Na conversa que tiveram nesta sexta-feira (6), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, pediu que o procurador-Geral da República, Augusto Aras, cumpra seu papel diante das ameaças antidemocráticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.
O pedido foi avaliado, no Ministério Público Federal (MPF) e na Suprema Corte, como uma espécie de cobrança de Fux para que Aras dê andamento aos processos contra Bolsonaro que tramitam na PGR. Nos bastidores, o procurador tem sido cobrado a acelerar a análise desses casos.
A coluna apurou que Aras teria respondido estar comprometido com seu papel como chefe do MPF. A resposta, no entanto, não convenceu muito auxiliares do presidente do STF, que veem o procurador-geral da República cada vez mais alinhado ao governo, o que Aras nega.
Os dois se encontraram em um momento de tensão extrema entre os Poderes. O presidente Jair Bolsonaro tem aumentado o tom nas críticas contra ministros do Supremo, mais exatamente, Luís Barroso e Alexandre Moraes. E continua a questionar a segurança do sistema eleitoral brasileiro, sem apresentar provas.
Tais atitudes fizeram com que Fux cancelasse a reunião que vinha alinhando entre os chefes dos Três Poderes para tentar pacificar as relações.
Na quinta-feira (5), Bolsonaro sofreu uma derrota histórica na comissão especial da Câmara dos Deputados, que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. A comissão rejeitou por 23 votos a 11, o parecer favorável ao tema.
*Informações do Metrópoles.