O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, foi vítima de ataque cardíaco que o levou a se submeter uma cirurgia para implantação de stent em pleno período de férias na Bahia. O motivo? O coração não aguentou a pressão do fogo amigo em torno de sua possível candidatura ao Senado no RN pelo grupo do presidente Bolsonaro e explodiu.
Em conversa com o blog, sob garantia de preservação da fonte, um amigo de Rogério confidenciou que o ministro havia tirado esses dias de folga para ‘fazer política’ no RN, articular e deixar em andamento a chapa majoritária da oposição; pelo menos a candidatura a governador teria que ser definida antes do filho de Valério voltar à Brasília.
O ministro conseguiu seu intento. Convenceu o deputado Federal Benes Leocádio a aceitar o desafio de concorrer contra a governadora Fátima Bezerra. De forma implícita, praticamente garantiu que o companheiro de chapa de Benes na condição de senador, seria o próprio Rogério Marinho.
Benes chegou a declarar que ainda não há definição entre Rogério e Fábio Faria para o Senado, mas ele gostaria que o nome fosse o de Rogério. Ou seja: O futuro candidato a governador já escolheu publicamente Rogério para ser seu candidato ao Senado.
Com isso, sobra na reta dos excluídos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que não aceitou o descarte público e muito menos o ‘lançamento’ do nome de Benes sem sua presença no RN.
Gritos e ranger de dentes sob efeito de isolamento acústico. Self service de sofrimento político.
Segundo a fonte ouvida pelo blog Tulio Lemos, para se ‘vingar’ de Rogério, Fábio Faria teria usado sua força na mídia forte de São Paulo e do Rio para ‘minar’ Rogério e acabar com sua pretensão eleitoral.
O fato é que, um dia após a mídia potiguar dar toda cobertura ao ‘lançamento’ do nome de Benes Leocádio e exaltar Rogério Marinho como o candidato ao Senado, praticamente definindo a chapa da oposição, eis que surge na mídia nacional, a ‘notícia’ que Rogério Marinho havia imposto condições para liberação de verbas para seu ministério e até ameaçou pedir demissão do cargo.
De acordo com o aliado de Rogério, isso nunca aconteceu. A ‘notícia’ teria sido ‘plantada’ por Fábio Faria para enfraquecer Rogério junto ao presidente Bolsonaro e até criar condições para sua demissão, passando uma imagem de intransigente e arrogante que teria peitado até o ministro da Casa Civil.
O objetivo seria ‘cortar as asas’ de Rogério antes que ele consiga voar alto demais e se torne inalcançável por Fábio e até pelo próprio Governo.
Diante do fogo amigo soltando labaredas incontroláveis internamente, somente do conhecimento de ambos e de seus aliados e assessores mais próximos, Rogério Marinho tenta esfriar a cabeça em águas baianas. O Axé e as mandingas poderiam acalmar as coisas. Não deu tempo nem de visitar um terreiro amigo.
O coração de Rogério Marinho não suportou o fogo amigo e explodiu em plena noite de sexta-feira. Afinal, apesar de Rogério ser 100% cerebral, sempre funcionando no modo frozen, um verdadeiro freezer ambulante, o coração é abastecido de emoções que a própria razão desconhece.
Ninguém manda no coração. Seja no amor ou na política, o coração é o timoneiro que determina a alegria ou o sofrimento.
Rogério Marinho sentiu na pele e na prática a música ‘conflito’, de Raimundo Fagner, que relata as duas vias divergentes, em que o pensamento, traduzido na razão, se protege; mas o coração ‘se entrega inteiro sem razão’.
Tem que ver isso aí. Rogério Marinho teve o coração despedaçado pela disputa da vaga de candidato ao Senado pela oposição.
Agora, tem que desacelerar por orientação médica. Tem que fugir do stress permanente.
Mas, como se manter na política sem stress? Como ser ministro de Bolsonaro distante do stress? O presidente é a própria materialização do stress. Política sem stress é absolutamente inexistente.
Rogério Marinho vai precisar ser mais frozen do que nunca. Isso pelo menos não é problema para ele. O filho de Valério é a geleira em pessoa.
O problema vai ser despistar o sofrimento do coração diante da trairagem interna provocada pelo ‘friendly fire’, ou, no bom português, o fogo amigo que queima imagem e ‘tosta’ projetos, transformando-os em cinzas da derrota prévia.
Parafraseando o gasguito e animado Galvão Bueno: “Aguenta coração. Essa sucessão é um teste pra cardíaco. Vai que é tua Rogério.” O estoque de stent está superabastecido.
Infelizmente , a política no Brasil continua pertencente a estímulos próprios e feita por determinadas classes que se degladeiam pelos seus próprios interesses , enquanto o povo , padece de necessidades e dirreeitos garantidos .
Êta , vida de gado …
Espero que o TCU aja antes o que TSE o faça nessa compra de apoios desenfreada dois dois ministros moleques e que sequer tem respeito pelo republicanismo e uma novidade que dar um cangapé na CEF firmando convênios direto com os municípios visto que o corpo técnico da caixa exige o cumprimento das normas e das competências de cada ente.