Por Bosco Afonso
Na última terça-feira, 5, a empresa Perfil havia concluído mais uma pesquisa eleitoral em todo o Rio Grande do Norte, onde foram entrevistadas 1.200 pessoas nas várias regiões do Estado. O diferencial dessa pesquisa para umas tantas outras que já circulam pelas mãos de políticos e que dão visibilidade ou não aos resultados de acordo com os seus interesses, é que o nome do ex-governador, ex-ministro e ex-senador Garibaldi Filho foi incluído entre as opções para a disputa ao Senado Federal.
Com os resultados em mãos, este www.blogtuliolemos.com.br e a editoria do jornal AGORA RN fizeram uma avaliação nua e crua dos números, chegando à conclusão de que a governadora Fátima Bezerra, vencida pelos votos dos indecisos, precisaria ser fortalecida com alianças com o MDB de Garibaldi e o PDT de Carlos Eduardo para se tornar praticamente imbatível. Era uma avaliação sensata.
Tão logo as avaliações foram publicadas, não faltaram opiniões contrárias, o que é natural. Mas nessas poucas opiniões contrárias, definindo acólitos petistas, dentro e fora da gestão Fátima Bezerra, teve gente que se insurgiu sob a alegação de que “Fátima não precisa de Garibaldi e nem de Carlos Eduardo, pois na última eleição ela derrotou aos dois”.
É essa presunção que não pode e nem deve contagiar a experiente Fátima Bezerra que vai entrar na luta para renovar o seu mandato. Fazer uma avaliação com essa cegueira, é desconhecer que cada eleição tem uma história diferente. Achar que pelo fato de Fátima ter derrotado Carlos Eduardo e Garibaldi não ter conseguido a sua reeleição em 2018 são fatores para desprezar o necessário apoio dos dois à reeleição da atual governadora, é de uma ignorância política imensurável.
Para tanto, basta lembrar que em 2008, quando candidata a Prefeita de Natal, mesmo apoiada por Carlos Eduardo, Garibaldi, Henrique, Wilma de Faria e, além da presença do ex-presidente Lula, no auge de sua popularidade, em seu palanque, Fátima foi derrotada pela quase neófita em política Micarla de Sousa, já no primeiro turno. Outro exemplo, envolvendo a mesma Fátima, filha de ‘seu’ Severino, foi a sua eleição ao Senado, em 2014, sem o apoio da constelação política e enfrentando o favoritismo de Wilma de Faria, a atual governadora conquistou o direito de bem representar o Rio Grande do Norte no Senado Federal. Cada eleição, ao seu tempo, tem uma história e resultados completamente diferentes.
Além do mais, estar no poder não significa dominar a situação, pois num Estado pobre como é o nosso RN, além de pagar o salário do servidor em dia, requer também atender as aspirações da população na criação efetiva de empregos, na ampliação e melhoramento do atendimento na rede estadual de saúde, na modernização e aperfeiçoamento da rede pública de ensino, na conservação, modernização e ampliação da malha rodoviária e na contribuição para o crescimento econômico e social da população. Sem esse complemento de ações, qualquer governo pode se expor ao desgaste e, diante de debates mais calorosos, perder espaços para programas de governo determinantes e mais ousados que conquistem a adesão do eleitorado.
Portanto, se faz necessário que da parte da governadora Fátima Bezerra, e de todo o staff estadual do Partido dos Trabalhadores, haja um comedimento nessas avaliações e que também venham a se espelhar nas atitudes pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, mesmo com as pesquisas mostrando o seu favoritismo quase absoluto, tem sido incansável em buscar alianças até mesmo com partidos que lhes hostilizaram em momento adverso de sua vida.
Estratégia política, para quem pretende ter sucesso, se faz sem o ranço, sem contágio biliar e, na prática, também sem olhar pelo retrovisor.
Meu querido a questão não é ranço. Embora concorde com o amigo que cada eleição é uma eleição. Não podemos descartar os recados dado nas eleições passadas. Uma delas é o povo cansou dessa politica familiar q tanto mau fez ao nosso estado. Mandou pra casa varias de lideranças oligárquicas. Esse povo tenta se juntou e de nada adiantou os juntos e misturados. Defendo o ditado que é melhor só que mau acompanhado.