A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia, nesta quarta-feira, 30, o uso temporário e emergencial do remédio Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), fabricado pela Pfizer, para tratamento contra Covid-19.
O uso do medicamento será votado pela Diretoria Colegiada do órgão às 14h. De acordo com a agência reguladora, a relatora do processo é a segunda diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas.
O pedido para utilização do remédio foi enviado à agência em 16 de fevereiro. De acordo com a Pfizer, a pílula antiviral tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pelo novo coronavírus.
O medicamento deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução da Covid-19 para quadros graves.
A farmacêutica e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento para a rede de saúde brasileira. No entanto, o acordo somente poderá ser firmado após a aprovação da Anvisa.
Caso a agência reguladora permita o uso emergencial do remédio, o Ministério da Saúde poderá recomendar que a pílula seja utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) sem a necessidade de análise prévia pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS (Conitec).
De acordo com a Pfizer, os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O remédio tem uso autorizado em países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e em diversas regiões da Europa.
Com informações do Metrópoles