
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) inicia nesta quarta-feira, 9, um ciclo de capacitações em Triagem Biológica Neonatal nas 8 Regiões de Saúde do Estado, destinada aos profissionais de saúde sobre a importância do teste do pezinho e sua coleta no período ideal (do 3° ao 5° dia de vida).
A 1ª Região de Saúde, com sede em São José de Mipibu, recebe a primeira turma da capacitação, que é promovida pela Coordenadoria de Atenção à Saúde/ Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Os enfermeiros e técnicos de enfermagem das Unidades da Atenção Primária em Saúde receberão orientações sobre os protocolos necessários para o envio adequado do material ao Laboratório Central do Estado (Lacen-RN).
Os cursos acontecerão por Região de Saúde, a cada mês, e serão previamente agendados com a Referência Técnica da Saúde da Criança da Unidade Regional de Saúde Pública – URSAP. “O nosso objetivo é que durante todo o ano todos os 167 municípios do Estado estejam capacitados. A capacitação será conduzida por uma equipe composta por enfermeiros e bioquímicos da Equipe Técnica da Saúde da Criança e do Lacen”, explicou Priscylla Miranda, coordenadora do Núcleo de Ciclos de Vida da Sesap.
Teste do Pezinho
A Triagem Biológica Neonatal (Teste do Pezinho), ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), faz a triagem de seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. É uma coleta de sangue realizada no pezinho, por ser uma região bastante vascularizada, que facilita o acesso ao sangue, e que não traz riscos à saúde da criança. É um procedimento rápido, pouco invasivo e pode ser realizado em outras partes do corpo, com agulha e seringa, via venosa, se necessário.
O teste do pezinho deve ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e nas Maternidades (nos casos de prematuros ou recém-nascidos em tratamento) e encaminhados ao Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (LACEN), logo após a coleta, seguindo os protocolos de transporte adequado e tempo hábil.
A recomendação do Ministério da Saúde e do Programa Estadual de Triagem Neonatal é que o exame seja colhido do 3° ao 5° dia de vida, para que se faça um diagnóstico precoce, e nos casos de confirmação da patologia, se inicie o tratamento o mais rápido possível, de modo a proporcionar à criança e a sua família uma melhor qualidade de vida e minimizar ou evitar sequelas decorrentes de um diagnóstico tardio.