Em nota, deputado se queixa de debate sobre o assunto ter sido ‘interditado por posições extremadas’ e diz ter saído por discordar do ‘novo posicionamento’ da sigla
Após pressão do PSDB, Aécio Neves anunciou, na noite de ontem (15), que vai deixar a comissão especial da Câmara que discute o voto impresso, informa O Globo. O deputado federal e ex-governador de Minas Gerais defende a adoção do voto auditável já nas eleições de 2022, em pelo menos 3% das urnas eletrônicas.
Em nota, Aécio voltou a dizer que o debate sobre o assunto foi “interditado por posições extremadas” e se queixou de o presidente do PSDB, Bruno Araújo, ter anunciado ser contrário ao voto impresso em “posição oposta” à que a sigla defendia.
“Surpreendeu-me que o partido tenha, agora, pela voz do nosso presidente, sem debate mais profundo na legenda, passado a defender posição oposta àquela defendida pelo partido até pouco tempo atrás”, escreveu o tucano.
Na nota, o deputado também negou ter sofrido pressão dos tucanos: “Resolvi pedir minha substituição por discordar do novo posicionamento tomado pelo PSDB e por compreender que essa vaga pertence ao partido, e não individualmente ao parlamentar”.
Nas últimas semanas, várias mudanças feitas por partidos na composição da comissão mudaram a tendência de votação, que era favorável ao voto impresso. Após anúncio coletivo de 11 presidentes de legendas, entre os quais Araújo, o cenário mudou.
A votação do relatório de Filipe Barros (PSL-PR), favorável ao voto impresso, foi adiada duas vezes, devido à falta de consenso e à derrota anunciada. O presidente da comissão, Paulo Martins (PSC-PR), favorável à proposta, reconhece não ter mais maioria no colegiado.
*Com informações de O Antagonista.