimento desta decisão.
Com a determinação do desembargador, a greve foi considerada ilegal. A decisão é fruto de ação ajuizada pelo Ministério Público Estadual. O MPE argumentou que a greve de agentes de segurança pública é considerada ilegal conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.