Escolhido por Jair Bolsonaro, o atual advogado-geral da União passará por sabatina no Senado e precisará ser aprovado pela CCJ da Casa
Nesta terça-feira (13), Diego Amorim comentou a oficialização da indicação do “terrivelmente evangélico” André Mendonça ao STF. Escolhido por Jair Bolsonaro, o atual advogado-geral da União passará por uma sabatina no Senado e precisará ser aprovado pela CCJ da Casa para ocupar a vaga de Marco Aurélio Mello na Corte. Declarações foram dadas no Papo Antagonista.
Mendonça é a segunda indicação ao STF feita por Jair Bolsonaro. Em outubro do ano passado, o presidente apontou Kassio Nunes Marques para a vaga do ex-ministro Celso de Mello. A decisão, no entanto, não cabe apenas ao presidente: para ser empossado no STF, Mendonça precisará da aprovação da maioria do Senado, que tem o poder de barrar a indicação.
Quem é André Mendonça
Nascido em Santos, no litoral paulista, Mendonça é advogado da União desde 2000 e chegará ao STF aos 48 anos de idade. Nomeado para o comando da AGU logo no início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019, ele era visto como um nome estritamente técnico, que no governo Temer havia sido assessor especial do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário.
Formado em ciências jurídicas e sociais pelo Centro Universitário de Bauru (SP), em 1993, Mendonça se especializou em direito público na UnB (Universidade de Brasília) e em seguida foi à Espanha, onde obteve os títulos de doutor e mestre em Direito pela Universidade de Salamanca. Na AGU, Mendonça atuou especialmente na área de combate à corrupção, assunto sobre o qual tem livros publicados.