Em 2018, a avalanche da ‘novidade’ do presidenciável Jair Messias Bolsonaro, carregou, em todos os estados do Brasil, dezenas, centenas de novos candidatos que foram eleitos de forma surpreendente, alicerçados no discurso fácil do então PSL que iria mudar o País de ponta a ponta.
No RN, o General Girão foi o ‘escolhido’ do segmento Bolsonarista para ser eleito. Obteve 81.640 votos só na base do ‘gogó’, replicando as promessas do Capitão e fortalecendo o discurso radical da extrema direita no Estado.
Eleito Deputado Federal, Girão surfou na onda Bolsonarista até pouco tempo, quando a gestão do presidente era bem avaliada pela grande maioria da população. Mas hoje, só isso já não é suficiente para Girão renovar o mandato. Pelo contrário. Com Bolsonaro em baixa, Girão terá que encontrar um discurso e uma plataforma capazes de conquistar semelhante votação de 2018.
Sem candidatos potencialmente fortes em seu partido, o PSL, Girão terá que usar mais que o discurso agressivo contra a governadora Fátima Bezerra. Bater na irmã de Tetê pode até dar ibope, mas dificilmente produzirá votos que proporcione um novo mandato. General da reserva, Girão poderá entrar no banco de reserva da política potiguar logo depois do primeiro jogo oficial.