Hoje se inicia mais uma semana, e com ela, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) irá retomar os seus trabalhos com o desenvolvimento das atividades legislativas. Diante da aproximação das eleições, os debates começam a ficar mais calorosos entre partidários da base do governo e parlamentares que fazem oposição ao sistema governamental.
Na última sexta-feira (16), o deputado Vivaldo Costa (PSD), que também luta contra o seu próprio partido na justiça para ter o direito de se posicionar favoravelmente ao governo, falou das críticas feitas pelos parlamentares sobre a atuação da Governadora Fátima Bezerra (PT). O deputado afirmou que, frequentemente, ouve críticas infundadas feitas por deputados contra a gestão estadual, “e isso dificulta o diálogo desses parlamentares com o Governo do Estado”.
Para ser mais explícito em suas colocações, o deputado Vivaldo Costa, que também disputa com o deputado Nelter Queiroz por mais espaços políticos na região do Seridó, fez severas críticas ao seu conterrâneo de região e disse que “o deputado Nelter Queiroz tem feito críticas injustas contra a governadora, por isso, eu sai do meu silêncio para protestar. Ele deveria saber que nenhum governo vai atender aquelas pessoas que criticam, que difamam, que injuriam, isso é elementar. Todo mundo sabe que a governadora é responsável, trabalhadora, séria, honesta e está fazendo de tudo para administrar em um período de crise sem precedentes no nosso Estado”.
No reinício dos trabalhos desta semana, a tônica ficará por conta dos trabalhos paralelos das duas Comissões Parlamentares de Inquérito, sendo uma delas a que investiga as contas da Arena das Dunas, e a outra, a que investiga as contas da governadora Fátima Bezerra com os gastos durante a pandemia da Covid-19.
Quase todas as gestões estaduais, ainda no século passado, e também neste século XXI, deixaram as suas marcas como contribuição ao desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte. Cada um no seu tempo e dentro de suas realidades. Podemos dizer que os governos do século passado foram até mais ousados, conviveram melhor com as necessidades da época e prestaram suas contribuições, embora não disponibilizassem dos avanços tecnológicos que temos nos dias de hoje.
Podemos relembrar o governo udenista de Dinarte Mariz que possibilitou a implantação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), considerada força motriz para o desenvolvimento cultural, educacional e de preparação de mão de obra categorizada em vários segmentos, expoente do saber e da ciência. Na gestão de Aluizio Alves, o estado ganhou a chamada energia de Paulo Afonso que veio tirar o estado da escuridão para impulsionar o nosso desenvolvimento econômico.
O governador Cortez Pereira, em curto tempo, marcou sua gestão com a criação das Agrovilas e estimulou a cultura do camarão, que ocupou destaque na pauta de nossas exportações, enquanto Tarcísio de Vasconcelos Maia trabalhou a infraestrutura do turismo no Estado.
Lavoisier Maia planejou e executou a Via Costeira (se fosse hoje, certamente os eco-chatos impediriam essa construção), interiorizou o turismo, e José Agripino completou o ciclo Maia com a construção de estradas, consolidando o crescimento do turismo como fonte de riqueza para o RN e implantou programas sociais que despertaram o interesse do homem do campo numa participação familiar mais ativa e eficiente junto à economia do estado.
Vivemos os ciclos do algodão, da cana-de-açúcar e dos minérios sheelita e sal marinho. Todos esses ciclos foram importantes para o Rio Grande do Norte, sem perdurar na sua importância.
Já o governo Garibaldi Filho foi místico. Os planetas estavam em transição. Saíamos do século XX para o limiar do século XXI. E quando ainda não havia uma compreensão coletiva da necessidade do encolhimento do Estado, eis que o governador foi de encontro aos interesses de muitos, se desfez da estatal Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (COSERN) – que por muito tempo também serviu de cabide de empregos para apadrinhados políticos e gerava prejuízos financeiros aos cofres públicos – fez caixa para investir em adutoras e se tornou o “Governador das Águas”.
A gestão Wilma de Faria, iniciada em 2003, planejou impulsionar o desenvolvimento do RN através de energias renováveis, que já despertara o interesse de todo o mundo. Tínhamos a matéria prima natural: vento e sol, mas nos faltava planejamento e investidores. E foi a partir dessa gestão, através de um técnico importado, que mais tarde se tornaria Senador do RN, que Vilma consolidou o seu governo e depois ganhou repercussão popular junto ao maior eleitorado do estado com a construção da Ponte Newton Navarro.
Enquanto o Rio Grande do Norte continuava a desfrutar dos resultados com o funcionamento da UFRN, da energia de Paulo Afonso, as Agrovilas se transformaram no município de Serra do Mel, que produz alimentos e energia eólica, mas a cultura do camarão, se não prosperou para alimentar nossa pauta de exportação como o previsto, pelo menos alimenta a população internamente.
Por outro lado, a infraestrutura criada para impulsionar o turismo foi representativa para a interiorização da atividade, a produção agrícola familiar cresceu graças ao avanço hídrico através das adutoras, que também sanaram a sede da população de vários municípios. Sem falar que as instalações de parques eólicos geraram empregos e impostos para o Estado e aos municípios, além de terem contribuído com o crescimento energético do país sem causar danos ao meio ambiente. Mesmo assim, ao que parece, não saímos da extrema pobreza.
Na ultima década, o único projeto novo que surgiu no Rio Grande do Norte foi o empréstimo requerido junto ao Banco Mundial, da ordem de 1 bilhão de reais, conquistado pela governadora Rosalba Ciarlini Rosado, que, por sinal, quase não usufruiu desses recursos. Nada de novo surgiu. A gestão Robinson Faria, que involuntariamente atrasou os salários dos servidores públicos, apenas investiu os recursos do Banco Mundial nas várias áreas do governo, mas nada se destacou por conta da cortina de fumaça inexoravelmente criada pelo atraso dos salários.
A gestão Fátima Bezerra bem que poderia ter sido diferente. Mentes arejadas e vontade de fazer mudanças, mas não tem nada de novo. Apenas se ampara nos recursos advindos do empréstimo do Banco Mundial, administrado pelo seu invisível adversário Fernando Mineiro para reformar escolas, construir sedes de Centrais do Cidadão e Hospitais, mesmo sem saber como mantê-los. Mas graças à eficiência de uma equipe capitaneada às quatro mãos por Carlos Eduardo Xavier, o Cadu, da Tributação, e por José Aldemir Freire, do Planejamento, conseguiu o ineditismo de colocar em dia o pagamento dos servidores estaduais. Parabéns e vivas para Fátima.
Mas faltou o importante. Faltou saber utilizar melhor a capacidade técnica de seu suplente e hoje senador Jean Paul Prates. Esse sabe os caminhos para melhor fomentar o desenvolvimento de um estado pobre, mas de riquezas naturais imensuráveis. Foi ele que deu norte desenvolvimentista à gestão de Wilma de Faria. Mas Fátima fez “birra” com o governo de Bolsonaro. Não soube distinguir o joio do trigo, misturou alhos com bugalhos e ignorou a presença de dois ministros conterrâneos na gestão Bolsonaro simplesmente por serem seus adversários políticos.
Por sua vez, Jean Paul sabe que o governo estadual poderia ter captado recursos federais para a infraestrutura das nossas malhas viária e ferroviária, como também sabe que existe um projeto da construção de um novo porto para o Rio Grande do Norte. É um novo porto que poderá escoar todo o minério produzido na região do Seridó, a partir de Jucurutu. Entretanto, para isso se consolidar, precisaria haver uma convergência de interesses entre os governos estadual e federal. Ele, Jean, também poderia ter sido mais audacioso, menos envolvido com as picuinhas do seu Partido dos Trabalhadores (PT) e mostrado que acima de tudo estavam os interesses de um pobre estado, quase agonizante. Mas a birra do PT com Bolsonaro foi mais forte que os interesses do Rio Grande do Norte.
Por isso que se diz que a governadora Fátima Bezerra poderia ter sido muito mais ousada para deixar a marca desenvolvimentista de sua gestão. Por enquanto, fica a minúscula marca de ter colocado em dia o pagamento dos servidores estaduais. O que é pouco para quem serviu de palmatória às gestões, sejam municipais, estaduais ou federais, por quatro décadas.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entrou pela porta dos fundos do Hotel Intercontinental Barclay, em Nova York, devido à presença de manifestantes contra o governo na frente do prédio. O chefe do Executivo Federal está na cidade para participar da Assembleia-Geral da ONU.
Na porta do hotel, o grupo de manifestantes gritava em inglês e português “Bolsonaro genocida” e “criminoso”.
Seguranças e diplomatas esperavam Bolsonaro na entrada do local, mas informaram à imprensa que a comitiva presidencial havia entrado por uma porta traseira devido a determinações do Serviço Secreto americano.
Na última vez que esteve em Nova York para participar da Assembleia-Geral, no ano de 2019, Bolsonaro encontrou à sua espera protestos favoráveis e contrários a seu governo e entrou no hotel pela porta da frente.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus ministros tiveram refeição no meio da rua após chegada à Nova York para participar da 76ª Assembleia-Geral da ONU. Diante das restrições em locais públicos da cidade devido à pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro, que alega não ter sido vacinado, pode ser impedido de entrar em estabelecimentos, que exigem comprovante de vacinação.
Em fotografia divulgada pelo ministro do Turismo, Gilson Machado, o chefe do Executivo Federal aparece comendo pizza em uma calçada. Na foto ainda estão presentes o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres; e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
A rigidez em Nova York e por parte da ONU quanto aos protocolos contra a covid-19, chegou a pôr em dúvida a participação de Bolsonaro na Assembleia. A Organização, porém, se pronunciou afirmando que não seria exigido comprovante de vacinação dos chefes de Estado.
Conforme anunciado pela governadora Fátima Bezerra (PT), a cidade de Angicos ganhou neste domingo (19) um monumento em homenagem ao centenário do patrono da educação brasileira, Paulo Freire.
O nome da escultura, Quarenta Horas de Angicos, é referência ao trabalho pioneiro do educador no município do interior do Rio Grande do Norte, quando Freire educou 380 trabalhadores em 40 horas.
“Que a memória de Paulo Freire seja eternizada neste chão sagrado que ele pisou, e onde construiu a base prática da sua pedagogia, tão admirada mundo afora”, destacou a governadora Fátima Bezerra, ao anunciar a inauguração. A obra é de autoria do artista Guaraci Gabriel.
A seleção feminina de vôlei mostrou superioridade e levou mais um título do campeonato Sul-americano de voleibol feminino. O título veio em partida neste domingo (20) contra as anfitriãs, a seleção colombiana.
O jogo teve início às 22h, horário de Brasília. O Brasil entrou em quadra tranquilo, precisando vencer apenas um set para garantir o título da competição, reflexo da excelente campanha que vinha fazendo. Entretanto, o que ninguém esperava era uma Colômbia consistente e confiante, embalada pela torcida que estava presente em peso no ginásio.
A pressão começou desde o início do jogo, as colombianas, em excelente começo de partida, emplacou um 2 a 0 em sets na seleção brasileira. O set que consagrou o título foi o terceiro que, mesmo equilibrado, o Brasil conseguiu administrar bem e vencer por 26 a 24. O quarto set seguiu com equilíbrio entre as equipes. A Colombia conseguiu fechar e levar a partida em 3 a 1. O Brasil garante o título no critério de desempate, além da classificação para o mundial.
Assim como no masculino, a seleção feminina mantém hegemonia na América do Sul, chegando ao 22º título. Apenas o Peru ganhou a competição além do Brasil, última vez na década de 90.
O ex-deputado federal e ex-ministro Henrique Eduardo Alves esteve ontem junto à governadora Fátima Bezerra (PT), na inauguração da escultura “Quarenta horas de Angicos”, em homenagem ao centenário do educador pernambucano Paulo Freire, instalada no quilômetro 180 da BR 304, à sombra do pico do Cabugi. Na ocasião, Henrique parabenizou a gestora pelo evento e disse que Paulo Freire e Aluízio Alves estariam, naquele momento, assistindo juntos ao evento, “do bom lugar que estão”.
“Parabéns, governadora, porque hoje vivemos tempos estranhos em que um torturador é reverenciado e um educador da qualidade, da genialidade, do talento, da alma do bem é defenestrado pelo Ministério da Educação”, disse, para em, seguida, pedir uma salva de palmas a Paulo Freire.
“Eu vou encerrar, governadora, imaginando, nesta hora, lá no bom lugar que eles estão, Aluízio e Paulo Freire, devem estar juntos, olhando para nós que estamos aqui. E eu, que conheço meu pai, [acho que] ele deve estar dizendo: Paulo Freire, olha ali as gerações de ontem, de hoje e do amanhã usando seu verbo ‘esperançar’ para a educação, para o futuro, para a liberdade do povo brasileiro”, encerrou Alves.
Há mais de seis anos afastado da política, Henrique Alves estaria planejando um retorno às urnas em 2022, apesar de responder a ações na Justiça por corrupção. Ele teve 11 mandatos como deputado federal e chegou a presidir a Câmara dos Deputados de 2013 a 2015.