Início » “NÃO ME MATEM”, DIZIA CONGOLÊS DURANTE ESPANCAMENTO QUE RESULTOU EM SEU ASSASSINATO

“NÃO ME MATEM”, DIZIA CONGOLÊS DURANTE ESPANCAMENTO QUE RESULTOU EM SEU ASSASSINATO

  • por
Compartilhe esse post

FOTO: REPRODUÇÃO

Relatório produzido pela equipe do Grupo Especial de Local de Crime (GELC) da Polícia Civil revela que o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos, implorou para não ser morto enquanto era espancado por três homens no quiosque Tropicália, no posto 8 da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde trabalhava como atendente.

“Dois homens perseguiram a vítima que fugia correndo pela areia, quando na subida do quiosque Tropicália, o mesmo foi alcançado, onde apanhou com um porrete, e a vítima gritava, pedindo para não o matarem”, diz o relatório dos agentes da Polícia Civil que estiveram no local one Moïse foi assassinado.

O crime ocorreu por volta das 21h30, mas a polícia militar só chegou ao local por volta das 23h20, quando viram uma ambulância, que foi chamada por moradores, realizando o atendimento.

Em depoimento, os policiais contaram que “no dia 24/01/2022, segunda-feira, por volta das 23h20min, quando em patrulhamento de rotina, avistaram uma ambulância parada em frente ao Quiosque Tropicália, prestando socorro a uma pessoa, quando pararam para verificar o que estava acontecendo, ocasião em que foram informados pelo CBMERJ, que a vítima a princípio havia sido agredida por indivíduos, e que estavam tentando ressuscitá-lo, porém, sem êxito, sendo então constatado óbito pelo médico do SAMU no local”.

Eles relataram que “foram informados por um funcionário do quiosque, que, por volta das 21h15min, dois indivíduos agrediram a vítima e se evadiram”.

De acordo com o laudo de exame de necropsia feito em Moïse no Instituto Médico-Legal (IML), ao qual O GLOBO teve acesso, o estrangeiro apresentava equimoses no tronco e nos braços, além de escoriações pelo corpo. O documento é assinado pelo perito legista Claudio Amorim Simões e consta no inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações.

“O laudo e o vídeo demonstram que trata-se de uma vítima fatal de espancamento, com vários hematomas pelo corpo, e com uma repercussão grave das agressões no pulmão, o que causou uma hemorragia. Nesses casos, a aspiração do sangue leva a dificuldade respiratória, como em uma asfixia, e a morte não se dá de maneira imediata. Estima-se em dez minutos o tempo de sofrimento respiratório que o fez agonizar antes de morrer”, explicou o perito Nelson Massini, professor titular Medicina Legal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Com informações da Fórum


Compartilhe esse post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *