Início » Arquivos para 19 de setembro de 2021, 20:18h

setembro 19, 2021


PRESIDENTE DA CÂMARA DE PARNAMIRIM ESTARIA OFERECENDO VANTAGENS PARA RETOMAR POSSIBILIDADE DE REELEIÇÃO PARA MESA DIRETORA

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O Blog Tulio Lemos recebeu uma informação, neste sábado (18), de que o presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Wolney França (PSC), estaria cooptando alguns vereadores e oferecendo vantagens dentro da Casa Legislativa para aprovar a possibilidade de reeleição da mesa diretora.

O fim da recondução de parlamentares para diretoria da Câmara de Parnamirim em eleição imediatamente subsequente foi estabelecido em dezembro de 2020, após votação comandada pelo ex-presidente Irani Guedes (Republicanos).

Segundo informações da fonte do Blog, que pediu para ter sua identidade preservada, neste sábado França ofereceu um almoço aos demais vereadores de Parnamirim visando conquistar sua reeleição à presidência.

A votação para decidir se será permitida ou não a recondução à mesa diretora está marcada para terça-feira (21), mas o retorno da pauta ao plenário está sendo criticada por uma parte dos parlamentares.


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TRAGÉDIA. AFOGAMENTO NA TARDE DESTE DOMINGO (19) DEIXA VÍTIMAS NA REDINHA

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O Corpo de Bombeiros foi acionado às 13h30 deste domingo para um chamado de urgência na Praia da Redinha, Zona Norte de Natal. De acordo com o relato prévio, quatro pessoas estavam sendo arrastadas pela correnteza no local.

Uma unidade de salvamento da Redinha, assim como a equipe do helicóptero Potiguar 01 e outra guarnição, que estava na praia do Meio, participaram da tentativa de resgate.

Um surfista entrou na praia e conseguiu resgatar uma das vítimas, enquanto outra foi retirada da água por salva-vidas, segundo a equipe dos bombeiros.

As duas pessoas resgatadas receberam atendimento e foram encaminhadas ao hospital.

Outras duas pessoas, que não tiveram a identidade confirmada, morreram. Uma terceira pessoa que estava na água, que é uma adolescente de 15 anos, ainda não foi encontrada. 

*Com informações da Tribuna do Norte


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URGENTE: PAULO FREIRE PARA ALÉM DOS DISCURSOS

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Por Cláudia Santa Rosa

Nunca fui uma estudiosa da obra de Paulo Freire (1921-1997), tampouco tive a oportunidade de atuar na alfabetização de adultos, justamente pelo fato do meu trabalho sempre ter sido dedicado às crianças dos anos iniciais. Sendo assim, reduzi-me à condição de leitora menor de uma parte da sua obra. Felizmente fui além daquela mera consumidora de algumas frases soltas ou de citações feitas por outros autores. Sim, debrucei-me sobre a essência do seu pensamento filosófico e pedagógico. Estudei muito pouco, mas o suficiente para enriquecer a minha práxis de educadora comprometida com a formação de crianças cidadãs, sem jamais me contaminar pelas escolhas político-partidárias do próprio Freire ou de quem fez dele, por convicção ou oportunismo, mote para discursos eleitoreiros. Sou adepta da pedagogia que potencializa o outro para ler o mundo, fazer a crítica, concordar e discordar, realizar escolhas, o que difere das tentativas de condicionamento, de adestramento ideológico.

Na data de hoje, se vivo estivesse, Freire faria 100 anos. Pelas redes sociais acompanho centenas de postagens de professores, políticos… também de “entendidos” que celebram o educador, quase sempre como se as suas ideias e seu método estivessem presentes, de maneira hegemônica, em nossas salas de aula, quando isso não acontece nem mesmo na Educação de Jovens e Adultos ou nos programas específicos de alfabetização de adultos e idosos. Também leio algumas postagens de outros, não menos “entendidos”, que atribuem o fracasso da educação brasileira ao legado de Paulo Freire. Calma, permitam-me opinar: “nem tanto ao céu, nem tanto ao mar”! 

Importante situar: Paulo Freire iniciou, em 1963, em Angicos, no Rio Grande do Norte, a experiência relevante de implementação do seu método para alfabetizar adultos de forma rápida e com baixo custo. Merece respeito. Alfabetizou 300 adultos em 40 horas de estudos. O seu projeto tornou-se referência e a intenção era expandi-lo para outros municípios do RN e outros estados do país como “projeto-piloto”. Com o Golpe de Estado, em 1964, Paulo Freire foi preso por 70 dias e exilado por 16 anos. A experiência foi extinta antes de ser nacionalizada por meio de um Plano Nacional de Alfabetização. Portanto, não alcançou perenidade nem mesmo onde começou. 

Em síntese, o método de Freire preconiza a alfabetização a partir de palavras geradoras e conceitos do cotidiano de cada aluno. Após 40 horas de estudos, o alfabetizando aprende a decodificar palavras que verbalizava no cotidiano e a problematizar sobre o seu lugar no mundo. O método também envolve teste de alfabetização e teste de politização do adulto, preparando-o para se incluir no mundo letrado. Indago: como afirmar que é essa a proposta predominante nas escolas brasileiras, atendendo das crianças aos adultos? Dizem que é o que acontece de norte a sul do país e por isso os pífios resultados de aprendizagem que amargamos. Ora, ora… só mesmo quem pouco sabe de Educação para acreditar nesse tipo de afirmativa. O nosso problema educacional tem raízes na falta de compromisso com a área e no pouco caso com a escola dos filhos dos outros.

Convém esclarecer: nunca foi exatamente o método de alfabetização de Paulo Freire que interessou aos projetos que idealizei, mas os seus pressupostos teóricos que, junto com os referenciais de outros autores, me permitiram construir um jeito de agir e fazer educação comprometidos com o direito de aprender, especialmente dos filhos dos trabalhadores que estão nas escolas públicas. Refiro-me a uma Educação em contexto que permita a vivência na cidadania, desde a infância. Não me apetece discursar sobre Freire, mas praticar uma pedagogia que empodere os estudantes com acesso ao currículo formal de maneira significativa, solidária, autônoma, humanizadora. 

Amanhã, segunda-feira, dia 20 de setembro, depois de um ano e meio, a escola onde eu trabalho voltará com as atividades letivas presenciais, embora desejasse essa retomada ainda no início do ano em curso, observando os cuidados sanitários, decorrentes da pandemia da Covid-19. De tempo integral, só será possível voltar em tempo parcial, contando com algumas salas cedidas, na escola vizinha, porque o prédio próprio passa por serviços de reparos, iniciados tardiamente. Coordeno esse projeto de sucesso que ostenta resultados expressivos nas avaliações nacionais. Registre-se: encontrar uma solução para a retomada foi por completa iniciativa nossa. Isso se chama compromisso com o público que atendemos e com a transformação que tão bem defendeu Paulo Freire. É espantoso verificar a apatia do órgão central da Educação na identificação de alternativas para fazer as escolas funcionarem, assim como há escolas que se apoiam em conveniências e deixam de cumprir a função social que a mantém de portas abertas. Sem direito à educação é difícil o oprimido sair dessa condição.  

É urgente, portanto, que Paulo Freire ultrapasse os discursos proferidos em seminários, simpósios, congressos e assemelhados porque em nada alteram a Educação. Da mesma forma que atacá-lo por questões ideológicas jamais reverterá os nossos indicadores.   

*Professora, Diretora Executiva do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) e Ex-Secretária de Educação do Estado do RN.


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AMÉRICA E ABC VENCEM E AVANÇAM NO BRASILEIRÃO SÉRIE D. VEJA OS GOLS.

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Foto América: Canindé Pereira / Foto ABC: Gabriel Leite

Vitória alvirrubra

Enfrentando o Itabaiana fora de casa, o América venceu por 2 a 0 e avançou para próxima fase do Brasileirão Série D. Esquerdinha e Patrick Allan marcaram os gols do time alvirubro. Confira os gols:

América 1 x 0 Itabaiana – Esquerdinha
América 2 x 0 Itabaiana – Patrick Allan

Emoção e virada no final

O ABC recebeu o Retrô no Frasqueirão. Num jogo emocionante de cinco gols e duas viradas, o alvinegro garantiu a classificação com Wallyson marcando aos 43 minutos do segundo tempo. Veja os gols:

ABC 1 x 0 Retrô – Gustavo Henrique
Gol do Retrô – ABC 1 x 1 Retrô – Felipe Alves
Gol do Retrô – ABC 1 x 2 Retrô- Felipe Alves
Gol do ABC – ABC 2 x 2 Retrô – Denner
Gol do ABC – ABC 3 x 2 Retrô – Wallyson

Adversários definidos

Na próxima fase os adversários de ABC e América já estão definidos. O alvinegro enfrentará o 4 de Julho, com o jogo decisivo em casa. O América terá o Moto Club pela frente na fase de oitavas da Série D.


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TIMES POTIGUARES RETORNAM AOS GRAMADOS NESTE DOMINGO PRECISANDO DE VITÓRIA

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Foto: Joedson Moura/Retrô

ABC e América entram em campo neste domingo (19), a partir das 16h, para o segundo jogo da rodada de mata-mata da série D do Campeonato Brasileiro. Os dois times tiveram um resultado abaixo do esperado na primeira partida e terminaram empatados em seus respectivos jogos.

INÍCIO DA FASE MATA-MATA NÃO SAIU COMO ESPERADO PARA ABC E AMÉRICA 

Agora, eles retornam aos gramados pressionados, precisando de uma vitória para seguirem vivos na competição e lutarem pelo tão sonhado acesso à Série C. Um novo empate, em qualquer um dos jogos, leva a decisão para os pênaltis. 

O ABC está em posição um pouco mais confortável, pois joga neste domingo, contra o Retrô de Pernambuco, em casa, no Frasqueirão. Já o alvirrubro, vai a Sergipe para enfrentar o Itabaiana, no Barretão.

Confira escalação dos potiguares:


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VÍTIMA DE VIOLÊNCIA EM PORTALEGRE RECEBE VISITA DE SECRETÁRIO NACIONAL DE IGUALDADE RACIAL

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Reprodução/Instagram

O Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o advogado Paulo Roberto, esteve no Rio Grande do Norte na última sexta-feira (17), quando visitou o município de Portalegre. Na ocasião, ele esteve em comunidades quilombolas do município e, claro, não pôde deixar de se encontrar com Luciano Simplício, jovem quilombola que foi vítima de violência no dia 11 de setembro. Segundo secretário, o encontro é resultado de um pedido que partiu da Ministra Damares Alves.

“Fui acompanhado por representantes da Secretaria de Assistência Social do município de Portalegre, que já providenciou para a vítima, exame da Covid, atendimento médico, vestuário e internação para tratar a dependência química”, destacou o advogado, em registro nas redes sociais.

Paulo Roberto ainda frisou que governo zela pela lei e não compactua ou apoia qualquer tipo de ação criminosa. “Estaremos acompanhando atentos as apurações, até que este caso se torne exemplo de que não iremos tolerar nenhum tipo de violência contra a população negra, ainda que sob a justificativa de operar a ‘justiça’ para além dos limites do devido processo legal e direito ao contraditório e à ampla defesa”, defendeu o secretário.

Disque 100

O Disque 100 é um serviço gratuito para denúncias de violações de direitos humanos. Qualquer pessoa pode utilizar o canal, que funciona 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.


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ÁLVARO DIAS CHAMA A ATENÇÃO PARA VACINAÇÃO DE ADOLESCENTES COM 16 ANOS NESTA SEGUNDA (20)

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A vacinação contra a covid-19 para adolescentes com idade a partir de 16 anos de idade e sem comorbidades em Natal será iniciada nesta segunda-feira (20).

Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde havia decidido suspender a vacinação desse público, mas diante de análises técnicas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), resolveu iniciar a imunização dos adolescentes com a vacina Pfizer, como já autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nas redes sociais, o prefeito da capital, Álvaro Dias (PSDB), reforçou a retomada da vacinação para os adolescentes. “Atenção, pessoal! Vamos iniciar segunda-feira a vacinação para todos os jovens com 16+. O imunizante será o da Pfizer, considerando análise técnica da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Soc. Bras. de Pediatria. A vacinação ocorre normalmente nos 4 drives e 35 UBSs”, escreveu o prefeito.

Assim como o político pontuou, o novo público pode procurar, a partir de segunda, os drives do Palácio dos Esportes, Via Direta, Sesi ou Nélio Dias, das 8h às 16h, ou uma das 35 Unidades Básicas de Saúde, das 8h às 15h.


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GOOGLE RENDE HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE PAULO FREIRE

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Como parte das comemorações do centenário do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, a empresa Google, uma das maiores empresas do mundo, prestou neste domingo (19) uma homenagem ao educador na página inicial do site

Os usuários do serviço, ao acessarem a página inicial do site, se deparam com uma imagem do educador. Seu rosto e um lápis, em referência a educação, ajudam a recriar o nome “Google”. Ao clicar na imagem, o internauta é redirecionado à página de pesquisa do educador, com as principais notícias e informações sobre ele. 

Nas redes sociais, o perfil brasileiro oficial da empresa, no Twitter, destacou o centenário de Paulo Freire. “Considerado um dos pensadores mais importantes na história da pedagogia mundial, Paulo Freire completaria 100 anos hoje. Defensor da educação libertadora, Freire é considerado o patrono da educação brasileira e sua obra é referenciada no mundo todo até hoje”, frisou a empresa Google na postagem.


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JUIZ AFIRMA QUE INCLUSÃO DE QUARENTENA NO CÓDIGO ELEITORAL É UM ASSASSINATO À CIDADANIA

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Manobra vil, clara intenção de “manutenção do poder pelo poder” e um assassinato à cidadania. É dessa forma que o juiz do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte Herval Sampaio classifica a inclusão da quarentena eleitoral para juízes e membros do Ministério Público (MP) no novo Código Eleitoral, aprovado na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (16).

A quarentena determina o desligamento dos cargos, quatro anos antes das eleições, para juízes, membros do MP, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares.

O magistrado expõe sua compreensão de que os parlamentares são livres para criar as leis que considerem pertinentes para regular a sociedade, mas ressalta que percebe, mais uma vez, um interesse dos deputados em facilitar a continuidade deles próprios no poder.

“De certo modo, já estamos acostumados com essa marmota. A marmota do legislador, que, a cada eleição, quer mexer na lei para atender aos seus interesses, inclusive egoísticos. Interesses claros do que chamo de ‘manutenção do poder pelo poder’. Eles mexem nas leis eleitorais para facilitar suas eleições”, disse.

Segundo Sampaio, o primeiro problema identificado no caso é a existência mútua de sete projetos para modificar o Código Eleitoral em meio à pandemia de covid-19 e a inclusão da quarentena sem a devida discussão de todos os temas.

“O código eleitoral sistematiza todas as leis em um documento só, são quase 900 artigos. Imagina [aprovar essas modificações] no meio de uma pandemia, sem discutir – por mais que a deputada tenha se esforçado. É impossível que até mesmo os experts consigam saber a profundidade da mudança de 900 artigos”, declarou.

“Em momento nenhum das discussões, em momento nenhum das audiências públicas, em momento nenhum citou-se esse tema quarentena. Foi uma manobra das mais estapafúrdias, das mais vis que já vi no devido processo legislativo. Eles violentaram o regimento interno da Câmara”, ressaltou o juiz.

Ele pontuou ainda diversos momentos que considerou inadequados no processo de inclusão da nova regra para candidatura de determinadas categorias profissionais. “Fizeram uma emenda aglutinativa com matérias que não têm a ver com o tema da quarentena. Inclusive, fizeram uma manobra chamando vice-líderes que não tinham poder para assinar emenda. E aí botaram de novo em votação o que já tinha sido rejeitado”, declarou. “Inclusive, todos esses que estão participando dessa manobra, você pode fazer uma investigação: têm problemas com o processo, de PT a PSDB”.

De acordo com o magistrado, o objetivo dos parlamentares foi impedir a candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, que deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em janeiro de 2019. Com a aprovação definitiva da obrigatoriedade de cumprir quatro anos de afastamento do cargo para poder concorrer a uma eleição, Moro, que tem sido apontado como pré-candidato à Presidência da República, não poderá disputar o pleito de 2022.

“Eles estão querendo atingir a figura de um juiz, que é o Sérgio Fernandes Moro. E aí o que é que eles fazem? Eles estão atingindo toda uma classe. Punem 17 mil cidadãos juízes, 13 mil e poucos membros do MP”, declarou. “Se eles têm dados de alguém que está usando o cargo para se beneficiar do jogo eleitoreiro, que punam em concreto e não façam um norma dessa, inconstitucional”, completou o Dr. Herval.

O juiz afirmou discordar da alegação de parte dos deputados federais de que os juízes tenham influência perante o povo brasileiro. “Os juízes hoje são tidos, por parte da população, como marajás, privilegiados, como pessoas que estão fazendo mal para o país”.

Ele destacou ainda a raridade com que acontece a limitação de direitos políticos. “A restrição de tirar direitos políticos é tão restrita, que o único caso em que se tira direitos políticos pela Constituição é dos presos. Nós estamos sendo tratados como presos”, lamentou.

Outro ponto criticado por Herval Sampaio foi a falta de distinção entre juízes e membros do MP e os demais atingidos pela quarentena eleitoral. “Juízes e membros do MP não podem ter nenhum tipo de atividade político-partidária. Já as outras classes, podem”, afirmou. “Inclusive, os militares, por exemplo, eles vão para a reserva, continuam ganhando os vencimentos deles; e os outros servidores podem ir normal, inclusive têm direito a licença”.

Ao final, o magistrado manifestou a expectativa que de a situação seja resolvida no Senado. “Que os senadores possam resgatar, à luz da cidadania plena, esse apagão. Que tristeza, que exemplo nefasto para o parlamento brasileiro fazer um assassinato desse na cidadania no Dia Internacional da Democracia”, afirmou.

Ele contou que deposita bastante esperança no posicionamento do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, quanto à condução do Projeto de Lei. “Acredito muito na liderança do senador Rodrigo Pacheco, confio no senador Styvenson [Valentim]. Talvez, com todo respeito, se os senadores Jean Paul [Prates] e Zenaide [Maia] não virem da mesma forma [não se opuserem à aprovação da quarentena], é porque têm problemas com a justiça. Problemas muitas vezes ligados à condenação do ex-presidente Lula”, disse.

“Lula foi condenado. Se foi condenado de forma errada, está aí: o Supremo [Tribunal Federal] já fez o que tinha para fazer. Agora, querer atingir toda uma classe como vingança é complicado”, pontuou.


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MEMÓRIAS DO LEGADO DE ALUÍZIO NA ANGICOS DE PAULO FREIRE

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Henrique e Aluízio Alves – Foto: Reprodução

Enquanto a governadora Fátima Bezerra (PT) recebe críticas por ocultar o nome de Aluízio Alves em artigo publicado sobre o centenário do educador Paulo Freire – em que aborda a sua participação pioneira na cidade de Angicos – o jornalista Paiva Rebouças, pelo Jornal de Fato, fez questão de destacar o legado de Aluízio, que era governador do estado na época em que Freire instituiu as “40 horas de Angicos”.

O texto tem como base a entrevista feita com Henrique Eduardo Alves, filho do ex-governador, que relata suas memórias daquela época, quando tinha apenas 15 anos de idade. “Eu tive em Angicos [recentemente] e um detalhe curioso me emocionou: três pessoas me procuraram, uma disse que a mãe e o outro diz que o pai tinham sido alfabetizados pelo método Paulo Freire. Então, foi uma coisa realmente que me emocionou muito”, destacou Henrique em entrevista.

Veja texto na íntegra:

Henrique Alves: memórias do legado de Aluízio em Angicos

Por Paiva Rebouças – Jornal De Fato

O dia estava cheio, desses dias que não sobra tempo para nada, quando uma mensagem soou no WhatsApp. Há quase uma semana esperando retorno, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves respondeu nossa solicitação se desculpando pela demora. Avisou que poderia nos atender às 15h daquele dia. Precisamos reorganizar toda uma agenda para não perder a oportunidade da conversa que consideramos importante para o contexto da história por ser mais um documento da memória do educador Paulo Freire e da história do Rio Grande do Norte.

Aos 73 anos, Henrique ainda tem todo o vigor de uma vida política cheia de acontecimentos. Herdeiro do legado político de seu pai, o ex-governador Aluízio Alves, foi deputado federal por 11 mandatos (1971 – 2015), chegando à presidência da Câmara (2013 a 2015), quando teve a oportunidade de assumir a presidência da República interinamente mais de uma vez. Também foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer. Nossa conversa foi por telefone, mas justamente naquele dia, 12 de agosto de 2021, Henrique tinha chegado de uma agenda no interior e passado por Angicos e, pela voz, dava para notar certa emoção ao conversar sobre assunto que lhe traz tantas memórias.

Em 63 o senhor já tinha 15 anos. Tem lembranças do que aconteceu em Angicos?

Olha, tenho lembrança e recentemente eu passei o dia em Angicos e foi o episódio certamente mais citado, porque Angicos se tornou um anunciado nacional de muita honra. E quando a gente vê, hoje, as dificuldades ainda em relação à educação brasileira, se lembrar que Aluízio Alves, em 63, já foi buscar Paulo Freire com seu talento, sua genialidade, para fazer alfabetização de adultos de Angicos. A capacidade que Aluízio tinha de enxergar a escola lá adiante e, realmente tinha, eu acho que é um fato que imortalizou a obra dele no Rio Grande do Norte a partir da sua cidade de Angicos. Na época, inclusive, foi a primeira experiência no Brasil de alfabetização de adultos. Para ter uma ideia, só em Angicos foram 300 pessoas alfabetizadas. Eu tive em Angicos e um detalhe curioso me emocionou: três pessoas me procuraram, uma disse que a mãe e o outro diz que o pai tinham sido alfabetizados pelo método Paulo Freire. Então, foi uma coisa realmente que me emocionou muito, relembrar tudo isso que destravou a guerra pela educação e, sobretudo, alfabetizar os adultos e torná-los cidadãos com direito à voz e direito à personalidade.

O sucesso dessa alfabetização teria sido o que motivou os adversários políticos de seu pai a persegui-lo, não só no governo, mas depois da Ditadura?

Eu não quero aqui falar de pessoas que o tratavam assim. É tanto que me lembro aqui e quero aqui recordar, me permita um espaço aí, um parêntese, para mostrar a figura generosa que meu pai era. Acho que talvez tenha sido a sua maior qualidade, essa generosidade. E você sabe que ele e Dinarte Mariz travaram lutas que marcaram gerações, décadas do Rio Grande do Norte, o verde, o vermelho e tal, e eu me lembro muito aqui, acho que é um fato histórico que eu quero te relembrar. Eu estava chegando à Câmara com o meu pai, com Agnelo (Alves) e, ao mesmo tempo, chegava o senador Magalhães Pinto que, mal abriu a porta, viu que a gente estava entrando na Câmara aí disse: “Aluízo, eu tô vindo agora do hospital onde está internado o senador Dinarte Mariz – já naqueles momentos finais da sua vida – e ele disse a mim que queria morrer em paz com Deus e com os homens. Com Deus, Aluízio, isso já está em paz, com os homens só falta você”. Olha que coisa emocionante que eu estou aqui relatando: “Para morrer em paz com os homens só falta você. Então, eu queria lhe pedir vamos lá visitar Dinarte nesse momento que ele tá vivendo”. Meu pai não pensou duas vezes, já se dirigiu ao carro e nós fomos com ele e Magalhães direto pro hospital, onde o senador Mariz estava; Magalhães foi pros corredores, a gente atrás, abriu a porta do quarto, estava Dinarte deitado, no leito do hospital, e aí Magalhães disse: ‘Dinarte, aqui está Aluízio, que faltava’, mais ou menos assim essas palavras. Aí (Aluízio) entrou, Dinarte levantou assim o braço, estendeu a mão, meu pai fez o mesmo, apertaram as mãos e um disse para outro: “Oi, Aluízio”, “Oi, Dinarte”. E foi um gesto incrível que eu nunca mais esqueci, que mostrou ali, neste momento final de um, a generosidade de Aluízio, depois de tudo que passou, tudo que viveu, tudo que sofreu, toda a perseguição, tudo aquilo que falavam pra ele deixava pra trás e pensava sempre na frente, sempre em manter o respeito às pessoas; pessoas erram, acertam, faz parte da vida pública. Essa generosidade de meu pai foi ímpar e nos passou como um caminho, como pegadas a continuar.

Devido a essa ação, que repercutiu internacionalmente, seu pai passa a disputar, em nível de Nordeste, assim como Miguel Arraes, o posto de articulador nacional. Como era a relação dele com o Arraes? O senhor lembra de algum episódio que remete à possibilidade de Aluízio Alves ser candidato à Presidência da República?

Não, não remeto não sei se… mas ele passou a ser um articulador nacional. Para você ter uma ideia, talvez por isso que você citou isso, o relacionamento que ele tinha, digamos com a esquerda, que pensava e pensava coisas boas, taí o exemplo, sem nenhum objetivo eleitoral de tomar o poder, nada disso! Apenas respeitar o pensamento das correntes ideológicas do Brasil, sobretudo no tocante à educação e, talvez, por isso, tenham sido usados pretextos assim pra caçá-lo, pelo perigo que ele representava: o comunismo, a esquerda, Miguel Arraes, em Pernambuco, Aluízio no Rio Grande do Norte, não, nada disso! Meu pai tem essas ideias, ele era um homem que pensava lá adiante! Vou dar aqui exemplos outros: a energia de Paulo Afonso, quando chegou ao Rio Grande do Norte. Coisa extraordinária! As pessoas acendiam a luz e lembravam de Aluízio, que de repente chegava a luz da sua casa, naquela época dos candeeiros, das coisas tão difíceis. Ligou, mais adiante, Telern – Telecomunicações do Rio Grande do Norte – a pessoa pegava o telefone e falava pro mundo. Foi criado o Hotel Reis Magos, quando só tinha o Grande Hotel, lá na Ribeira. De repente, ele abria com essa visão as portas pro turismo. E eu me lembro que a oposição, isso faz parte do jogo político: “ah, é um hotel pros ricos”; nada, ele já via aquilo como uma porta da abertura para o turismo. Foi o melhor hotel do Norte e Nordeste daquela época. E a Cidade da Esperança, outro fato também nesse pacote, digamos assim do bem da Aliança para o Progresso, o primeiro programa de habitação popular do Brasil foi no Rio Grande do Norte, a Cidade da Esperança, daí o seu nome. Você vê quantas coisas inovadoras, criativas dele que foi um talento extraordinário. Desculpe só me alongar um pouquinho, por isso que eu entendo hoje essa força desse homem. É uma força assim, absurda! Ele partiu há quinze anos e é impressionante; em Angicos; eu fui a Mossoró, naquela solenidade da Faculdade Católica. Semana passada a Caicó, Jardim Seridó e é incrível, não tem um lugar que as pessoas não cheguem perto de mim: “ah, seu pai, que saudade de Aluízio!” Quer dizer, todas as pessoas me procuram para relembrar fatos assim que me emocionam muito porque são fatos da história de meu pai como se fosse hoje, contam com uma emoção incrível! Quer dizer, passado todo esse tempo, esse amor, sabe, essa saudade que as pessoas revelam… é um homem extraordinário e Aluízio, acho que o Rio Grande do Norte, hoje, independente de quem foi a oposição e quem era aliado, reconhece a figura dele.

O que teria acontecido com o Rio Grande do Norte se não fosse o Golpe de 1964 e a limitação ao projeto de alfabetização implantado por ele?

 Se não fosse o golpe de 64… é o que eu sinto muito hoje na política brasileira, as pessoas não dialogam mais, parece que dialogar deixa as pessoas mal, querem impor sua vontade, seja de um lado, seja de outro.  Política não é só a política partidária, política é conversar em casa com seus filhos, é conversar na empresa com os empregados; política é isso, é um ato de conversar, de dialogar, trocar ideias e que vença, se tiver um vencedor, pelo convencimento. Então, o meu pai mostrou isso ao longo dos anos, tanto que em 1965 elegeu o monsenhor Walfredo governador do Estado, outro grande governador e vou dizer mais, talvez o momento mais marcante que eu tive com ele foi quando cassado brutalmente pela Ditadura Militar, em fevereiro de 69, amigos como Gilberto Rodrigues, vereador Antônio Cortez, Zé Martins, pessoa mais próxima aqui de Natal, foram bater no Rio de Janeiro, naquele momento, dizer: “Aluízio, mas isso não pode parar, isso não pode se acabar, coloque seu filho, coloque Henrique pra deputado, um Garibaldi”, e ele naquele receio de que eu viesse a passar daqueles momentos que ele passou, o clima no Brasil era péssimo, falta de liberdade, falta de respeito, falta de dignidade, as pessoas caçadas, torturadas, presas, aquele crime que o Brasil viveu e ele com medo de que eu viesse a viver um momento difícil, mas eu senti e ele não precisou falar, (vi) no olhar dele, que no fundo ele queria que eu quisesse; queria que eu falasse e quando eu percebi isso por um olhar seu – meu pai não era de muito afeto, de muito abraço, ele era seco, como se dizia – mas num olhar ele, como se dissesse: “Meu filho, você quer?”. Aí eu disse: “pai, eu topo, eu acho importante continuar sua luta”. Então ele disse: Então vá, meu filho, pegue uma bandeira verde aí e vá defender o povo do Rio Grande do Norte. Naquele momento em diante eu fui seu seguidor, encontrei a estrada iluminada, aberta pela esperança e procurei fazer o melhor papel e o orgulho que eu tinha quando eu chegava à cidade e ia para um comício: “É o filho de Aluízio”.  Na Câmara, quantas vezes diziam: “É o filho de Aluízio”.  As pessoas achavam que isso me trazia alguns desagrados, não, isso me orgulhava muito. Ser conhecido como filho de Aluízio. E aí eu fui trilhando, trilhando, cheguei a líder da Câmara, cheguei a presidir a Câmara, cheguei a ministro de estado, mas sempre, sempre com a inspiração dele e hoje, acredito com as bençãos dele, pra continuarmos porque tem muito Rio Grande do Norte pela frente.

*Texto de Paiva Rebouças – Jornal de Fato


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JORNALISTA LAURITA ARRUDA QUESTIONA OMISSÃO AO NOME DE ALUÍZIO ALVES EM ARTIGO DE FÁTIMA

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A governadora anunciou na manhã deste domingo (19) a publicação de um artigo, com sua assinatura, sobre o centenário do pedagogo, e patrono da educação brasileira, Paulo Freire. No texto ela relembra a trajetória do educador, que está diretamente ligada ao Rio Grande do Norte, mais precisamente à cidade de Angicos – local onde Freire aplicou, de forma pioneira, seu método de alfabetização para adultos, que ficou conhecido como “40 horas de Angicos”.

ARTIGO: 100 ANOS DE PAULO FREIRE, POR FÁTIMA BEZERRA

Entretanto, seu texto não agradou a todos. A jornalista Laurita Arruda, esposa de Henrique Alves, questionou a omissão ao nome do seu sogro, Aluízio Alves, governador do estado durante o período da aplicação das 40 horas de Angicos, que ocorreu por volta de 1963.

No Twitter, a jornalista disse que: “O artigo da Gov Fátima Bezerra hoje na TN ‘esquece’ de mencionar o Governador Aluízio Alves que realizou as 40 horas de Angicos de Paulo Freire – a primeira no país [sic]”. 

“Que no futuro ninguém faça o mesmo com seu legado de ex-governadora.. Se o tiver, claro”, pontuou ainda a Laurita.


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ARTIGO: 100 ANOS DE PAULO FREIRE, POR FÁTIMA BEZERRA

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A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), usou de suas palavras para expressar, de forma mais clara e extensa, seus sentimentos em relação ao centenário do pedagogo, e patrono da educação no país, Paulo Freire. O artigo, com sua assinatura, foi publicado na Tribuna do Norte. 

Nas redes sociais a governadora também fez, de forma mais singela, uma homenagem ao educador, ao anunciar o artigo. “Hoje é um dia muito especial para todos que acreditam no poder transformador da educação. No dia de seu centenário, sabemos que Paulo Freire Vive! Sigamos esperançando!”, declarou a governadora. 

Veja o artigo na íntegra:

100 ANOS DE PAULO FREIRE

Na condição de professora e de única governadora eleita em todo o Brasil, no primeiro ano de minha gestão, em 2019, fui a Angicos para lançar um desafio, o de tornar o Rio Grande do Norte Território Livre do Analfabetismo. Aquela ação – que já fazia parte das comemorações do Centenário de Paulo Freire – será ampliada para todo o Estado por meio do Programa Nova Escola Potiguar (o PNEP), um dos maiores Programas já pensados no meu estado que se traduzirá em um novo momento da educação estadual no Rio Grande do Norte.

Naquela ocasião eu disse, e repito aqui, que uma das lições deixadas por Paulo Freire era de que lutássemos pelos nossos sonhos, para que eles se tornassem realidade. Estamos aqui, hoje, comemorando o Centenário de Paulo Freire, porque sabemos do poder que a educação tem de transformar vidas!

Quando, em 1963, portanto, 58 anos atrás, Paulo Freire promoveu o projeto-piloto “40 Horas de Angicos”, inúmeras pessoas – a maioria adultas – tiveram a chance de aprender a ler e a escrever. Angicos, uma pequena cidade no coração do meu Rio Grande do Norte, foi a primeira selecionada para desenvolver ali a pedagogia freireana e se tornou, naquela ocasião, símbolo da luta do enfrentamento ao analfabetismo no nosso País.

Aquela ação contra o analfabetismo nos faz pioneiros na práxis freiriana. E isso nos enche de orgulho! Claro que ainda é lamentável que tantos anos depois, o Brasil não tenha conseguido cumprir a meta de ter 93,5% dos brasileiros acima de 15 anos alfabetizados até 2015. Infelizmente, o quadro de analfabetismo funcional no Brasil aumentou, quando deveria regredir.

Mas o verbo “esperançar” de Paulo Freire nunca esteve tão vivo em nossa memória. Continuamos sonhando e agindo! E no terceiro ano de Governo, após enfrentarmos inúmeros obstáculos de um estado que herdamos colapsado, iremos implementar um programa voltado para a construção de escolas, reformas, ampliações; modernização tecnológica; capacitação e formação do magistério; e ações de superação do analfabetismo.

O Nova Escola Potiguar prevê também a criação do Instituto Estadual de Educação Profissional, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte, o IERN; serão unidades que ofertarão cursos adequados à realidade sociocultural local e à matriz econômica em potencial da região. Queremos construir os IERNs em todas as regiões do RN. Com previsão inicial de 12 campis, terão a infraestrutura baseada nos modelos consagrados dos Institutos Federais, sendo construídos e mantidos pelo Governo do RN. Essa ação revolucionária na educação do RN só será possível porque temos gestão, foco, compromisso, mas também porque temos inspirações como as que nos deixou Paulo Freire.

Em 2019, já no início da nossa gestão, começamos os preparativos para o centenário de Paulo Freire. Instituímos o ano freiriano e, de lá para cá, foram inúmeros atos, seminário, círculos de Diálogos. Agora em setembro, a Secretaria de Educação realizou jornadas formativas de três dias. Hoje, iremos inaugurar, em Angicos, a estátua que homenageará esse grande educador.

Olha, já se passaram mais de 40 anos desde que me formei em pedagogia em 1980 na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eu tenho um imenso orgulho de, desde então – e enquanto professora, sindicalista, parlamentar e, agora, governadora – , dedicar minha vida à luta em defesa da educação pública, de qualidade, a uma educação para todos e todas. Paulo Freire é minha grande referência e minha eterna inspiração na defesa da educação como passaporte principal na luta pela cidadania.

Nele, temos o exemplo para seguirmos acreditando, planejando e executando nossas ações para a política pública educacional.

Que jamais nos esqueçamos de suas palavras, de seus ensinamentos e seus gestos. Que daqui a 100 anos, nossos educadores, estudantes e sociedade em geral possam continuar sentindo a importância do trabalho deixado por Paulo Freire. E como dizia ele:  “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.  Parabéns a todos nós educadores e educadoras. Viva Paulo Freire!

*Artigo de Fátima Bezerra, governadora do RN, publicado na Tribuna do Norte


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ATUALIZADOS À PANDEMIA, CAMBISTAS VENDEM PASSAPORTE DA VACINA FALSO PARA ACESSO A EVENTOS

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O interior da Jeneusse Arena, adaptada para eventos durante a pandemia: do lado de fora, venda de certificados falsos | Divulgação

O jornalista Ancelmo Gois, em sua coluna para o jornal O Globo, chamou a atenção para o início de uma nova prática entre cambistas. Agora, além da aquisição de ingressos, os vendedores oferecem um passaporte da vacina falso para acesso aos eventos. 

O caso em destaque ocorreu em um show do cantor Diogo Nogueira, no Rio de Janeiro, na Jeunesse Arena – Barra da Tijuca. Um decreto do prefeito Eduardo Paes determina a obrigatoriedade de apresentação do certificado para entrada em espaços de uso coletivo.

No local, foi observado que, caso a pessoa não tivesse o certificado, ela fornecia seu nome e outros dados e recebia na hora o “passaporte” fraudado.

O passaporte da vacina já vem sendo instalado como forma de acesso a eventos em todo o Brasil. Na noite da última quinta-feira (16), o governo do RN sinalizou novo decreto, que institui a apresentação do passaporte da vacina, com comprovação de pelo menos uma dose do imunizante contra a covid. Ele passa a ser exigido como protocolo para eventos com mais de 600 pessoas, podendo os municípios exigirem também para outras situações. A comprovação pode ser feita pela carteira de vacinação, seja pelo aplicativo “Mais Vacina” ou similar, validado pela União, Estados ou Municípios.

PASSAPORTE DA VACINA SERÁ OBRIGATÓRIO EM EVENTOS DE MASSA NO RN

*Com informações da coluna de Ancelmo Gois, O Globo.


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CENTENÁRIO DE PAULO FREIRE: ANGICOS GANHA MONUMENTO EM HOMENAGEM AO EDUCADOR

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Foto: Sérgio Tomisaki/Folhapress

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou neste sábado (18), em suas redes sociais, que a cidade de Angicos, a 171 km da capital Natal, ganhará um monumento em homenagem ao centenário do patrono da educação brasileira, Paulo Freire.

“Pessoal, olha como tá ficando bonito o monumento em homenagem a Paulo Freire aqui em Angicos!”, anunciou a governadora. 

Segundo Fátima, a expectativa é de que a obra seja concluída neste domingo (19), dia do centenário do pedagogo, por volta das 17h. “Se Deus quiser, estará tudo pronto. Será um momento histórico para o RN!”, destacou a chefe do Executivo Estadual. A obra que está sendo posta na cidade é de autoria de Guaraci Gabriel.

Veja Vídeo:

Reprodução/ Instagram @fatimabezerra13

Angicos e Paulo Freire

A cidade localizada no sertão do Rio Grande do Norte foi o palco em que, pela primeira vez, Paulo Freire, entre os anos de 1962 e 1963, pôs em prática o seu famoso método de alfabetização de adultos, direcionado para 380 trabalhadores, que ficou conhecido como “Quarenta horas de Angicos” – texto que aparece no monumento.


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EM CENTENÁRIO, PAULO FREIRE É DESTAQUE NO JORNAL O GLOBO

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Reprodução/Twitter

Há exatamente 100 anos, em 19 de setembro de 1921, nascia no Recife, em Pernambuco, aquele que se tornaria um dos mais notáveis pesquisadores da história da pedagogia mundial: Paulo Freire. Patrono da educação no Brasil, o educador, pedagogo e filósofo é reconhecido mundialmente e, em seu dia, recebe destaque em jornais do país. 

O jornal O Globo reservou duas páginas de sua edição deste fim de semana para falar da história e importância do pedagogo para a educação brasileira e, claro, sempre ressaltando sua relevância internacional. 

No destaque “O intelectual mais lido do mundo” o jornal lembra a trajetória do patrono da educação fazendo referência à sua influência em outros países. “Ainda hoje a obra de Freire inspira educadores e militantes dos direitos humanos em todo o mundo. A pedagoga peruana Gladys Ayllón Yares colocou em prática a pedagogia freiriana ao trabalhar com vítimas dos guerrilheiros do Sendero Luminoso. Gladys é colaboradora do Instituto Paulo Freire de Berlim, que recorreu ao método criado pelo pernambucano para ensinar alemão a refugiados do Oriente Médio”, destaca a reportagem.

A obra de Paulo Freire foi traduzida para mais de 20 idiomas, recebeu 41 títulos honoris causa e dá nome a 102 centros de pesquisa e mais de 400 escolas no Brasil e nove em outros países, além de uma universidade na Nicarágua.

*Com informações do Globo.


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NÃO CONTENTE APENAS COM O IMPRESSO, ‘SHERLOKINHO’ CHEGARÁ EM BREVE NO RÁDIO

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Reprodução

Nova contratação para aquecer a audiência das rádios de Natal.

O jornalista Tulio Lemos bateu o martelo com o empresário Felinto Filho, da 98 FM, e vai estrear nos próximos dias um programa de entrevistas, política e variedades ao meio dia.

O já famoso Sherlokinho das páginas impressas está só esperando a reforma nos novos estúdios para estrear em grande estilo. Esta semana, chegou a receber convite da concorrência, mas manteve a palavra assumida antes.

*Texto de Laurita Arruda para o Território Livre


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ESTADO CELEBRA SETEMBRO AMARELO, AMPARADO PELA LEI DE AUTORIA DO DEPUTADO KLEBER RODRIGUES

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Deputado estadual Kleber Rodrigues – Foto: João Gilberto/ALRN

Vários setores norte-rio-grandenses estão envolvidos na celebração do Setembro Amarelo que busca criar uma conscientização na prevenção e combate a depressão, automutilação e suicídio, que agora está amparado por legislação estadual, de autoria do deputado estadual Kleber Rodrigues, sancionada pela governadora Fátima Bezerra e que passa a se chamar Lei Lucas Santos, em homenagem ao adolescente que cometeu suicídio após ser molestado pelas redes sociais.

Pela nova lei, está definida a elaboração e implementação de um projeto pedagógico pelas escolas públicas e privadas do estado incluindo medidas de conscientização entre crianças, adolescentes e jovens. Entre as ações estão palestras, debates, distribuição de cartilhas e orientação aos pais, alunos, professores e servidores entre outras iniciativas.

A Lei Lucas Santos, de autoria do deputado Kleber Rodrigues que assegura que “É um importante instrumento de proteção aos nossos jovens. Esse projeto de lei foi apresentado por nós ainda em 2019, aprovado pelos deputados à unanimidade e recentemente sancionado pela governadora Fátima Bezerra. Com a nova Lei, ganha a população do Estado que terá ações preventivas para as nossas crianças e adolescentes”.

Comemorando a sanção da lei que entrou em vigor já nas celebrações do Setembro Amarelo, o autor ressaltou que “A nova lei rechaça toda e qualquer violência mental, a partir da conscientização combate à depressão, automutilação e suicídio”


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PARTIDO DE CENTRO QUER CONQUISTAR O VOTO DOS BRASILEIROS, MAS LULA DIZ QUE NÃO TEM ESPAÇO PARA A TERCEIRA VIA

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Por Bosco Afonso

A política brasileira tem se constituído por partidos de direita, de esquerda, de centro, centro-esquerda e centro-direita, mas no momento, pelo posicionamento de suas lideranças, partidos estão chegando aos extremos. No caso de Lula, o PT, igualmente ao PSOL, PCB, PC do B e PSTU, está se posicionando como partido de extrema esquerda, enquanto que Bolsonaro, ainda sem partido, levará a sigla à qual se filiar para a extrema direita.

A pretensa fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL) deverá levar a nova sigla a se portar ideologicamente como partido de centro e segundo o ex-senador José Agripino, “não se aliará nem com a extrema esquerda e nem com a extrema direita. A oficialização do nascedouro do novo partido irá contribuir para a tentativa de mudar o atual quadro político, mesmo que para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “A terceira via tem que me derrotar no primeiro turno, ou derrotar Bolsonaro. Não há espaço para Terceira Via se não houver uma mudança brusca no espaço político nacional”, disse o representante petista em entrevista a uma emissora de rádio em Goiânia.

Enquanto os políticos de extrema direita e da esquerda extremada elevam cada vez mais o tom das agressões, mais radicalizam e assim, por conta da necessidade da existência mútua, o PT trabalha para que o impeachment de Bolsonaro, mesmo ele com a sua popularidade em decadência, não tenha prosperidade.

Os líderes dos partidos de extrema esquerda e de extrema direita pretendem manter o nível de “discussão” que só extremam os seus interesses. Enquanto isso, o Ciro Gomes, do PDT, por sua vez, já tentou ocupar essa lacuna no centro, mas o fato de fazer a sua “metralhadora giratória linguística” se mover contra os extremos, quase nada tem conquistado para sobreviver nesse tiroteio ideológico, por conta de sua ideologia capitalista que quer ser rotulada como de esquerda.

O surgimento de um partido de centro, ideologicamente liberal e democrata, com direito a ter cerca de R$ 1 bilhão de fundos partidário e eleitoral no próximo ano e a utilizar o maior tempo de todos os partidos em rádio e televisão, poderá mudar o quadro político atual desde que aja com sensatez em busca de um ponto de equilíbrio para discutir o desenvolvimento do nosso país que disponibiliza de recursos naturais imensuráveis e está entre as dez maiores economias do mundo.

O futuro do Brasil não admite extremismos, nem muito menos personificação. É tempo de diálogo mais promissor e explorar as inteligências para se encontrar verdadeiros caminhos para o desenvolvimento cultural, econômico, social, respeitando o contraditório e preservando sempre os costumes dos mais de 210 milhões de brasileiros.


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DUAS CABEÇAS DA JUSTIÇA

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Por Marcelo Alves Dias de Souza

Embora seja sua face mais brilhante, no que toca à presença do direito, não é só de Franz Kafka (1883-1924) e do seu “O processo” (1925) que é feita a literatura em língua alemã. Outros rostos devem ser iluminados, como o de Jakob Wassermann (1873-1934), em especial pelo seu romance “O Processo Maurizius” (1928).

Jakob Wassermann nasceu em Fürth, cidade industrial próxima de Nuremberg, na Alemanha. Era filho de modestos comerciantes judeus. Abandonou o comércio e foi viver sua juventude aventureiramente. Começou a escrever artigos, contos e pequenas novelas. Era um democrata. Como judeu, sofreu bastante com o antissemitismo da época. Com o nazismo, foi para o exílio, sendo também destituído de sua cadeira na então Academia Prussiana de Letras. Faleceu em Alt-Aussee, na Áustria.

Wassermann é considerado um representante maior da ficção psicológica. Seu primeiro romance foi “Os Judeus de Zindorf”, de 1897, no qual ele trata da história judaica na Alemanha, o que vem, claro, a ser uma temática comum nos seus primeiros textos. Mas é sobretudo uma “segunda fase” na carreira literária de Wassermann que nos interessa, esta focada na relatividade e nos problemas da Justiça. Começa com “Caspar Hauser ou A Preguiça do Coração”, de 1900. E “Christian Wahnschaffe”, de 1918, obra já à moda de Dostoiévski (1821-1881), coloca seu nome definitivamente nos círculos intelectuais de então.

É dessa segunda fase, já em 1928, a sua obra-prima “O Processo Maurizius”, que, em síntese, cuida da estória de um erro judicial e do empenho de um jovem idealista (Etzel Andergast) para libertar o homem (um tal Otto Leonardo Maurizius, que dá título à obra) condenado injustamente, há quase duas décadas, à pena de prisão perpétua, pelo seu próprio pai (o íntegro promotor/magistrado Wolf Andergast). O jovem Etzel não admite o contraditório. Ele quer a justiça perfeita (e ela existe?) em lugar da justiça possível. E, sobretudo, sua luta padece de uma ilegitimidade original: sua motivação principal não é fazer justiça, mas se vingar do pai, a quem atribui os males do mundo, inclusive os padecimentos da mãe adúltera.

Para o direito, “O Processo Maurizius” é interessante por incontáveis aspectos.

De logo, segundo registra a minha edição do dito cujo (Abril Cultural, 1982), “o romance constitui um soberbo retrato da época da República de Weimar”, e sabemos nós a importância dessa república na história do direito, sobretudo pela sua célebre Constituição, tida pioneira na previsão dos direitos fundamentais sociais e cujo legado acabou se espalhando mundo afora.

Ademais, é obra inspirada por um grande senso ético e de Justiça (perfeita ou imperfeita). Como anota Otto Maria Carpeaux (1900-1978), em “A história concisa da literatura alemã” (Faro Editorial, 2013), trata-se de “um romance deliberadamente tendencioso, ético, como o são de tendência ética todos os grandes romances da literatura universal”. E mais: “Der Fall Mauritius [seu título no original] precede por pouco a ruína da sociedade alemã pelo nazismo”.

Não obstante as nuanças da trama, sobretudo as motivações e intransigências das personagens, “O Processo Maurizius” deve ainda ser interpretado como uma advertência – e mais do que isso, como um libelo – contra o erro judiciário, que é tão desprezado por um certo grupo de pessoas, sejam juristas ou só idiotas da aldeia, que passam a vida ruminando ódio. Erro judicial, proposital ou não, isso não importa, devemos repeli-lo, já que ninguém – ninguém mesmo – deve ser condenado, assim privado de sua liberdade, ainda mais levado à morte (da qual, que eu saiba, não há volta), injustamente.

Por fim, de interesse mais geral, temos os aspectos geracionais e os motivos psicológicos que condicionam a trama/processo, condições que o autor conhecia e fabulava tão bem. Duas mentalidades. Duas motivações. Duas faces da Justiça? Dois direitos? E tudo forjado por um drama familiar na forma de diversos conflitos. Mas isso aí já lembra outro grande russo, Tolstói (1828-1910), e a sua Ana Karênina (1877): “Todas as famílias felizes são iguais, mas as infelizes o são cada uma à sua maneira”.

Marcelo Alves Dias de Souza

Procurador Regional da República

Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL


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